Conclusão sobre os quatro pilares da educação

Segundo o Pisa, sistema de avaliação educacional, o Brasil está estagnado no quesito nível educacional há uma década. E, infelizmente, muito abaixo dos países desenvolvidos, ocupando a 54ª posição no ranking.  Nos últimos dez anos, o nível da educação no Brasil não melhorou.

Isso se deve a um grupo extenso de fatores, como desigualdade social, taxas elevadas de evasão escolar, baixo investimento e má alocação de recursos. Apesar de a porcentagem do PIB investido no setor (5,6%) estar acima da média mundial (4,4%), o país tem apresentado resultados educacionais muito abaixo do esperado.

Tal qual vimos no ranking do Pisa, mas também na porcentagem de analfabetismo, que atinge 6,8% da população acima de 15 anos. Isso representa 4.2 pontos percentuais acima da média mundial (2,6%).

Esses resultados, infelizmente, devem se agravar no período pós-pandêmico, evidenciando ainda mais as diferenças socioeconômicas do país. Para melhorar esse cenário é preciso estabelecer políticas públicas e planejamento financeiros que atinjam o sistema educacional em toda sua amplitude.

Um ótimo caminho é olhar com mais atenção para os pilares da educação. Vamos ver quais são eles e como eles podem criar uma base muito mais forte para a população? Leia até o final para conhecer algumas dicas e estratégias que podem ser aplicadas no ambiente educacional.

Conclusão sobre os quatro pilares da educação

Segundo a definição de Oxford Languages, pilar é: coluna sem ornamentos que constitui elemento vertical da estrutura de uma construção. Ou seja, os pilares são responsáveis por sustentar elementos superiores.

Se aplicarmos essa definição no sentido conotativo, temos que os pilares da educação são itens essenciais para que todos os processos e etapas educacionais possam ser desenvolvidos.

Diferente das estruturas arquitetônicas, os pilares da educação são maleáveis para acompanhar a evolução natural da sociedade. Ou seja, a ideia é dispor de 4 elementos que consigam “abraçar” avanços tecnológicos, mudanças de comportamentos e estruturas sociais.

Quais são os pilares da educação segundo a UNESCO?

No relatório para a Unesco, chamado Educação Um Tesouro A Descobrir, temos uma discussão extremamente aprofundada sobre a sociedade, a educação, a tecnologia, a inclusão digital e o desenvolvimento.

A ideia principal do 4° capítulo do relatório é que, hoje, não faz sentido termos métodos e aprendizados quantitativos. Como se o estudante pudesse acumular, nos seus anos escolares, uma quantidade de conhecimento definida, que será utilizada durante a vida.

“(…) É, antes, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um mundo em mudança.”

Para isso, existem 4 pilares da educação. São eles:

  • Aprender a conhecer;
  • Aprender a fazer;
  • Aprender a conviver;
  • Aprender a ser.

A Comissão que desenvolveu esse relatório defende que o estudo formal precisa ir além do ensinar a aprender e, quando muito, o ensinar a fazer. A educação precisa ser uma experiência global, completa, que se mantenha por toda a vida do indivíduo.

Não apenas nos campos cognitivo e prático, mas também em relação à formação como indivíduo e cidadão social.

Vamos entender melhor esses pilares da educação?

1. Aprender a conhecer

Mais importante que adquirir conhecimento é saber como fazê-lo. Quando nós aprendemos como descobrir e capturar novas informações, desenvolvemos uma independência do aprender a conhecer.

Esse pilar da educação trata, portanto, da necessidade em instruir o indivíduo a buscar, pelos próprios meios, maneiras de descobrir e absorver os mais diversos assuntos. Desta forma ele pode identificar quais instrumentos de aprendizado melhor se encaixam em seu perfil.

Em uma sociedade tão diversa, esse é um pilar que auxilia na inclusão de mais indivíduos no universo do saber. Resumidamente, estamos falando do aprender a aprender, com exercícios de memória, atenção e pensamento independente.

2. Aprender a fazer

O aprender a fazer é um pilar que está presente em algumas instituições, mesmo que aplicado em “menor quantidade”. Trata-se de colocar em prática o aprendizado adquirido. Esse pilar, no relatório, também fala sobre a adaptação do conhecimento para a prática profissional.

Mas, diferente do que vivenciamos, a ideia é linkar esse pilar com o anterior, para que o conhecimento possa ser adaptado com a evolução da sociedade e das tecnologias. Ou seja, o indivíduo precisa ser capaz de aprender, aplicar e desenvolver práticas cada vez melhores.

Dessa forma teremos uma sociedade em constante evolução.

Não deixe de ler: Como fazer aulas interativas? Aprenda a integrar seus alunos.

3. Aprender a conviver

Esse é, talvez, um dos pilares da educação mais difíceis de ser praticado em uma sociedade tão diversa quanto a nossa. Em um cenário cada vez mais polarizado, é extremamente complexo criar indivíduos que saibam viver e conviver com as diferenças.

Isso, claro, é fundamental para a harmonia e o desenvolvimento da sociedade. Pensamentos diversos podem ser sempre agregadores e impulsionam a evolução.

Infelizmente, a educação, o ambiente de trabalho e a sociedade tendem a favorecer a competição com a valorização do indivíduo vencedor. E cabe às etapas de formação tentar combater essa visão individualista.

Neste pilar, portanto, temos a ideia de não apenas incluir indivíduos diferentes em uma convivência comum, mas também estabelecer um contexto igualitário. E, de preferência, inseri-los em projetos e caminhos com objetivos em comum.

Isso pode incentivar a colaboração e a convivência harmônica entre os mais diferentes indivíduos.

Veja também: Como identificar e avaliar as dificuldades de aprendizagem dos alunos?

4. Aprender a ser

Falamos acima sobre a independência de pensamento e o respeito às diferenças, certo? Bem, esse princípio trata exatamente da intersecção desses pontos, mas no âmbito da individualidade. Ou seja, estimular que todos possam descobrir quem são, com a possibilidade de pensar de forma autônoma e crítica.

E, assim, criar e desenvolver seu próprio juízo de valor, com decisões baseadas na junção do conhecimento adquirido com suas crenças, valores e opiniões.

Esses são os quatro pilares da educação, mas, vale ressaltar, que o Relatório Educação

Um Tesouro A Descobrir trata desse assunto com muito mais abrangência e aprofundamento.

Nossa indicação, portanto, é que você acesse esse conteúdo na íntegra. Ele é extremamente importante para a aplicação correta dos quatro pilares da educação.

Para que servem os pilares da educação?

É muito comum que as instituições estudantis foquem no aprender a conhecer e aprender a fazer. E não estamos falando apenas do ensino básico, mas de toda a formação do indivíduo.

Isso, naturalmente, acaba limitando o potencial de crescimento, independência e adaptação dos seres humanos.

Mas, como você deve ter notado, os pilares da educação não se restringem apenas ao ambiente estudantil. O objetivo principal é desenvolver seres humanos capazes de ser, crescer, evoluir e conviver.

Características fundamentais para que a educação, formação e sociedade caminhem de forma harmônica e evolutiva. Ou seja, os pilares da educação citados neste artigo têm por objetivo não apenas informar, mas também formar o cidadão para a sociedade.

Como as instituições podem atuar para colocar em prática e fortalecer esses pilares?

Muitos suprimentos para aplicar os pilares da educação na nossa sociedade são provenientes de políticas públicas. São os incentivos, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além, claro, de informação e cultura focadas em formar cidadãos.

Mas as instituições estudantis também podem implantar técnicas e ferramentas educacionais para implementar internamente o desenvolvimento dos pilares da educação, tais como:

  • Incentivar as trocas entre os indivíduos, com atividade de socialização e interação;
  • Debates de ideias, para estimular a compreensão de universos e pontos de vista diferentes;
  • Estabelecer atividades nas quais os alunos possam colocar em prática o aprendizado;
  • Informar sobre a naturalidade das diferenças de cada indivíduo;
  • Incentivar a criatividade, a formação de pensamentos de maneira independente; e
  • Fornecer ferramentas e estrutura adequada para que todos possam saber como buscar o conhecimento.

Como a tecnologia pode auxiliar na educação?

Conclusão sobre os quatro pilares da educação

Vale ressaltar que estamos falando da “educação para a vida”. Os pilares da educação, portanto, incluem todo e qualquer indivíduo vivo. Afinal, estamos em constante aprendizado.

Uma prova disso foi o período pandêmico, que restringiu a circulação de pessoas e, obviamente, forçou uma mudança repentina no cotidiano de todos. Percebemos, nesse cenário, o quanto a tecnologia pode ser uma ótima aliada na educação.

E não apenas para otimizar processos e agilizar atividades, mas para democratizar o ensino, mesmo em situações críticas. Professores e alunos, baseados nos pilares da educação, precisaram buscar novas formas de aprender a conhecer e a fazer.

Veja um pouco do poder da tecnologia no vídeo abaixo:

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Qual a importância dos quatro pilares para a educação?

Os quatro pilares abordam o crescimento integral dos alunos, desde o aprendizado da alfabetização a utilização dos números até mesmo ética, respeito, ser criativo, pensante, tudo é importante na vida das pessoas para que podem ter um bom relacionamento em sociedade no geral, em casa no trabalho e em seus ...

Qual é a proposta dos quatro pilares da educação?

Aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser são os quatro pilares da UNESCO para a educação, mas eles podem ser também um objetivo de vida. O desejo pelo aprendizado não precisa habitar exclusivamente nossos ambientes escolares, ele pode viver dentro de cada um de nós.

Qual a relação dos 4 pilares da educação com a prática desenvolver em sua escola e na sua sala de aula como ocorre essa prática?

Os quatro pilares são o contexto certo para trabalhar na educação, pois sendo onde tudo acontece na vida dos alunos em seu desenvolvimento, desde aprender a falar corretamente a seu caráter, como respeito e ética para a sociedade em que vivemos, os pilares tem o poder de construir nos alunos sua identidade.

Qual é o significado de aprender a conviver?

Aprender a conviver é um dos princípios propostos e defendidos no relatório da Unesco, elaborado por Jacques Delors. Esse Pilar da Educação tem o intuito de estabelecer entre todos que existe o pensar diferente e que ainda temos muito o que avançar em relação à percepção e a respeito aos interesses da coletividade.