Não é a primeira vez que Lázaro Barbosa de Sousa, já conhecido como “serial killer”, mantém a polícia no seu encalço por dias. O homem que hoje é procurado por agentes de segurança no interior de Goiás também escapou de cercos após ser acusado de homicídio em 2008 no povoado de Melancia, no município baiano de Barra do Mendes, a 540 km de Salvador. Segundo o secretário da Agricultura de Barra do Mendes, Roberto Willian Alves Gabrielli, naquela época Lázaro conseguiu despistar a polícia durante 15 dias sem sair da região. E só foi preso porque se entregou – para fugir da cadeia dez dias depois. “Ele matou um morador das 5 para as 6 da manhã, depois foi atrás do outro. Bateu na porta, chamou, e quando o morador abriu, atirou nele.” Gabrielli continua, lembrando que Lázaro deixou o local do crime calmamente e se embrenhou no mato. “Ficou 15 dias escondido, na copa das árvores. Ele mesmo contou que a polícia passava por baixo e não o via. Ele é mateiro, conhece a região, sabe como se camuflar no mato.” Enquanto era procurado, ele invadiu a fazenda de um produtor rural e furtou uma espingarda, conta Gabrielli. “Quando resolveu se entregar, voltou à fazenda do ‘seu’ Alberique e devolveu a espingarda. Estava com o pé inchado, pediu comida, suco, café e depois pediu ao fazendeiro que o levasse até a delegacia, pois queria se entregar”, disse. “Ficou preso uns dez dias, depois fugiu.” Morador de Barra do Mendes, Gabrielli conta que as mortes, lá, ocorreram após uma tentativa de estupro. “O vizinho, José Benício de Oliveira, foi ver o que acontecia e ele deu um tiro de espingarda no seu peito”, lembrou. Pedro, o irmão do sitiante morto, conta que estava em uma roça quando ouviu o tiro e foi verificar, encontrando-o caído em uma poça de sangue. Em seguida, Lázaro teria recarregado a arma e ido à casa de Manoel Desidério, outro morador do bairro, que matou com um tiro de espingarda. O povoado rural de Melancia, a 8 quilômetros da área urbana de Barra do Mendes, tem algumas dezenas de casas e os moradores estão assustados. O receio é de que o fugitivo resolva se esconder por ali. “A família dele tem algumas terras aqui e parece que ele andou falando de voltar”, disse Pedro. Na vila, os moradores não escondem o medo. Romilson “Melancia”, dono de uma funilaria, disse que não é momento de falar do passado das pessoas. “Na época dos fatos, eu não estava por aqui e acho melhor não falar nada.” O servente escolar Carlos Mendes pensa igual. “Ele foi embora da vila faz muito tempo e estamos em paz aqui.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Siga a Istoé no Google News e receba alertas sobre as principais notíciasVeja TambémLei da cadeirinha: veja as novas regras para o transporte de criançasUsando calcinha fio-dental, Geisy Arruda manda recado para internauta que criticou seu bumbumCaixa anuncia início do empréstimo consignado para o Auxílio Brasil Lázaro Barbosa sendo capturado por policiais — Foto: Reprodução Lázaro Barbosa Sousa, de 32 anos, foi morto pela polícia nesta segunda-feira. Mais cedo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, havia postado em seu perfil do Twitter a informação da prisão do criminoso, procurado por forças de segurança há 20 dias. "Acabo de receber nesse momento uma informação de todas as forças de segurança que estão ali na região de Cocalzinho que o Lázaro foi preso. Cumprimentar a todos aqueles que estão ali há vários dias trocando informações e chegando a esse resultado final com a prisão do Lázaro", disse ele. Nas últimas horas de buscas a Lázaro, a força-tarefa criada para prendê-lo se concentrou
num bairro de Águas Lindas de Goiás. Moradores do Setor Itamaracá afirmam ter visto o criminoso por volta das 21h deste domingo e chamaram a polícia. Lázaro ignorou uma tentativa de negociação feita pelos agentes para que se entregasse. Durante a madrugada, foi montado um cerco na região, com o apoio de helicópteros e cães farejadores. Pela manhã, pouco depois das 8h,
uma ex-mulher de Lázaro foi levada para a Delegacia Regional da Polícia Civil. Era na casa dela que o criminoso estava, de acordo com testemunhas, quando chamaram a polícia. Lázaro teria escapado pela mata que fica nos fundos da residência. Também na manhã desta segunda, os policias da força-tarefa cumprem mandados judiciais. Durante os últimos 20 dias, 270 policiais vinham procurando por Lázaro — suspeito de matar quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia, no Distrito Federal e uma em Goiás. Suspeito de matar uma família no Distrito Federal e balear outras cinco pessoas numa série de assaltos em chácaras na capital do país e em Goiás, Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, foi preso e morto nesta segunda-feira (28/6) pela força-tarefa formada por quatro corporações. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez o anúncio em suas redes sociais. A polícia estava à caça do foragido havia 20 dias. Nesse período, o suspeito invadiu várias propriedades rurais fez reféns, roubou alimentos e impôs terror com violência e ameaças. Veja o vídeo do anúncio do governador de Goiás:
A caçada ao maníaco se intensificou na madrugada desta segunda-feira. Policiais saíram às pressas da base onde está mobilizada a força-tarefa, em Girassol (GO), e foram para Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Lázaro foi visto no Setor Itamaracá, na área rural da cidade, a 20 km da base. Um morador da região disse que assim que avistou o suspeito ligou para a polícia. Ele estaria escondido na casa da ex-sogra nos últimos dias, segundo denúncias recebidas pelos policiais. Três helicópteros sobrevoam a região e policiais fazem incursões, também, dentro da mata. Hugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Operação policial em GoiásHugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de GoiásArthur Menescal/ especial para o Metrópoles Coronel da PMDF Eduardo Naime, chefe do Departamento de OperaçõesArthur Menescal/ especial para o Metrópoles Arthur Menescal/ especial para o Metrópoles Arthur Menescal/ especial para o Metrópoles Arthur Menescal/ especial para o Metrópoles Arthur Menescal/ especial para o Metrópoles Arthur Menescal/Especial Metrópoles Arthur Menescal/Especial Metrópoles Arthur Menescal/Especial Metrópoles Arthur Menescal/Especial Metrópoles Yanka Romão/ Arte Metrópoles 0 Nesta manhã, a polícia fez buscas dentro da casa da mulher, identificada até então apenas como Isabel. Ela permitiu a entrada dos agentes da força de segurança ao local e colabora com as investigações. A ex-mulher de Lázaro chegou ao local com a polícia e foi levada da casa de Isabel dentro da viatura. NegociaçãoPessoas ligadas a Lázaro chegaram a fazer contato com um advogado criminalista para negociar sua rendição. O foragido planejava se entregar à polícia de uma forma que garantisse a sua integridade física. Telefones de familiares, amigos e um aparelho que Lázaro carregava pela mata durante a fuga cinematográfica foram grampeados e monitorados pelas equipes de investigação. As informações facilitaram a prisão do maníaco. Na terça-feira (22/6), em entrevista exclusiva ao Metrópoles, um criminalista chegou a dar indicativos de que o serial killer pretendia colocar um ponto final na fuga. O defensor assegurou ter sido abordado por um grupo religioso que estaria auxiliando Lázaro. “Me especularam se eu tinha condições de garantir a integridade física dele”, afirmou ele, que pediu para não ser identificado. O advogado não ficou com o caso, mas ressaltou que Lázaro poderia ter escapado do cerco policial, que conta com 270 agentes, dezenas de viaturas, helicópteros e cães farejadores. A rendição no DF é semelhante a que ocorreu há 13 anos, em Barra do Mendes, na Bahia, quando ele se entregou à polícia do município após matar dois homens e passar 9 dias embrenhado na mata. ChacinaO cerco ao autor da chacina que aterrorizou moradores da região do Incra 9, em Ceilândia, e de Cocalzinho (GO) durou 20 dias e terminou após uma caçada intensa, envolvendo as polícias Civil e Militar, de Goiás e do DF, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal. Lázaro chegou a trocar tiros duas vezes com a polícia e também com um caseiro de uma chácara em Areia Branca. O funcionário da chácara teria atirado mais de oito vezes contra Lázaro, que conseguiu fugir. Não se sabe se ele foi atingido. Um grande efetivo policial foi deslocado para a região, apertando o cerco contra o foragido. O Metrópoles apurou que Lázaro teria pedido comida, e o caseiro não quis dar. Ele, então, efetuou disparos contra a janela da chácara, e o funcionário revidou. O caseiro não ficou ferido. Lázaro é suspeito de matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O crime ocorreu na madrugada de 9 de junho, no Incra 9, em Ceilândia. O corpo de Cleonice foi encontrado três dias depois, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070. A morte de Cleonice refletiu a crueldade de Lázaro Barbosa de Sousa, 32. Caçado por uma coalização de forças policiais, o maníaco executou Cleonice com um tiro na nuca. Veja fotos das operações em Goiás: Veja a cronologia do crime: Arte/ Metrópoles Arte/ Metrópoles Arte/ Metrópoles Arte/ Metrópoles Arte/ Metrópoles 0 Lázaro fugiu pela mata por 20 diasReprodução Ele era procurado por uma força-tarefa Carro incendiado por Lázaro em um dos assaltosGustavo Moreno/Especial para o Metrópoles O maníaco morreu após entrar em confronto com a PMGOReprodução/PCDF 0 Desde que matou a família Vidal, Lázaro escapou do cerco policial e invadiu propriedades, fazendo novas vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele entrou em outras duas propriedades. Obrigou os chacareiros a cozinhar para ele e, até, fumar maconha. Sempre agressivo, chegou a roubar e incendiar um carro, próximo a Cocalzinho. No dia 12/6, ele invadiu a fazenda da família de um soldado do 8⁰ BPM, próximo à Lagoa Samuel. Ele fez o caseiro refém, quebrou tudo, bebeu e fumou maconha. Também obrigou o funcionário a consumir a droga. Segundo a corporação, o soldado chegou à propriedade, no início da noite, foi até a cancela e, provavelmente, ao abri-la, o homem fugiu, levando o caseiro como refém. O criminoso seguiu para a fazenda ao lado, a cerca de 700m, e baleou três homens. Havia no local uma mulher e uma criança. Testemunhas informaram que o suspeito da chacina colocaria fogo na casa e não o fez por causa das vítimas. |