Imagine um planisfério em que o Brasil seja retratado de maneira centralizada

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O presente trabalho constrói narrativas da cidade de Paraty, no estado do Rio de Janeiro, procurando percorrer por diversos sentidos do território, apresentado aqui a partir de uma observação vivida. O campo analítico compreende a construção de territorialidades distintas a partir de dois modos de produção cultural, a Festa do Divino Espírito Santo e a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Neste momento, estas festas são consideradas coautoras da cidade emergindo expressões que traduzem imagens materiais e simbólicas do viver em comunidade, estando a primeira inscrita no campo da tradição que se “espetaculariza” e a segunda no campo do espetáculo cultural contemporâneo que se “tradicionaliza”. A partir dessa condição compreendemos transformações sociais, culturais e urbanas que transitam entre a cidade “passado” e a cidade “presente”. Uma reflexão sobre intervenções contemporâneas nos patrimônios culturais que tendem a estabelecer tensões e lutas na construção de uma narrativa comum. Seguimos, então, o enfoque para análise da cultura como possível elo entre as múltiplas identidades e a na tentativa de estabelecer uma “terceira cidade”, mais integrada.

O debate acerca dos direitos humanos, ganhou força preeminente a partir do reconhecimento das violações cometidas durante a II Guerra Mundial. A partir deste cenário, tratados internacionais e documentos nacionais passaram a ser ratificados pelo Estado brasileiro de forma a positivar os direitos humanos. No entanto, ainda que estes sejam garantidos tanto no âmbito interno quanto externo, os direitos humanos não ganharam existência real para grande número de pessoas, assim como não são de conhecimento geral da população. É no bojo deste debate que a Educação em Direitos Humanos (EDH) fundamenta-se através da transmissão de valores e conhecimentos para a transformação e o cultivo de uma cultura pautada nos direitos humanos. Dessa forma, a presente pesquisa objetiva identificar e analisar a produção e disseminação de conhecimentos acerca da Educação em Direitos Humanos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) através dos Projetos de Pesquisa e Práticas Extensionistas desenvolvidas no período de 2006 a 2017. Para tanto, pretendeu-se aprofundar o debate acerca do compromisso social da universidade pública como potencializadora de uma cultura em Direitos Humanos, bem como compreender o processo histórico que perpassa a EDH no Brasil e na América Latina. A presente pesquisa possui caráter exploratório e uma abordagem quali-quantitativa, sendo desenvolvida através de pesquisas bibliográficas, pesquisa documental e aplicação de questionários. Como resultados, verificou-se que a Universidade estudada apresenta poucas produções e práticas extensionistas relativas aos direitos humanos e à EDH, estando estas mais presentes no âmbito das Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas. Além disso, têm-se ainda o não reconhecimento da EDH enquanto conteúdo transversal às diversas áreas do conhecimento. Logo, desafios e entraves se colocam à frente da educação em direitos humanos, demandando políticas institucionais de apoio à realização dessas atividades, bem como o reconhecimento desta prática enquanto um conteúdo interdisciplinar.

A promoção de uma cultura de respeito à dignidade humana, passa pelo desafio de concretizar uma educação fundamentada nos valores da igualdade, liberdade, justiça, solidariedade, cooperação, tolerância e paz. O fenômeno religioso, parte inerente da cultura de um povo, é imprescindível para compreendermos a história de uma sociedade, de modo que pensar a formação humana dentro de uma perspectiva integral, requer um Ensino Religioso que contemple a multiplicidade de crenças e fenômenos relacionados, contribuindo para a superação das situações de exclusão e intolerância que aumentam a cada dia em nossa sociedade. A democracia em sua definição mais básica, pressupõe um regime político fundado na soberania popular e no respeito integral aos direitos humanos, que se consolida por meio de uma educação que proporcione os conhecimentos elementares da vida social e política, de maneira correlata à formação ética. Assim, este estudo busca atribuir ênfase a como promover a diversidade cultural religiosa, que marca o processo de formação histórica do povo brasileiro, a partir das contribuições da(s) Ciência(as) da(s) Religião(ões), na construção de uma proposta de Ensino Religioso pautada na neutralidade e no princípio da laicidade, atendendo assim as exigências do contexto atual, expressas nos parâmetros legais que orientam a sua execução. Palavras-chave: Democracia. Ensino Religioso. Ciência(as) da(s) Religião(ões).

Organizador: Bougleux Bomjardim da Silva Carmo A coletânea apresenta discussões centradas na inter-relação sociedade e Estado com foco nos sujeitos, contextos e temáticas do sul da Bahia, foco de atuação do Programa de Pós-Graduação em Estado e Sociedade da Universidade Federal do Sul da Bahia. Os textos, produzidos por discentes e docentes do PPGES, apresentam variedade teórico-metodológica e epistemológica, ilustrando o cenário da pesquisa social na região. Editora: Pimenta Cultural (2020) ISBN: 978-65-88285-00-8 (eBook) 978-65-88285-04-6 (brochura) DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.008

O objetivo do artigo consistiu em averiguar a participação do Direito na construção do dimorfismo sexual, mediante o estudo de dois julgados históricos sobre o hermafroditismo. O método de abordagem foi o dialético. Como técnica de coleta de dados, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, com análise de livros e artigos, impressos ou eletrônicos. O estudo revelou que o Direito também é responsável pela criação e pela legitimação da ordem sexual machista e heteronormativa ainda vigentes, conferindo-a a aparência de natural.