Qual a participação da energia eólica na matriz energética brasileira?

Capacidade instalada no país atingiu 15 GW, com crescimento de 8% apenas em 2018 e 86% da produção concentrada no Nordeste. Saiba o ranking completo de matrizes energéticas

A energia produzida a partir dos ventos já é a segunda principal fonte da matriz energética brasileira. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a produção do parque eólico do Brasil atingiu 15,1 GW de capacidade instalada e ultrapassou a energia gerada a partir da biomassa no ranking nacional ainda no primeiro semestre de 2019.

O conjunto de usinas hidrelétricas segue na liderança deste ranking, com folga. Sua capacidade de produção é de 104,5 GW, o que representa 63,7% de toda energia gerada no país. A energia eólica corresponde por 9,2% e a biomassa por 9%, sendo seguidas pelas matrizes de gás natural (8,1%), petróleo (5,4%), carvão mineral (2%), energia fotovoltaica (1,3%) e energia nuclear (1,2%). Esses dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica.

“Se considerarmos que a energia eólica tinha cerca de 1 GW instalado em 2011 é um feito realmente impressionante chegarmos a ocupar este lugar de destaque na matriz elétrica”, comemora Elbia Gannoum, presidente-executiva da ABEEólica. 

Em 2018, esta fonte gerou 48,4 TWh de energia elétrica, o que representou 8,6% de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional. Trata-se de um crescimento de 14,6% em relação ao ano anterior. “Dá para dizer que o que as eólicas produziram de energia no ano passado, em média, seria o suficiente para abastecer 25,5 milhões de residências ou cerca de 80 milhões de pessoas”, explica Elbia.

A composição da energia eólica no Brasil

A capacidade total de 15 GW da energia eólica no Brasil vem de mais de 7 mil aerogeradores instalados em 601 parques eólicos distribuídos em 12 estados do país. O Nordeste concentra 86% da produção, com destaque para os estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e Piauí; fora desta região, o principal produtor é o Rio Grande do Sul.

A perspectiva do setor é que a capacidade instalada siga crescendo. Já estão contratados ou em construção mais 4,6 GW, previstos para entregar ao menos 19,7 GW em 2023.

“No caso do Brasil, um fator que tem que ser destacado sempre é a qualidade de nossos ventos. Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em cerca de 25%, o Fator de Capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%, sendo que no Nordeste é bastante comum que parques passem dos 80%”, justifica Elbia. “Isso faz com que a produção dos aerogeradores instalados em solo brasileiro seja muito maior que as mesmas máquinas em outros países”, conclui.

Conteúdo publicado em 12 de agosto de 2019

O que a Braskem está fazendo sobre isso?

A Braskem, a partir do contrato firmado com a empresa francesa EDF Renewable do Brasil, assume amplo investimento na compra de energia eólica. O acordo assinado prevê um aporte estimado em R$ 400 milhões ao longo de 20 anos para a compra de energia produzida pelos ventos. A parceria estabelece a construção do Complexo Eólico Folha Larga, no município de Campo Formoso, a 350 km de Salvador. A previsão é que o parque eólico tenha 33 megawatts (NW) de capacidade instalada. Esta é uma das ações assumidas pela empresa para atingir o objetivo de reduzir as emissões em 325 toneladas de CO2 durante duas décadas. “Estamos fazendo nossa parte para o desenvolvimento desse setor. Ao investir numa matriz limpa e sustentável, estamos reduzindo a quantidade de emissões de CO2 em 325 mil toneladas ao longo do período do contrato”, afirma Gustavo Checcucci, diretor de energia da Braskem.

O Brasil é um país cuja produção de eletricidade baseou-se, historicamente, na dependência de duas principais matrizes: a hidrelétrica, predominante e prioritária, e a termoelétrica, cuja maioria das usinas opera somente em tempos de baixa da primeira matriz citada. Por esse motivo, a expansão da energia eólica no Brasil surge a partir da necessidade de diversificação das fontes energéticas do país para que este fique menos suscetível a crises no setor e também gere menos impactos ao meio ambiente.

Embora a produção de energia a partir dos ventos ainda seja pouco representativa no território brasileiro, é perceptível a evolução do setor no país ao longo dos últimos anos. Em 2014, segundo dados do Governo Federal, o Brasil ultrapassou a Alemanha no que se refere à expansão da energia eólica, atingindo o segundo lugar mundial, atrás apenas da China, que é o país que mais investe em fontes energéticas no mundo em razão de sua alta demanda.

No ano de 2002, o governo brasileiro criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), cujo objetivo era ampliar as matrizes que geram menos impactos ambientais, dentre elas a eólica, a solar, a geotérmica e outras. A partir daí, a expansão da energia eólica no Brasil ocorreu graças a parcerias entre o poder público e a iniciativa privada por intermédio da realização de leilões e concessões públicas para empresas interessadas durante um período de, geralmente, 20 anos. O primeiro leilão ocorreu no ano de 2009 e envolveu empreendimentos em cinco estados da região Nordeste.

Embora a expansão do setor de energia eólica seja considerável nos últimos anos, os dados revelam que os valores ainda são incipientes para se dizer que há um processo de diversificação energética em curso no Brasil. Afinal, com a concretização de todos os projetos atualmente em curso, essa matriz será responsável por apenas 8% de toda a eletricidade no país em um futuro próximo.

Todavia, alguns dados merecem destaque: em 2003, o Brasil produzia somente 22 MW (megawatts) de eletricidade a partir de fontes eólicas, valor que aumentou para 602 MW em 2009 e aproximadamente 1 GW (gigawatts) em 2011. Recentemente, no ano de 2014, o país atingiu algo em torno de 5 GW, com a expectativa de elevação para 13 GW até 2018. Apesar de relevantes, esses números ainda são muito pequenos perante o potencial que o território nacional possui, que é calculado em aproximadamente 140 GW.

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Parque eólico no município de Osório, Rio Grande do Sul (2008) *

A região do Brasil com o maior potencial de produção de energia elétrica a partir dos ventos é o Nordeste, com 75 GW, a metade da capacidade de todo o país. Não por acaso, a maioria das usinas existentes encontra-se nessa região. Em segundo lugar, fica o sudeste, com 29,7 GW; seguido pelo sul, com 22,8 GW; o norte, com 12,8 GW; e o centro-oeste, com uma capacidade de 3,1 GW.

O estado brasileiro que mais produz energia eólica é o Rio Grande do Norte, que, até 2013, tinha uma capacidade instalada de 1.339,2 MW e uma expectativa de crescimento para 3.654MW até 2018. A seguir, temos uma tabela que sintetiza as principais unidades federativas do país nesse quesito:


Principais estados brasileiros em produção de energia eólica no Brasil

Além de ser importante no processo de diversificação da produção de eletricidade e diminuição da dependência de energia no Brasil, a expansão das fontes eólicas é necessária também por gerar menores impactos ambientais, como aqueles proporcionados na ativação de termoelétricas. Por isso, os investimentos nessa e em outras fontes, embora estejam se intensificando, precisam expandir-se ainda mais a fim de gerar uma maior gama de resultados e garantir um melhor desenvolvimento do país em termos de infraestruturas.

* Créditos da imagem: Eduardo Fonseca/ Wikimedia Commons

Qual a participação da energia eólica na matriz energética brasileira?

Com 20,1 GW de potência instalada, as usinas eólicas respondem por 11,11% da matriz energética brasileira. A fonte também representa pouco mais de 40% dos empreendimentos em construção de geração de energia. Somente em novembro, a Aneel liberou para operação comercial empreendimentos com potência total de 561,13 MW.

Qual a participação da energia eólica?

A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema alcançou 8,4%. A fonte hidráulica foi responsável por 72,6% do total e as usinas térmicas responderam por 19% incluindo as usinas solares.

O que é energia eólica e qual sua importância para a matriz elétrica do Brasil?

A energia eólica é uma fonte energética limpa e renovável que vem ganhando destaque no Brasil. A geração por meio da energia eólica se dá com o uso de recursos naturais, em que o vento gira uma enorme hélice conectada a um gerador, criando energia mecânica e transformando-a em eletricidade.

Qual é a participação das fontes de energia renovável na matriz energética do Brasil?

Segundo o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional 2021, da EPE, as fontes renováveis presentes da matriz energética brasileira são: biomassa de cana (19,1%), hidráulica (12,6%), lenha e carvão vegetal (8,9%) e outras renováveis (7,7%).

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