Falta de água na África do sul

Falta de água na África do sul

Falta de água na África do sul
A falta de políticas que ajudem a minorar os problemas decorrentes da falta de água que tem assolado a Cidade do Cabo (Cape Town) continua a pesar nas contas do Governo sul-africano. No ano passado, o orçamento do Departamento para a água e o saneamento, foi ultrapassado em 9,3 milhões de dólares devido às respostas urgentes que foram necessárias quando a seca severa entrou no terceiro ano consecutivo. Professores da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, acusam o Executivo de responder tardiamente, e de penalizar ainda mais os cofres do Estado. “Para os orçamentos serem realocados e para que fundos [de emergência] possam ser libertados para lidar com uma crise como esta, a seca tem que ser declarada um desastre”, explicou à ABC um investigador da área da sustentabilidade e alterações climáticas da Universidade.

A questão é que o Governo demorou até meio de Fevereiro de 2018 a fazê-lo, apesar dos repetidos avisos das autoridades de Cape Town. É que depois da seca severa dos anos 2015 e 2016 já se adivinhavam vários constrangimentos devido aos perigosamente baixos níveis das barragens e demais pontos de água. É por isso que, acreditam também os especialistas em declarações à mesma publicação, em 2018 é provável que os gastos voltem a superar, em muito, o que está até agora orçamentado. Soluções como a dessalinização da água têm estado em cima da mesa, mas geralmente esbarram em querelas políticas e acusações mútuas de potenciais interesses partidários.

Os partidos ANC (de Nelson Mandela, e que manteve o poder durante a maioria dos anos após o fim do apartheid) e Aliança Democrática continuam a atirar culpas mutuamente, numa altura em que o país continua a enfrentar graves problemas de desigualdade social, com mais de metade da população a viver abaixo do limiar da pobreza – cerca de 30 milhões de sul-africanos.

Em Cape Town, são cerca de 1 milhão as pessoas que vivem em condições de pobreza, ou seja, 25% da população total. Muitos começaram por apontar o dedo às fracas infraestruturas dos bairros mais pobres da cidade, dizendo que as fugas de água e a falta de condições potenciavam a má gestão das águas. No entanto, a verdade é que esse quarto da população gasta apenas 4,5% da água que é consumida em toda a cidade. Grande percentagem vai para regar os jardins das mansões que proliferam na cidade, encher as piscinas e até lavar o carro – atividades que entretanto são puníveis por lei, num movimento que ainda assim tarda em mostrar resultados satisfatórios. Fonte Visão/PT (#Envolverde)

Depois de três anos seguidos de seca, a Cidade do Cabo, na África do Sul, pode se tornar a primeira metrópole moderna do mundo a ficar sem água.

O gotejamento marca uma regressiva.

Os quatro milhões de habitantes da Cidade do Cabo estão vendo o “Dia Zero” chegar. É quando as torneiras seriam fechadas e a água só pingaria em 200 pontos espalhados pelas ruas.

É a área urbana mais populosa da África do Sul, e cada um passaria a ter direito a 25 litros por dia. Só para dar uma noção, um banho de cinco minutos gasta em média 45 litros d’água.

A turista alemã acha que tudo bem não tomar banho por um ou dois dias.

“Isso não deveria ser motivo para deixarem de conhecer um lugar tão bonito” diz.

Mas a indústria de turismo tem medo que as ruas fiquem desertas como os reservatórios. Os níveis de barragens estão perto de 20%. Se chegarem a 13,5%, o “Dia Zero” vai virar uma realidade. Caso isso se confirme, seria um baque para um setor que representa quase 10% da economia do pais.

O que chama a atenção nesse caso é o problema acontecer numa metrópole. A Cidade do Cabo é conhecida por ter fortes políticas ambientais, assim como Londres, que vai investir mais em fontes e bebedouros públicos. A ideia é estimular as pessoas a usarem menos garrafas plásticas.

Em Londres chove com frequência, mas na antiga colônia britânica a seca já dura três anos.

A Cidade do Cabo reduziu a quantidade de água de 87 litros para 50 litros por dia para cada um. A especialista em gestão de águas lembra que poucas cidades chegaram perto dessa crise e cita São Paulo como exemplo.

Ela sugere que as pessoas se ajudem para saírem do aperto. Mas o próprio governo não está confiante. Muita gente vem ignorando o racionamento. A prefeitura então resolveu disponibilizar um mapa polêmico, que mostra quais casas vêm respeitando o limite.

Em vez de bisbilhotar os vizinhos, moradores prometem fiscalizar melhor os projetos do governo e sem nenhum pingo de cerimônia.

Porque a falta de água na África?

A falta de água acontece pelo fato das reservas serem finitas, e a quantidade disponível estar diminuindo, além disso, a demanda tem aumentado por causa do crescimento populacional. Hoje, a oferta anual de água por pessoa é de 6.800 m³, enquanto que na década de 1950 a quantidade era de 16.800 m³.

Qual é o país que sofre com a falta de água?

No Kuwait, país com a menor disponibilidade de água do mundo, a luta por esse recurso é sempre uma prioridade do Estado, que precisa importar uma grande quantidade– ao passo em que o país é um dos maiores exportadores de petróleo – e também recorrer a técnicas de dessalinização da água do mar.

Quais problemas a África do Sul enfrenta?

Atualmente, um dos grandes problemas enfrentados pela população e autoridades é o crime. Segundo as Nações Unidas, o país é o primeiro em assassinato com armas de fogo. A insegurança fez surgir nas cidades da África do Sul condomínios fechados.

Quais são os países que mais sofrem com a falta de água?

Segundo os dados, os países com maior problema de falta de água no mundo estão concentrados principalmente no Oriente Médio:.
Catar..
Israel..
Líbano..
Jordânia..