Onu paz e segurança 2022

Departamento de Estado dos Estados Unidos
Secretário de Estado, Antony J. Blinken
Declaração de Imprensa
18 de julho de 2022

A História mostra que a inclusão significativa de mulheres nos processos de paz e segurança leva a acordos de paz mais bem-sucedidos, promove a estabilidade e fortalece a segurança nacional dos Estados Unidos. Através da implementação da Lei de Mulheres, Paz e Segurança (WPS) de 2017 e do apoio contínuo à Resolução 1325 do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos continuam promovendo a participação plena, igualitária e significativa das mulheres, em toda a sua diversidade, em todo o mundo, em todos nossos compromissos diplomáticos e de política externa. Isso significa apoiar a participação significativa das mulheres; avançar na proteção de mulheres e meninas; dimensionar as capacidades internas para implementar nossa Estratégia de WPS; e expandir parcerias com organizações e governos que compartilham nossos ideais.

Em conjunto com os Departamentos de Defesa e Segurança Interna e a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, o Departamento de Estado está divulgando o segundo Relatório sobre a Implementação da Estratégia dos EUA de 2019 sobre WPS, juntamente com seu Plano de Implementação de 2020. Este relatório indica um progresso significativo em relação às metas de WPS do Departamento de Estado em comparação com o relatório inaugural do ano passado. No ano fiscal (FY) de 2021, o Departamento de Estado investiu aproximadamente US$ 110 milhões na programação de assistência WPS, melhorando nossa capacidade de aplicar princípios e estratégias de WPS em todos os esforços do Departamento. Aumentamos a capacidade interna através de treinamento e vimos um aumento dramático de 25% no ano fiscal de 2021 no número de treinamentos liderados pelo Departamento de Estado para funcionários que incorporam os princípios de WPS. O Departamento de Estado também aumentou em 22% no ano fiscal de 2021 o número de programas focados em melhorar a capacidade de mulheres e meninas de combater o terrorismo e o extremismo violento e prevenir, gerenciar e resolver conflitos. Esses esforços críticos refletem o compromisso contínuo do Departamento de Estado com a centralidade do trabalho de WPS em nossa missão mais ampla.

Os Estados Unidos continuam totalmente comprometidos em manter seu papel de longa data como defensores da igualdade de gênero e incentivar a inclusão, proteção e desenvolvimento significativos de mulheres e meninas sob a estratégia de WPS. Estou comprometido em garantir que o Departamento de Estado continue se responsabilizando pela implementação contínua das metas de WPS através de relatórios anuais. Sabemos que a promoção dos princípios de WPS em todos os esforços das agências do governo americano fortalece a democracia e os direitos humanos globalmente e contribui para a prevenção e estabilidade de conflitos.


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/release-of-the-2022-women-peace-and-security-report/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.

Onu paz e segurança 2022

Foto tirada no dia 15 de junho de 2022 mostra o debate aberto em nível ministerial do Conselho de Segurança sobre mulheres, paz e segurança na sede da ONU em Nova York. (Loey Felipe/Foto da ONU/Divulgação via Xinhua)

Nações Unidas, 15 jun (Xinhua) -- O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu na quarta-feira à comunidade internacional que proteja e promova os direitos das mulheres em meio a "crises recorrentes".

"Neste momento de proliferação de crises, a comunidade internacional deve buscar estratégias comprovadas para a paz e a estabilidade. Proteger e promover os direitos das mulheres é uma dessas estratégias", disse o chefe da ONU no debate aberto em nível ministerial do Conselho de Segurança sobre mulheres, paz e segurança.

A agenda Mulheres, Paz e Segurança é "uma de nossas principais esperanças" para um futuro mais pacífico e um lugar habitável, disse Guterres, destacando o papel positivo que as organizações regionais desempenharam na proteção e avanço da agenda principal.

Apesar do fato de que a igualdade de gênero oferece um caminho para a paz sustentável e prevenção de conflitos, o chefe da ONU disse que o mundo está indo na direção oposta.

"Os conflitos estão ampliando a desigualdade de gênero, a pobreza, as mudanças climáticas e outras formas de desigualdade", disse ele, citando como mulheres e meninas são desproporcionalmente afetadas pela violência e pelos efeitos dessas crises em cascata.

Apesar desses fatores, o número de meninas fora da escola e sem perspectivas de independência financeira continua aumentando, assim como o número de mulheres e meninas que sofrem violência doméstica.

"Misoginia e autoritarismo se reforçam mutuamente e são antitéticos a sociedades estáveis ​​e prósperas", disse ele, lembrando que "a igualdade das mulheres é uma questão de poder".

Como no Afeganistão, Mali e Sudão, conflitos e impasses destacam desequilíbrios de poder duradouros.

"Em todos esses conflitos temos homens no poder e mulheres excluídas, seus direitos e liberdades deliberadamente visados", disse o secretário-geral.

Um país vizinho ou organização regional pode fazer uma diferença significativa quando um conflito eclodir, observou ele.

Como tal, Guterres agradeceu a colaboração da ONU com a União Europeia, a União Africana (UA), a Liga dos Estados Árabes e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, todos os quais participaram no debate desta quarta-feira.

O secretário-geral deu o exemplo da parceria da ONU-UA e da Autoridade Intergovernamental Regional para o Desenvolvimento, no Sudão, para conduzir o processo político de volta a uma ordem constitucional acordada e legítima, com o objetivo de garantir que pelo menos 40 por cento dos participantes sejam mulheres.

Por meio de suas missões políticas e de construção da paz em todo o mundo, a ONU apoia mulheres construtoras da paz e organizações da sociedade civil, inclusive apoiando sobreviventes de violência sexual e investindo em parcerias com mulheres líderes locais que buscam pela paz, além de aumentar a quantidade de mulheres em todos os níveis.

"Apoiar sobreviventes de violência sexual, bem como mulheres construtoras da paz e ativistas é fundamental", disse ele. "A evidência está crescendo a cada ano que garantir os direitos das mulheres, incluindo seu direito à participação igual em todos os níveis, é essencial para construir e manter a paz".

Além disso, é preciso ter igualdade de gênero, inclusive usando cotas, no monitoramento eleitoral, reformas no setor de segurança e desarmamento, desmobilização e sistema de justiça.

Apesar das evidências, "a agenda Mulheres, Paz e Segurança continua sendo desafiada e até revertida em todo o mundo", disse o chefe da ONU, pedindo que todos os Estados-membros reflitam sobre o fato de que, apesar do acordo consistente sobre o valor das mulheres na paz, "ainda há uma enorme lacuna na sua participação e na implementação das promessas feitas para sua proteção, direitos humanos e dignidade".

"Eu os incentivo a se comprometerem a aumentar o apoio à sociedade civil feminina, à prevenção de conflitos e ao trabalho de construção da paz", concluiu ele.

Onu paz e segurança 2022

O secretário-geral da ONU, António Guterres (centro), discursa no debate aberto em nível ministerial do Conselho de Segurança sobre mulheres, paz e segurança na sede da ONU em Nova York, no dia 15 de junho de 2022. (Loey Felipe/Foto da ONU/Divulgação via Xinhua)