Indicadores econômicos
Para obter as previsões mais recentes sobre os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus, consulte a plataforma de rastreamento de Respostas Políticas para COVID-19 do FMI para as principais respostas econômicas dos governos.
Os Estados Unidos têm a maior economia do mundo, à frente da China. Depois de uma década de crescimento, o PIB voltou a ficar negativo em 2020 (-4,2%, estimativa do FMI) devido à crise da COVID-19, que foi agravada pelo crescimento das desigualdades e infraestrutura obsoleta, que estão desacelerando o potencial de crescimento do PIB. Contudo, a contração da produção em 2020 foi menos severa do que outras grandes e avançadas economias e o país se recuperou rápido do impacto, retornando aos níveis de PIB pré-pandêmicos no segundo trimestre de 2021. O Plano de Resgate Americano sustentou o consumo privado, contribuindo para um crescimento geral do PIB de 6% ao longo do ano, mesmo com obstáculos do lado da oferta e da pandemia ainda curso, os quais arrastaram de forma pacial a atividade econômica. O déficit da conta corrente aumentou nos últimos dois anos, mas prevê-se que permaneça estável em termos de PIB. O investimento e o consumo das famílias deverão ser os principais motores de crescimento em 2022, com o FMI prevendo um crescimento robusto do PIB de 5,2% antes de desacelerar para 2,2% em 2023.
No que diz respeito às finanças públicas, as medidas orçamentais implementadas para conter os efeitos da crise provocada pela COVID-19 pesaram no orçamento do Estado, resultando num déficit de 8,8% do PIB em 2021. Apesar de alguns gastos adicionais previstos na nova lei de infraestruturas, o déficit deverá diminuir gradualmente para 8,3% em 2022 e depois novamente para 7,1% em 2023 (FMI), graças à eliminação progressiva das medidas relacionadas com a pandemia e à retoma da atividade económica. A relação dívida/PIB do governo, já em tendência ascendente nos últimos anos, aumentou consistentemente para financiar os gastos concedidos para apoiar famílias e empresas, atingindo 133,3% em 2021 (de um nível pré-pandemia de 108,5%). Os EUA, no entanto, desfrutam de flexibilidade de financiamento inigualável, sendo o emissor do dólar americano, principal moeda de reserva do mundo. O FMI prevê que o peso da dívida diminua para 130,7% este ano, antes de ter um leve aumento em 2023 (131,1%). A inflação global aumentou de maneira acentuada em 2021, saltando para 4,3% em meio a fortes efeitos de base, altos preços de energia e restrições de oferta. Embora haja sinais de pressão salarial em vários segmentos de mercado, a inflação deverá voltar para a meta do FED de 2% (para 2,7% em 2023 após uma taxa de 3,5% este ano), em meio ao relaxamento das restrições da cadeia de suprimentos e um ajuste nos preços globais da energia.
O primeiro impacto da crise da COVID-19 foi pesado para o mercado de trabalho dos EUA, com a taxa de desemprego disparando para 8,1% em 2020. No entanto, recuperou-se rapidamente com o desemprego caindo para 5,4% no final de 2021. O crescimento de ofertas de empregos desacelerou no final do ano, mas as horas médias de trabalho aumentaram. O FMI vê uma nova redução do desemprego, com uma taxa prevista de 3,5% em 2022 e 3% em 2023. Os cidadãos americanos desfrutam de um dos maiores PIB (PPC) per capita do mundo, estimado em 68.309 dólares em 2021 pelo FMI . No entanto, as desigualdades ainda são significativas, pois tendem a ser agravadas pelas atuais políticas públicas de saúde (com aumento do número de pessoas sem plano de saúde). Em 2020, havia 37,2 milhões de pessoas na pobreza, aproximadamente 3,3 milhões a mais do que um ano antes (Censo dos EUA – dados mais recentes disponíveis).
Indicadores de crescimento | 2020 | 2021 (e) | 2022 (e) | 2023 (e) | 2024 (e) |
PIB (bilhões de USD) | 20,00 | 22,00 | 25,00 | 26,00 | 27,00 |
PIB (crescimento anual em %, preço constante) | -3,4 | 5,7 | 1,6 | 1,0 | 1,2 |
PIB per capita (USD) | 63 | 69 | 75 | 78 | 80 |
Saldo do Balanço de Pagamentos (em % do PIB) | -10,8 | -9,5 | -4,0 | -5,3 | -6,0 |
Dívida Pública (em % do PIB) | 134,5 | 128,1 | 122,1 | 122,9 | 126,0 |
Índice de inflação (%) | 1,2 | 4,7 | 8,1 | 3,5 | 2,2 |
Taxa de desemprego (% da população economicamente ativa) | 8,1 | 5,4 | 3,7 | 4,6 | 5,4 |
Balanço das transações correntes (bilhões de USD) | -619,70 | -846,35 | -985,25 | -822,90 | -746,94 |
Balanço das transações correntes (em % do PIB) | -3,0 | -3,7 | -3,9 | -3,1 | -2,8 |
Fonte: IMF – World Economic Outlook Database, October 2021
Note: (e) Estimated Data
Principais setores econômicos
Os EUA é um país altamente industrializado com altos níveis de produtividade e uso de tecnologias modernas. Os principal setores são o agrícola (milho, soja, carne bovina e algodão), fabricação de máquinas, produtos químicos, alimentício, automobilístico, além de um mercado terciário em crescimento, com foco em finanças, novas tecnologias, seguros, imóveis, aluguéis e alocações. O setor agrícula norte-americado é, sem dúvidas, um dos maiores do mundo. A Califórnia sozinha produz mais de um terço dos legumes do país e dois terços de seus frutos frescos e secos. Contudo, a agricultura não representa mais do que 0,9% do PIB dos EUA e emprega 1,3% da população ativa (Banco Mundial, últimos dados disponíveis). De acordo com os dados do Departamento de Agricultura dos EUA, levando em consideração o setor alimentício e indústrias relacionadas, o setor primário contribui com 1.109 trilhões de dólares. Em 2019, o PIB teve uma participação de 5,2% (somente a produção das fazendas da América contribuiu com 136,1 bilhões de dólares). Em 2020, 19,7 milhões de novos empregos de jornadas integrais e reduzidas foram relacinados aos setores agrículas e alimentícios - 10,3% do total empregatício dos EUA. Na mais recente pesquisa, existiam 2,02 milhões de fazendas em 2020, de um total de 897 mihçies de acres (USDA).
Com uma extensa variedade de atividades, o setor industrial representa mais de 18,2% do PIB e emprega 19,9% da população ativa. Além dos setores mencionados acima, os EUA também são líder mundial nas indústrias aeroespacial e farmacêutica. A abundância de recursos naturais tornou os EUA líder na produção de vários minerais e lhes permite manter uma produção diversificada. O país é o maior produtor mundial de gás natural líquido, de alumínio, de eletricidade e de energia nuclear, e o terceiro produtor mundial de petróleo. Há vários anos que a extração de gás de xisto vem se desenvolvendo em grande escala. O setor manufatureiro sozinho conta com 10,9% do valor agregado do país. De acordo com os últimos dados do Gabinete de Análise Econômica, as indústrias privadas de produção de bens diminuíram 2,5% no terceiro trimestre de 2021, entretanto em novembro a produção de fábricas norte-americanas aumenteram para seu maior nível nos últimos 3 anos.
A economia dos EUA é essencialmente baseada nos serviços. O setor terciário representa mais de três quartos do PIB (77,3%) e emprega mais de 78,7% da população ativa. Uma grande porção do PIB é composta pelo setor financeiro, de seguros, imobiliário, locação e arrendamento (22,3% em 2020) e pelo setor de serviços profissionais e de negócios (12,8%). O setor governamental (como os de níveis federal, estatal e local) foi composto por 12,6% do PIB do país em 2020; enquanto a participação do setor educacional, de saúde e de assistência social tem aumentado para 8,6% à frente de atacados (5,8%) e varejo (5,7% - Departamento de Comércio dos EUA). Os números mais recentes do Gabinete de Análise Econômica mostram que a receita total de serviços selecionados dos EUA no terceiro trimestre de 2021 foi de US$ 4.520,8 bilhões, um aumento de 3,6% em relação ao segundo trimestre de 2021 e de 15,1% em relação ao terceiro trimestre de 2020.
Divisão da atividade econômica por setor | Agricultura | Indústria | Serviços |
Emprego por setor (em % do emprego total) | 1,4 | 19,9 | 78,7 |
Valor agregado (em % do PIB) | 0,9 | 18,2 | 77,3 |
Valor agregado (crescimento anual em %) | 5,4 | 2,3 | 2,2 |
Fonte: World Bank, Últimos dados disponíveis. Devido ao arredondamento, a soma das percentagens pode ser superior / inferior a 100%.
Obtenha mais informações sobre o seu setor de atividade em nosso serviço Estudos de mercado.
Indicador de liberdade econômica
Definição
O indicador de liberdade económica mede dez componentes da liberdade económica, divididos em quatro grandes categorias: a regra de direiro (direitos de propriedade, nível de corrupção); O papel do Estado (a liberdade fiscal, as despesas do governo); A eficácia das regulamentações (a liberdade de inciativa, a liberdade do trabalho, a liberdade monetária); A abertura dos mercados (a liberdade comercial, a liberdade de investimento e a liberdade financeira). Cada um destes dez componentes é medido numa escala de 0 a 100. A nota global do país é uma média das notas dos 10 componentes.}}
Nota:74,8/100Posição mundial:20Posição regional:3 Mapa de liberdade econômica no mundo
Fonte: Índice de Liberdade Econômica 2017
Classificação do ambiente de negócios
Definição
O ranking de ambiente de negócios mede a qualidade ou a atratividade do ambiente de negócios nos 82 países abrangidos pelas previsões do The Economist. Este indicador é definido pela análise de 10 critérios: o ambiente político, o ambiente macroeconômico, as oportunidades de negócios, as políticas no que diz respeito a livre iniciativa e concorrência, as políticas no que diz respeito ao investimento estrangeiro, o comércio exterior e o controle do câmbio, a carga tributária, o financiamento de projetos, o mercado de trabalho e a qualidade das infraestruturas.
Nota:8.30/10Posição mundial:7/82 Fonte: The Economist Intelligence Unit - Business Environment Rankings
2021-2025