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Depois de um longo tempo n�o vis�vel nas primeiras metades das noites, s�bado pr�ximo J�piter e suas luas ser�o destaque no OAP, em observa��es por telesc�pios amadores e profissionais; em aulas com recursos multim�dia e em proje��es comentadas de suas imagens.
Os planetas do Sistema Solar podem ser divididos basicamente entre aqueles que como a Terra t�m uma superf�cie s�lida (Merc�rio, V�nus, Marte e Plut�o) e os "gigantes gasosos" (J�piter, Saturno, Urano e Netuno). J�piter � o maior de todos, com um raio m�dio cerca de 11 vezes o da Terra e uma massa cerca de 318 vezes a da Terra (a massa de J�piter � quase 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas juntos). A sua constitui��o � bem parecida com a das estrelas (aproximadamente 75% de sua massa � hidrog�nio e 25% h�lio, com tra�os de metano, �gua, am�nia e poeira). O que vemos quando observamos J�piter s�o as nuvens mais altas de sua atmosfera. Nosso conhecimento de seu interior, o qual acreditamos ter um pequeno n�cleo s�lido envolto em uma grande camada de hidrog�nio met�lico � indireto.
V�rias sondas espaciais se avizinharam de J�piter; a primeira delas foi a Pioneer 10 em 1973 e depois a Pioneer 11, Voyager 1, Voyager 2 e Ulysses. Atualmente a sonda Galileo se encontra em �rbita de J�piter nos enviando constantemente imagens desse planeta e de suas, at� hoje descobertas, 16 luas. Em dezembro de 1995 uma sonda da Galileo penetrou na atmosfera de J�piter e nos enviou as informa��es mais precisas at� hoje obtidas de sua constitui��o e propor��es atrav�s de 3 camadas sucessivas de nuvens.
LABORAT�RIO DE F�SICA
J�piter tem sido um grande laborat�rio de f�sica. No in�cio do s�culo XVII Galileo, logo ap�s ter inventado a luneta, descobriu com ela as quatro maiores luas de J�piter: Io, Europa, Ganimede e Calisto. A observa��o do movimento dessas luas em torno de J�piter contribuiu para a afirma��o de Galileo de que a Terra e os demais planetas giram em torno do Sol e n�o que todos os astros giram em torno da Terra. Pouco depois a f�sica, cuja paternidade podemos atribuir a Galileo, estava em franco desenvolvimento. Em 1686 um lord ingl�s, Isaac Newton, escreveu as "3 leis fundamentais da f�sica" e a "Teoria da Gravita��o Universal" que foram logo aplicadas �s observa��es de J�piter e suas luas para verificar se eram corretas.
Atualmente v�rias teorias da f�sica t�m sido confrontadas com observa��es de J�piter para verificar suas exatid�es, ao mesmo tempo que nos permite um melhor entendimento do observado. As diversas sondas espaciais que se aproximaram de J�piter constataram a exist�ncia de um forte e complexo campo magn�tico em sua volta. Teorias t�m sido formuladas para explicar esse campo. Hoje em dia, com base em experimentos realizados em diversos laborat�rios do mundo, inclusive no departamento de f�sica da UFMG acreditamos ser esse campo magn�tico devido ao movimento de cargas el�tricas em uma extensa camada de hidrog�nio met�lico no interior de J�piter (veja mat�ria nessa p�gina).
J�PITER SE TRANSFORMAR� EM ESTRELA?
Essa pergunta surge quando verificamos que J�piter irradia uma quantidade de energia bem maior (1,6 vezes) que recebe do Sol. C�lculos e teorias atuais, entretanto, nos permitem afirmar que J�piter jamais se transformar� em estrela. A press�o em seu interior, mesmo muito alta, n�o � alta o suficiente para disparar as rea��es nucleares que geram a grande quantidade de energia irradiada por uma estrela. J�piter precisaria ter uma massa 100 vezes maior para a� ent�o ter se formado uma estrela ao inv�s de um planeta. Acreditamos que muita dessa energia irradiada por J�piter seja calor residual da nuvem de g�s e poeira que se contraiu para formar o sistema solar e outra parte devido a um lento processo de contra��o de J�piter. Devido a essa "fonte interna de energia" temos uma complexa varia��o de temperatura na superf�cie de J�piter, ao contr�rio da Terra, por exemplo, onde essa varia��o de temperatura � devida ao Sol.
OBSERVA��O DE J�PITER
Mesmo atrav�s de telesc�pios pequenos e baratos (~R$ 150,00?) podemos observar muitas coisas interessantes de J�piter. Al�m de suas manchas e faixas a observa��o de suas 4 maiores luas � fascinante. Dia 01 no OAP, essa observa��o ser� feita por diversos telesc�pios, incluindo o telesc�pio principal do observat�rio. O visitante n�o s� poder� acompanhar o movimento dessas luas em torno de J�piter por esses telesc�pios como tamb�m por simula��o de computador, em v�rios �ngulos de vis�o, para facilitar a compreens�o do fen�meno.
Io gasta aproximadamente 1 dia e 19 horas para dar uma volta completa em torno de J�piter; Europa: 3 dias e 13 horas; Ganimede: 7 dias e 5 horas e Calisto: 16 dias e 17 horas. Uma das conseq��ncias da teoria de Newton, citada acima � que quanto mais pr�ximo um astro estiver do astro central ao qual orbita, menor o tempo gasto para descrever uma volta completa em sua volta. O mesmo � v�lido para os planetas em torno do Sol. Merc�rio gasta aproximadamente 88 dias para dar uma volta completa em torno do Sol; V�nus: 225; Terra: 365; Marte: 1,9 anos; J�piter:11,9; Saturno: 29,5; Urano:84; Netuno: 165 e Plut�o 248.