O que a colonização inglesa trouxe para os nativos?

Licenciatura Plena em História (Faculdade JK-DF, 2012)
Pós-graduação em História Cultural (Centro Universitário Claretiano, 2014)

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Os conceitos de colonização de povoamento, colonialismo de ocupação ou colônia de povoamento é o termo que se menciona para explicar o processo de formação colonial promovida por um estado maior. Neste caso os colonizadores eram ocidentais e tinham o objetivo de estabelecer uma sociedade e um modo de vida fundamentado na agricultura para a produção de bens alimentícios essenciais, extração de minério e comercialização desses componentes.

No início da idade moderna os europeus chegaram à conclusão que para dominar efetivamente e proteger os territórios conquistados, não bastava somente explorá-los, era necessário ocupá-los. Essa estratégia vigente nesta época surgiu como uma maneira de conter os nativos e defender a região de outros invasores, no caso, os rivais também designados de colonizadores.

Estes conquistadores povoaram continentes que conhecemos hoje como América, África e Austrália. Os ingleses colonizaram os Estados Unidos assim como uma parte do Canadá que ficou dividido outra parte com os franceses.

Na América países como: México, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai foram povoados por espanhóis. Exceto o Brasil que foi ocupado por portugueses que também ficaram com outros países da África; Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde, etc. Os Ingleses também dominaram a África do Sul, Quênia, Serra Leoa, etc. França, a Argélia e alguns países do norte da África e América.

Franceses e ingleses eram grandes rivais e esforçaram-se para povoar as ilhas das Antilhas, estabelecer seus objetivos políticos, garantir suas propriedades e manter seus meios de subsistência.

Os ingleses foram pioneiros no processo de povoamento da América. A questão da intolerância religiosa e a esperança de ter um pequeno pedaço de terra para plantar e comercializar, facilitou o deslocamento dos colonizadores para esses locais. Assim foram surgindo várias fazendas autônomas que colaboravam para o mercado interno. A agricultura era diversificada, havendo manufaturas e uma forma de governo próprio.

Espanhóis também saquearam muitas terras indígenas, apropriaram de diversas civilizações, povoaram e exploraram seus recursos naturais, como maneira de protegê-las e dar continuidade à dominação.

O Brasil era uma colônia que tinha a economia baseada na comercialização de produtos tropicais e assim como os outros colonos, os portugueses também decidiram povoar como um meio de proteção, já que havia grande ameaças externa por parte dos franceses (que já tinham explorado pau-brasil no nordeste brasileiro) e também pelos Holandeses (no norte do país).

Através de pequenas aldeias espalhadas inicialmente no norte do país, eram desenvolvidas inúmeras lavouras de cana-de-açúcar, procedeu ao desenvolvimento da pecuária, explorou-se as pedras preciosas e várias atividades comerciais entre as rotas marítimas.

Sabemos que através da exploração desses territórios ocorreram mortes e genocídios de diversas civilizações. O povoamento dessas regiões foi um projeto não só de ocupação e proteção, mas também uma substituição e o deslocamento de diversas pessoas de seu país de origem, como os africanos que foram trazidos da África para serem escravos. Tal fato acarretou no desaparecimento, miscigenação, bem como no surgimento de várias culturas.

A colonização e o povoamento dessas colônias geraram muitos lucros para os colonizadores que aproveitavam para fazer a expansão dos territórios para seus colonos. Assim foram estabelecendo novas políticas administrativas e tratados coloniais que posteriormente acarretaram na emancipação das mesmas.

Leia também:

  • Colônia de exploração

Referências:

https://conhecimentocientifico.r7.com/o-brasil-era-colonia-de-povoamento-saiba-o-que-era-e-como-funcionava/. acesso: 09 jan.2019.

https://pautaslivres.wordpress.com/2007/12/17/as-colonias-de-povoamento-do-hemisferio-norte/ acesso: 09 jan.2019.

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_de_povoamento acesso: 09 jan.2019.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_espanhola_da_Am%C3%A9rica acesso: 09 jan.2019.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/colonias-de-povoamento/

Graduada em História (Udesc, 2010)
Mestre em História (Udesc, 2013)
Doutora em História (USP, 2018)

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Entre o final do século XVII e meados do século XIX os Ingleses assumiram a frente da colonização do continente africano. Por serem uma potência econômica no período, com os resultados da Revolução Industrial já consolidados, a Inglaterra vai liderar a exploração da África, interferindo, inclusive, na questão da escravidão, levantando a bandeira contra o tráfico atlântico, já em declínio. Assim, encaminham o comércio africano para a exportação do ouro, diamantes e tapetes, marcando a dominação inglesa em seu mercado.

Estabelecem assim novas colônias na costa africana. Vários foram os Estados africanos colonizados pelos ingleses. São eles: África do Sul, Egito, Sudão, Gana, Nigéria, Somália, Serra Leoa, Tanzânia, Uganda, Quênia, Malawi, Zâmbia, Gâmbia, Lesoto, Maurícia, Suazilândia, Seicheles e Zimbábue.

Entre 1880 e 1914 todo o continente africano foi dominado pelos europeus. Esse domínio está relacionado ao desenvolvimento do capitalismo ocidental que precisava de matérias primas para a indústria, mão-de-obra barata para extração das mesmas e mercados consumidores e com esta intenção passou a explorar o território e os povos africanos.

Antes mesmo da exploração efetiva e da divisão do continente entre os países europeus, expedições foram enviadas à África para o reconhecimento geográfico do território. Já no início do século XIX o governo inglês financiou expedições de reconhecimento para futura exploração.

As nações europeias disputavam territórios em busca da ampliação de sua presença em África. Para resolver esta rivalidade uma convenção feita nos anos de 1884 e 1885, a chamada Conferência de Berlim. Foi nesta conferência que aconteceu a Partilha da África entre as nações europeias. Entre as mais beneficiadas, que ficaram com a maior parte do território, estão Inglaterra e França.

Os britânicos fixaram-se em Gâmbia, Serra Leoa e Nigéria e continuaram a explorar Zanzibar e Egito, este último já controlado pelos britânicos desde 1882. Outro ponto de interesse foi a África Austral, na África do Sul, onde exploraram os diamantes.

O governo britânico pouco se envolvia na administração colonial direta e procuravam não alterar os alicerces dos governos locais, além disso seguiam o princípio da autonomia financeira – condição da autonomia política que mantinham. Os representantes ingleses atuavam como intermediários. Eram concedidas liberdades de decisão aos chefes locais que não conflitassem com os interesses da metrópole. Nessas relações Londres sempre tinha direito ao veto, mantendo o poder dos ingleses.

A exploração econômica se dava através de companhias comerciais que tinham sede nas metrópoles e ganhavam o direito a exploração do território, mantendo uma boa margem de liberdade em suas ações com os nativos. Essas relações foram marcadas de violência para com os nativos em seu cotidiano.

Entre as companhias inglesas que mais exploraram o continente africano estão a United African Company e a Royal Niger Company, que exploraram a Costa da Guiné, e a British South Africa Company, de Cecil Rhodes, presente na África Austral.

Cecil Rhodes foi um dos maiores investidores e exploradores do continente africano e se tornou um dos homens mais ricos da Inglaterra. Sua riqueza foi construída com base na exploração das minas de diamante na África do Sul. Após pressionar Londres conquistou autorização para ocupar também a região da Botsuana, que em 1885 passou a se chamar de província da Rodésia em sua homenagem. A companhia De Beers é até hoje uma das principais atuantes no mercado de diamantes.

O século XIX foi marcado pela colonização europeia e a Inglaterra foi uma das nações que mais explorou os territórios africanos. Somente no século XX o processo de descolonização da África acontece. Das colônias inglesas a primeira a conquistar sua independência é a África do Sul, em 1910 e a última o Zimbábue em 1980.

Referência:

MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2013.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/colonizacao-britanica-na-africa/

Qual foi a consequência da colonização inglesa para os indígenas?

A colonização inglesa trouxe diversas consequências como a escravização de povos nativos que que habitavam nas regiões invadidas e o consequente massacre e descaracterização sofrida por esses povos.

O que aconteceu na colonização inglesa?

As primeiras colônias centrais apareceram por volta de 1681, com a fundação das colônias do Delaware e da Pensilvânia. Durante a independência das colônias, esta região teve grande importância na organização das ações que deram fim à dominação britânica.

Como foi a relação dos colonos ingleses com os nativos americanos?

O afluxo contínuo de colonos para as áreas mais remotas das colónias do Leste perturbou a vida indígena. À medida que os animais iam sendo mortos e a caça ficava mais difícil, os índios enfrentavam a escolha de passar fome, fazer guerra, ou migrar para outras regiões e ter de lutar com outras tribos mais a oeste.

Qual e o motivo da colonização inglesa?

Resposta. Resposta: A motivação da colonização do continente americano pelos europeus se dava pela busca de terras e metais preciosos, o que culminou com a colonização de várias regiões localizadas na América. Os colonos visavam aos lucros na comercialização dos produtos agrícolas que eram vendidos na Europa.