O que acontece quando se retira um animal do seu habitat natural?

Após o caso do estudante de medicina veterinária que foi picado por uma cobra naja – espécie não natural do Brasil – duas serpentes que também eram ilegais foram devolvidas de forma voluntária para o Ibama, em Brasília. Por conta da falta de antídoto para seu veneno, essas serpentes correm risco de serem sacrificadas.

Visando diminuir os riscos, tanto para humanos, quanto para os animais, separei algumas perguntas e respostas para mostrar a melhor forma de entregar com segurança animais silvestres que são mantidos como animais de estimação.

Qual o melhor modo de entregar o animal?

Caso você crie um animal silvestre, nativo ou exótico, é possível realizar a entrega voluntária nas instituições que recebem e tratam de animais silvestres. Este processo de entrega isenta a pessoa de ação penal – caso o animal não seja legalizado.

Quem procurar?

Para realizar a entrega do animal, é preciso ligar para o Ibama (0800 618 080), para o batalhão da Polícia Ambiental local ou para o Centro de Manejo de Fauna Silvestre, que se divide em Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) e em Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS). Estes locais podem ser do Ibama, ter gestão municipal, estadual ou serem administrados por ONG local.

O que acontece com este animal após ser devolvido?

Após a entrega, este animal vai passar por uma avaliação de suas condições físicas e comportamentais, para, após este processo, ser definido o seu destino. Segundo dados dos relatórios dos CETAS do Ibama, mais de 50% dos animais que entram no centro são devolvidos à natureza.

Quais são os perigos ao simplesmente soltar o animal natureza?

A pior opção que uma pessoa pode ter é fazer a soltura por conta própria. A reabilitação de um animal que passou por um período em cativeiro é bastante complexa. Além das avaliações, é necessário um processo de reintrodução para este animal. Além do risco iminente de morte, há o perigo de gerar espécies invasoras no ambiente.

Quais as penas para quem for pego com animais traficados?

Caso a Polícia Ambiental encontre este animal sendo mantido em cativeiro, será enquadrado no artigo 29 da lei 9.605/98 de crimes ambientais, podendo ser condenado de 6 meses a um ano de prisão e multa dependendo do número de animais e se estes são listados como espécies ameaçadas.

Segundo dados do relatório “Crueldade à venda”, os silvestres mantidos como animais de estimação mais comuns no Brasil são passarinhos e aves canoras, seguidas por psitacídeos, como araras, papagaios e periquitos. Mais de 37 milhões de aves são criadas em domicílios brasileiros e mais de 3 milhões de pássaros vivem em gaiolas em mais de 400 mil criadores amadores legalizados.

Isso precisa acabar

O comércio de animais silvestres como bichos de estimação faz parte de uma indústria que movimenta, anualmente, entre 7 e 23 bilhões de dólares na mercantilização em escala industrial da vida silvestre - seja para alimentação, medicina tradicional, entretenimento ou acessórios de moda.

A interação entre animais silvestres e pessoas, possibilitada pelo comércio da vida silvestre, é um risco para a saúde humana: cerca de 70% de todas as doenças transmitidas de animais para humanos têm origem nos silvestres. 

Acabar com o comércio mundial de animais silvestres é essencial para prevenir novas pandemias, como a de COVID-19, e garantir uma vida sem sofrimento para os animais.

Denominamos de biodiversidade a variedade de espécies de seres vivos existentes em nosso planeta, bem como o papel desses seres na natureza. Todos eles estão, de alguma forma, interligados, portanto, a extinção de algum ser vivo afeta diretamente todo o ecossistema.

Apesar da importância de cada organismo vivo, observamos um crescente aumento na destruição da biodiversidade. As causas são as mais variadas, porém, na maioria das vezes, o homem apresenta grande influência no processo. Dentre os principais motivos da perda de biodiversidade, podemos destacar a destruição de habitat, o uso excessivo dos recursos naturais, a introdução de espécies invasoras e a poluição.

A destruição de habitat destaca-se entre os fatores que desencadeiam a diminuição da biodiversidade. Normalmente esse processo ocorre como consequência da urbanização e do desmatamento para aumento das áreas agropecuárias e desenvolvimento de grandes obras. Além disso, essa destruição também é causada pelo aquecimento global.

Como seus habitat são destruídos, várias espécies muitas vezes são obrigadas a migrar para outras áreas, enfrentando perigos e a incerteza da sobrevivência. Já aquelas espécies que são incapazes de procurar outro local para estabelecerem-se, como as plantas, acabam tendo sua população reduzida ou até, muitas vezes, extinta.

O uso excessivo de recursos naturaistambém é uma grande ameaça à biodiversidade. A caça e a pesca, por exemplo, são práticas responsáveis pela diminuição do número de indivíduos de várias espécies anualmente, bem como a retirada ilegal de madeira e a exploração de plantas, como o xaxim. Além disso, o tráfico de animais e plantas silvestres é um comercio lucrativo que dificulta a conservação de vários organismos.

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A biodiversidade também é ameaçada pela introdução de espécies exóticas, ou seja, a introdução de espécies que não vivem normalmente naquele ambiente. Ao inserirmos uma espécie nova em um ambiente que não é o seu, ela pode competir com as outras, predar fortemente algumas espécies, reproduzir-se exageradamente e até mesmo provocar doenças. Percebe-se, portanto, que essa ação pode provocar a destruição de algumas espécies, afetando diretamente o equilíbrio daquele ecossistema.

A contaminação da água, do solo e do ar também é uma das causas da perda de biodiversidade. Diante da poluição dos ambientes, muitas espécies não conseguem se estabelecer em razão, por exemplo, da falta de alimento, dificuldade de acesso à água potável e do surgimento de doenças, o que acaba aumentando, assim, o triste número de espécies extintas.

Para que a biodiversidade seja efetivamente protegida, é fundamental que seja feito o uso sustentável dos recursos que a natureza oferece. Para isso, são necessários investimentos e pesquisas para descobrir fontes alternativas de recursos, fiscalização no que diz respeito à exploração da natureza e à poluição, bem como a criação de maiores áreas de proteção ambiental.

Entretanto, nenhum esforço será suficiente se não houver mudança na consciência da população. É fundamental que todos entendam a importância de cada ser vivo para o planeta e compreendam que a destruição de qualquer espécie afeta diretamente a nossa vida.

O que acontece se um animal for retirado do seu habitat?

Ao destruir um habitat e fragmentá-lo, há a diminuição das espécies do local e, em alguns casos, até a eliminação total. Sem alimento e sem abrigo, muitas espécies passam a buscar novos locais para viver.

O que é perda de habitat natural?

A perda de habitat é apontada em diversos estudos científicos como a principal causa da extinção de espécies da fauna silvestre no planeta. Essa expressão, em geral, engloba outros conceitos da Biologia da Conservação como “fragmentação de habitat” e “conversão de ambientes”.

Quais são as consequências do desaparecimento de espécies de plantas e de animais?

As principais consequências da extinção de espécies são a perda de biodiversidade, a redução do fundo genético global do planeta, a diminuição do número de recursos naturais e de variedade alimentar, a redução da capacidade de autorregulação dos ecossistemas e a aceleração da extinção de outras espécies, já que nenhuma ...

Porque os animais estão sendo expulsos de seu habitat natural?

Resposta verificada por especialistas Os animais que estão sendo expulsos do seu habitat natural poderão receber a seguinte história: "Através das ações humanas como o despejo de elementos químicos nos mares e oceanos, assim como o desmatamento e perda da vegetação de um local são acontecimentos que causam isto.