O que sustenta o historiador José Murilo de Carvalho com relação a cidadania no Brasil

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José Murilo de Carvalho
O que sustenta o historiador José Murilo de Carvalho com relação a cidadania no Brasil

O que sustenta o historiador José Murilo de Carvalho com relação a cidadania no Brasil

José Murilo, 2011
Nascimento 8 de setembro de 1939 (83 anos)
Andrelândia, MG
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Cientista político e historiador
Prémios Prémio Jabuti (1991)

Prémio Casa de las Américas (2004)

José Murilo de Carvalho (Andrelândia, 8 de setembro de 1939) é um cientista político e historiador brasileiro, membro desde 2004 da Academia Brasileira de Letras.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Carreira acadêmica[editar | editar código-fonte]

Graduou-se em Sociologia e Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1965, ao que se seguiu seu mestrado em Ciência Política pela Stanford University, em (1969), onde também concluiu seu doutorado em Ciência Política (1975). Em 1977, concluiu seu pós-doutorado em História da América Latina pela University of London. Atuou como professor na UFMG, no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) por quase vinte anos, e como professor visitante nas universidades de Stanford, California-Irvine, Notre Dame (Estados Unidos), Leiden (Holanda), Londres e Oxford (Inglaterra) e na École des Hautes Études en Sciences Sociales (França). José Murilo é desde 1997 professor titular de História do Brasil no Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No dia 13 de setembro de 2001, recebeu a Medalha de Honra da UFMG.[1] Foi diretor da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), entre 1978 e 1980.[2][3]

Carreira literária[editar | editar código-fonte]

O que sustenta o historiador José Murilo de Carvalho com relação a cidadania no Brasil
Imortal da Academia Brasileira de Letras
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José Murilo é o sexto ocupante da cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 11 de março de 2004 na sucessão de Rachel de Queiroz. Foi recepcionado em 10 de setembro de 2004 pelo acadêmico Affonso Arinos de Mello Franco.[4]

Estudando a cidadania[editar | editar código-fonte]

José Murilo tem-se dedicado nos últimos anos ao estudo da construção da cidadania no Brasil, ressaltando suas especificidades.[5] Na sua opinião, “o cidadão vota racionalmente, mas preso ao mundo da necessidade. E acrescenta: "É um voto que tem limitações decorrentes da desigualdade social”, há uma questão de dependência do Estado”.[6]

Livros publicados[editar | editar código-fonte]
  • A Escola de Minas de Ouro Preto: o peso da glória. Rio de Janeiro: FINEP/Cia Editora Nacional, 1978. 2ª edição, UFMG, 2002.
  • A construção da ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro: Campus, 1980.
  • Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. Prêmio melhor livro em ciências sociais de 1987 da ANPOCS.
  • Teatro de sombras: a política imperial. São Paulo: Edições Vértice, 1988.
  • A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. Prêmio Banorte de Cultura Brasileira. Prêmio Jabuti] da Câmara Brasileira do Livro.
  • Un théâtre d'ombres: La politique impériale au Brésil. Paris: Maison des Sciences de l’Homme, 1990.
  • A monarquia brasileira. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993.
  • Desenvolvimiento de la ciudadania en Brasil. México: Fondo de Cultura Económica, 1995.
  • Pontos e bordados: escritos de História e Política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
  • Bernardo Pereira de Vasconcelos. São Paulo: Editora 34, 1999.
  • Cidadania no Brasil: O longo caminho. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2001.
  • Visconde do Uruguai. Saõ Paulo: Editora 34, 2002.
  • Forças Armadas e Política no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
  • Dom Pedro II. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
  • Nação e cidadania no Império: novos horizontes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
  • Histórias que a Cecília contava. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
  • A Academia Brasileira de Letras, subsídios para sua história (1940-2008). Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2009.
  • Rachel de Queiroz. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.
  • O Pecado Original da República. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2017.
  • Clamar e agitar sempre: os radicais da década de 1860. Rio de Janeiro: Topbooks, 2018
  • Jovita Alves Feitosa Voluntária da Pátria, Voluntária da Morte. 1. ed. São Paulo, SP: Chão Editora, 2019.

Escreveu ainda sobre Bernardo Pereira de Vasconcelos e sobre o Visconde do Uruguai, Paulino José Soares de Sousa (1807 - 1866), líder do Partido Conservador nas décadas de 1840 e 50.

Referências

  1. «COPI :: Programa Ex-alunos». www.ufmg.br. Consultado em 20 de novembro de 2016
  2. «ANPOCS - DIRETORIA». www.anpocs.org. Consultado em 20 de novembro de 2016. Arquivado do original em 21 de novembro de 2016
  3. «José Murilo de Carvalho». ihgb.org.br. Consultado em 20 de novembro de 2016
  4. «Academia Brasileira de Letras - José Murilo de Carvalho - Biografia». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 17 de janeiro de 2015
  5. «Cópia arquivada». Consultado em 3 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2015
  6. «Cópia arquivada». Consultado em 3 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2015

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Categoria no Commons
  • «Currículo Lattes»
  • «Ficha no programa de pós-graduação em História Social da UFRJ»

O que José Murilo de Carvalho defende?

José Murilo tem-se dedicado nos últimos anos ao estudo da construção da cidadania no Brasil, ressaltando suas especificidades. Na sua opinião, “o cidadão vota racionalmente, mas preso ao mundo da necessidade.

Qual foi a contribuição de José Murilo de Carvalho para a história brasileira?

Entre os diversos livros e artigos publicados pelo Historiador, destacam-se as obras A Formação das Almas (1990), na qual aborda o impacto da República na formação do imaginário popular, e A Cidadania no Brasil (2001), onde traça um longo percurso de como se deu a construção da cidadania no país.

O que retrata a história da formação da cidadania no Brasil?

A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA CIDADANIA NO BRASIL Com o exercício dos direitos civis e da liberdade trazida, foi possível ir além e reivindicar o direito de intervir nas decisões estatais através do voto e de participar do governo, surgindo assim os direitos políticos.

O que é cidadania para os historiadores?

Assim, se em um sentido mais substantivo, “a cidadania se define como o direito a ter direitos”, historicamente a cidadania corresponde, em última instân- cia, aos processos de resistência e luta contra os poderes de todos os tipos, com suas práticas tendentes a dominar, ex- plorar e disciplinar grupos e indivíduos.