Gm vem para o brasil

A Chevrolet lançou nesta segunda-feira (28) um teaser que confirma a chegada da nova picape Montana ao Brasil no ano que vem. No vídeo, a montadora mostra como a planta em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, vem se preparando para poder produzir o veículo.

Com dimensões diferentes da sua antecessora, cuja produção se encerrou no Brasil em maio do ano passado, a nova Montana chega ao mercado para brigar com nomes como a Fiat Toro e a recém-lançada Ram 3500. A picape será o maior modelo da nova família de veículos globais da marca americana, hoje composta pelas atuais gerações de Onix, Onix Plus e Tracker.

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“A nova Montana vai surpreender o mercado com diversas inovações, a começar pelo design inteligente”, resume o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, em comunicado à imprensa. “A cabine aproveita melhor o espaço interno para oferecer mais conforto aos ocupantes enquanto a caçamba vai estrear tecnologias que proporcionam inclusive maior versatilidade.”

As etapas de desenvolvimento da Montana no Brasil serão documentadas em uma websérie veiculada pela Chevrolet em sua página no Linkedin. Cada episódio do minidocumentário terá em torno de 60 segundos.

Vale lembrar que, inicialmente, a Montana seria lançada no segundo semestre de 2022, mas por conta da falta de semicondutores e paralisações durante a pandemia, a montadora americana decidiu atrasar a chegada para 2023.

Especula-se ainda que a nova Montana deverá compartilhar a mesma plataforma do Tracker. Com isso, ao menos uma versão da picape deve trazer o motor 1.2 turbo de três cilindros e 133 cv de potência incluso no utilitário. O sistema de transmissão deve ser automático ou manual com seis velocidades.

Por enquanto, não se sabe muito sobre o visual da Montana. No entanto, os ensaios com protótipos no Brasil têm mostrado que a picape deve ter um corpo próximo do SUV Trailblazer, atualmente vendido pela Chevrolet nos Estados Unidos e no Japão. Ela deve subir de categoria de tamanho, de uma picape compacta para uma média.

O lançamento da picape faz parte de um plano de investimento de R$ 10 bilhões da General Motors, marca-mãe da Chevrolet, no Brasil. O plano era previsto para o início de 2020, mas foi adiado em razão do início da pandemia.

Com o novo plano, a GM também pretende ampliar novas tecnologias em seus veículos nacionais, especialmente a adoção de wi-fi nativo e do assistente virtual OnStar. O plano da montadora americana cobre o período de 2020 a 2024 e segue um investimento inicial de R$ 13 bi entre os anos de 2014 e 2019.

Crédito da imagem principal: GM/Divulgação (detalhe do formato da Montana divulgado pela Chevrolet em 2021)

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Fábio Marton é redator(a) no Olhar Digital

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Cadillac Lyriq Divulgação/Cadillac

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Em janeiro de 2021 a General Motors anunciou que todos os seus carros serão elétricos a partir de 2035. O que parecia ser extremamente audacioso, porém, começa a parecer possível. As últimas movimentações da empresa mostram seu empenho para cumprir sua meta, inclusive no Brasil.

Para tirar o atraso por aqui, os novos Chevrolet Blazer EV e Equinox EV, dois SUVs elétricos, tiveram a estreia no Brasil confirmada para 2023 antes mesmo do lançamento do novo Chevrolet Bolt (será no final deste mês). Na verdade, os dois novos modelos foram confirmados antes mesmo de ficarem prontos.

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Chevrolet Blazer EV Divulgação/Chevrolet

Ainda assim, serão fundamentais para o futuro da General Motors no Brasil. Não apenas por expandir a gama de eletrificados por aqui, mas por viabilizar a importação oficial de outros carros elétricos, inclusive de outras marcas do conglomerado. Falo dos Cadillac e até mesmo dos furgões de entrega da BrightDrop.

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Equinox EV Divulgação/Chevrolet

Não parece, mas carros de luxo e o setor logístico vem ajudando a tracionar a eletrificação no Brasil. Enquanto o valor agregado de carros mais requintados amortiza o custo da mecânica elétrica, furgões e caminhões elétricos são procurados por empresas preocupadas com emissões e ruídos, pela possibilidade de operar à noite e até por, a longo prazo, ser menos custoso.

A General Motors, no mínimo, estuda essas possibilidades com alguma esperança.

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Furgão da BrightDrop Divulgação/GM

“A eletrificação traz outra perspectiva para a GM na América do Sul, principalmente em função dos veículos, tecnologias e serviços que desenvolvemos globalmente. Estamos avaliando novas oportunidades de negócio na região tendo em vista uma maior diversificação”, disse Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul, em comunicado divulgado recentemente.

Este seria o momento ideal para a GM. É justamente quando os seus primeiros carros baseados na arquitetura Ultium (criada com foco na otimização de custos e redução de preços de carros elétricos) está começando a ganhar as ruas, pelo menos nos Estados Unidos. E também quando os próximos passos da empresa começam a ficar mais claros.

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Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul Divulgação/GM

A enorme GMC Hummer EV estreou os conceitos da Ultium, que será comum a todos os carros elétricos de nova geração de todas as marcas da General Motors. Entre eles estão a Chevrolet Silverado EV, o Cadillac Lyriq e os Chevrolet Blazer e Equinox EV.

Elementos-chave para carros elétricos, como arquitetura eletrônica, motores e módulos e células de baterias podem ser intercambiáveis entre todos eles. Essa arquitetura também prevê atualizações futuras e até mesmo evolução da tecnologia de baterias, sem que isso possa tornar a Ultium obsoleta.

México pode ajudar o Brasil

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Divulgação/Cadillac

Confirmando-se a vinda da Cadillac ao Brasil, o Lyriq é o carro mais cotado para o início dessas operações. É o primeiro carro elétrico da Cadillac e, a despeito da imagem de luxo associada à marca, é relativamente barato para os padrões dos Estados Unidos. Custa a partir de 63.000 dólares, enquanto o Cadillac XT6 custa 49.000 dólares e o Escalade parte dos 78.500 dólares.

Para efeito de comparação, o Audi e-tron parte dos 71.000 dólares nos Estados Unidos. No Brasil, porém, o Cadillac Lyriq teria preço equivalente ao do Audi e de outros elétricos de luxo, algo ao redor dos R$ 550.000.

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Divulgação/Cadillac

O segundo carro elétrico da Cadillac é que tornaria a marca um pouco mais acessível. A fabricante já iniciou os testes de rodagem de um novo SUV médio elétrico, que poderia substituir o XT4 (36.000 dólares nos EUA, preço de um Chevrolet Bolt EUV) e tem lançamento previsto para 2024.

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Divulgação/Cadillac

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Esse novo carro, ainda sem nome, será fabricado no México, na planta de Ramos Arizpe, que no passado fabricou o Sonic e hoje envia o Equinox para o Brasil. Esta fábrica também enviará para o Brasil os Blazer EV e Equinox EV a partir de 2023. Por sinal, o Honda Prologue também será fabricado por lá, com a mesmíssima arquitetura.

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Este novo carro teria conjunto de baterias menor que os 100.4 kWh do Lyriq, mas poderia ter a mesma mecânica de suas primeiras unidades, um motor elétrico de 345 cv e 44,9 kgfm. Isso porque o Lyriq ainda receberá um conjunto mais potente, com dois motores e cerca de 500 cv.

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Menor carro elétrico da Cadillac já roda em testes Carscoops/Reprodução

Dois possíveis nomes para o irmão menor do Lyriq já foram registrados, inclusive no Brasil: Optiq e Symboliq. Seguem a mesma linha dos Lyriq e Celestiq. Nossa reportagem encontrou registros de marca da Cadillac no Brasil feitos em 2020 e 2021. A BrighDrop também tem registros feitos, desde 2020.

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O Celestiq foi mostrado ainda na forma de carro-conceito e promete um sedã de alto luxo no nível dos Rolls-Royce Divulgação/Cadillac

A Cadillac até já ensaiou sua estreia oficial no Brasil por pelo menos duas vezes nos últimos 30 anos: após a reabertura das importações e às vésperas da crise financeira de 2008. Agora, porém, tudo pode ter ficado mais fácil sem a necessidade de grandes custos para adaptar seus carros às condições brasileiras. A nossa gasolina com álcool não é um problema para carros elétricos.

O que há de tão especial e diferente na arquitetura Ultium?

O nome é forte e diz respeito a uma arquitetura que poderá ser escalável para qualquer tipo de carro elétrico que a General Motors (e outras empresas que queiram pagar por ela) possa fazer.

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Plataformas baseadas na tecnologia Ultium serão até 15% mais leves, graças a redução de componentes eletro-mecânicos Divulgação/Chevrolet

Ela contempla uma plataforma versátil, motores elétricos robustos, modulares e pequenos o suficiente para não limitar as suspensões, tecnologia das baterias e toda a arquitetura eletrônica. As tecnologias proprietárias da GM atreladas a cada uma dessas partes é que estão pavimentando seu futuro totalmente elétrico.

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Os motores da plataforma GM Ultium são 50% mais leves e 25% mais potentes do que seus antecessores Divulgação/GM

Por enquanto, há quatro motores disponíveis para os GM baseados na plataforma Ultium. Um de 245 cv para aplicações de tração dianteira, um de 320 cv para uso dianteiro ou traseiro, um de 345 cv para aplicações também nos dois eixos e um menor, de 85 cv, que pode ser usado com conjuntos dianteiros ou traseiros para compor uma tração integral.

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Os cinco motores Ultium já apresentados Divulgação/GM

A capacidade de fabricá-los a partir de alguns componentes básicos em comum ajudará a ter economia em escala, que se traduz em preços mais baixos. Essa mesma lógica é muito forte para as baterias Ultium.

As células das baterias são sempre as mesmas, independentes se serão dispostas na longitudinal, transversal, em pé ou deitadas conforme os diferentes módulos exijam, para se enquadrarem em cada projeto. Estas células ainda acumulam 50% mais energia que as equivalentes de segunda geração, que estão presentes no Bolt, por exemplo.

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Um módulo de baterias Ultium e uma célula em destaque Divulgação/GM

São baterias de níquel-cobalto-manganês-alumínio (NCMA) e, por usarem menos cobalto e níquel, tendo silício como ânodo, ainda custam 60% menos. A GM ainda promete que estas baterias não tenham perda de capacidade com o uso de recarga rápida – aceitam carregadores de até 350 kW.

Uma informação interessante passada pelos engenheiros da GM durante visita ao laboratório de testes de baterias da empresa, em Warren (Michigan) é que os Chevrolet Bolt que alcançaram os 160.000 km rodados (100.000 milhas) ainda têm 94% da capacidade original das baterias, uma perda de apenas 6%. É menos do que a empresa estimava.

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Conjunto de baterias do Cadillac Lyriq em seu invólucro, que é parte estrutural do carro Divulgação/GM

Outra grande sacada da arquitetura Ultium é que a comunicação entre os módulos de baterias com o seu sistema de gerenciamento é feito sem fio, o que facilita a escalabilidade e reduz não apenas o custo com mais cabos, mas também o peso do conjunto.

Tudo isso, porém, tem um custo. O investimento da GM nessa guinada rumo à eletrificação começa pelos 35 bilhões de dólares que serão aplicados até 2025. A ideia, porém, é recuperar isso rapidamente com a economia na escala de produção, na redução nos custos de desenvolvimento e, no final de tudo, com carros elétricos mais baratos e competitivos.

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Quantas GM tem no mundo?

General Motors
Sede
Detroit, Condado de Wayne, Michigan, Estados Unidos
Área(s) servida(s)
Mundo (exceto Coreia do Norte, Cuba, Irã, Sudão e Síria)
Locais
396 instalações em seis continentes
Presidente
Mark Reuss
General Motors – Wikipédia, a enciclopédia livrept.wikipedia.org › wiki › General_Motorsnull

O que aconteceu com a GM?

Após demitir 27 mil funcionários, a empresa saiu da concordata e garante que continuará por muitos anos ainda no mercado. No caso específico da GM, os problemas vão muito além da indisponibilidade de crédito causada pela crise. Confira abaixo a linha do tempo da crise da GM, e o que se espera do futuro da companhia.

Qual o valor da Silverado 2023?

No total a picape tem 5 versões, sendo elas as seguintes. Silverado LTD: Que já está presente nos EUA, contando com um valor de US$ 30.400,00, limpo isso seria igual a um valor de R$ 160.000,00, porém sabemos que ela irá se comparar a uma Ram que custa em média de R$ 450.000,00.

Quantas GM tem no Brasil?

Com a retomada da produção, as 3 fábricas da General Motors no Brasil vão operar em 2 turnos. A fábrica de São José dos Campos (SP) já estava funcionando nessas condições.