Qual é o impacto causado pelo rio Nilo na formação e construção do Egito antigo?

Impacto ambiental

O gigantesco reservatório criado pela represa – 500 quilômetros de comprimento e 16 quilômetros de largura – foi chamado de Lago Nasser em sua homenagem. A formação do Lago Nasser exigiu o reassentamento de 90 mil camponeses egípcios e núbios sudaneses nômades assim como a dispendiosa realocação do complexo do antigo templo egípcio de Abu Simpel, construído no século 13 a. C.

A Grande Represa de Assuã acabou com as devastadoras cheias do Nilo, recuperou mais de 400 mil km2 de terras desérticas para o plantio e tornou possível o cultivo em outras vastas áreas.

As 12 gigantescas turbinas de fabricação soviética passaram a produzir cerca de 10 bilhões de quilowatts/hora anualmente, propiciando um tremendo incremento à economia egípcia e introduzindo os benefícios do século 20 a muitos vilarejos. A água acumulada no Lago Nasser, vários trilhões de metros cúbicos, foi dividido entre Egito e Sudão e foi crucial durante os anos de estiagem africana nos anos de 1984 a 1988.

A despeito das enormes vantagens, a Grande Represa de Assuã produziu diversos efeitos secundários negativos. O maior deles foi o gradual decréscimo da fertilidade de terras agrícolas no delta do Nilo, que se beneficiava de milhões de toneladas de limo depositadas anualmente pelas cheias do rio.

Outro efeito negativo, agora para os seres humanos, foi a difusão da esquistossomose pelos caracóis que viviam no sistema de irrigação criado pela barragem. A redução dos nutrientes carregados pela corrente fluvial até o Mediterrâneo foi responsável pelo declínio dos cardumes de anchovas no Mediterrâneo Oriental.

O fim das inundações reduziu drasticamente o número de peixes no Nilo, muitos dos quais eram migratórios.  O Lago Nasser, no entanto, recebeu quantidades de peixes de muitas espécies, possibilitando sua reprodução.

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

Enviado por Lacone Pereira de... em Sat, 01/11/2014 - 18:02

As primeiras civilizações emergiram às margens de grandes rios e desenvolveram-se  com base na agricultura.  Antigo Egito, com cultivo no Vale do Rio Nilo. Mesopotâmia, com cultivo na região dos rios Tigre e Eufrates. China, com cultivo no Vale do Rio Amarelo. Índia, com o  cultivo no vale do Rio Indu, além de outras na América.
No Egito, o rio Nilo exercia grande  importância no setor agrícola, pecuária e transporte. A agricultura irrigada favorecia o plantio do trigo, cevada, linho, papiro, legumes e frutas. O comércio feito pelo Nilo era intenso, que  permitia a ligação entre as terras do Sul e as regiões pantanosas ao norte.
As cheias do Nilo causavam benefícios e tragédias. Benefícios em razão da camada de húmus muito fértil depositada sobre o solo quando as águas baixavam. Destruição, em razão das enchentes, que derrubavam moradias e causavam mortes de homens e animais.
As enchentes ocorriam devido as precipitações nas cabeceiras da bacia em setembro e outubro. Portanto, quando as cheias eram muito altas, ocorriam inundações. Por outro lado, em períodos de poucas chuvas ocorriam secas. O solo não tinha a mesma fertilidade, gerando escassez de alimentos.
Registros apontam que por volta do ano 4000 A.C. foram construídos diques e canais de irrigação. Eram grandes reservatórios para armazenar a água nos períodos de cheia, que reduziam os danos e direcionavam fluxo das águas para regiões distantes. Com isso, a água era utilizada de forma apropriada, ou seja, na quantidade necessária e no momento certo, solucionando os problemas de cheias e secas no Egito Antigo. Os egípcios reconheceram a importância do Nilo para sua sobrevivência ao ponto de reverenciá-lo como uma divindade protetora.
Na atualidade, em razão das mudanças climáticas globais, verifica-se ocorrência de impactos sérios nos recursos hídricos. A elevação da temperatura do planeta, em parte decorrente da emissão de gases que provocam a intensificação do efeito estufa, tem causado uma maior freqüência de ondas de calor, secas e elevada precipitações em determinadas regiões, afetando a disponibilidade de água destinada para o consumo, sobretudo nos centros urbanos. Questão de maior gravidade ocorre no tocante à poluição dos rios, em razão da falta de saneamento básico, que é um problema global.
Concernente a situação brasileira, dados estatísticos demonstram a gravidade do problema. A porcentagem de cobertura no setor urbano é de apenas 55% e na área rural de é de apenas 3%. Esse dados são significativos por apontar  a generalizada desconsideração à preservação e à conservação dos recursos hídricos.
Comparando a civilização egípcia com a civilização brasileira, e de modo geral, com todas sociedades no planeta, tendo em vista que esse é um problema global,  verifica-se que as antigas civilizações tinham maior consciência da importância dos recursos hídricos que as sociedades atuais.
As civilizações antigas não economizaram esforços, com recursos econômicos e trabalho humano, para construir grandes obras de diques e canais de irrigação, com o fim de garantir sua sobrevivência.
É preciso que a sociedade brasileira encare essa questão como prioritária. A água é elemento básico para a sobrevivência do homem, no entanto, o modo de vida das pessoas, no trato com a água, e Estado brasileiro, na gestão ambiental, deva ter um olhar como a dos  egípcios: reconhecer os rios brasileiros como uma dádiva divina.  Talvez, a partir daí, teremos efetivamente uma mudança de postura do cidadão e das instituições do Estado.

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Qual o impacto causado pelo rio Nilo na formação e construção do Egito Antigo?

Sua existência permitiu o desenvolvimento da civilização egípcia, visto que maior parte do território está localizado em regiões desérticas. Próximo ao rio, eles viviam da pesca e da agricultura (sobretudo cultivo de cereais) garantida pelas cheias do Nilo, que favoreciam a fertilização do solo.

Qual a importância do rio Nilo para a construção da civilização egípcia?

Para os egípcios, o rio Nilo é muito importante, pois contribui com a irrigação agrícola, navegação e aquisição de água para a utilização humana e dos animais. No deserto existem represas e canais de irrigação que asseguram o fornecimento de água. Egito e Sudão são os países que compõem o vale do Nilo.

Qual foi a influência do rio Nilo para a agricultura?

O rio Nilo era considerado um D's. Ele favorecia a agricultura com seu regime de cheias, dessa forma, quando o nilo estava em cheia ele fertilizava a terra e quando baixava a terra estava propicia para a agricultura e extremamente fértil.

Pode

A astronomia egípcia estava muito ligada com a economia". Valdecir ressalta que a economia estava condicionada às enchentes do Rio Nilo. Portanto, a astronomia inicial no Egito era ligada especialmente ao sol e as influências com os ventos e as chuvas.

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