Como se caracteriza a escravidão na antiguidade?

Não se restringindo aos babilônios, a escravidão também foi utilizada entre os egípcios, assírios, hebreus, gregos e romanos. Assim, podemos perceber que se trata de um fenômeno histórico extenso e diverso, e, por isso, tão cobrado no Enem.

Origem do sistema escravista

O trabalho escravo é uma prática que permeia a história mundial. Sua origem está relacionada às guerras e às conquistas de territórios, onde os povos vencidos eram submetidos ao trabalho forçado pelos conquistadores.

Pelo que se sabe, os primórdios da escravidão vêm do Oriente Médio, mas povos nas Américas, como os maias, também se serviram de cativos.

Tal atividade fez parte de todas as civilizações da antiguidade, como os assírios, hebreus, babilônios, egípcios, gregos e romanos, variando as suas características dependendo do contexto de cada lugar.

Como era a escravidão na antiguidade?

As civilizações grega e romana são consideradas pilares fundantes das sociedades ocidentais contemporâneas. Assim, para entender como a escravidão se deu na antiguidade e no mundo, é necessário analisar como esse regime ocorria naqueles locais.

A Grécia surgiu em torno de 2 mil anos a.C. e foi constituída por povos nômades. Lá, por volta de 500 a 700 anos a.C., são formadas as chamadas cidade-estado (ou polis). Atenas e Esparta foram as mais significativas polis gregas, onde a escravidão era uma realidade.

Colégio equipe — Foto: Divulgação

Escravidão nas Américas e no Brasil

O sistema escravista estendeu-se para além da antiguidade e se desenvolveu em diversas regiões. A escravidão moderna se inicia com a descoberta das Américas e colonização deste continente por portugueses, espanhóis, ingleses, franceses, ingleses, holandeses e suecos. Foi a primeira vez na história em que a justificativa para a dominação de pessoas foi a motivação racial.

Assim, nos territórios colonizados do continente americano, a escravidão foi uma realidade independente do país europeu que o ocupou. Inicialmente, com a escravização dos povos originários e, posteriormente, com a vinda de milhares de africanos, que foram arrancados à força de seus locais de origem.

A mão de obra africana também foi utilizada nos Estados Unidos, na América do Norte, sobretudo nas plantações de algodão, nos séculos XVIII e XIX, sendo abolida em 1863.

Os movimentos rebeldes e o fim da escravidão no Brasil

Houve resistência da população escravizada no Brasil. Os negros e negras que conseguiam fugir do cativeiro organizavam-se em quilombos. Eram comunidades constituídas de africanos fugitivos, além de outras pessoas marginalizadas. Lá era possível que eles exercessem suas crenças e vivessem em harmonia. Organizações semelhantes também ocorreram em regiões da América Espanhola.

No Brasil, o agrupamento mais conhecido foi o Quilombo dos Palmares, que tinha na liderança Zumbi dos Palmares.

Depois de beneficiar-se em demasia da força de trabalho negra, o governo português foi pressionado pela Inglaterra para abolir a escravidão de suas colônias. Uma vez proclamada a independência, os ingleses seguem insistindo na necessidade de se abolir o trabalho escravo.

Internamente, surgem movimentos rebeldes e abolicionistas e algumas leis são criadas com o intuito de extinguir a escravidão. Em 1888 é assinada a Lei Áurea, que proíbe a prática que perdurou por cerca de quatro séculos.

Os trabalhadores negros permaneceram em condições precárias e sem oportunidades de emprego, pois foram substituídos pela mão de obra imigrante.

Qual a semelhança entre a escravidão antiga e moderna?

O que existe de semelhança entre os dois períodos são as medidas intimidadoras e punitivas aplicadas às pessoas em situação de escravidão. Atualmente, a escravidão atinge mais de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo.

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A assinatura da lei Áurea, em 13 de maio de 1888, decretou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sob outra, porém o trabalho semelhante ao escravo se manteve de outra maneira. A forma mais encontrada no país é a da servidão, ou ‘peonagem’, por dívida. Nela, a pessoa empenha sua própria capacidade de trabalho ou a de pessoas sob sua responsabilidade (esposa, filhos, pais) para saldar uma conta. E isso acontece sem que o valor do serviço executado seja aplicado no abatimento da conta de forma razoável ou que a duração e a natureza do serviço estejam claramente definidas.

A nova escravidão é mais vantajosa para os empresários que a da época do Brasil Colônia e do Império, pelo menos do ponto de vista financeiro e operacional. O sociólogo norte-americano Kevin Bales, considerado um dos maiores especialistas no tema, traça em seu livro “Disposable People: New Slavery in the Global Economy” (Gente Descartável: A Nova Escravidão na Economia Mundial) paralelos entre esses dois sistemas que foram aqui adaptados pela Repórter Brasil para a realidade brasileira.

brasil

antiga escravidão

nova escravidão

propriedade legal

permitida

proibida

custo de aquisição de mão-de-obra

alto. a riqueza de uma pessoa podia ser medida pela quantidade de escravos

muito baixo. não há compra e, muitas vezes, gasta-se apenas o transporte

lucros

baixos. havia custos com a manutenção dos escravos

altos. se alguém fica doente pode ser mandado embora, sem nenhum direito

mão-de-obra

escassa. dependia de tráfico negreiro, prisão de índios ou reprodução. bales afirma que, em 1850, um escravo era vendido por uma quantia equivalente a r$ 120 mil

descartável. um grande contingente de trabalhadores desempregados. um homem foi levado por um gato por r$ 150,00 em eldorado dos carajás, sul do Pará

relacionamento

longo período. a vida inteira do escravo e até de seus descendentes

curto período. terminado o serviço, não é mais necessário prover o sustento

diferenças étnicas

relevantes para a escravização

pouco relevantes. qualquer pessoa pobre e miserável são os que se tornam escravos, independente da cor da pele

manutenção da ordem

ameaças, violência psicológica, coerção física, punições exemplares e até assassinatos

ameaças, violência psicológica, coerção física, punições exemplares e até assassinatos

Observação: As diferenças étnicas não são mais fundamentais para escolher a mão-de-obra. A seleção se dá pela capacidade da força física de trabalho e não pela cor. Qualquer pessoa miserável moradora nas regiões de grande incidência de aliciamento para a escravidão pode cair na rede da escravidão. Contudo, apesar de não haver um levantamento estatístico sobre isso, há uma grande incidência de afrodescendentes entre os libertados da escravidão de acordo com integrantes dos grupos móveis de fiscalização, em uma proporção maior do que a que ocorre no restante da população brasileira. O histórico de desigualdade da população negra não se alterou substancialmente após a assinatura da Lei Áurea, em maio de 1888. Apesar da escravidão ter se tornado oficialmente ilegal, o Estado e a sociedade não garantiram condições para os libertos poderem efetivar sua cidadania. Por fim, as estatísticas oficiais mostram que há mais negros pobres do que brancos pobres no Brasil. Outro fator a ser considerado é que o Maranhão, estado com maior quantidade de trabalhadores libertos da escravidão, é também a unidade da federação com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a que possui a maior quantidade de comunidades quilombolas.

Quais as principais características da escravidão do passado?

- Trabalhavam muito (de sol a sol) em atividades pesadas (principalmente plantio e corte de cana) nos engenhos de açúcar. - Eram tratados como mercadorias (vendidos e comprados de acordo com suas características físicas e idade). - Se alimentavam com comidas de péssima qualidade, fornecidas pelos senhores de engenho.

O que foi a escravidão antiga?

Sua origem está relacionada às guerras e às conquistas de territórios, onde os povos vencidos eram submetidos ao trabalho forçado pelos conquistadores. Pelo que se sabe, os primórdios da escravidão vêm do Oriente Médio, mas povos nas Américas, como os maias, também se serviram de cativos.

Quais as características da escravidão na Grécia Antiga?

Na Grécia do período Clássico, os escravos, cuja condição variava segundo a região e sistema político-social dominante (como Atenas e Esparta, por exemplo), tinham sobretudo a obrigação de cumprir tarefas relacionadas com a casa do senhor, desempenhando além disso funções económicas.

Como caracterizou a escravidão no período colonial?

O regime de escravidão no Brasil impunha ao africano (e ao indígena também) um regime de trabalho exaustivo e desumano. Além disso, os escravos eram mantidos em condições precárias, muitas vezes mal alimentados e vítimas dos mais variados tipos de violência.

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