O Continente Americano é uma porção de terras banhadas pelo Oceano Atlântico a leste e pelo Oceano Pacífico a oeste. Trata-se de dois blocos continentais ao norte e ao sul unidos por um istmo (pequena faixa de terras situadas entre dois mares). Observe o mapa abaixo:
Mapa físico do continente americano
Com uma população de quase 1 bilhão de habitantes e uma área territorial de 42.549.00 km², a América é o segundo maior continente (atrás apenas da Ásia) e conta com 14,2% da população mundial. Ao todo, são 35 países independentes e 16 colônias.
Eventualmente, esse continente é chamado de “Novo Mundo”, mas isso não significa que ele seja mais novo realmente que os demais continentes, pois essa denominação foi criada após o descobrimento pelos europeus, tratando-se, portanto, de uma visão eurocêntrica da América.
Na verdade, sob o ponto de vista geológico, o continente americano é considerado antigo, pois o seu relevo demonstra evidências de que esteja há mais tempo exposto aos agentes externos de transformação (vento, água, chuvas, clima, entre outros).
Falando em relevo, a estrutura física da América apresenta duas grandes cadeias de montanhas, uma localizada ao Norte, chamada de Montanhas Rochosas, e outra localizada ao Sul, chamada de Cordilheira dos Andes, ambas localizadas na parte oeste do continente e originadas pelo contato entre placas tectônicas.
Na parte leste da América – tanto no Norte como no Sul – existem alguns planaltos. São eles: Planalto Guiano (norte da América do Sul), Planalto Central Brasileiro, Planalto da Patagônia (na Argentina), Escudos Canadenses e os Montes Apalaches (oeste dos Estados Unidos).
Em termos de localização, a América encontra-se em três hemisférios diferentes ao mesmo tempo: o Norte, o Sul e o Oeste, sendo cortado pela Linha do Equador, pelo Trópico de Câncer e pelo Trópico de Capricórnio, sendo o único continente a se situar em todas as zonas térmicas da Terra.
Esse continente possui vários tipos de divisões regionais, das quais podemos destacar duas. Uma divide-o em América do Norte, Central e do Sul, e a outra o divide em América Latina e Anglo-Saxônica.
A América do Norte possui apenas três países: Canadá, Estados Unidos e México.
A América do Sul possui doze países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
A América Central possui vinte países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago.
As regionalizações do continente americano
Dessa forma, a América Latina engloba todos os países da América do Sul e Central em conjunto com o México, enquanto a América Anglo-Saxônica conta apenas com Estados Unidos e Canadá.
No campo econômico, registram-se na América grandes índices de desigualdade. Os países que fazem parte da América do Norte são os únicos desenvolvidos do continente, apresentando a maior parte do Produto Interno Bruto deste. Além disso, alguns países como Brasil, México, Argentina e Uruguai são considerados nações emergentes. Os demais são classificados como subdesenvolvidos.
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia
As estruturas geológicas representam as formações rochosas e as distintas gêneses do relevo terrestre. São subdivididas em crátons, bacias sedimentares e dobramentos modernos.
As estruturas geológicas – também chamadas de províncias geológicas – são as formações rochosas e estruturais que compõem a litosfera terrestre. Elas indicam, entre outras coisas, a composição do relevo, a sua idade aproximada e também as suas características mineralógicas. Por exemplo: os combustíveis fósseis encontram-se somente em bacias sedimentares, enquanto os escudos cristalinos possuem outros tipos de minerais.
Os principais tipos de estruturas geológicas são: os crátons (escudos cristalinos e plataformas continentais), as bacias sedimentares e os dobramentos modernos.
Os crátons são, por muitas vezes, chamados de escudos cristalinos ou maciços antigos, mas esses nomes indicam apenas um de seus dois subtipos, sendo o outro formado pelas plataformas continentais. Trata-se de províncias geológicas com idade antiga e apresentam, por isso, as mais antigas rochas do planeta, tendo sido muito desgastados pela ação dos agentes erosivos. Apresentam uma estrutura rochosa firme e relativamente plana, composta, principalmente, por relevos planálticos.
No Brasil, a Chapada Diamantina encontra-se sobre um escudo cristalino
As bacias sedimentares, por sua vez, são áreas formadas a partir da intensa deposição de sedimentos sobre uma área de depressão relativa ou absoluta, o que faz com que eles se acumulem em camadas ao longo do tempo e constituam as rochas sedimentares. Geralmente, esse acúmulo de sedimentos acontece em áreas oceânicas que, com o movimento das placas tectônicas, transformam-se posteriormente em áreas continentais. Como já dissemos, é nas bacias sedimentares que encontramos os combustíveis fósseis, como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral.
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Exemplo de rochas dispostas em camadas nas bacias sedimentares
Já os dobramentos modernos, inexistentes no Brasil, são áreas mais onduladas e marcadas pela formação de montanhas ou cadeias montanhosas. Encontram-se, geralmente, nas áreas de encontro entre placas tectônicas e são geologicamente recentes e instáveis. Um bom exemplo é a Cordilheira dos Andes, localizada na América do Sul, na zona de encontro da Placa Sul-Americana com a Placa de Nazca. As atividades vulcânicas são muito comuns nessas áreas e possuem, assim, uma composição predominante de rochas magmáticas e metamórficas.
A Cordilheira dos Andes é um exemplo de dobramento moderno
Por: Rodolfo F. Alves Pena