Em uma partida de futebol, o goleiro defende uma cobrança de pênalti

Pachuca e Monterrey fizeram um jogo para lá de maluco pela ida das semifinais do Apertura [espécie de primeiro turno do Campeonato Mexicano]. Mesmo assim, o placar 5 a 2 a favor dos donos da casa não foi assunto mais comentado da partida. Isso porque, o goleiro Óscar Ustari se tornou o grande protagonista.

Quando o duelo ainda estava em 3 a 2 a favor do Pachuca, o Monterrey teve um pênalti a seu favor. Na cobrança, Rogelio Funes Mori soltou o pé no canto direito de Ustari, que foi buscar.

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Após a defesa, o goleiro foi festejado pelos companheiros e chegou a se levantar rápido para o escanteio que viria a ser cobrado. Contudo, antes mesmo da batida, se agachou no campo e sofreu um apagão. O jogo foi paralisado e o atendimento médico foi prestado ao atleta.

Mesmo com o susto, o goleiro seguiu em campo e ainda viu o Pachuca conseguir marcar mais dois gols na reta final do confronto e fechar a partida em 5 a 2, abrindo boa vantagem para o duelo de volta.

Essa não é a primeira vez que Ustari dá um susto nos torcedores de uma equipe que defende. Em 2017, quando defendia o Atlas, também do México, o atleta bateu um tiro de meta e logo em seguida ficou caído no chão. As imagens mostraram o joelho do arqueiro deslocado.

Veja a defesa e o 'apagão' de Ustari:

Em uma partida de futebol, o goleiro defende uma cobrança de pênalti

Nesta terça-feira, México e Polônia empataram por 0 x 0, em partida válida pelo Grupo C, da Copa do Mundo, do Catar. Uma partida bem disputada que acabou sem gols por causa dos goleiros.

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Lewandowski que é o atual melhor jogador do mundo, teve a chance de marcar o primeiro gol da Seleção Polonesa na Copa, mas na cobrança de pênalti parou no goleiro mexicano Ochôa, que brilhou e o destaque da partida quase vestiu o Manto Sagrado.

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Em 2017, o goleiro esteve perto de jogar pelo Flamengo. Na época, o jogador atuava pelo Málaga, da Espanha e interessava o Mais Querido que buscava um jogador para a posição. Mas as conversas com os representantes do atleta acabaram não vingando.

No campo de futebol, dentro da grande área, há uma marca a 11 metros do ponto médio da linha do gol, para que seja feita a cobrança de uma falta chamada "pênalti". O goleiro fica sobre essa linha, entre duas traves que são paralelas, com uma distância entre elas de 7,32 metros, e sob uma terceira trave, cuja borda fica a 2,44 metros do solo.

Com essas informações, para realizar uma análise geométrica utilizaremos a cor azul para as traves verticais, a cor laranja para a trave que fica sobre a cabeça do goleiro e a cor vermelha para representar a distância de 11 metros da marca do pênalti até a linha do gol:

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A cobrança usual do pênalti é feita por meio de um tiro direto, e uma das consequências é que a trajetória da bola, em função da distância e da velocidade, pode ser considerada, em grande parte das experiências, uma linha reta. Assim, faremos a visualização da vista lateral desses chutes, pontilhando as trajetórias das bolas em direção ao gol:

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No esquema dessa vista lateral, identificamos vários triângulos retângulos, nos quais a linha vermelha e a trave azul são os catetos, enquanto que a linha pontilhada é a hipotenusa. Das três medidas, somente o cateto de cor vermelha é constante, com valor igual a 11 metros, enquanto que as outras duas mudam de valor conforme o ângulo formado entre a linha pontilhada e a linha vermelha.

Para organizar o nosso estudo, representaremos esse ângulo pela letra G; a medida da altura que a bola passa pela trave por y (cor azul); e o comprimento da linha pontilhada por x:

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As relações matemáticas entre essas medidas, sejam elas constantes ou variáveis, podem ser exploradas a partir das definições do cosseno, do seno e da tangente, tendo como referência o ângulo G. No entanto, se quisermos descobrir o valor aproximado de G, para que a bola passe rente à parte inferior da trave que se encontra sobre a cabeça do goleiro, perceberemos que, para essa situação limite, a tangente será o melhor recurso, pois evita o cálculo da hipotenusa:

cos G=cateto adjacentehipotenusa=11mx
sen G=cateto opostohipotenusa=2,44mx
tg G=cateto opostocateto adjacente=2,44m11m⇒tg G=2,4411 =0,22

Com a informação de que o valor máximo de y é 2,44 metros, calculamos o valor da tangente de G e, logo depois, o valor aproximado de G (por meio de uma tabela):

tg G=2,4211⇒tg G=0,22 ⇒G≅13?

Concluímos que o ângulo G deverá estar no intervalo de 0o (bola rasteira) chegando ao valor máximo aproximado de 13o no plano vertical da vista lateral. Os valores possíveis desses ângulos são interpretados também como as linhas de latitude da bola em direção ao gol. Podemos indicar alguns desses valores no nosso desenho, por meio de linhas também pontilhadas:

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Vamos agora analisar essa cobrança de pênalti vista de cima. Dessa posição vemos a trave cor laranja, que fica sobre a cabeça do goleiro, e a linha vermelha, que representa a distância da marca do pênalti até o gol. Novamente identificamos vários triângulos retângulos, só que, dessa vez, em um plano horizontal, e em regiões simétricas, tendo a linha vermelha como eixo.

Para esta nova posição, definiremos como K o ângulo formado entre a linha pontilhada da trajetória da bola e a linha vermelha. Assim, podemos escrever a tangente desse ângulo, não esquecendo que deveremos explorar tanto do lado esquerdo como do lado direito do jogador que está cobrando o pênalti.

Qual será o valor aproximado do ângulo K para o jogador marcar um belo gol rente à trave direita do goleiro? O primeiro passo é interpretar o valor máximo do cateto oposto a K, que, nessa condição também limite, será a metade do tamanho da trave laranja:

7,32 : 2 = 3,66 m

O valor da tangente de K que será a razão do cateto adjacente, igual a 11 metros, pelo valor máximo do cateto oposto, que, como vimos, é igual a 3,66 m. Com mesmo procedimento anterior, calculamos o valor da tg K e, por meio de uma tabela, achamos o valor aproximado de K:

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Assim, esse ângulo K poderá ser explorado tanto do lado esquerdo como do lado direito de quem está cobrando o pênalti, no intervalo de 0o a 19o. Essas medidas também são interpretadas como longitude da bola ao ser chutada a gol. Novamente indicaremos parte desses valores por meio de linhas pontilhadas:

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Com lápis e papel, agora você pode explorar os conceitos de latitude e longitude, para se divertir com as possíveis posições da bola colocada pelo cobrador do pênalti. Será que em uma latitude de 10o e longitude 17o à direita, o goleiro defende?

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Qual a chance de um goleiro defender um pênalti?

Ao longo da história, 70% das cobranças em disputas de pênalti acabaram na rede. A chance dos goleiros é muito pequena, e é por isso que a cada defesa normalmente nasce um novo herói. A cada dez cobranças, em média os goleiros só conseguem defender duas.

Qual a atitude do goleiro durante a partida de futebol e nas cobranças de pênaltis?

O goleiro deve ficar sobre sua linha de fundo, sob o gol, sem se mover até que a bola se mova. Caso não seja marcado gol logo a partir da cobrança, o jogador que cobrou o pênalti não deve tocar na bola até que outro atleta que não estava participando da jogada o faça.

Qual a regra do goleiro na hora do pênalti?

"No momento da cobrança de pênalti, o goleiro deve ter pelo menos parte de um pé em contato direto com a linha do gol, não atrás da linha no momento em que o batedor chuta a bola", é a nova norma da Internacional Board.

Quando acontece uma cobrança de pênalti?

Deve ser marcada toda vez que houver uma falta dentro da grande ou da pequena área que favoreça o time adversário ao do goleiro que defende a baliza de tal área. Também pode ocorrer, quando ao final de um campeonato (ou de uma decisão), a necessidade de definir quem será o vencedor, devido as equipes estarem empatadas.