O Tempo da Superpopulação
Segundo Thomas Malthus, a população tente a crescer num ritmo mais acelerado que a produção de alimentos, o que, em certo momento, originaria fome e diversos outros problemas sociais decorrentes. Atualmente, em um planeta de 7 bilhões de habitantes, discute-se muito sobre a questão do crescimento populacional desordenado e sobre possíveis soluções para tal. No entanto, os problemas os originários da superpopulação estão relacionados ao ritmo do crescimento populacional e não somente ao simples crescimento. Por essa razão, deve-se analisá-lo levando em conta as particularidades de cada país, a fim de propor soluções a esses problemas e não buscar meios de se impedir o crescimento populacional.
O elevado número de pessoas no mundo traz consigo inúmeros problemas sociais e até mesmo ambientais, uma vez que causa o maior crescimento das cidades, acentua as desigualdades e problemas relativos à violência, aumenta o consumo e produção de dejetos, intensifica a destruição da natureza, afinal a velocidade de destruição é maior que a necessária à sua recuperação. Sob estes aspectos, deve-se buscar formas de minimizar os efeitos dessa superpopulação tanto à sociedade, quanto ao meio ambiente.
O crescimento populacional não deve ser visto exclusivamente como um problema, visto que é necessário à manutenção de uma faixa populacional ativa e contribuinte; o problema reside no ritmo acelerado no qual acontece, o que impede o meio natural de se recuperar e não permite que o Estado planeje meios de adequar as cidades à população, melhorando sua qualidade de vida e assegurando seu bem estar. Dessa forma, deve-se propor soluções que visem à redução do ritmo de crescimento populacional, a exemplo de programas de controle da natalidade e planejamento familiar.
O elevado crescimento populacional ao longo dos anos levou a uma superpopulação e poderá causar ainda mais problemas à sociedade e à natureza caso não tenha seu ritmo diminuído, uma vez que dificulta a recuperação da natureza e a implantação de projetos sociais por parte do Estado, a fim de melhorar a qualidade de vida da população. Previsões maltusianas quanto ao crescimento populacional, não devido à falta de alimentos, mas à falta de acesso a eles e a muitos outros fatores que melhorariam a vida das sociedades.
Por Favor, deixem uma opinião sobre a redação e uma nota ;D
tfrg
Mensagens : 1
Pontos : 3
Data de inscrição : 09/10/2012
GostoNão gosto
Imagine um planeta com apenas um terço da população atual vivendo nas mesmas cidades onde moramos, consumindo os mesmos alimentos, tendo acesso aos mesmos recursos. Esse era o cenário nos anos 50, quando a população mundial era equivalente a 2,5 bilhões de habitantes. Nos dias atuais, já passamos da marca de 7,7 bilhões. Embora o ritmo de crescimento populacional esteja cada vez menor, estimativas da Organização das Nações Unidas estimam que até o fim do século seremos 11 bilhões de habitantes, quando então a população tenderá a se estabilizar e depois diminuir.
Mesmo com a queda na taxa de natalidade, o crescimento populacional se dá pelo aumento da expectativa de vida, que chega a 80 anos em vários os países e passa dessa marca em muitos outros. As pessoas estão vivendo cada vez mais e melhor, mas isso nos chama a atenção por acarretar impactos ambientais, tais como a exaustão e escassez de recursos naturais.
Um dos problemas mais sérios será a geração e destinação correta (ou não) dos resíduos. Estimativas preveem que em 30 anos, metade da população mundial sofrerá as consequências de uma natureza gravemente desequilibrada, com a presença de escassez de alimentos, dificuldade de acesso à água potável, falta de coleta de resíduos e mais plásticos do que peixes nos oceanos.
Atualmente são gerados 1,4 bilhão de toneladas de resíduos sólidos urbanos, o que corresponde a uma média de 1,2 kg por pessoa/dia. Cerca de metade dessa quantidade é gerada por 15% dos países mais desenvolvidos do mundo. Mantido o ritmo de crescimento na geração de resíduos, em 2030 serão 2,2 bilhões de toneladas por ano e 4 bilhões em 2050, considerando a previsão populacional de 9 bilhões de habitantes. O que assusta é o fato da geração de resíduos, consequente demanda de recursos naturais e descarte incorreto aumentar muito mais rápido que o crescimento da população.
Falamos do custo ambiental disso, mas também devemos contar com o custo financeiro do gerenciamento dos resíduos. Cerca de 20 a 30% dos orçamentos municipais ao redor do mundo são direcionados para a coleta, tratamento e destinação dos resíduos. Entretanto, a conta poderia ser muito mais salgada, pois apenas 800 milhões de toneladas – das 1,4 bilhão geradas - são efetivamente coletadas. Ou seja, 600 milhões de toneladas de resíduos são lançadas diretamente no meio ambiente por ano, sem o menor tratamento ou recolha.
E a conta é bem simples para entender esse aumento exponencial na geração dos resíduos: a população cresceu rapidamente no século passado, teve acesso à renda, aumentou o padrão de consumo e, consequentemente, a produção de resíduos. Conforme o nível de desenvolvimento/riqueza de um país aumenta, a fração orgânica do resíduo diminui e o número de embalagens plásticas, metais, vidros e papéis aumenta.
O mercado global de resíduos movimenta mais de 400 bilhões de dólares por ano ou 2 trilhões de reais, em cotação atual. Mesmo com um percentual baixo de reciclagem e de reaproveitamento do lixo em diversos cantos do mundo, esse número poderia facilmente duplicar ou triplicar se houvesse mais empenho de governos e aplicação das legislações ambientais em sua totalidade.
Não existe uma solução mágica e única para o problema de resíduos agora e no futuro, tudo que envolve a coleta, tratamento e destinação final de resíduos é cara e possui um impacto ambiental elevado. O desafio é escolher quais as melhores alternativas, diante do cenário de cada país ou município.