Qual o efeito do exercício físico em pessoas com síndrome metabólica?

Autores

  • Gabriela Nicolino Cantieri FAIP
  • Camilo Antonio Monteiro Bueno FAIP
  • Daniel Martinez Ávila UNESP

DOI:

//doi.org/10.33233/rbfe.v17i3.2195

Palavras-chave:

treinamento de resistência; treinamento aeróbico; saúde do idoso

Resumo

A sí­ndrome metabólica é caracterizada pela junção de várias doenças fisiopatológicas as quais, associadas, aumentam o risco de problemas cardiovasculares. Sobre os diversos fatores de risco que levam í  sí­ndrome metabólica, o principal é a falta de atividades fí­sicas ou até mesmo o sedentarismo. Os tratamentos existentes na atualidade, o treinamento resistido, conhecido como musculação e/ou treinamento com pesos, pode contribuir na prevenção e diminuição dos fatores de risco desta sí­ndrome, colaborando principalmente para a manutenção da qualidade de vida dos indiví­duos. Nesta revisão bibliográfica, foi possí­vel identificar que a sí­ndrome metabólica é uma associação de três ou mais doenças fisiopatológicas como hiperglicemia, diabetes tipo 2, resistência í  insulina, obesidade, dislipidemia e hipertensão arterial. Observou-se também que o treinamento resistido provoca benefí­cios para todos os tipos de indiví­duos, possibilitando a perda de gordura corporal, o controle da glicemia e pressão arterial, por conseguinte afetará positivamente na vida diárias destes indiví­duos.

Biografia dos Autores

Gabriela Nicolino Cantieri, FAIP

Bacharel em Educação Fí­sica pela Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista (FAIP), SP

Camilo Antonio Monteiro Bueno, FAIP

Mestre em Desenvolvimento Humano e Tecnologia pela Universidade do Estado de São Paulo - UNESP / Rio Claro,  Professor Mestre da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista (FAIP), SP

Daniel Martinez Ávila, UNESP

D.Sc., Professor Titular do departamento de Ciências da Informação da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marí­lia, SP

Referências

Ciolac EM, Guimarães GV. Exercí­cio fí­sico e sí­ndrome metabólica. Revista Brasileira Medicina e Esporte 2004;10(4):319-24.

Grundy SM, Brewer HB, Cleeman JI, Smith SC, Lenfant C et al. Definition of metabolic syndrome report of the National Heart, Lung, and Blood Institute/American Heart Association Conference on Scientific Issues Related to Definition. Circulation 2004;109:433-8.

World Health Organization. Global status report on non-communicable diseases 2010. Geneva, Switzerland: World Health Organization; 2010 [citado 2018 March 9]. Available at: //www.who.int/nmh/publications/ncd_report_full_en.pdf.

Pesquisa Nacional de saúde, estilos de vida e doenças crônicas 2013 Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica (IBGE); 2014.

Guttierres APM, Marins JCB. Os efeitos do treinamento de força sobre os fatores de risco da sí­ndrome metabólica. Rev Bras Epidemiol 2008;11(1):147-58.

Forjaz CLM, Rezk CC, Cardoso Júnior CG, Tinucci T. Exercí­cios resistidos e sistema cardiovascular. In: Cardiologia do Exercí­cio 2a ed; 2006. p. 272-85.

Bydlowski SP, Magnanelli AC, Chamone DAF. Hiper-homocisteinemia e doenças vaso-oclusivas. Arq Bras Cardiol 1998;71(1):69-76.

Gottlieb MGV, Cruz IBM, Bonadese LC. Origin of the metabolic syndrome: genetic, evolutionary and nutritional aspect. Scientia Medica 2008;18(1):31-8.

Lottenberg SA, Glezer A, Turatti, L. A Metabolic syndrome: identifying the risk factors: Sí­ndrome metabólica: identificando fatores de risco. J Pediatr 2007;83(5):Suppl.

Sá NNB, Moura EC. Fatores associados í carga de doenças da sí­ndrome metabólica entre adultos brasileiros. Cad Saúde Pública 2010;26(9):1853-62.

Teixeira TG, Tibana RA, Nascimento DC, Silva RAS, Almeida JA, Balsamo S et al. Qualidade de vida e sí­ndrome metabólica em mulheres brasileiras: análise da correlação com a aptidão aeróbia e a força muscular. Motricidade 2015;11(2):48-61.

Mello V, Laaksonen D. Fibras na dieta: tendências atuais e benefí­cios í saúde na sí­ndrome metabólica e no diabetes melito tipo 2. Arq Bras Endocrinol Metabol 2009;53(5):509-18.

Carvalho MHC. I diretriz brasileira de diagnóstico e tratamento da sí­ndrome metabólica. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2005;84:Supl I.

Alberti KGMM, Eckel RH, Grundy SM, Zimmet PZ, Cleeman JI, Donato KA et al. Harmonizing the metabolic syndrome. A Joint Interim Statement of the International Diabetes Federation Task Force on Epidemiology and Prevention; National Heart, Lung, and Blood Institute; American Heart Association; World Heart Federation; International Atherosclerosis Society; and International Association for the Study of Obesity. Circulation 2009;120(16):1640-5.

Barker DJ, Eriksson JG, Forsén T, Osmond C. Fetal origins of adult disease: strength of effects and biological basis. Int J Epidemiol 2002;31(6):1235-9.

Kelishadi R. Childhood overweight, obesity, and the metabolic syndrome in developing countries. Epidemiologic Reviews 2007;29:62-76.

Oguz A, Mesci B, Sagun G, Kilic DC, Yetkin DO, Akalin A. Secondary metabolic syndrome: the frequency of factors which may underlie the parameters of metabolic syndrome. Annals of Saudi Medicine 2013;33(6):566-71.

Guimarães GV, Ciolac EG. Sí­ndrome metabólica: abordagem do educador fí­sico. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2004;14(4):659-70.

Stoppani J. Encyclopedia of muscle & strength. Champaign: Human Kinetics; 2006.

Assumpção CO, Souza TMF, Urtado CB. Treinamento resistido frente ao envelhecimento: uma alternativa viável e eficaz. Anuário Prod Acad Docente 2008;2(3):451-76.

Ferreira ACD, Acineto RR, Nogueira FRS, Silva AS. Musculação: aspectos fisiológicos, neurais, metodológicos e Nutricionais. In XI Encontro de Iniciação í Docência (UFPB-PRG); 2008.

Aaberg E. Conceitos e técnicas para o treinamento resistido. Tamboré: Manole; 2002.

Vasconcelos FVA, Kraemer-Aguiar LG, Lima AFPS, Paschoalino TMPF, Monteiro WD. Exercí­cio fí­sico e sí­ndrome metabólica. Revista HUPE 2013;13(4):78-88.

Castro J. O exercí­cio e o metabolismo. São Paulo: USP; 2016.

Pinheiro ARO, Freitas SFT, Corso ACT. Uma abordagem epidemiológica da obesidade. Rev Nutr 2004;17(4):523-33.

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Sí­ndrome Metabólica. Diretrizes brasileiras de obesidade. 3.ed. Itapevi: AC Farmacêutica; 2009/2010.

Guttierres APM, Marins JCB. Os efeitos do treinamento de força sobre os fatores de risco da sí­ndrome metabólica. Rev Bras Epidemiol 2008;11(1):147-58.

Del Vecchio FB, Galliano LM, Coswig VS. Aplicações do exercí­cio intermitente de alta intensidade na sí­ndrome metabólica. Rev Bras Ativ Fí­s Saúde 2013;18(6):669-87.

Pozzan R, Pozzan R, Magalhães MEC, Brandão AA, Brandão AP. Dislipidemia, Sí­ndrome Metabólica e Risco Cardiovascular. Rev Soc Cardiol Estado do Rio de Janeiro 2004;17(2):97-104.

Cambri LT, Souza M, Mannrich G; Cruz RO; Gevaerd MS. Perfil lipí­dico, dislipidemias e exercí­cios fí­sicos: lipidic profile, dyslipidemia and physical exercises. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2006;8(3):100-6.

Pereira Junior M, Andrade RD, Silveira FV, Baldissera UM, Korbes AS, Navarro F. Exercí­cio fí­sico resistido e sí­ndrome metabólica: uma revisão sistemática. Revista Brasileira Prescrição e Fisiologia do Exercí­cio 2013;7(42):529-39.

Rodrigues CEC. Musculação: métodos e sistemas. 3ª edição. Rio de Janeiro: Sprint; 2001.

Correia FO, Leal RS. Efeito do exercí­cio aeróbio e resistido nas alterações de colesterol total e lipoproteí­nas HDL-C, LDL-C e triglicerí­deos. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercí­cio 2010;4(22):337-41.

Gagliardi ART. Resistência í insulina. Atheros 2002;13(2):39-41.

Pereira LO, Francischi RP, Junior AHL. Obesidade: hábitos nutricionais, sedentarismo e resistência í insulina. Arq Bras Endocrinol Metabol 2003;47(2):111-27.

Dorado JPH. Diabetes mellitus tipo 1: Type 1 diabetes mellitus. Revista de la Sociedad Boliviana de Pediatrí­a 2008;47(2):90-6.

Montenegro LP. Musculação para a qualidade de vida relacionada á saúde de hipertensos e diabéticos tipo 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercí­cio 2015;9(51):105-9.

Souza RAL, Santos NVS, Pardono E. Redução da glicemia através do exercí­cio resistido de alta intensidade em indiví­duos com diabetes mellitus tipo 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercí­cio 2014;8(5):871-6.

Brand C, Griebeler LC, Roth MA, Mello FF, Barros TVP, Neu LD. Efeito do treinamento resistido em parâmetros cardiovasculares de adultos normotensos e hipertensos. Rev Bras Cardiol 2013;26(6):435-441.

Sociedade Brasileira De Cardiologia. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2007;89(3). doi: 10.1590/S0066-782X2007001500012

Qual a relação entre síndrome metabólica e exercícios físicos?

No tratamento da síndrome metabólica, o exercício físico tem sido considerado de grande importância (CIOLAC; GUIMARÃES, 2004). Tal intervenção, comprovadamente, melhora à tolerância à glicose e reduz a resistência à insulina.

Quais os benefícios da atividade física para a saúde metabólica?

São incontáveis seus benefícios: redução da mortalidade por doenças cardiovasculares, prevenção e controle do diabetes e da hipertensão, do número de casos de diversos tipos de câncer, da obesidade e de suas consequências, do declínio cognitivo associado ao envelhecimento e até do risco de desenvolver as formas graves ...

Como os exercícios físicos e as práticas corporais podem prevenir ou tratar as doenças metabólicas?

Os mecanismos que ligam a atividade física à prevenção e ao tratamento de doenças e à incapacidade funcional envolvem principalmente a redução da adiposidade corporal, a queda da pressão arterial, a melhora do perfil lipídico e da sensibilidade à insulina, o aumento do gasto energético, da massa e da força muscular, da ...

O que se deve fazer para reverter a síndrome metabólica?

Perder peso e praticar alguma atividade física são as melhores formas de prevenir e tratar a Síndrome Metabólica. Detectar o problema pode reduzir o aparecimento de futuras doenças cardíacas. Além disso, você terá tempo de mudar seu estilo de vida, evitando o desenvolvimento de diversas complicações.

Toplist

Última postagem

Tag