A lua nasce e se põe com o mesmo brilho

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Todos nós já estamos bem familiarizados com o básico sobre como funciona o dia e noite, o nascer e pôr do sol. Também sabemos que durante o dia o Sol é o astro mais luminoso do céu, cujo brilho é tão forte que é capaz de obscurecer completamente as estrelas.

E durante a noite, a Lua, ao menos quando está visível, é o objeto astronômico mais luminoso, sendo que muitas vezes ela pode até dificultar a observação de outros objetos do espaço profundo e a Via-Láctea.

É natural que pensemos na Lua apenas como um astro noturno. Afinal, aprendemos isso nos livros, nas escolas e até nos filmes. Mesmo os meteorologistas usam o Sol para simbolizar o dia e a Lua para indicar a noite

Mas você sabia que ela passa tanto tempo no céu durante o dia quanto a noite? Basta apenas que você olhe um pouco mais atentamente para vê-la. 

Porém, o que explica o fato de vermos nosso satélite natural durante o dia?

A dicotomia do dia e da noite

(Fonte: Brett Sayles/ Pexels/ Reprodução)

O dia e a noite, a luz e a escuridão, estavam por trás do motivo pelo qual nossos antepassados adoravam a Lua e o Sol. Aliás, em várias situações esses astros guiavam a vida cotidiana de povos antigos, incluindo coisas como tomar decisões importantes, realizar rituais ou até quando coroar um rei.

Ao contrário do nosso astro-rei, o Sol, a Lua não cria sua própria luz. Por isso, só podemos observá-la a noite quando a luz do Sol é refletida sobre sua superfície.

A mesma coisa acontece durante o dia, mas um pouco diferente, já que não podemos ver as estrelas que também estão lá em cima, afinal, o céu está muito brilhante. Nesse sentido, e graças ao Sol, a Lua brilha o suficiente para que você possa vê-la, seja dia ou noite.

Durante a Lua Cheia, por exemplo, ela se encontra do lado oposto ao Sol no céu. Por isso, podemos observar sua face completa refletindo a luz do Sol. Sendo assim, conforme a Terra vai girando, a Lua nasce assim que o Sol se põe.

Já nos dias que antecedem o período da Lua Cheia, você poderá encontrar no céu a Lua quase cheia surgindo antes de o pôr sol. Por outro lado, após os dias da Lua Cheia, o que você vai ver é a Lua se pondo após o nascer o Sol.

(Fonte: Joonas kääriäinen/ Pexels/ Reprodução)

Colocando em linhas simples, existem basicamente dois motivos pelos quais podemos observar a Lua durante o dia. O primeiro, tem a ver com a aparente luminosidade desse astro em decorrência de sua proximidade com o nosso planeta, combinado com outros fatores, como a posição em que ela está para receber os raios solares.

O segundo motivo, é a natureza particular da órbita da Lua ao redor da Terra, algo conhecido como Ciclo Lunar. É com base nas possibilidades desses dois fatores que a Lua pode se tornar visível para qualquer observador casualmente atento durante o dia.

Mudanças de cor da Lua

Talvez você já tenha notado que enquanto a Lua se movimenta pelo céu diurno, ela parece mudar de cor. Isso não é coisa de sua cabeça ou uma ilusão. O que acontece é que quando ela está mais baixa no horizonte, existe mais atmosfera entre a Lua e a Terra, e todas as partículas presentes têm uma maneira própria de espalhar certos espectros de luz, a exemplo dos comprimentos de onda azul.

Esse processo deixa a luz percebida mais próxima do espectro vermelho, é por isso que a Lua baixa no horizonte pode aparentar estar mais amarelada ou até mesmo rosa.

Mas, claro, a Lua é sempre da mesma cor. Apenas parece diferente para nós em condições atmosféricas diversas.

A animação abaixo está em inglês, no entanto, nela é possível ter uma perspectiva melhor do que falamos aqui por meio dela: 

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À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. Esse fenômeno é bem compreendido desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras ( 430 a.C.), já conhecia sua causa, e Aristóteles (384 – 322 a.C.) registrou a explicação correta do fenômeno: as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol. A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada está voltada também para a Terra.

Tamanho – a Lua, o único satélite natural da Terra, é o quinto satélite em tamanho, mais de dois-terços do tamanho de Mercúrio, e mais de três vezes maior do que o maior dos asteróides. Tem, de fato, um quarto do tamanho da Terra, com um diâmetro de 3476 km.

Distância – como a Lua está relativamente próxima, podemos medir sua distância por meios geométricos. A distância média é de 384.403 km.

Brilho – após o Sol, a Lua cheia é o objeto mais brilhante do céu. Entretanto, sua superfície não é lisa e sua cor cinza-marrom reflete pouca luz. De fato, a lua é um dos mais pobres refletores do sistema solar. A quantidade de luz refletida por um corpo é chamada de albedo (Latim: albus, branco). A Lua reflete somente 7% da luz do Sol que incide sobre ela, de modo que seu albedo é 0.07.

As quatro fases principais do ciclo são:

  • Lua Nova: a face iluminada não pode ser vista da Terra. A Lua está na mesma direção do Sol, e portanto está no céu durante o dia. A Lua nasce 6h e se põe 18h.
  • Lua Quarto-Crescente: metade do disco iluminado pode ser visto da Terra. Vista do hemisfério sul da Terra, a forma da Lua lembra a letra C (vista do hemisfério norte lembra a letra D). Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de 90°. a Lua está a leste do Sol, que portanto ilumina seu lado oeste. A Lua nasce meio-dia e se põe meia-noite.
  • Lua Cheia: todo a face iluminada da Lua está voltada para a Terra. A Lua está no céu durante toda a noite, com a forma de um disco. Lua e Sol, vistos da terra, estão em direções opostas, separados de 180°, ou 12h. A Lua nasce 18h e se põe 6h do dia seguinte.
  • Lua Quarto-Minguante: metade do disco iluminado pode ser visto da Terra, como em Quarto-Crescente. Vista do hemisfério sul da Terra, a forma da Lua lembra a letra D (vista do hemisfério norte lembra a letra C) a Lua está a oeste do Sol, que ilumina seu lado leste. A Lua nasce meia-noite e se põe meio-dia.

O intervalo de tempo entre duas fases iguais consecutivas é de 29d 12h 44m 2.9s ( 29,5 dias). Essa é a duração do mês sinódico, ou lunação, ou período sinódico da Lua. O período sideral da Lua, ou mês sideral é o tempo necessário para a Lua completar uma volta em torno da Terra, em relação a uma estrela. Sua duração é de 27d 7h 43m 11s, sendo portanto 2,25 dias mais curto do que o mês sinódico.

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O intervalo de tempo entre duas fases iguais consecutivas, de 29d 12h 44m 2.9s, o período sinódico da Lua, é 2,25 dias maior do que o período sideral da Lua porque nos 27,32 dias em que a Lua faz uma volta completa em relação às estrelas, o Sol de deslocou aproximadamente 27° (27 dias × 1°/dia) para leste, e portanto será necessário mais 2 dias [27°/(360°/27,32 dias)] para a Lua se deslocar estes 27° e estar na mesma posição em relação ao Sol.

 
Dia Lunar

Tendo em vista que o período sideral da Lua é de 27,32166 dias, isto é, que ela se move 360° em relação às estrelas para leste a cada 27,32 dias, deduz-se que ela se desloca para leste 13° por dia (360°/27,32), em relação às estrelas. Levando-se em conta que a Terra gira 360° em 24 horas, e que o Sol de desloca 1° para leste por dia, deduzimos que a Lua se atrasa 48 minutos por dia [(12°/360°)×(24h×60m)], isto é, a Lua nasce cerca de 48 minutos mais tarde a cada dia.

Recapitulando, a Lua se move cerca de 13° para leste, por dia, em relação às estrelas. Esse movimento é um reflexo da translação da Lua em torno da Terra, completada em 27,32 dias (mês sideral). O Sol também se move cerca de 1° por dia para leste, refletindo a translação da Terra em torno do Sol, completada em 365,2564 dias (ano sideral). Portanto, a Lua se move cerca de 12° por dia em relação ao Sol, e a cada dia a Lua cruza o meridiano local aproximadamente 48 minutos mais tarde do que no dia anterior. O dia lunar, portanto, tem 24h48m.

Rotação da Lua

À medida que a Lua orbita em torno da Terra, completando seu ciclo de fases, ela mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. Isso indica que o seu período de translação é igual ao período de rotação em torno de seu próprio eixo. Portanto. a Lua tem rotação sincronizada com a translação.

As deformações tipo bojos causadas na superfície da Lua pelas marés teriam freiado a sua rotação até ela ficar com o bojo sempre voltado para a Terra, e portanto com período de rotação igual ao de translação. Essa perda de rotação teria em consequência provocado o afastamento maior entre Lua e a Terra (para conservar o momentum angular). Atualmente a Lua continua afastando-se da Terra, a uma taxa de 4 cm/ano. Note que como a Lua mantém a mesma face voltada para a Terra, um astronauta na Lua não vê a Terra nascer ou se pôr. Se ele está na face voltada para a Terra, a Terra estará sempre visível. Se ele estiver na face oculta da Lua, nunca verá a Terra. Como o sistema Terra-Lua sofre influência gravitacional do Sol e dos planetas, a Terra e a Lua não são esféricas e as marés provocam fricção dentro da Terra e da Lua, a órbita não é regular, precisando de mais de cem termos para ser calculada com precisão. O período sideral varia até 7 horas.

Eclipse da Lua – 2002

 * Todos os eclipses do ano são penumbrais, o que significa que são praticamente imperceptíveis a olho nu por causa da pouca redução do brilho lunar. Período de 26 de maio – início=7h22, meio=9h03, fim=10h53.
 * Visibilidade parcial no extremo oeste do Brasil. Período de 24 de junho – início=17h28, meio=18h27, fim=19h35.
 * Visível no território brasileiro exceto no extremo oeste do Acre. Período de 19 e 20 de novembro – início 20h32, meio=22h46, fim=1h01. Visível em todo o território brasileiro.

Redação Ambientebrasil

Como a Lua nasce e se põe?

A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à meia-noite. Após esse dia, a fração iluminada da face visível continua a crescer pelo lado voltado para o oeste, até que atinge a fase Cheia. Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de 180°, ou 12h. 6h do dia seguinte.

É correto afirmar que a Lua possui brilho próprio?

Apesar de ser o segundo corpo mais brilhante no céu, atrás somente do Sol, a Lua não possui brilho próprio, sendo iluminada pela luz solar. Conforme a Lua se desloca em torno da Terra durante o mês, ela apresenta quatro aspectos diferentes, que são as fases da Lua.

Como se explica o brilho da Lua?

Esse é um dos mais clássicos. Não, a Lua brilha porque sua superfície está refletindo a luz emanada pelo Sol. Da mesma forma, podemos ver outros planetas do nosso Sistema Solar no céu noturno como "estrelas brilhantes" porque eles estão refletindo a luz do Sol.

Porque a Lua brilha só de um lado?

Com o passar dos anos, a Lua sincronizou o seu movimento de rotação e de translação com a Terra, ou seja: enquanto completa uma volta em torno da Terra (translação), a Lua também completa uma volta em torno de si mesma (rotação). Isso faz com que ela tenha sempre a mesma face voltada para o nosso belo planeta azul.

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