Como você explica a diferença entre as expectativas de vida da frança e do Afeganistão

Em 2001, os norte-americanos agiram contra o Talibã em reação aos ataques de 11 de setembro, se juntando à Aliança do Norte, uma organização desenvolvida pelo Afeganistão para unir a população e combater o grupo extremista.

Naquela época, o Talibã, então liderado por Mohammed Omar, controlava 90% do Afeganistão, embora nunca tenha sido reconhecido como governo pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os únicos países que reconheciam a autoridade dos talibãs eram Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Paquistão.

O então presidente americano, George W. Bush, foi quem ordenou a invasão do país depois que o os talibãs se recusaram a entregar Osama bin Laden, o arquiteto do atentado às Torres Gêmeas. Bin Laden morreu em 2011, em uma operação dos Estados Unidos no Paquistão, já no governo de Barack Obama.

O Paquistão e Arábia Saudita se tornaram aliados regionais dos EUA, e os talibãs passaram à luta armada contra os americanos e o novo governo afegão constituído.

Segundo a ONU, mais de 100 mil civis foram mortos ou feridos no conflito apenas na última década. Desde o início dos conflitos, os EUA gastaram mais de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,2 trilhões) em despesas militares no Afeganistão.

Soldados da Otan guardam local de confronto com grupo talibã em março de 2013. — Foto: Omar Sobhani / Reuters

Acordo de trégua

Ainda no governo de Barack Obama, alguns prazos foram estipulados para a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão.

A princípio, até janeiro de 2017, data da troca de presidentes nos Estados Unidos, o país não teria mais soldados em território afegão. Contudo, na época, Obama declarou que o Afeganistão não estava pronto ainda para a retirada completa das tropas e apenas reduziu o contingente para 9 mil militares.

Abdul Ghani Baradar, líder da delegação do Talibã, e Zalmay Khalilzad, enviado dos EUA para a paz no Afeganistão, se cumprimentam depois de assinar acordo em Doha, no Catar, em 29/02/2020. — Foto: Ibraheem al Omari/Reuters

A retirada das tropas americanas do Afeganistão dependia do cumprimento, pelo Talibã, de compromissos previstos no acordo – como não permitir que a Al-Qaeda ou qualquer outro grupo extremista opere em áreas controladas por ele.

Os talibãs também se comprometeram a não enfrentar tropas estrangeiras, mas seguiu com ações contra o exército afegão durante este período.

Durante a gestão de Joe Biden, o governo americano anunciou uma mudança no cronograma de saída das tropas: a retirada completa das tropas ocorreriam não mais até 1º de maio, mas sim em setembro de 2021.

Apesar de um número não identificado de militares ainda permanecer no país, a ação marcou o fim dos quase 20 anos de guerra desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Cronologia recente do avanço talibã

  • 14 de abril – O presidente Joe Biden anuncia que as tropas dos EUA se retirarão do Afeganistão a partir de 1º de maio.
  • 4 de maio – os combatentes do Talibã lançam uma grande ofensiva contra as forças afegãs na província de Helmand, no sul. Eles também atacam em pelo menos seis outras províncias.
  • 11 de maio – O Talibã toma o distrito de Nerkh nos arredores da capital, Cabul, enquanto a violência se intensifica em todo o país.
  • 2 de julho – as tropas americanas saem silenciosamente de sua principal base militar no Afeganistão, a base aérea de Bagram, a uma hora de carro de Cabul. Isso efetivamente termina com o envolvimento dos EUA na guerra.
  • 5 de julho - O Talibã afirma que poderia apresentar uma proposta de paz por escrito ao governo afegão já em agosto.
  • 21 de julho – Os insurgentes do Talibã controlam cerca de metade dos distritos do país, de acordo com o general dos EUA, destacando a escala e a velocidade de seu avanço.
  • 14 de agosto – O Talibã toma a maior cidade do norte, Mazar-i-Sharif, e, com pouca resistência, Pul-e-Alam, capital da província de Logar, apenas 70 km ao sul de Cabul.
  • 15 de agosto – O Talibã toma a cidade de Jalalabad, no leste, sem lutar. Os insurgentes cercam a capital Cabul.

Como você explica a diferença entre as expectativas de vida da frança e do Afeganistão

Afegãos fogem para o Paquistão após avanço do Talibã

O que é o Talibã?

O Talibã surgiu em um momento de lutas internas dentro do país. Voltando um pouco no tempo: o Afeganistão foi unificado em 1747 e foi motivo de briga entre os impérios britânico e russo até sua completa independência, em 1919.

Após experimentar a democracia, um golpe em 1973 inaugurou um período de conflitos que dura até hoje no país. Em 1978, um contragolpe comunista estabeleceu a República Democrática do Afeganistão.

De olho no país, a ex-União Soviética invadiu o território no ano seguinte, com 30 mil homens e ajudou os comunistas numa luta ferrenha contra os rebeldes tribais muçulmanos. O número de soviéticos no país chegou a 115 mil, e, nessa época, muitos refugiados foram para o Paquistão e para o Irã.

As guerrilhas rebeldes, conhecidas como Mujahideen (‘santos guerreiros’), não estavam unidas, e de nada adiantava a ajuda em armas e dinheiro enviada pelos EUA aos guerreiros, que estavam concentrados em sua maioria no Paquistão.

A saída dos soviéticos ocorreu em 1989, mas as diferenças entre os grupos fizeram com que a guerra civil continuasse. Em 1992, os Mujahideen tomaram o poder, e um acordo permitiu a governança até 1994, quando a crise entre as diferentes facções guerreiras explodiu novamente.

Ao mesmo tempo, no sul do Afeganistão, surgiu um outro grupo militante, liderado por Mullah Mohammed Omar e que envolvia aprendizes do Islã sunita que pegavam em armas: o Talibã.

Ele logo conquistou as cidades de Kandahar e Charasiab.

Com financiamento paquistanês, eles foram derrotados na primeira tentativa de conquistar Cabul, mas continuaram os bombardeios à cidade, tomando-a por completo em setembro de 1996 e impondo um governo islâmico radical no país.

Como você explica a diferença entre as expectativas de vida da frança e do Afeganistão

VÍDEO: O avanço do Talibã no Afeganistão

Apogeu e convivência com a al-Qaeda

Num país assolado por anos seguidos de guerras, a rigidez do Talibã trouxe uma certa calmaria à região. A maioria dos líderes tribais havia sido derrotada, e seus líderes foram enforcados. A população foi desarmada, e as ruas foram desbloqueadas, facilitando o comércio.

O grupo aplicou no país uma interpretação rígida da Sharia, a lei islâmica. Logo as escolas de meninas foram fechadas, e as mulheres foram proibidas de deixar suas casas até para fazer compras. Fontes de entretenimento como música, TV e esportes também foram banidas.

O Talibã proíbe música, maquiagem e proíbe que as meninas de 10 anos ou mais vão à escola — Foto: Getty Images via BBC

A aproximação com o líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama bin Laden, não tardou. A princípio um opositor do Talibã, Bin Laden mudou de lado após um encontro com Mullah Mohammed Omar em 1996. Com o apoio de Omar, sua al-Qaeda estava segura para agir no Afeganistão.

Talibã avança no Afeganistão; veja vídeos

Qual é o país que apresenta a maior expectativa de vida?

Países com as maiores expectativas de vida: Japão: 86,3 anos. Mônaco: 85 anos. França: 84,5 anos. Espanha: 84,3 anos.

O que é e qual a importância da expectativa de vida?

O que é expectativa de vida? Trata-se do número médio de anos que a população de um país viverá. Expectativa de vida, também chamada de esperança de vida, é o número médio de anos que a população de um país pode esperar viver, caso sejam mantidas as mesmas condições de vida vivenciadas no momento do nascimento.

O que é expectativa de vida e qualidade de vida?

A expectativa de vida reflete as condições de qualidade de vida da população, bem como os hábitos individuais. A expectativa de vida, também chamada de esperança de vida, é um dado matemático responsável por calcular o tempo de vida médio restante a partir do nascimento.

O que é a expectativa de vida Brainly?

Aprovada pela comunidade A expectativa de vida, também chamada de esperança de vida ao nascer, consiste na estimativa do número de anos que se espera que um indivíduo possa viver e é uns dados muito importante.