Quais os efeitos de uma política monetária contracionista e de uma política monetária expansionista?

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Política monetária é a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em circulação, de crédito e das taxas de juros controlando a liquidez global do sistema econômico.

Procura e oferta da moeda[editar | editar código-fonte]

A procura por moeda consiste na procura total por dinheiro para dois diferentes usos:

  • Moeda como ativo.
  • Moeda para transações.

A procura por moeda como um ativo decresce com o aumento da taxa de juros. Isso acontece porque quanto maior a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade de ter dinheiro líquido em mãos, já que o mesmo poderia estar depositado em alguma instituição financeira ou investido em obrigações do tesouro onde o rendimento dos juros estimularia o indivíduo a investi-lo.

A procura por moeda para transações como compra e venda de produtos e serviços é completamente independente da taxa de juros. A oferta de moeda também é ou não independente da taxa de juros e é controlada pelo banco central.

Política monetária expansiva e contracionista[editar | editar código-fonte]

Existem dois principais tipos de política monetária a serem adotados pelo governo; a política rigorosa e a política flexível.

A política monetária expansiva consiste em aumentar a oferta de moeda, reduzindo assim a taxa de juros básica e estimulando investimentos maioritariamente no setor privado. Essa política é adaptada em épocas de recessão visando aumentar a demanda agregada e gerar novos empregos.

Pelo contrário, a política monetária contracionista consiste em reduzir a oferta de moeda, aumentando assim a taxa de juros e reduzindo os investimentos no setor privado. Essa modalidade da política monetária é aplicada quando a economia está a sofrer alta inflação, visando reduzir a procura agregada e, consequentemente, o nível de preços. [carece de fontes]

Controle da oferta de moeda[editar | editar código-fonte]

O controle da oferta de moeda é realizado pelo banco central de diferentes formas, sendo a compra e venda de obrigações do tesouro nacional, num mercado de caracter aberto (Open market), a mais comum.

Quando o banco central decide reduzir a taxa de juros, a oferta de moeda deve ser aumentada e a operação de mercado utilizada é a compra de obrigações do tesouro nacional. Comprando esses activos dos bancos, o banco central esta, efetivamente, a fornecer moeda à economia, logo, a taxa de juros diminui. Esta prática denomina uma política monetária expansiva.

Logicamente, para aumentar a taxa de juros, a oferta de moeda deve ser reduzida e a operação de mercado utilizada é a venda de obrigações do tesouro nacional. Vendendo esses ativos aos bancos, o banco central está, na verdade, reduzindo a quantidade de moeda na economia aumentando assim a taxa de juros, denominando uma política monetária contracionista.

Teoria Quantitativa da Moeda[editar | editar código-fonte]

A Teoria Quantitativa da Moeda tenta explicar por quais razões as pessoas demandam por moeda.

  • Motivo Transacional: (Clássico), para meio de pagamento direto, exemplo: contas a pagar, consumos de bens e serviços anteriormente planejados.
  • Motivo Precaucional: (Clássico), para meio de pagamento referente a algum imprevisto de escassez.
  • Motivo Especulativo: (Keynes), Keynes aceita os dois motivos clássicos e acrescenta o motivo especulativo, que se traduz pela demanda por moeda a fim especulativo.

[carece de fontes]

Fórmula:

M.V=P.Y

onde; M=Volume de meio de pagamento(a quantidade de moeda DVBC e PMPP) Y=Nível de Produção P= Nível de Preço (Inflação/deflação/estabilização) V=Velocidade de circulação da moeda (velocidade-renda da moeda)

Esta teoria, desenvolvida pelos economistas chamados "monetaristas", mostra uma relação direta entre volume de moeda em circulação e PIB nominal (lado direito da equação), considerando-se a velocidade do dinheiro constante. Teoricamente, um aumento na quantidade de moeda implica um aumento proporcional no Produto Interno Bruto nominal.

Porém, muitos economistas argumentam que o aumento no PIB nominal se deve unicamente à mudança no nível de preço, já que o nível de produção de um pais em um determinado período de tempo depende exclusivamente da produtividade do pais que é uma função da tecnologia empregada. Neste caso, o PIB real se mantém constante apesar de um aumento no PIB nominal. Em outras palavras, a atividade económica do pais não progrediu, não houve geração de novos empregos e, consequentemente, a inflação acelerou afetando o poder de compra da população.

Política monetária do Banco Central Europeu[editar | editar código-fonte]

Objectivo[editar | editar código-fonte]

O Banco Central Europeu (BCE) tem como principal objectivo controlar o aumento anual do índice harmonizado de preços no consumidor dentro da zona euro, inferior a, mas próximo de, 2%, a médio prazo.

Estratégia política monetária[editar | editar código-fonte]

O BCE controla diretamente as taxas de juro diretoras, esta é a principal estratégia para controlar a inflação na zona euro, incide sobretudo:

  • Taxa da facilidade permanente de depósito: taxa de juro paga pelo BCE aos bancos comerciais, pelos depósitos de excedentes de liquidez que estes podem efetuar, junto do BCE.
  • Taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez: taxa de juro cobrada pelo BCE aos bancos comerciais, pelos créditos que estes podem obter, junto do BCE.
  • Taxa principal de refinanciamento: taxa mínima aplicada às operações de cedência de liquidez, efectuadas através de leilões semanais, por um prazo de duas semanas.

O governo tem por obrigação se impor no mercado monetário para que não haja abusos por parte da minoria que está no poder contra a maioria, que é a massa trabalhadora.

Guerra cambial[editar | editar código-fonte]

O termo é usado por diversos governos e economistas para descrever uma suposta disputa entre países envolvendo as suas moedas. O argumento é de que alguns países estariam “forçando” a desvalorização das suas moedas para beneficiar os seus ganhos com exportação. Os governos têm evitado um confronto directo com a China, mas muitos consideram o país asiático como vilão dessa disputa. Além de ser uma das principais economias do mundo, a China é uma das poucas a manter o regime de câmbio fixo.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Macroeconomia
  • Política econômica anticíclica
  • Política econômica procíclica
  • Sistema bancário livre

Referências

  1. «BBC: Entenda o debate em torno da 'guerra cambial' entre os países»

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Teoria do Capital

Quais são os efeitos da política monetária contracionista?

Política Monetária Contracionista O Banco Central aumenta a taxa de juros para diminuir a demanda por crédito junto aos bancos, reduzindo a circulação de moeda da economia e, com isso, a redução da inflação devido a diminuição da demanda.

Qual a diferença entre política monetária expansionista e contracionista?

A política expansionista tem como desvantagem deixar a economia sujeita à inflação, já que a demanda irá aumentar. Já a contracionista tem efeito contrário, ou seja, pode diminuir a demanda. Por isso, as duas estratégias devem ser muito bem pensadas, e feitas para um tempo determinado.

Quais os efeitos da política monetária contracionista sobre a taxa de desemprego e o nível geral de preços?

Quais são efeitos da Política Monetária Contracionista sobre a Taxa de Desemprego e o Nível Geral de Preços? Alternativas: A Taxa de Desemprego aumenta e o Nível Geral de Preços diminui. Alternativa assinalada A Taxa de Desemprego aumenta e o Nível Geral de Preços aumenta.

Como uma política monetária expansionista pode afetar a economia e a contracionista Quais os principais impactos nas empresas?

Política monetária restritiva ou contracionista Nesse cenário, o Banco Central pode aumentar a taxa de juros – encarecendo o crédito –, vender títulos públicos, reduzir o crédito para os bancos – elevando a taxa de redesconto – e até aumentando a taxa do depósito compulsório.

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