Qual a diferença entre irritação e alergia?

Quadros são mais comuns em tempo frio e causam confusão. Conheça as diferenças para tratar adequadamente.

Luiz Fujita Jr é jornalista, editor do Portal Drauzio Varella e criador do podcast Entrementes, sobre saúde mental. @luizfujitajr

Quadros são mais comuns em tempo frio e causam confusão. Conheça as diferenças para tratar adequadamente.

As duas condições causam sintomas parecidos, principalmente tosse . As alergias, porém, costumam durar mais tempo e provocam crises enquanto houver a presença de agentes irritantes.

A principal diferença entre as duas é o tipo de resposta que o organismo tem quando está em contato com o alimento.

A intolerância alimentar é muito mais frequente e pode afetar qualquer indivíduo sem histórico familiar, enquanto a alergia normalmente é um problema mais raro, grave e hereditário. Na alergia, há uma resposta imunológica imediata, isto é, o organismo cria anticorpos, como se o alimento fosse um agente agressor, e por isso os sintomas são generalizados.

A alergia alimentar é caracterizada por uma reação inflamatória a alguma substância presente no alimento ou na bebida quando ingeridos. Os principais sintomas costumam aparecer em até 2 horas após o consumo do alimento.

Sintomas da Alergia Alimentar:
Anormalidades na pele, como coceira, placas, inchaço ou vermelhidão;
Dores no abdômen e prisão de ventre;
Dificuldades para evacuar, geralmente com dores ou ardor;
Vômitos e diarreia;
Dificuldades para respirar e falta de ar;
Aftas;
Irritação nas narinas, que ficam congestionadas ou escorrendo.

Já no caso da intolerância alimentar, a inflamação vem de alimentos que são ingeridos diariamente, o que leva à hipersensibilidade alimentar ou a alergias tardias, nesse caso os sintomas aparecem em até 72 horas.
Sintomas da Intolerância Alimentar :

Diarreia ou prisão de ventre (e também alternância entre eles)
Barriga inchada
Gases
Enjoo
Vômito
Dor abdominal – cólicas intestinais
Dor de cabeça
Enxaqueca
Dificuldade em emagrecer
Sensação de queimação na garganta
Acne
Doenças auto-imunes
Artrite e dor articular
Sintomas respiratórios crônicos
Insônia
Problemas de pele
Sinusite, rinite e otite
Fadiga
Ansiedade e depressão
Dermatite
Aftas

O tratamento consiste em retirar da dieta o que causa os sintomas. As alergias alimentares tardias podem ser identificadas por meio de um teste denominado genericamente de Intolerância Alimentar mediada por IgG (realizado com exame de sangue).

1) Marcia Ferreira: Faço uso de antialérgicos diariamente. Quais os riscos que esse uso constante pode trazer para minha saúde?
Márcia, os antialérgicos ou anti-histamínicos são medicamentos usados no tratamento de doenças alérgicas e pertencem a duas classes:
1) Antialérgicos clássicos, chamados de primeira geração, são os mais antigos, podendo causar efeitos indesejáveis como a sonolência, sedação e aumento de apetite.
2) Antialérgicos não clássicos, chamados de “segunda geração” ou de “nova geração”, são mais modernos. O surgimento destes medicamentos foi um avanço, pois proporcionam alívio dos sintomas causando pouca sedação, com mínimos efeitos na atividade psicomotora.
Por isso, sempre que houver necessidade de uso de um antialérgico (ou anti-histamínico) por tempo prolongado, é recomendado o uso dos medicamentos de nova geração, obedecendo a prescrição médica.

2) Alanna Dantas: Uma crise de rinite pode se agravar para uma sinusite?
Sim, é possível, Allanna. A rinite é uma doença que parece simples e sem importância, podendo se confundir com gripes e resfriados. Contudo, trata-se de uma doença que se acompanha de inflamação da mucosa nasal de maneira persistente. A repetição das crises pode causar complicações, sendo a mais comum a sinusite, ou seja, a inflamação dos seios da face. Os sintomas mais comuns neste caso são: coriza catarral, gotejamento pós-nasal, dificuldade para respirar pelo nariz, cefaléia, dor de garganta, tosse, sensação de entupimento dos ouvidos. Vale lembrar que a rinite pode se associar a outras complicações, como por exemplo: amigdalites, otites, conjuntivites, laringites, traqueítes, tosse crônica, distúrbios do sono, etc.

3) Maisa Rodrigues: Qual a melhor solução para a rinite? Existe um tratamento que seja eficaz ou que melhore os sintomas?
Maisa, o tratamento da rinite permite o controle da doença e a prevenção das crises, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Tratar a rinite engloba vários cuidados:
1) Medicamentos de ação aliviadora, para resgate dos sintomas já instalados. Anti-histamínicos estão indicados, com preferência para os não sedantes.
2) Medicamentos controladores, que atuam na inflamação nasal, proporcionando condições para evitar crises. Corticóides inalados em forma de spray nasal são indicados para este fim. Estes medicamentos são formulados de maneira especial em doses mínimas (microgramas), permitindo o uso seguro à longo prazo.
3) Imunoterapia específica com aeroalérgenos (vacina para alergia): indicada nos casos onde a alergia for comprovada.
4) Controle ambiental e higienização contra ácaros, poeiras, fungos e outros fatores agravantes que possam piorar a doença.

4) Jéssica Fogaça: Gostaria de saber se dermatites de contato são necessariamente alérgicas, pois já fiz testes de alergias cutâneas e os resultados sempre são negativos. Uma pessoa pode ter dermatites de contato sem ser alérgica? Ou o teste pode dar um resultado falso negativo?
Jessica, existem dois tipos principais de dermatite de contato:
1) Dermatite de contato irritativa (DCI) e
2) Dermatite de contato alérgica (DCA)
A Dermatite de contato irritativa (DCI) é assim chamada porque não é alérgica. É causada pela irritação na pele e em geral resulta de produtos ácidos que têm ação irritativa e fazem surgir as lesões. Algumas substâncias são mais fortes - "irritantes primários absolutos" e causam dano na pele no primeiro ou em poucos contatos. Exemplo: produtos ácidos. Existem também as substâncias consideradas como "irritantes primários relativos" que são mais fracos e necessitam diversos contatos com a pele para que as lesões surjam. Exemplos: detergentes que provocam dermatite nas mãos.
A Dermatite alérgica de contato (DCA), contudo, depende de uma sensibilização, ou seja, a pessoa entra em contato com o produto, desenvolve uma reação imunológica (alérgica) específica, que vai gerar as lesões. Depois que se instala, a reação surgirá sempre que a pessoa voltar a ter contato com a substância.
Sendo assim, uma pessoa pode ter uma dermatite de contato irritativa sem ser alérgica. Neste caso, o teste de contato poderá ser negativo.
Outros fatores poderão ocasionar um resultado “falso negativo” no teste de contato, como por exemplo: a substância que causou a alergia não constava da bateria padrão (pode-se testar com o material próprio de cada caso). Ou ainda, se o paciente estiver em uso de medicamentos à base de cortisona, entre outros.

5) Cristina Holanda: Gostaria de saber a diferença entre alergia e intolerância. É a mesma coisa?
Não, Cristina. Alergia e intolerância não são a mesma coisa.
Alergia é uma reação imunológica contra uma substância à qual o indivíduo é sensível e pode causar reações variadas e graves. Já a intolerância é decorrente de uma dificuldade do organismo de assimilar determinado alimento ou medicamento, acarretando reações. Por exemplo, nos casos de intolerância ao leite, o organismo tem uma incapacidade de digerir a lactose, que é o açúcar do leite. Já na alergia ao leite, há um processo imunológico contra as proteínas do leite.
Os sintomas da intolerância são restritos ao trato digestivo (diarreia, prisão de ventre, dor, etc.), enquanto na alergia os sintomas podem acometer diversos órgãos e sistemas, como: pele, trato digestivo, respiratório, etc.  É importante ter a certeza do diagnóstico para poder orientar o tratamento que é bastante diferente em cada caso

6) Danielle Rocha: Estou na 13ª semana de gestação. Estou com rinite e sinusite. Qual é o tratamento recomendado?
Danielle, a rinite alérgica é uma doença muito vista em gestantes. Os sintomas principais são: espirros repetidos, coriza líquida, coceira em narinas, olhos, ouvidos, céu da boca, ouvidos e congestão nasal. Surge também gotejamento de secreção que escorre pela parte posterior do nariz, provocando pigarro ou tosse. Em alguns casos, pode acometer os seios da face e se acompanhar também de sinusite.
Os remédios de maneira geral podem ser usados com segurança para tratar a rinite na gravidez, mas sempre prescritos pelo médico. Além disso, é importante pesquisar os fatores de piora, que variam em cada pessoa. Ácaros da poeira domiciliar são importantes fatores agravadores da rinite alérgica e por isso recomendam-se os cuidados com o ambiente da casa e em especial do quarto da gestante.
O tratamento é escolhido de acordo com a gravidade pesando riscos e benefícios. Hoje existem medicamentos específicos autorizados para uso na gestação, controlando os sintomas nasais de forma segura tanto para a mãe como para o feto.

7) Rosilene Aquino: Minha filha tem alergia à proteína do leite. Isso passa?
Rosilene, a alergia à proteína do leite de vaca pode diminuir e até desaparecer com a idade. Mas, uma pequena parcela de pacientes permanece com sintomas até a idade adulta. Por isso, é importante que o tratamento seja orientado pelo médico especialista em alergia

8) Caroline Cozer: Quando rinite crônica pode virar asma, bronquite ou sinusite? Rinite crônica pode desencadear dermatites no corpo? Existe essa relação?
Caroline, a rinite alérgica e a asma são doenças que possuem características semelhantes em muitos aspectos. Além disso, a via respiratória se prolonga em harmonia desde o nariz até os pulmões em total continuidade. Por isso, uma das complicações da rinite é a piora ou provocação da asma. É muito importante que se dê atenção aos sintomas nasais, para que se possa melhorar a asma. Em alguns casos a rinite provoca sinusite, que por sua vez, complica a asma. Existe um tipo de alergia cutânea, chamada de dermatite atópica. A asma, a rinite e a dermatite atópica compõe a tríade atópica, com uma predisposição genética (hereditária) para maior produção do anticorpo da alergia (IgE). Na asma e na rinite, há um aumento da reatividade das vias respiratórias e na dermatite atópica, uma hiper-reatividade da pele.

9) Sandra Paulino: Tenho uma bebê de cinco meses e os médicos suspeitam que ela é APLV. No entanto, esse diagnóstico se baseia em observação. Existe algum exame que seja seguro e possa ser feito em bebês? APLV tem cura? Que tipo de tratamento pode ser feito?
Sandra, o diagnóstico da alergia a proteína do leite de vaca é clínico, podendo ser confirmado através de testes cutâneos ou no sangue, através da dosagem da IgE específica para o leite de vaca e para as proteínas.
Existem duas formas principais de APLV. A mais grave, e mais rara, é aquela em que a criança ao ingerir leite ou derivados apresenta crise de urticária (manchas na pele), edema (inchação) e sintomas respiratórios (falta de ar, coriza, etc.). Nessa forma, as reações imunológicas são mediadas pela IgE, que é uma classe de anticorpos típica das reações alérgicas e, por isso, essa reação é chamada IgE- mediada. Essa forma de APLV apresenta testes positivos para o leite e exame de sangue positivo para as proteínas do leite (dosagem da IgE específica para as proteínas do leite).
A outra forma de APLV é a mais comum e se manifesta apenas por problemas digestivos, como cólicas, vômitos e diarréia, às vezes até com sangue nas fezes. Essa forma de reação não é mediada por IgE e por isso nem os testes alérgicos e nem os exames de sangue são positivos. Por isso o diagnóstico de APLV é clínico.
A maior parte das crianças com APLV evolui espontaneamente para a cura entre os 3 e os 5 anos de idade. O tratamento, portanto, é fazer dieta de leite e derivados, para evitar as reações e permitir que o organismo vá desenvolvendo tolerância. Em crianças pequenas, o leite precisa ser substituído por outro, para manter a alimentação do bebê. É um trabalho complexo que deve ser feito pelo médico especialista, com apoio de nutricionista.

10) Lilia Medeiros: A pessoa pode desenvolver alergia a crustáceo de um dia para outro?
Lilia, a alergia ao camarão não surge no primeiro contato e por isso, a pessoa pode ingerir o alimento por diversas vezes antes de apresentar a alergia.
Em geral, quem manifesta alergia a camarão, tende a fazer também para outros crustáceos e por isso deve evitar não só o camarão como também siri, lagosta, mariscos, entre outros. Algumas pessoas são muito sensíveis e reagem mesmo com pequenas quantidades do alimento ou até à simples inalação do vapor durante o cozimento do camarão.

11) Beti Saran: Alergia é hereditária?
Beti, existe um fator hereditário relacionado à alergia. Ou seja, filhos de pais alérgicos têm mais probabilidade de serem alérgicos do que aqueles que não tenham pais com alergia. Na realidade, isto significa apenas que a probabilidade é maior, mas não que pessoas alérgicas sempre terão filhos obrigatoriamente alérgicos.
No caso das alergias respiratórias, estudos científicos demonstram que, quando ambos os pais são alérgicos, cerca de 50% dos filhos sofrem de alergia e quando apenas um é alérgico, esta porcentagem cai para cerca de 30%. No entanto, mesmo quando nenhum dos pais tem alergia, ainda há possibilidade de 10 a 20% de que a criança nasça alérgica.
Mas, para que a doença apareça, a genética interage com o ambiente, resultando na doença

12) Sabrina Rocha Tevardoski: Como podemos evitar uma crise alérgica (rinite e sinusite)?
Sabrina, a imunoterapia específica, popularmente conhecida como vacina para alergia, é muito eficaz no tratamento da rinite alérgica, pois induz a diminuição da sensibilidade aos agentes inalantes provocadores das crises. A imunoterapia induz uma série de alterações na resposta imune, reduzindo o grau de sensibilização (nível de anticorpos IgE e da reação nos tecidos), interferindo na inflamação característica da rinite alérgica, controlando a doença e evitando crises.

13) Fernanda Hack: Qual é o papel do leite materno para prevenção e tratamento das alergias alimentares?
Fernanda, o aleitamento materno tem inúmeras vantagens para a saúde do bebê. Em relação à alergia alimentar, ele retarda o contato da criança com proteínas estranhas, evitando assim que a criança se torne alérgica a esses alimentos.
O intestino do bebê é imaturo e ainda não tem as proteções naturais desenvolvidas. Isso possibilita que proteínas de alimentos “estranhos” penetrem através da parede do intestino e entrem em contato com o sistema imunológico de uma maneira “errada”, que pode sensibilizar a criança contra aquele alimento. Por isso, os alimentos devem ser introduzidos na dieta da criança gradativamente e na idade adequada e o aleitamento materno exclusivo deve ser estimulado até os 6 meses de vida

14) Roberta Braga: Tenho um filho de 4 anos diagnosticado com alergia alimentar a leite e soja. Já fizemos inúmeros exames e testes alérgicos e em nenhum deles deu positivo. Por que isso acontece?
Roberta, existem duas formas principais de alergia alimentar. A mais grave, e mais rara, é aquela em que a criança ao ingerir o alimento ou seus derivados apresenta cirse de urticária (manchas na pele), edema (inchação) e sintomas respiratórios (falta de ar, coriza, etc.). Nessa forma, as reações imunológicas são mediadas pela IgE, que é uma classe de anticorpos típica das reações alérgicas e, por isso, essa reação é chamada IgE- mediada. Essa forma de alergia alimentar apresenta testes positivos para o alimento (no caso, leite ou soja) e exame de sangue também positivo (dosagem da IgE específica para o alimento suspeito).
A outra forma de alergia alimentar é a mais comum e se manifesta apenas por problemas digestivos, como cólicas, vômitos e diarréia, às vezes até com sangue nas fezes. Essa forma de reação não é mediada por IgE e por isso nem os testes alérgicos e nem os exames de sangue são positivos. Essa forma de alergia deve ser a do seu filho. É menos grave e tem mais chance de desaparecer com a idade. A forma de comprovar é por dieta de exclusão do alimento, para ver se melhora dos sintomas, e depois de algumas semanas, a re-exposição ao alimento, para ver se os sintomas voltam. Este procedimento é importante para confirmação, mas só deve ser feito com acompanhamento médico.

15) Charlene Cardoso: Meu filho de 7 anos tem alergia alimentar. Temos que seguir uma dieta de exclusão de diversos alimentos. Esse tipo de alergia tem cura ao longo do tempo ou ele vai ter que controlar para sempre?
Charlene: o tratamento da alergia alimentar implica no afastamento do alimento da dieta da criança. Mas, na maioria dos casos a criança passa a tolerar o alimento a partir dos 3 ou 4 anos de idade. Mas alguns raros indivíduos continuam alérgicos até a idade adulta.
Alergia a vários alimentos ao mesmo tempo é muito rara e é possível que seu filho, hoje com sete anos, já tolere alguns dos alimentos aos quais ele era alérgico. Você deve procurar um especialista para que ele possa testar alguns desses alimentos e verificar se já deixou de ser alérgico.
Esses testes, chamados “teste de provocação” devem ser feitos por médico alergista treinado para isso, em ambiente seguro, para dar suporte em caso de reação. 

16) Meyre Brito: Meu filho é alérgico à poeira e a pelo de animais e sofre de rinite alérgica. Há alguns meses, ele apresentou uma crise tipo crise asmática. A alergia pode se agravar e provocar asma ou bronquite asmática?
Meyre: nariz e pulmões pertencem ao mesmo aparelho respiratório, numa mesma pessoa. É errado raciocinar como se fossem estruturas separadas. Na realidade, o aparelho respiratório é único: começa no nariz e termina nos alvéolos pulmonares, em total sincronia: VIAS AÉREAS UNIDAS ou, como dizem os americanos: “UNITED AIRWAYS”.
Da mesma maneira, O trabalho respiratório é integrado. Ao inspirar, o nariz recebe o ar e imediatamente começa o processo da respiração. Este ar será aquecido, filtrado, umedecido, condicionado e limpo, proporcionando melhores condições para que a respiração pulmonar se realize adequadamente. Ou seja, o nariz é o primeiro passo da respiração. Protege o organismo contra o ingresso de microrganismos presentes no ar que respiramos, retém as impurezas, regula a temperatura e a umidade do ar que passa em direção aos pulmões. O ar continua seu caminho em direção aos brônquios, por onde entra nos pulmões e daí percorrerá um caminho até os alvéolos onde ocorrerá a troca do oxigênio (O2) pelo gás carbônico (CO2) que será exalado.
Nem todo mundo que tem rinite terá obrigatoriamente asma. Mas, as pessoas portadoras de rinite (crianças ou adultos) têm alto risco de evoluir com surgimento de asma.
O início da asma pode passar despercebido, surgindo como uma tosse insistente, quando ri, brinca, ao fazer esforços ou durante a noite.
É provado que quanto pior estiver a rinite, pior será o comportamento pulmonar. E, o contrário: tratar a rinite leva a uma grande melhora da asma.

17) Judite Pereira: Toda rinite é alérgica?
Não, Judite. As rinites não alérgicas constituem podem apresentar os mesmos sintomas da rinite alérgica, ou seja, espirros, coriza, prurido e obstrução nasal, porém sem participação da IgE (anticorpo da alergia). Exemplos: rinite causada por fatores irritantes (produtos químicos, gases, diesel, etc.), medicamentosa (causada por remédios), hormonal (causada por hormônios, como por exemplo na gravidez), entre outras.

18)  Ivone Alvarenga: O que acontece se não tratar a rinite, ela vai se agravando?
O nariz é o órgão alvo da alergia respiratória, sendo o responsável não só pelos sintomas da rinite, como pelos reflexos causados pela doença. A partir da rinite, pode haver comprometimento dos olhos, ouvidos, seios da face, faringe, laringe, traquéia e pulmões. Por isso, a inflamação repetida da mucosa nasal na Rinite Alérgica pode resultar em uma série de problemas, como por exemplo: conjuntivite, otite, sinusite, faringite, laringite, traqueite, pneumonia e asma. Muitas vezes uma criança com alergia respiratória faz muitas infecções, ficando constantemente encatarrada, necessitando uso repetido de antibióticos. Além disso, a rinite pode provocar alterações da voz, olfato, apetite, paladar, sono e audição.

19) Vanusa Souza: A pessoa q tem rinite e usa spray nasal de corticoide com prescrição médica, pode ocasionar em outros problemas devido ao seu uso?
Vanusa, os corticoides usados sob a forma de sprays nasais usados no tratamento da rinite alérgica são seguros porque são formulados em doses mínimas (microgramas) de forma que atuam diretamente na mucosa do nariz, com mínimos efeitos no resto do organismo. Devem ser usados diariamente, mesmo que os sintomas estejam controlados. É importante ressaltar que estes medicamentos não têm os efeitos colaterais dos corticoides usados sob a forma de comprimidos, xaropes ou de injeções. Mas, é importante que sejam aplicados com técnica adequada. O jato do spray não deve ser aplicado em direção ao septo nasal, mas sim para as às asas laterais das narinas. Desta forma o medicamento se distribuirá melhor e com menor risco de efeitos colaterais como por exemplo: ardência, irritação e sangramento local.

Visite o blog da alergia: ética e seriedade na informação médica para leigos.
www.blogdalergia.com

Qual a diferença entre alergia e irritação?

Para isso, terão que liberar substâncias que causam sintomas comuns de alergia – como, por exemplo, coceiras, vermelhidões e inchaços. Já a irritação, também conhecida como dermatite de contato, se refere a uma reação mais rápida, alguns minutos ou horas depois de estar exposto à substância.

O que é uma irritação na pele?

O que é irritação da pele A irritação, ou sensibilização da pele, também é uma resposta de defesa do organismo a alguma substância. No entanto, essa resposta não é uma reação imunológica de todo o organismo e não libera anticorpos.

Quais os tipos de irritação?

Quais são os tipos de alergia na pele?.
Urticária. A urticária causa uma lesão avermelhada e coceira intensa, apresentando placas em relevo. ... .
Angioedema. ... .
Dermatite de contato. ... .
Alergia nervosa. ... .
Dermatite atópica. ... .
Picada de mosquito..

Quanto tempo dura a irritação?

O início da reação costuma ser progressivo e geralmente dura de sete a dez dias quando tratada adequadamente.

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