Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas.
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Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.
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É impressionante a maneira simples e leve que Jesus tem de nos ensinar por meio de palavras absolutamente irretorquíveis coisas importantíssimas e que, quando colocadas em prática, tornam nosso caminhar bem mais fácil.
Em Lucas 6: 43–45, Ele afirma: “Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.”
Quem pode esperar que brote manga em um abacateiro? Quem pode esperar que brotem abacates em uma mangueira? Quem, ao ver uma manga, não é capaz de formar, imediatamente, em sua mente, a imagem da mangueira?
As palavras de Jesus são totalmente irrefutáveis, pois basta que conheçamos o fruto para que saibamos de que árvore ele brotou, uma vez que uma mangueira produzirá frutos mais ou menos saborosos, menores ou maiores, mais ou menos resistentes, com mais ou menos frequência, mas, jamais, em hipótese nenhuma, produzirá abacates, maçãs, pêssegos ou ameixas.
Todavia Jesus não estava falando especificamente sobre árvores, mas sobre pessoas. Ele fez uma sábia analogia entre os frutos das árvores e os frutos comportamentais produzidos por nós: “o homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem; e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mau; porque a boca fala do que o coração está cheio”.
Lao-Tsé, por sua vez, disse, inteligentemente, que “a alma não tem segredo que o comportamento não revele”. Não há quem consiga, por muito tempo, esconder seus vícios morais. Por mais que alguém seja capaz de fingir, de alguma forma, seus comportamentos sempre revelarão suas reais intenções.
Sempre ouvi as pessoas dizendo que, se quisermos saber se um homem é um bom pretendente, devemos, em vez de acreditar em suas lindas juras de amor eterno, observar a maneira como ele trata os pais, os irmãos, os vizinhos, os idosos, os animais, os amigos… Nada mais pertinente!
Se, para saber se uma árvore é boa, precisamos, antes, provar de seus frutos, semelhantemente, para que possamos conhecer as intenções do coração de uma pessoa, seja ela quem for, precisamos analisar quais frutos ela está produzindo, principalmente nos momentos em que está com as pessoas mais íntimas ou quando está sozinha.