Leia o texto a seguir, analise as proposições e aponte, em seu caderno, a correta, explicando as incorreções das demais. Show “[…] A Guerra do Kosovo [em 1999] estendeu as fronteiras europeias da Otan até a Rússia e, de quebra, colocou a ONU de joelhos. Como resultado, entre 1999 e 2004, vários países que integravam o Pacto de Varsóvia foram cooptados pela Otan, incluindo Hungria, Polônia, Bulgária, Romênia, República Tcheca, Eslováquia e Eslovênia, além das ex-repúblicas soviéticas do Báltico (Estônia, Letônia e Lituânia). Em 2009, foram incluídas a Albânia e a Croácia. O cerco à Rússia se apertava. […]” ARBEX JR. Para os EUA, Eurásia é o nome do jogo. Caros amigos, n. 205, abr. 2014. p. 9. a) Kosovo é uma antiga província sérvia que busca o reconhecimento de sua independência. b) Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança militar que reúne os antigos países da Europa Oriental, juntamente com a Rússia. c) Pacto de Varsóvia é uma aliança militar firmada apenas entre a Polônia e a Rússia. d) A Croácia foi uma das 15 repúblicas que formavam a antiga União Soviética. RESPOSTA: A proposição “a” está correta. A proposição “b” está incorreta, pois a Otan é uma aliança formada em 1949, pelos países da Europa Ocidental, Estados Unidos e Canadá, para fazer frente à expansão do socialismo liderado pela antiga União Soviética. A proposição “c” está incorreta, pois o Pacto de Varsóvia, criado em 1955 em resposta à Otan, foi uma aliança militar que reunia a União Soviética e os países socialistas da Europa Oriental. A proposição “d” está incorreta, pois a Croácia foi uma das repúblicas da antiga Iugoslávia que, com a desagregação desta em 1991, tornou-se um Estado independente. postado em 23/07/2010 09:45 ;A declaração de 17 de fevereiro de 2008 não violou nenhuma regra aplicável ao direito internacional geral;, afirmou Hisashi Owada, presidente da máxima instância judicial da Organização das Nações Unidas (ONU), ao ler a sentença. ;No entanto, à CIJ não corresponde pronunciar-se sobre a questão a ela apresentada de tomar partido sobre se o direito internacional conferia a Kosovo um direito positivo de declarar de forma unilateral sua independência;, acrescentou o juiz. O presidente da Sérvia, Boris Tadic, avisou que seu país ;nunca reconhecerá a autonomia unilateral do Kosovo; e exortou novas negociações com a ONU sobre o status da antiga província separatista. O alerta de Belgrado não foi suficiente para esfriar os ânimos dos kosovares. ;Muitos carros tomaram as ruas de Pristina (capital do Kosovo) para celebrar, com as bandeiras do Kosovo, dos Estados Unidos, do Reino Unido e de países que apoiaram nossa independência. As pessoas tocavam a surla (instrumento de sopro usado em casamentos e outros eventos festivos);, contou Bekteshi ao Correio, por meio da internet. O engenheiro revela que presenciou os primeiros massacres da Guerra do Kosovo, entre 1998 e 1999. ;Meu pai ficou paralisado por um tempo, por causa das torturas cometidas pelos sérvios;, relata. O drama familitar tornou o dia de ontem ainda mais intenso. ;Somos muito gratos aos EUA, ao Reino Unido, à França e à Alemanha;, afirmou. Bekteshi crê que os sérvios reconhecerão a independência do Kosovo, ainda que isso leve tempo. Até o momento, 69 nações ; inclusive os EUA e 22 dos 27 membros da União Europeia ; aceitam Kosovo como um país autônomo e soberano. Entre os países que ainda não reconhecem a independência kosovar, estão Chipre, Grécia, Eslováquia, Romênia, Rússia, China e Brasil. Questionado sobre a decisão da CIJ, Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, afimou: ;Não conheço o teor da decisão, mas evidentemente o Itamaraty vai analisar e tirar suas consequências;. Separatismo Em entrevista ao Correio, o norte-americano Richard Falk, professor de direito internacional da Universidade de Princeton, admitiu que a CIJ deu ;um importante apoio; aos esforços do Kosovo para ser tratado como Estado soberano. ;A opinião da CIJ é considerada uma declaração oficial do direito internacional;, explica. Na opinião dele, o resultado deve levar à aceitação do Kosovo por mais países e forçar sua entrada na ONU, na condição de membro efetivo. ;Pode ser que alguns países, alinhados à Sérvia ou preocupados com clamores separatistas(1) dentro de suas próprias fronteiras, sigam negando Kosovo. Por exemplo, a China está preocupada com a província de Xinjiang e com o Tibete; a Rússia com a Chechênia; a Espanha com a Catalunha e o País Basco; a Grécia com a Macedônia;, conclui. 1 - Na terra de Hugo Chávez Enquanto a Corte Internacional de Justiça avalizava a independência do Kosovo, os presidentes Serguei Bagapsh (Abcásia) e Eduard Kokoity (Ossétia do Sul) faziam um périplo pela Venezuela ; um dos poucos países que reconheceram as duas repúblicas separatistas da Geórgia como países independentes. Além do presidente Hugo Chávez, os chefes de Estado e de governo da Rússia, de Nauru e da Nicarágua ; por onde Bagapsh e Kokoity já passaram ; aceitam-nas como nações. Colaborou Isabel Fleck As grandes datas do Kosovo A Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou ontem, em Haia, em decisão de caráter consultivo, que Kosovo "não violou o direito internacional", ao proclamar unilateralmente sua independência da Sérvia em 2008. Veja a história deste território, que foi por vários séculos dominado por turcos e reivindicado pelos sérvios como uma de suas províncias, cuja separação culminou no violento processo de desmembramento da Iugoslávia. - Século XII - Kosovo está no centro do Império Sérvio, sob a dinastia dos Nemanjic, durante a qual foram construídos inúmeros mosteiros e igrejas. - 1389 - Derrota dos sérvios ante o Império Otomano na batalha de Kosovo Polje. Sob o domínio turco, o equilíbrio étnico da região se altera, em benefício dos albaneses de crença muçulmana e em detrimento dos eslavos ortodoxos sérvios. - 1913 - Sérvia recupera o controle de Kosovo após as guerras balcânicas. - 1946 - Kosovo se integra à Federação Iugoslava liderada pelo comunista Josip Broz Tito. - 1987 - Durante uma visita a Kosovo, Slobodan Milosevic defende os sérvios da província, no que foi considerado o discurso fundador de seu projeto da Grande Sérvia. - 1989 - Milosevic decide revisar a Constituição sérvia, reduzindo de forma considerável a autonomia de Kosovo. - 1992 - Ibrahim Rugova, eleito "presidente" de Kosovo em eleições paralelas organizadas pelos albano-kosovares, defende a resistência passiva para obter a independência e organiza instituições paralelas. - 1997 - Surge o Exército de Libertação de Kosovo (UCK), que inicia ações de guerrilha contra as forças sérvias. - 1998 - As forças de Milosevic reprimem a UCK e seus partidários. Morrem mais de 10 mil albaneses em Kosovo. - 1999 - Ante os bombardeios da Otan, Belgrado retira suas tropas de Kosovo, que fica sob a proteção da Missão da ONU em Kosovo (MINUK) e da Aliança Atlântica. - 2004 - Violentos distúrios contra os sérvios deixam 19 mortos e mais de 900 feridos. - 2005 - O Parlamento kosovar adota em novembro uma resolução com o objetivo de criar um Estado independente. Em dezembro, o ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari, enviado pela ONU, inicia uma missão para estabelecer o estatuto definitivo de Kosovo. - 2006 - Em 21 de janeiro morre Ibrahim Rugova. Substitui-o Fatmir Sejdiu, um de seus seguidores. Em 20 de fevereiro começam em Viena as negociações sobre o estatuto de Kosovo entre sérvios e albaneses de Kosovo. - 2007 - Em 26 de janeiro, Ahtisaari apresenta um plano para a independência de Kosovo sob supervisão internacional.Em 26 de março, no Conselho de Segurança da ONU, americanos e europeus apoiam esse plano. Rússia, que apoia a Sérvia, rejeita. Em 29 de julho, frente ao bloqueio russo, o Grupo de Contato (Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha, Alemanha e Itália) pede a americanos, russos e europeus que busquem um compromisso entre albaneses de Kosovo e sérvios. Em 10 de dezembro, constatam o fracasso das negociações. - 2008 - Em 17 de fevereiro o Parlamento de Kosovo proclama a independência. A Sérvia promete lutar com meios pacíficos para revogá-la. Em 8 de outubro a Sérvia conseguiu que a CIJ examinasse a questão da legalidade da proclamação unilateral de independência de Kosovo. Em 9 de dezembro começa a trabalhar a Missão Europeia de Polícia e Justiça de Kosovo (Eulex), na mais importante operação civil da história lançada pela União Europeia. - 2009 - Em 4 de junho as autoridades de Pristina anunciam que Kosovo se convertia em membro número 186 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Em 1; de dezembro a CIJ inicia as audiências sobre a independência de Kosovo. Do dia 1; ao 11 de dezembro de 2009, interviram Sérvia, Kosovo e 29 Estados, entre eles Rússia e Estados Unidos. - 2010 - 22 de julho: A CIJ determina, em uma setença de caráter consultivo, que a declaração de independência de Kosovo "não violou o direito internacional geral". TagsComo Kosovo se tornou independente?A Declaração de Independência do Kosovo de 2008 foi um ato das Instituições Provisórias do Governo Autônomo da Assembleia do Kosovo adotado em 17 de fevereiro de 2008, que declarou o Kosovo como um país independente da Sérvia.
Porque Kosovo não é reconhecido pela ONU?Questões separatistas usualmente são sensíveis. No Kosovo isso é ainda mais evidente devido ao seu histórico que envolve o desmembramento da Iugoslávia, crimes contra a humanidade, a limpeza étnica que ocorreu durante a guerra e a administração internacional feita pela ONU na ex-província.
Como a Sérvia alcançou sua independência?Ao longo do século 19 sua luta contra o domínio otomano foi intensificada, e em 1878 ganhou a independência da Sérvia depois da Rússia derrotar os turcos otomanos na guerra russo-turca de 1877-1878.
Por que os ovo declarou sua independência apesar de não ser reconhecido por alguns países?RESPOSTA: O interesse de Kosovo de se tornar um país independente não se baseia somente no objetivo de estabelecer a soberania política sobre seu território. A população, majoritariamente composta de albaneses muçulmanos, possui uma relação de alteridade com os sérvios, que são cristão ortodoxos.
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