O transporte rodoviário é uma modalidade de transporte:
a) Fluvial
b) Dutoviário
c) Terrestre
d) Aéreo
e) Marítimo
A matriz de transporte é diversificada, sendo que cada modalidade apresenta pontos positivos e negativos. Marque a alternativa que indica uma das maiores vantagens do transporte rodoviário.
a) Ele apresenta baixos custos para viagens de longas distâncias.
b) A construção e a manutenção das rodovias possuem baixos valores.
c) Ele é dinâmico e ágil, sendo muito prático para percorrer pequenas distâncias.
d) Sua capacidade de transporte de carga é bem maior se comparada às outras modalidades.
e) A manutenção dos veículos é inexistente.
Analise as afirmativas sobre o transporte rodoviário e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
a) O transporte rodoviário se restringe ao deslocamento de passageiros.
b) Um dos fatores que eleva os custos do transporte rodoviário é a manutenção dos veículos.
c) O transporte rodoviário é muito utilizado em vários países do mundo, como, por exemplo, no Brasil.
d) Entre as vantagens do transporte rodoviário está a possibilidade de traçar rotas alternativas, através da construção de novas rodovias.
e) Em razão de seu elevado custo, o transporte rodoviário não é utilizado para o transporte de cargas.
Marque a alternativa que indica corretamente o período em que o transporte rodoviário se popularizou.
a) Entre os séculos XIX e XX.
b) Entre os séculos XVIII e XIX.
c) Entre os séculos XX e XXI.
d) Entre os séculos XVII e XVIII.
e) Somente no século XXI.
Alternativa correta: letra “C”.
a) Falso: O transporte fluvial é realizado em barcos, balsas, entre outros meios que se deslocam sobre rios.
b) Falso: O transporte dutoviário se caracteriza pelo deslocamento de determinadas substâncias em tubo ou dutos.
c) Verdadeiro: O transporte rodoviário é uma modalidade de transporte terrestre, sendo realizado em ruas, rodovias e estradas.
d) Falso: O transporte aéreo é caracterizado pelo deslocamento de cargas e passageiros em aviões.
e) Falso: É uma modalidade de transporte aquaviário, na qual navios se deslocam nos oceanos e
mares.
Alternativa correta: letra “C”.
a) Falso: O transporte rodoviário não é a melhor alternativa para viagens de longas distâncias, pois apresenta elevados custos (combustível, pneus, etc.) e sua capacidade de transporte de carga é reduzida se comparada a outros meios de transporte, como, por exemplo, o ferroviário.
b) Falso: Os gastos com a construção e manutenção das rodovias são elevados.
c) Verdadeiro: Uma das principais vantagens do transporte rodoviário é que ele proporciona agilidade e dinamismo nas viagens de curta distância.
d) Falso: A capacidade de transporte de carga é bastante reduzida se comparada aos transportes ferroviário, fluvial, etc.
e) Falso: A manutenção dos veículos é um fator essencial no transporte rodoviário, fato que proporciona mais segurança para essa modalidade, no entanto, os valores do deslocamento são mais elevados.
a) Falso: O transporte rodoviário é utilizado para o deslocamento de pessoas, animais, matérias-primas, mercadorias, etc.
b) Verdadeiro: A manutenção dos veículos é extremamente necessária (pneus, parte mecânica, acessórios, etc.), fato que eleva os custos do transporte rodoviário.
c) Verdadeiro: Apesar de apresentar elevados custos, o transporte rodoviário é uma modalidade bastante utilizada em vários países. No Brasil, essa modalidade é responsável por cerca de 60% do deslocamento interno de cargas.
d) Verdadeiro: Através da construção de rodovias, viadutos, pontes, entre outras obras, é possível traçar rotas alternativas para o transporte rodoviário.
e) Falso: O transporte rodoviário é bastante utilizado para o deslocamento de cargas.
Alternativa correta: letra “A”.
a) Verdadeiro: A popularização do transporte rodoviário ocorreu no fim do século XIX e início do século XX. Um dos principais responsáveis por esse fenômeno foi o modelo de produção fordista, possibilitando que os funcionários da empresa comprassem os veículos produzidos.
b) Falso: A popularização do transporte rodoviário não foi durante esse período.
c) Falso: O transporte rodoviário já estava popularizado nesse período.
d) Falso: O transporte rodoviário ainda não tinha se popularizado nesse período.
e) Falso: O
transporte rodoviário se popularizou antes do início do século XXI.
Transporte ferroviário de carga no Brasil
2009 . Ano 7 . Edição 55 - 17/11/2009
Josef Barat
Contudo, não é o que ocorre. As ferrovias, que tiveram papel primordial no ciclo de exportação de produtos primários (entre 1880 e 1930), entraram em decadência em meados do século XX. A rápida industrialização do País e a necessidade de consolidação do mercado interno induziram à opção pelo transporte das cargas industriais por caminhões, dada a incompatibilidade das malhas ferroviárias com essa nova função. O rápido deslocamento das fronteiras agrícolas, a maior diversidade de pontos de origem e destino, o maior fracionamento das cargas devido à industrialização, fizeram com que as rodoviias fossem mais aptas a responder rapidamente aos desafios da nova configuração econômica do País.
Apesar do grande volume de recursos destinados às ferrovias a partir dos anos 1950, a redução dos investimentos na malha ferroviária foi drástica devido à crise fiscal dos anos 1980. Desde 1996, o sistema ferroviário - estatizado nos anos 1950 - foi objeto de concessões, por meio do arrendamento dos ativos operacionais. Na ocasião, as linhas e o parque de material rodante e de tração encontravam-se em estado precário. Antes do arrendamento, o sistema ferroviário gerava perdas diárias de US$ 1 milhão, e a transferência da operação das ferrovias para o setor privado foi fundamental para que passassem a operar com maior eficiência.
Entre 1996 e 2006, foram significativos os avanços ocorridos em função das concessões, podendo-se destacar: aumentos da produtividade em importantes segmentos do sistema; crescimento de mais de 130% nas toneladas-quilômetro úteis (TKUs) movimentadas; redução dos acidentes; crescimento das encomendas de locomotivas e de vagões para a indústria nacional; capacitação de uma nova geração de ferroviários para as mais avançadas tecnologias; lançamento de ações na Bolsa de Valores e contratos de longo prazo com clientes e operadores logísticos; reestruturação da Brasil Ferrovias, englobando a FERROBAN e FERRONORTE; e aumento do número de terminais intermodais, articulando-se com operadores logísticos, clientes e comunidades.
Dez anos após as concessões, em 2006, a extensão da malha ferroviária era de 29,3 mil quilômetros, operada por 11 concessionárias. Trata-se da 10ª maior malha ferroviária do mundo. O trabalho realizado pelas ferrovias foi de 238,1 bilhões de TKUs e 389,1 milhões de toneladas úteis anuais. Predominaram no transporte ferroviário o minério de ferro (66%) e o complexo de soja e farelo (10%), além de cimento, produtos siderúrgicos e carvão. O transporte de minério é realizado pelas duas ferrovias da Vale (Vitória-Minas e Carajás) e pela MRS Logística. As três concessionárias transportaram, em 2006, 83% da carga ferroviária, expressa em toneladas úteis.
As ferrovias da Vale e a MRS Logística operam com níveis elevados de produtividade, comparativamente a ferrovias norteamericanas e canadenses. Sem elas, são muito baixos os indicadores comparativos de produtividade das ferrovias brasileiras frente a países com grande extensão territorial e/ou forte tradição ferroviária.
Os grandes obstáculos para a competitividade e expansão do modal ferroviário, que contribuem para a redução dos seus níveis de produtividade, são: corredores principais com capacidade limitada e/ou descontinuidades de velocidade média para o transporte intensivo de cargas; limitações graves de capacidade nos acessos aos portos; invasões e construções irregulares às margens das ferrovias, especialmente nas periferias metropolitanas; excesso de passagens em nível e ausência de contornos ferroviários nas principais regiões metropolitanas; e deficiências nos mecanismos de regulação do trafego mútuo entre concessionárias.
Apesar do esforço de modernização e da introdução de novos padrões de gestão, as concessionárias herdaram pesadas deficiências estruturais. Uma questão ainda pendente é a de como conciliar o arrendamento de ativos operacionais com as necessidades de modernização e expansão futuras.
As ferrovias já tinham traçados obsoletos e condições físicas e operacionais superadas, dificultando a compatibilização do fluxo de caixa do arrendatário com vultosos investimentos para torná-las competitivas. O Brasil não dispõe de mecanismos de financiamento de longo prazo para investimentos do porte dos ferroviários, à exceção dos créditos do BNDES.
Outro aspecto importante é o da incipiente formação de consórcios diversificados. Não se tem uma ampla gama de interesses empresariais ligados às logísticas regionais, no sentido de consolidar a liderança das ferrovias no multimodal.
Josef Barat é doutor e livre docente em economia, administração e legislação urbanísticas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador bolsista do Programa Nacional de Pesquisa em Desenvolvimento (PNPD) do Ipea