Doenças de pele causadas por estresse

Em casos de estresse crônico, é possível o agravamento de doenças como dermatite atópica, psoríase e urticária.

Em 26/10/2019 às 12:31 2 minutos de leitura

O estresse faz mal à pele? Primeiro, é importante lembrar que o estresse é um mecanismo fisiológico, uma defesa natural do organismo que nos ajuda a sobreviver. Ele provoca a liberação de mediadores químicos, como a adrenalina, que nos faz reagir com mais eficiência a situações de perigo, por exemplo.

Porém, quando o estímulo se torna crônico, ele pode causar muitos danos à saúde, inclusive à pele. Isso acontece porque o estresse pode provocar excesso de cortisol. Em doses elevadas, o hormônio é capaz de afetar o sistema imunológico e provocar ou agravar uma série de enfermidades.

Quais males o estresse causa à pele

  • Dermatite Atópica: Processo inflamatório que causa lesões avermelhadas na pele que coçam muito e podem descamar. Pode estar relacionada a doenças como bronquite, asma e rinite. Além do estresse e tensão emocional, outros fatores como frio intenso, ambientes muito secos, tecidos de lã, calor e transpiração são gatilhos das crises.
  • Psoríase: Doença inflamatória crônica caracterizada por escamas e manchas secas, que geralmente se formam nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Em 30% dos casos, é provocada por fator genético. A psoríase é agravada principalmente por estresse, exposição ao frio e álcool.
  • Urticária: Irritação cutânea que pode surgir de repente em qualquer região do corpo. Pode ser aguda, quando dura menos do que 6 semanas e não deixa cicatrizes. Também pode ser crônica, quando permanece por um longo período, podendo durar meses ou anos. O estresse não é a causa principal da urticária, no entanto, pode piorar os sintomas.
  • Vitiligo: Redução ou falta de melanina (pigmento que dá cor à pele) em diversas regiões do corpo, onde surgem manchas brancas. O estresse é um fator comum em pacientes com vitiligo, podendo desencadear o início da doença caso a pessoa já tenha predisposição genética.

Vale lembrar que é comum que pessoas com doenças de pele sofram preconceito e até afastamento social. No entanto, nenhuma das doenças mencionadas acima é contagiosa.

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E  como posso melhorar o estresse?

O estresse atinge as pessoas de diferentes formas. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais de que ele pode estar fazendo mal à saúde, Desse modo, observe os comportamentos que fogem do padrão habitual. Alguns sinais são importantes, como dificuldade para dormir, ou dormir a noite inteira e acordar sem se sentir descansado; falta de energia para fazer as atividades do dia a dia; e irritação exagerada, em especial com os outros. Em muitos casos, é alguém que convive com a pessoa que costuma alertá-la de que algo não vai bem.

Para driblar o problema, é preciso identificar a causa do estresse. Desse modo, a recomendação principal é se afastar do problema. Se não for possível, é necessário buscar uma forma de lidar com a situação. Medidas que ajudam a desestressar incluem dormir bem, fazer terapia, ter momentos de lazer, praticar atividade física (mas sem a cobrança por um desempenho profissional) e investir tempo em hobbies que não estejam ligados ao trabalho do dia a dia.

Além disso, é importante ter em mente que não se deve fazer nenhuma automedicação e nem abusar do álcool como forma de se anestesiar e ocultar os problemas. Se as ações mencionadas não forem suficientes para relaxar, procure ajuda especializada.

Com informações do Portal Dráuzio Varella.

Quando estamos com vergonha ou com raiva, ficamos vermelhos; quando há medo, a palidez toma conta da nossa pele. Esses exemplos nos mostram como a pele está diretamente ligada à expressão das emoções e, no caminho inverso, também pode sofrer as consequências de uma saúde mental que precisa de atenção.

E relação entre as emoções e a pele

A pele é o maior órgão do corpo humano. Reveste todo o nosso corpo e tem a função de proteger o corpo do ambiente externo, além de permitir que identifiquemos importantes sensações como dor, frio e calor.

Além de se comunicar diretamente com o sistema nervoso central, que leva informações ao cérebro, é feita do mesmo material embrionário do cérebro, o ectoderma. Ou seja, as relações entre as emoções – geradas no cérebro e não no coração – e a pele são intrínsecas.

Portanto, a pele pode ser diretamente afetada por questões emocionais, podendo variar o tipo e a intensidade de problema de pele de acordo com cada pessoa. Inclusive, de 30% a 50% de pessoas com doenças de pele possuem alguma queixa de saúde emocional.

As principais doenças de pele provocadas pelas emoções

Algumas doenças emocionais de pele são provocadas exclusivamente pelas reações à saúde emocional, enquanto outras estão latentes e podem aparecer através de momentos de grande estresse, tensão ou trauma. Isto quer dizer que as emoções têm tanto o poder de desenvolver uma doença de pele quanto de ser o gatilho para uma doença que já existia e precisava de uma brecha para aparecer ou se desenvolver.

Veja, a seguir, as principais doenças de pele de ordem emocional:

  1. Dermatite Atópica (eczema): semelhante a uma irritação na pele, o eczema se mostra como uma mancha vermelha que deixa a pele com um aspecto seco na região em que aparece. Geralmente é causada por irritação ou alergia, mas pode surgir por estresse e tensão.
  2. Queda de cabelos: a perda prematura ou em grandes volumes de cabelos muitas vezes está diretamente ligada ao estresse. Quando em altos níveis de tensão, o corpo libera altas doses de cortisol, que diminui o ciclo natural de crescimento dos fios, além de estimular a queda.
  3. Psoríase: quando há o acúmulo de células na pele, elas podem começar a escamar e coçar, causando a psoríase, que pode ser engatilhada por baixas imunológicas e situações de estresse. Apesar de não ser contagiosa, ainda há preconceito com pessoas que desenvolvem psoríase, o que pode agravar ainda mais o seu estado emocional.
  4. Rosácea: manifesta-se através de manchas avermelhadas no rosto, na área acima das bochechas e costuma ser mais comum em mulheres de meia idade com pele mais clara. Pode causar bastante vermelhidão e até secreção dependendo do nível e pode ser desencadeada por fatores emocionais.
  5. Vitiligo: a pele só possui cor devido à presença de melanina. Quando há uma falta de melanina em pontos específicos do corpo, ocorre o vitiligo, causando manchas brancas aleatórias na pele, podendo afetar qualquer parte do corpo em quem tenha predisposição genética. Geralmente o vitiligo é desencadeado por um momento de forte tensão emocional.
  6. Onicofagia ou cutisfagia: a mania de roer as unhas (onicofagia) ou morder as bordas das unhas – falanges (cutisfagia), geralmente ocorre por desequilíbrios emocionais ligados principalmente ao estresse e ansiedade. Isso pode desenvolver infecções dermatológicas maiores além de poder contribuir para entrada de vírus e bactérias no organismo.

O que fazer com doenças de pele emocionais

As doenças de pele citadas acima e ainda algumas outras podem ser desenvolvidas, desencadeadas ou agravadas por aspectos emocionais. Ao perceber qualquer anomalia na pele é importante procurar um dermatologista, que indicará o tratamento adequado para o problema, além de investigar a possível causa, podendo até mesmo indicar um psiquiatra.

Além disso, é importante que você perceba como anda a sua saúde emocional. Estresse, tensão e ansiedade fazem mal à pele e a outros órgãos e sistemas do organismo, devendo ser tratadas para evitar doenças somáticas. 

Procure ajuda profissional sempre que houver algum tipo de sofrimento emocional ou mesmo de forma preventiva. Assim, você garante mais resistência e bem-estar para a sua saúde física e mental.

Como são as manchas de estresse?

Como as manchas se caracterizam? “Em geral se formam nos braços e pernas e causam muito prurido (coceira). No caso das dermatites em geral, aparecem no centro da face, ao redor do nariz ou na fronte e atrás das orelhas. Nesse segundo caso não há prurido”, explica Aribi.

O que a ansiedade faz na pele?

Saiba que não são só as olheiras e espinhas que podem aparecer com o estresse que vivemos, a nossa pele também sofre com ressecamento e, em alguns casos, a ansiedade pode agravar doenças relacionadas a pele como eczemas, vitiligo, caspa, alopecia, herpes e psoríase.

Como tratar dermatite de estresse?

O tratamento deve ser recomendado por um dermatologista e, geralmente, consiste no uso de medicamento antialérgico para aliviar a coceira e a vermelhidão da pele, podendo até ser recomendado a utilização de corticoides, oral ou pomada, se as reações da alergia durarem mais de duas semanas e forem muito fortes.

O que é dermatite emocional?

A Dermatite Nervosa, também conhecida popularmente como alergia nervosa, é uma alergia que aparece após momentos de muito estresse ou problemas emocionais, podem surgir de forma localizada e em qualquer parte do corpo.

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