Como parar de salivar em excesso

Saliva em excesso (ou sialorréia) é definida como o aumento da produção de saliva pela boca. É geralmente um problema temporário e raramente causa preocupação. Normalmente, as suas glândulas salivares produzem cerca 0,5 a 1,5 litros de saliva por dia. Se você de repente parece ter excesso de saliva na boca, pode ser porque suas glândulas salivares estejam produzindo mais saliva do que o habitual ou porque você está tendo dificuldade em engolir.

É normal que bebês até os 2 anos estejam sempre babando , pois a criança ainda não desenvolveu o controle dos músculos da região do rosto. Já na fase adulta o excesso de salivação pode se tornar um problema até para o convívio social.

A saliva em excesso pode ser causada por um aumento na produção de saliva ou uma diminuição na sua capacidade de engolir ou manter saliva na boca. Pode ter como origem problemas e inflamações na cavidade oral, problemas digestivos, neurológicos e hipertensão.

  • Próteses ou aparelhos novos ou que não se encaixam bem
  • Doença do Refluxo Gastroesofágico
  • Infecção na boca ou garganta
  • Tabagismo e Estresse
  • Medicamentos, como clonazepam, clozapina, pilocarpina e carbidopa-levodopa
  • Gravidez
  • Estomatite.

Causas mais raras de aumento da produção de saliva incluem:

  • Envenenamento por arsênico
  • Paralisia de Bell
  • Atresia de esôfago (um distúrbio presente ao nascimento em que o esôfago não se desenvolve corretamente)
  • Envenenamento por mercúrio
  • Raiva
  • Sífilis
  • Tuberculose.
  • Sinusite aguda
  • Alergias
  • Sinusite crônica
  • Hipertrofia de adenoides
  • Tumores que afetam a língua ou no lábio movimento.

Condições que afetam a sua coordenação muscular ou a função de sua cavidade oral também pode diminuir a capacidade de engolir ou de reter saliva na boca, causando saliva em excesso. Estas condições incluem:

  • Esclerose lateral amiotrófica (uma doença neurológica que causa fraqueza muscular)
  • Transtorno do espectro do autismo
  • Paralisia cerebral
  • Demência
  • Síndrome de Down
  • Síndrome do X frágil
  • Esclerose múltipla
  • Miastenia gravis
  • Doença de Parkinson
  • AVC.

Essas são algumas causas associadas ao aumento da salivação- sialorréia. Para ter um diagnóstico preciso, marque uma consulta médica.

Especialistas que podem diagnosticar as causas de saliva em excesso são:

  • Clínico geral
  • Dentista
  • Pediatra
  • Otorrinolaringologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

  • Quando o sintoma começou?
  • Quais outros sintomas você ou seu filho sente?
  • O que, se alguma coisa, parece melhorar o sintoma?
  • O que , se alguma coisa, parece piorar o sintoma?
  • Você teve ou tem alguma doença ou condição médica?
  • Quais medicamentos e suplementos você ou seu filho toma regularmente?

Agende uma consulta médica se você está preocupado com a saliva em excesso persistente. É importante determinar se o problema é devido ao aumento da produção de saliva ou de uma diminuição da capacidade de engolir. O tratamento para saliva em excesso é dirigido para a causa subjacente.

Marque uma consulta se:

  • A causa da salivação não tenha sido identificada
  • Há uma preocupação sobre engasgos ou asfixia
  • A criança tem febre, dificuldade respiratória ou mantem a cabeça em uma posição estranha.

Objetos frios, como mordedores que ficaram na geladeira, podem ser úteis para as crianças com saliva em excesso em decorrência do nascimento dos dentes. Tome cuidado para evitar sufocamento quando uma criança usa qualquer um desses objetos.

Para aqueles com saliva em excesso crônica:

  • Os cuidadores podem tentar lembrar a pessoa de manter os lábios fechados e queixo para cima
  • Limitar alimentos açucarados, pois eles podem aumentar a quantidade de saliva
  • Preste atenção em feridas da pele que podem acontecer ao redor dos lábios e no queixo, por conta de ficarem sempre úmidas pela saliva.

Bruno Loredo, otorrinolaringologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília - CRM DF 19501

A boca salivando muito pode ser um sintoma que resulta do uso de certos medicamentos ou da exposição a toxinas, sendo também um sintoma comum a diversas condições de saúde geralmente fáceis de tratar, como infecções, cárie ou refluxo gastroesofágico, por exemplo, e que é resolvida quando a causa é tratada. 

Porém, o excesso de salivação também é um sintoma muito comum a doenças crônicas como doença de Parkinson, síndrome de Down ou Esclerose lateral amiotrófica, por exemplo, sendo que nestes casos, pode ser necessário um tratamento específico para reduzir a quantidade de saliva produzida, como administração de remédios anticolinérgicos ou injeções de botox.

Algumas das causas mais comuns que podem estar na origem da salivação excessiva, são:

1. Infecções

Quando o corpo está a lidar com uma infecção, é normal a pessoa sentir a boca salivando mais do que o normal, já que é uma defesa do organismo para eliminar as bactérias. O mesmo acontece quando a pessoa tem uma cárie, que é uma infecção do dente causada por bactérias.

O que fazer: o tratamento vai depender do local e gravidade da infecção, assim como do agente causador, podendo ser necessário tomar antibióticos. Além disso, é importante beber muitos líquidos e fazer uma alimentação equilibrada.

2. Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico consiste no retorno do conteúdo do estômago para o esôfago, em direção à laringe e boca, sendo que os sintomas mais comuns são a produção excessiva de saliva, má digestão e dor e queimação no estômago e na boca.

O que fazer: o tratamento do refluxo consiste em alterações do estilo de vida, como por exemplo na dieta e na administração de medicamentos que neutralizam ou reduzem a acidez do estômago. Saiba mais sobre o tratamento.

3. Uso de medicamentos

O uso de certos medicamentos, como tranquilizantes e anticonvulsivantes podem levar ao excesso de produção de saliva. Além disso, a exposição a toxinas, como por exemplo o mercúrio, também podem causar este sintoma.

O que fazer: o ideal e falar com o médico que prescreveu o tratamento, para perceber se é possível alterar algum medicamento que provoque manos efeitos colaterais. Perante a exposição a toxinas, o ideal é ir imediatamente ao hospital.

4. Gravidez

Durante a gravidez, algumas mulheres podem sentir excesso de salivação, que pode estar relacionada com as náuseas e vômitos associadas às alterações hormonais características deste período.

O que fazer: o aumento da produção de saliva é normal esta fase. Para aliviar as náuseas e a salivação excessiva, a grávida pode tomar um chá de gengibre e limão e, se sentir muito desconforto, deve ir ao obstetra para que ele recomende um tratamento mais eficaz.

5. Má oclusão dentária

A má oclusão dentária corresponde ao alinhamento anormal dos dentes, fazendo com que os dentes do maxilar superior não encaixem corretamente com os dentes do maxilar inferior, causando sintomas como desgaste dos dentes, dificuldade na articulação da mandíbula, perda de dentes, dor de cabeça e excesso de salivação. Saiba quais os tipos de oclusão dentária e as causas que estão na sua origem.

O que fazer: o tratamento da má oclusão depende da gravidade, e pode ser feito através da colocação de um aparelho ortodôntico, remoção de um ou mais dentes e, em alguns casos, cirurgia.

6. Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do cérebro, que afeta os movimentos, provocando tremor, rigidez dos músculos, lentificação dos movimentos e desequilíbrio, que são sintomas que se iniciam de forma gradual, quase imperceptíveis no início, mas que vão piorando com o tempo, em que podem surgir novos sintomas, como diminuição da expressão do rosto, dificuldade para falar e para engolir alimentos e alterações na salivação. Veja outros sintomas que podem surgir.

O que fazer: geralmente, o tratamento para doença de Parkinson é feito com o uso de medicamentos por toda a vida, que ajudam a atenuar os sintomas e a retardar a progressão da doença.

Além destas, existem outras causas que podem estar na origem da salivação excessiva, sendo que algumas delas podem estar relacionadas com doenças neurológicas, como paralisia cerebral, paralisia facial, AVC, síndrome de Down, Esclerose lateral amiotrófica ou autismo, por exemplo.

Como tratar a salivação excessiva

Embora na maior parte dos casos, o tratamento da causa da salivação resolva o problema, existem situações em que pode ser necessário usar remédios para diminuir a produção de saliva, como anticolinérgicos ou aplicação de injeções de toxina botulínica (botox). 

O que fazer para parar de salivar muito?

Como lidar com hipersalivação Evitar alimentos e bebidas que podem estimular produção de saliva, por exemplo, pode ajudar. Frutas cítricas e álcool em geral podem diminuir a produção de saliva, mas o efeito pode variar de pessoa para pessoa, troque o enxaguante bucal habitual por um que não tenha álcool em sua fórmula.

Estou com a boca salivando muito o que pode ser?

A boca salivando muito pode ser um sintoma que resulta do uso de certos medicamentos ou da exposição a toxinas, sendo também um sintoma comum a diversas condições de saúde geralmente fáceis de tratar, como infecções, cárie ou refluxo gastroesofágico, por exemplo, e que é resolvida quando a causa é tratada.

Qual o remédio caseiro para parar de salivar?

Remédios caseiros para boca seca (xerostomia).
Ingerir alimentos ácidos. ... .
Ingerir chá de camomila ou gengibre. ... .
Dormir com um umidificador. ... .
Beber muita água. ... .
Mascar chiclete..

Qual o remédio para parar de salivar?

O Sialanar é um medicamento para o tratamento da hipersalivação (salivação excessiva) grave em crianças e adolescentes (com idades iguais ou superiores a 3 anos) com doenças que afetam o sistema nervoso, como a paralisia cerebral, epilepsia e doenças neurodegenerativas.