O que é a teoria construtiva?

Você já ouviu falar do construtivismo? Essa concepção, que norteia as práticas pedagógicas da Santi, é uma teoria de aprendizagem desenvolvida no início do século XX que busca colocar o aluno como centro de seu processo de ensino, partindo de seus saberes e experiências particulares, criando situações que estimulem a criação de hipóteses que variam segundo as individualidades de cada um. Você pode conhecer um pouco mais sobre as ideias do construtivismo e como elas se aplicam na Santi clicando aqui, mas hoje nós vamos conhecer um pouco mais da história do criador dessa teoria, Jean Piaget, e explicar a importância de suas ideias para a educação ainda nos dias de hoje. Vamos lá?

Quem foi Jean Piaget?

Jean William Fritz Piaget, nascido na cidade de Neuchâtel, na Suíça, em 1896, que viria a se tornar, possivelmente, o nome mais influente do campo da educação durante a segunda metade do século XX por conta do seu trabalho sobre a inteligência e o desenvolvimento infantil, que serviu de base para diversos estudos da área da psicologia e da pedagogia. 

Filho de professor universitário e interessado por história natural desde muito cedo, Piaget já era considerado um garoto prodígio ainda na infância. Aos sábados, trabalhava gratuitamente no Museu de História Natural de sua cidade, e ainda aos 11 anos publicou seu primeiro trabalho científico na revista da Sociedade dos Amigos da Natureza de Neuchâtel. sobre a observação de um pardal albino, que daria início à sua brilhante carreira como pesquisador. Sua vida acadêmica tem início na Universidade de Neuchâtel, onde estudou filosofia e biologia, conquistando com apenas 22 anos o seu doutorado em biologia. Após se formar, Piaget foi para a cidade de Zurique, onde trabalhou como psiquiatra em uma clínica e frequentou aulas lecionadas pelo importante psicoterapeuta Carl Jung, experiências que, posteriormente, viriam a se tornar essenciais no processo de elaboração de suas teorias. Em 1919, um ano após a defesa de seu doutorado, ingressa na Universidade de Paris, onde é convidado para trabalhar no laboratório do famoso psicólogo infantil Alfred Binet, responsável por desenvolver testes de inteligência padronizados para crianças. Então, Piaget inicia seus estudos experimentais sobre a mente humana e o desenvolvimento de habilidades cognitivas, principalmente em crianças, mesclando os conhecimentos de psicologia e biologia que vinha acumulando desde a adolescência. Em 1921, retornou a seu país natal, a Suíça, para se tornar diretor de estudos no Instituto Jean Jacques Rousseau, da Universidade de Genebra. Foi lá que Piaget iniciou a parte mais importante de seu trabalho, observando brincadeiras de crianças e registrando meticulosamente suas palavras, ações e processos de aprendizagem para compreender o desenvolvimento gradual de seu raciocínio e pensamento lógico, inclusive publicando o seu primeiro livro, intitulado “A linguagem do pensamento da criança”, em 1923. Dois anos depois, começa a lecionar Psicologia, História da Ciência e Sociologia, na cidade de Neuchâtel. Em 1929, passa a lecionar História do Pensamento Científico, em Genebra. Por incrível que pareça, outro fator crucial para que Piaget pudesse trabalhar suas ideias foi justamente o seu casamento, também em 1923, com Valentine Châtenay. Com ela, o pesquisador teve três filhos, duas garotas e um garoto, e parte considerável de suas pesquisas foram influenciadas por estudos e observações de seus próprios filhos que fez em conjunto com sua esposa, que levaram à várias teses sobre as fases do desenvolvimento cognitivo na década de 30.  

Piaget lecionou e trabalhou em algumas das maiores universidades europeias, inclusive sendo o único suiço a ser convidado a lecionar na Universidade de Sorbonne, em Paris, segundo registros. Foi membro do Conselho Executivo da UNESCO, assumindo por diversas vezes a subdireção geral do Departamento de Educação e fundou  o Centro Internacional para Epistemologia Genética,  em Genebra, destinado a pesquisas interdisciplinares sobre a formação da inteligência. Foi na Suíça, inclusive, que Piaget orientou o doutorado de Emilia Ferreiro, famosa psicóloga, pesquisadora e escritora argentina responsável por difundir as ideias construtivistas na América Latina. 

Ao longo de sua vida, Piaget escreveu mais de 75 livros, incluindo “Biologia e Conhecimento”, considerado a principal obra de sua maturidade, e centenas de pesquisas e trabalhos científicos. Morreu em Genebra, em 17 de setembro de 1980, aos 84 anos, deixando um vasto legado na área da educação e da psicopedagogia. 

Quais eram suas teorias? 

Em suas pesquisas, Jean Piaget constatou que o desenvolvimento do indivíduo acontecia segundo sua atuação no meio onde está inserido, sendo diretamente influenciado por fatores biológicos e outras experiências anteriores que adquiriu ao longo de diversas situações na vida. A base de seu trabalho explica que, ao observar minuciosamente o desenvolvimento do conhecimento das crianças, melhor podemos entender a natureza do conhecimento humano como um todo. Suas teorias relatam que o raciocínio lógico de uma criança acontece de forma distinta ao de um adulto, e por isso, é preciso criar uma abordagem educacional voltada para esse período, inserindo o aluno como o centro do seu aprendizado e valorizando as hipóteses e ensinamentos que já haviam assimilado antes. 

Como suas ideias ecoam nos dias de hoje?

O trabalho de Piaget para compreender a evolução do raciocínio lógico em crianças revolucionou de vez a pedagogia tradicional de sua época, que entendia a criança como uma espécie de “papel em branco” sendo preenchido pelas informações ali depositadas. Para o psicopedagogo, educar é “provocar atividade”, estimulando a procura do conhecimento. De suas ideias, surgiu a teoria construtivista, que vem ganhando espaço no cenário educacional brasileiro  e se torna ainda mais essencial para os dias de hoje. Diante de um mundo em constantes transformações e constantes desafios, é preciso olhar para o aluno de forma integral e entendê-lo como ser humano, que sente, que raciocina e que vivencia inúmeras situações em sua vida. É preciso proporcionar oportunidades e situações para que essas experiências sejam valorizadas e refinadas, estimulando o conhecimento, a reflexão e o respeito para formar adultos éticos e capazes de lidar  com as dificuldades do mundo real. Aqui na Santi, temos um currículo orientado por essas propostas, estimulando a resolução de problemas e trazendo temáticas atuais e relevantes para dentro da sala de aula. Buscamos proporcionar às crianças um aprendizado significativo e contextualizado, que levarão até a maturidade.

Quer saber mais sobre a proposta construtivista e como ela influencia o dia a dia da Escola Santi? Entre em contato conosco! Estamos preparados para te receber e contar tudo sobre a nossa proposta de ensino. 

O que é uma teoria construtivista?

Construtivismo é uma teoria sobre a origem do conhecimento que considera que a criança passa por estágios para adquirir e construir o conhecimento. Tem como objeto de estudo da alfabetização a língua escrita (Nunes, 1990).

O que é aprendizagem construtiva?

Em resumo, a ideia central do Construtivismo prega que a aprendizagem é construída. Isso significa que os alunos devem construir novos conhecimentos a partir daqueles que viram anteriormente. Ou seja, a cada “caminho percorrido” os conhecimentos vão se agregando e expandindo o cenário sobre determinado tema.

O que é uma abordagem construtiva?

O que é o construtivismo? A base da abordagem construtivista consiste em considerar que há uma construção do conhecimento e que, para que isso aconteça, a educação deverá criar métodos que estimulem essa construção, ou seja, ensinar “aprender a aprender”.

De quem é a teoria do construtivismo?

'Construtivismo' é um termo adotado por diversas abordagens filosóficas contemporâneas. Surgiu com a obra de Piaget, e desde então vem sendo apropriado por abordagens das mais diversas orientações ontológicas e epistemológicas.

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