Por que a baixa taxa de natalidade têm sido um problema para os países desenvolvidos?

O mistério da constante queda das taxas de natalidade

Data: 10 de maio de 2016

Com a crise financeira mundial, as taxas de natalidade diminuíram nos países desenvolvidos, como esperado. Mas a queda constante é um enigma.

Embora nunca tenha vivenciado a experiência de ser pai, o Papa Francisco incentiva o aumento da natalidade. “O grande desafio da Europa é voltar a ser a mãe Europa”, disse no ano passado, além de sugerir que os jovens têm poucos filhos porque preferem os divertimentos das férias. A Europa assiste cada vez mais a uma diminuição do nascimento de crianças, sobretudo nos países católicos como Itália e Espanha. Mas essa tendência não se limita à Europa: nos Estados Unidos e na Austrália os jovens também estão optando em ter menos filhos.

Em 2008, nasceram 5.469.000 bebês nos países da União Europeia, porém o número reduziu-se a 5.075.000 em 2013, uma diminuição de mais de 7%. Em razão dessa tendência de queda, a empresa Kimberly-Clark, fabricante de fraldas Huggies, anunciou em 2012 que iria desativar a maioria de suas fábricas na Europa. Nos EUA a taxa de fecundidade caiu de um nível máximo de 2,12 em 2007 para 1,86 em 2014. Segundo as estimativas de Ken Johnson, um demógrafo da Universidade de New Hampshire, nasceram menos de 2,3 milhões de bebês nos EUA nos últimos anos.

Essa diminuição nas taxas de natalidade foi um acontecimento esperado. A ansiedade em relação à estabilidade, tanto no trabalho quanto financeira, desestimulou o projeto de ter filhos. Mas a queda nessas taxas nos países ricos, que começou de uma maneira previsível transformou-se em um problema difícil de descobrir a causa.

As taxas de fecundidade diminuíram em países em condições econômicas dramáticas, como Grécia e Itália. Porém caíram também em países que não foram tão afetados pela crise financeira mundial, como Austrália e Noruega. Embora a queda das taxas de natalidade nos EUA fosse previsível, o fato de não ter se recuperado após sete anos é um fenômeno estranho. “Em minha opinião as mulheres estavam apenas adiando o projeto de ter filhos e que em algum momento as taxas se normalizariam”, disse Johnson. “Agora, começo a duvidar que isso algum dia aconteça.” Na Grã-Bretanha a diminuição foi mais tardia: as taxas de fecundidade caíram de 1,92 para 1,81 entre 2012 e 2014. Já na França os casais não se preocuparam com a crise econômica e as taxas de fecundidade permaneceram estáveis.

Alguns casais adiam a ideia de terem filhos não porque não podem sustentá-los, e sim por causa de uma vaga sensação que a vida familiar é bem mais difícil do que antes. No ano passado, uma pesquisa da Pew realizada em 11 países desenvolvidos revelou que 64% dos entrevistados achavam que as crianças atuais teriam um futuro pior do que seus pais. É possível que o pessimismo em relação aos tempos difíceis tenha se difundido até mesmo em países com economias mais fortes.

Fonte: Opinião & Notícia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Em demografia, por taxa de natalidade, ou ainda taxa bruta de natalidade, deve entender-se o número de nados-vivos que nascem anualmente por cada mil habitantes, em uma determinada área.[1]

A taxa de natalidades de uma região é o número de nascimentos por 1000 habitantes (nesta região) em um ano.

Dado que a fertilidade feminina ou masculina não é o único fator que determina o aumento/diminuição desta taxa, deve-se ter em conta uma série de outros fatores que estão relacionados com esse aumento/diminuição: sociais, fisiológicos e outros. Desta maneira, a taxa de natalidade nos países desenvolvidos é, em geral, mais baixa (devido a esta baixa natalidade estes países tem tido prejuízos econômicos e correm o risco de terem prejuízos econômicos ligados à previdência, desta forma, nações como a Dinamarca tem feito campanhas para aumentarem a natalidade [2]), enquanto que nos países em desenvolvimento a taxa de natalidade é, em geral, superior face ao desconhecimento ou não-divulgação de métodos contraceptivos e à tendência para seguir tradições familiares e religiosas.

Nos Estados Unidos observa-se que a fertilidade para mulheres com renda familiar entre os 10% mais ricos aumentou 46% nos últimos 30 anos e, tal fenômeno está sendo atribuído ao fato destes segmentos sociais poderem pagar por serviços de assistência domiciliar - como refeições preparadas, babás e creches - devido ao aumento contínuo da desigualdade de renda. [3]

A tendência da população brasileira nas últimas décadas tem sido, diminuir a natalidade.

Nota: Não deve ser confundida com a Taxa de Fecundidade Total (TFT) ou Taxa de Fertilidade Total (TFT) que mede o número médio de filhos por mulher em idade fértil, ou seja, de 15 a 49 anos (é uma estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo, mantidas constantes as taxas observadas na referida data, geralmente é medida por ano e por área geográfica que pode ser por país, estado, região, cidade, etc). Fórmula : TBN = N / PT × 1000 = ... ÷

| | Taxa bruta N° de natalidade Da  : População média Natalidade

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Lista de países por taxa de natalidade
  • Lista de unidades federativas do Brasil por taxa de natalidade
  • Taxa de fecundidade
  • Lista de Estados soberanos e territórios dependentes por taxa de fecundidade
  • Lista de unidades federativas do Brasil por taxa de fecundidade

Referências

  1. "População" - Indices e "Perspectivas" no site População do Google
  2. //www.dailymail.co.uk/news/article-3627629/Denmark-sees-baby-boom-nine-months-running-campaign-urging-people-sex.html
  3. «Serviços de assistência domiciliar baratos podem ajudar mães ricas a ter mais filhos»

Por que a baixa taxa de natalidade preocupa os países desenvolvidos?

Taxa de fecundidade Já nos países desenvolvidos, há um declínio dessa taxa, refletindo no envelhecimento populacional e na diminuição da população economicamente ativa (população inserida no mercado de trabalho).

Quais são as consequências da taxa de natalidade?

Como consequências, tem-se a redução da natalidade e o aumento da população acima de 60 anos, levando ao envelhecimento da população e ao início do processo de transição da estrutura etária brasileira.

Quais as principais desvantagens da queda na taxa de natalidade?

Especialistas alertam, no entanto, que a consolidação dessa configuração familiar reduzida aliada ao crescimento da esperança de vida significará, em um futuro próximo, menos profissionais jovens no mercado de trabalho, mais custos com aposentadorias e um risco de queda no crescimento econômico.

Que fatores contribuem para a baixa taxa de natalidade?

Fatores como urbanização, queda da fecundidade da mulher, planejamento familiar, utilização de métodos contraceptivos, a mudança ideológica da população entre outros têm interferido diretamente na redução desse crescimento populacional.

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