Quais são as etapas necessárias para a visualização das células no microscópio?

Realizar aulas diferenciadas nem sempre é uma tarefa fácil. Entretanto, em escolas que contam com um laboratório voltado para as aulas de Ciências e Biologia, é possível realizar uma maior quantidade de atividades práticas.

Infelizmente, algumas vezes, as escolas contam com microscópio, mas não possuem lâminas permanentes para a observação. Nesses casos, é papel do professor montar suas próprias lâminas para Microscopia.

Como preparar uma lâmina para Microscopia

Algumas lâminas são extremamente fáceis de se preparar; outras, no entanto, necessitam de uma estrutura laboratorial mais complexa. A seguir ensinaremos a técnica básica para a preparação de lâminas para a Microscopia. A partir desse procedimento, o professor será capaz de criar outras lâminas além das ensinadas aqui.

Para preparar a lâmina para Microscopia, precisaremos dos seguintes componentes básicos:

  • Lâmina para microscópio;

  • Lamínula;

  • Água;

  • Material biológico a ser observado.

Com apenas esses componentes, é possível observar uma variedade de estruturas. Veja alguns exemplos:

Lâmina para observar cloroplastos

Você pode preparar uma lâmina para observar cloroplastos da seguinte maneira:

  1. Inicialmente pegue uma lâmina e coloque uma folha de elódea (encontrada em lojas que vendem materiais para aquários) ou um folíolo de musgo;

  2. Coloque uma gota de água sobre essas estruturas;

  3. Cubra o material com a lamínula.

Com essa simples lâmina, é possível observar cloroplastos nas células sem nem mesmo ser necessária a utilização de corantes. Vale destacar que as folhas a serem observadas devem ser finas como as aqui recomendadas ou devem ser feitos cortes, que podem ser realizados com lâminas para barbear, por exemplo.

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Lâmina para observar grão de pólen

Para montar uma lâmina para observar o grão de pólen, a técnica é também bastante simples:

  1. Inicialmente pegue uma lâmina e coloque sobre ela alguns grãos de pólen retirados da antera de uma flor;

  2. Coloque uma gota de água sobre os grãos;

  3. Cubra o material com a lamínula.

Com essa lâmina, é possível observar os grãos de pólen de uma flor, que se apresentam, normalmente, arredondados e amarelados. Vale destacar que os grãos variam de uma espécie para outra.

Lâmina para observar células da boca

Diferentemente das lâminas acima, as lâminas para observar células da boca necessitam de corante. O procedimento, no entanto, também é bastante simples. Veja só:

  1. Inicialmente raspe levemente o interior da boca com um cotonete;

  2. Posteriormente, passe o material coletado sobre uma lâmina;

  3. Coloque uma gota de corante azul de metileno;

  4. Cubra o material com a lamínula.

Observe que, apesar do uso do corante, o procedimento é o mesmo daqueles citados anteriormente. A partir dessa ideia básica, é possível observar outras estruturas no microscópio, como micro-organismos presentes em uma gota de água.

Atenção:Lembre-se de que, para observar uma estrutura no microscópio, deve haver passagem do feixe de luz. Assim sendo, materiais muito grossos são impossíveis de serem visualizados, sendo necessária a realização de cortes.


Por Ma. Vanessa dos Santos

BIOLOGIA VESTIBULAR MEDICINA - LÂMINAS PARA VISUALIZAÇÃO NO MICROSCÓPIO DE LUZ

Para que um objeto possa ser observado no microscópio de luz é necessário que ele seja translúcido, o que possibilita a passagem de luz. Em observações pouco rigorosas, o corte de um tecido animal ou vegetal pode ser obtido com uma navalha. Já para análises mais detalhadas, utiliza-se o micrótomo, um aparelho que obtém cortes muito finos de um tecido.

Micrótomo, aparelho que permite a obtenção de cortes muito finos de tecidos.

Para obter cortes usando um micrótomo, o material biológico deve passar antes por duas fases: a fixação e a inclusão. A fixação consiste em usar substâncias químicas conhecidas como fixadores (formol, ácido acético, álcool) para matar rapidamente as células, conservando sua estrutura por longo período de tempo. Já a inclusão consiste em impregnar o material biológico com uma substância dura, o que facilita os cortes no micrótomo. A inclusão destinada a microscopia óptica geralmente é feita com parafina derretida pelo calor de estufa a aproximadamente 65º.

1 - O material é fixado.

2 - É feita imersão em parafina.

3 - O bloco de parafina solidificada é retirada da fôrma.

4 - O bloco contendo o material é submetido a cortes seriados no micrótomo.

Os cortes obtidos são colocados em lâminas de vidro e após a remoção da parafina com xilol, são corados. Os corantes evidenciam certas partes da célula, sendo que os mais comuns são: azul-de-metileno, lugol, nitrato de prata, verde-jânus, fucsina, tetróxido de ósmio, hematoxilina e eosina. Por fim, pinga-se uma gota de bálsamo-do-canadá (cola especial — resina de um pinheiro) sobre os cortes corados, cobrindo-os com uma lamínula.

1 - Transferência dos cortes para a lâmina utilizando pincel.

2 - Dissolução da parafina com xilol.

3 - Coloração.

4 - Aplicação de bálsamo-do-canadá para colocação da lamínula.

No detalhe, fotomicrografia ao microscópio óptico de um corte de fígado de mamífero preparado conforme a técnica de inclusão em parafina (aumento 160x). Existem outras técnicas, como o esfregaço e o esmagamento, que podem ser utilizadas para preparar lâminas.

Esfregaço

Essa técnica consiste em dissociar células em meio líquido, espalhando o material sobre uma lâmina de vidro. Observe, na sequência, como é feito o esfregaço de sangue e o de esfoliado de mucosa bucal. Esfregaço de sangue. Pinga-se uma gota do material na lâmina e, em seguida, usando outra lâmina, em uma inclinação de aproximadamente 45º, espalha-se bem o sangue, formando uma camada.

Lâmina de esfregaço sanguínea vista ao microscópio óptico (800x)

Lâmina de esfregaço sanguínea vista ao microscópio óptico (1000x)

Preparação de uma lâmina de raiz de cebola pela técnica do esmagamento.

1 - As pontas das raízes são cortadas e fervidas em orceína para amolecer e corar as células.

2 - As raízes são picadas e uma gota de orceína fria é utilizada.

3 - O preparo é coberto com uma lamínula.

4 - O preparo é esmagado por pressão do polegar.

                        

       Foto de micrografia de uma epiderme de cebola vista            Foto de micrografia de uma epiderme de cebola vista 

         através do microscópio óptico  (aumento de 150x)                  através do microscópio óptico (aumento de 640x)

Fotografia de um ramo da folha da Elodea

                      

                                                100x                                                                                                             400x

1000x

Micrografias da “folha” da Elodea vista ao microscópio óptico. Várias células são vistas, contornadas por parede celular e internamente apresentando cloroplastos, organelas circulares e esverdeadas.

Quais são as etapas de preparação para observar no microscópio?

Atenção: Lembre-se de que, para observar uma estrutura no microscópio, deve haver passagem do feixe de luz..
Inicialmente raspe levemente o interior da boca com um cotonete;.
Posteriormente, passe o material coletado sobre uma lâmina;.
Coloque uma gota de corante azul de metileno;.
Cubra o material com a lamínula..

Quais os procedimentos para observar uma célula no microscópio?

Colocar uma gota de corante sobre a epiderme (foi utilizado azul de metileno - fig 1e); Colocar a lamínula sobre a epiderme (figs 1f e 1g); Observar ao microscópio em diversos aumentos (fig 1h); Aumentos usados: Ocular de 5 X com Objetivas de 40/0,1 – 160/0,17 e 10/025 – 160/0,17.

Quais são os três fatores necessários para visualizar células em um microscópio óptico?

As partes essenciais do microscópio óptico comum são:.
uma fonte luminosa..
um sistema de lentes (condensador) para captar e focar a luz no espécime..
uma objetiva para formar e ampliar a imagem do espécime; e 4) uma ocular para ampliar a imagem formada pela objetiva..

Quais são as etapas do processamento da amostra biológica para o estudo em microscopia óptica?

Basicamente, o procedimento usual segue a ordem: fixação/desidratação/ secagem pelo método do "ponto crítico" e envolve as seguintes etapas: - Fixação das amostras (1 a 5 mm3) durante 2 h até 24 h ou mais. - Lavagem em solução tampão cacodilato ou fosfato, várias vezes.

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