Os humanos e os chimpanzés descendem de um ancestral comum exclusivo

Os humanos e os chimpanzés descendem de um ancestral comum exclusivo

Aluno

Biologia - Introdução à Biologia

Olá, boa noite

Pq a B está incorreta?

(FATEC/2017.2) A afirmação “os humanos descendem dos chimpanzés” é contrariada pelo cladograma apresentado, segundo o qual:

A) os chimpanzés são humanos menos evoluídos.

B) os gorilas, os chimpanzés e os humanos descendem, sequencialmente, dos gibões.

C) os gibões, os gorilas e os chimpanzés descendem da linha evolutiva dos humanos.

D) os humanos e os chimpanzés descendem de um ancestral comum exclusivo.

E) os chimpanzés são mais aparentados aos gorilas que aos humanos

Se o homem é uma evolução do macaco, por que ainda existem chimpanzés por aí? Essa é uma pergunta bem capciosa, que acaba confundindo e enganando muita gente. Quem adora fazê-la são os criacionistas, aqueles que acreditam na criação divina – o homem moldado por Deus a sua imagem e semelhança. Mas há uma falha conceitual nessa pegadinha. Ela dá a entender que, segundo a Teoria da Evolução, o Homo sapiens evoluiu dos macacos atuais. Charles Darwin, entretanto, nunca disse ou escreveu isso. O que os evolucionistas afirmam é que tanto a macacada de hoje quanto os seres humanos têm um ancestral em comum. E eles estão absolutamente corretos nessa afirmação.

Segundo os estudos mais recentes, baseados em fósseis e análises de DNA, há cerca de 7 milhões de anos a África era habitada por um tipo de primata do qual descendem tanto o homem quanto os chimpanzés e bonobos (ou chimpanzés-pigmeus) atuais. A analogia mais adequada para entender essa história é pensar nas espécies como membros de uma família. Considerando que esse primata é o avô da família, os chimpanzés não são nossos “pais”, mas nossos “primos”.

Aí você pergunta: se fosse ressuscitado por alguma tecnologia mirabolante, estilo Parque dos Dinossauros, esse ancestral comum poderia ser considerado um macaco? Nem sim, nem não. Sob vários aspectos, ele lembraria um chimpanzé. Seria coberto de pelos, por exemplo, e provavelmente teria um cérebro relativamente pequeno. Por outro lado, alguns dos fósseis mais antigos da linhagem humana – como o Ardipithecus ramidus, de 4,4 milhões de anos – sugerem que esse vovô talvez não tivesse outras características dos macacos atuais, como o hábito de andar apoiado nos nós dos dedos.

Além de tudo isso, há outro motivo pelo qual a pergunta dos criacionistas está conceitualmente equivocada. Ela supõe que todo macaco “gostaria” de ter seguido o caminho evolutivo do homem. Mas o fato é que cada linhagem de primata tem sua própria história de evolução. De acordo com arqueólogos e antropólogos, foi só nos últimos 10 mil anos – com o advento da agricultura e o surgimento das grandes civilizações – que a “solução” representada pelo Homo sapiens realmente se mostrou mais bem-sucedida que as outras espécies.

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Nós não viemos dos macacos

Os seres humanos são parentes, não descendentes dos primatas atuais. Temos com eles um ancestral em comum, que viveu na África há cerca de 7 milhões de anos.

A ciência está mudando. O tempo todo.

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22 novembro 2019

Legenda do vídeo,

O que é a teoria da evolução de Charles Darwin e o que inspirou suas ideias

A publicação do livro A Origem das Espécies, em que Charles Darwin estabeleceu a base da teoria da evolução pela seleção natural, completa 160 anos neste 24 de novembro.

Mas o quanto sabemos de fato sobre a história da nossa espécie?

E por que é um erro dizer que "descendemos dos macacos"?

A BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, apresenta cinco questões que podem te surpreender sobre a evolução humana.

  • O filósofo muçulmano que formulou teoria da evolução mil anos antes de Darwin
  • Por que Charles Darwin pode ter sido um dos maiores economistas da história

1. Não descendemos de macacos

Os homens modernos, da espécie Homo sapiens sapiens, não evoluíram dos macacos, mas compartilham de um ancestral comum com eles.

Crédito, Science Photo Library

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Um erro muito comum é pensar que 'descendemos dos macacos', diz especialista

"Um erro muito comum é pensar que 'viemos dos macacos'. Esse erro faz com que muita gente negue a teoria da evolução", afirmou à BBC News Mundo o paleoantropólogo espanhol José María Bermúdez de Castro.

"Para começar, é melhor afirmar que somos mais uma espécie da ordem dos primatas", diz o coordenador do Programa de Paleobiologia do Centro Nacional de Pesquisa sobre a Evolução Humana, em Burgos, na Espanha, e codiretor do projeto de pesquisa e escavação nos sítios arqueológicos da Serra de Atapuerca, também na Espanha.

Essa linhagem de primatas "começa sua história evolutiva há cerca de 7 milhões de anos. Naquela época, um ancestral comum com os chimpanzés divergiu em duas linhagens diferentes, provavelmente por razões climáticas".

"A linhagem que deu origem aos chimpanzés, Pan paniscus e Pan troglodytes, permaneceu no oeste da África. A linhagem que acabou dando origem à humanidade atual evoluiu no sul e no leste da África."

Crédito, Getty Images

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Os homens modernos não evoluíram dos macacos, mas compartilham de um ancestral comum

Bermúdez de Castro acrescenta que compartilhamos cerca de 99% de nossos genes com os chimpanzés, mas a diferença (de aproximadamente 1,2%) é importante, uma vez que temos entre 20 mil e 25 mil genes operacionais.

"Deveríamos refletir sobre nossa relação próxima com esses primatas, nossos primos em primeiro grau", completa o cientista espanhol.

Estima-se que cerca da metade do nosso corpo seja composto de células humanas, mas o restante é uma mistura de bactérias, vírus e fungos que compõem o que é conhecido como microbioma.

Esse microbioma, que é tão particular quanto a impressão digital de cada um, tem influência sobre uma ampla variedade de funções — da digestão ao sistema imunológico.

Crédito, Science Photo Library

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As células humanas representam apenas 43% do nosso organismo

"Você é 43% humano de acordo com as estimativas mais recentes, se contar todas as células", afirmou à BBC em 2018 o professor Rob Knight, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA.

Se pensarmos em termos genéticos, os números são ainda mais surpreendentes. Microbiólogos da escola de medicina da Universidade Harvard e do Joslin Diabetes Center, ambos nos EUA, analisaram o DNA de cerca de 3,5 mil amostras da boca e intestinos.

Os resultados do estudo, publicado neste ano na revista científica Cell Host & Microbe, indicam que havia cerca de 46 milhões de genes bacterianos, sendo 24 milhões no microbioma da boca e 22 milhões no dos intestinos.

3. Estamos repletos de vestígios evolutivos

A evolução é um processo que pode ser muito lento — e alguns de seus vestígios podem permanecer por muito tempo depois que deixam de cumprir uma função.

Um exemplo é o apêndice, que teria desempenhado uma função relacionada à digestão da celulose das plantas em nossos ancestrais.

Crédito, Science Photo Library

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O cóccix, o último pedaço de osso da base da coluna, é um dos nossos vestígios evolutivos

Os dentes do siso, que foram úteis para moer alimentos fibrosos, são outro exemplo.

O cóccix também é considerado um vestígio evolutivo, que no passado contribuiu para manter o equilíbrio. É o vestígio de uma cauda que, no caso de embriões humanos, aparece no final da quarta semana de desenvolvimento embrionário e desaparece no início da oitava semana.

E se você fica arrepiado quando sente frio ou medo, isso significa que suas fibras musculares conhecidas como arrectores pilorum (arrector pili, no singular) estão se contraindo involuntariamente, o que provavelmente causará arrepios.

Se você é um animal selvagem, pode ser útil ter os pelos arrepiados, há que assim podem capturar mais ar para reter o calor. Ou você pode parecer maior do que é, o que poderia desencorajar seus predadores.

Mas, no caso dos seres humanos, nossos arrectores pilorum não oferecem nenhum desses benefícios.

4. Nossa espécie surgiu há cerca de 300 mil anos

A história da nossa origem tem mudado constantemente à medida que novos fósseis são descobertos.

"Nossa espécie, Homo sapiens, surgiu na África há pouco mais de 200 mil anos. Alguns pesquisadores acreditam que certos fósseis de um sítio arqueológico no Marrocos (Jebel Irhoud) já pertenciam à nossa espécie. Esses fósseis têm 315 mil anos", explica Bermúdez de Castro.

Crédito, Science Photo Library

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Comparação do tamanho do cérebro do Homo naledi (espécie extinta) e do Homo sapiens, de acordo com fósseis encontrados em Jebel Irhoud, no Marrocos

"Independentemente deste debate sobre datas, não se sabe de nenhuma mudança importante no ambiente da África na época do Pleistoceno."

As eras glaciais afetaram o hemisfério norte e tiveram impacto no enfraquecimento da espécie Homo neanderthalensis.

"Mas na África subsaariana e no norte da África o clima não sofreu mudanças significativas. Portanto, nos escapa saber que circunstâncias favoreceram o surgimento dos primeiros hominídeos semelhantes a nós na maior parte de sua anatomia."

"Certos aspectos culturais, como a arte ou o simbolismo, ainda levariam algum tempo para serem consolidados no Homo sapiens. Mas, do ponto de vista da anatomia, os homens africanos de 200 mil anos atrás eram praticamente indistinguíveis de nós."

Atualmente, há muita discussão sobre a possibilidade de ter havido diferentes rotas de expansão do Homo sapiens para fora da África e por dois lugares diferentes: o Levante e o Estreito de Bab El-Mandeb, no Chifre da África.

"Não seria estranho. Os dados não são contraditórios e não afetam o resultado final: agora somos a única espécie de hominídeo do planeta."

5. Não paramos de evoluir

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Em regiões com longa tradição de produção de laticínios, como a Europa, a população é muito mais tolerante à lactose do que na Ásia

Ainda estamos nos adaptando ao mundo ao nosso redor. Um exemplo é o rápido aumento, nas últimas 100 gerações do Reino Unido, do gene de tolerância à lactose, o açúcar do leite.

Estima-se que há cerca de 11 mil anos, os homens adultos não eram capazes de digerir a lactose.

À medida que os seres humanos começaram a depender da produção de leite em certas regiões para se alimentar, seus corpos se adaptaram para digerir este alimento, que antes era tolerado apenas por crianças.

Em regiões com uma longa tradição de produção de laticínios, como a Europa, a população é muito mais tolerante à lactose do que na Ásia.

"É claro que não deixamos de evoluir e nunca deixaremos, enquanto continuarmos sendo uma espécie na Terra", diz Bermúdez de Castro.

"A própria cultura está influenciando de maneira decisiva a nossa evolução. E essa influência será cada vez mais importante, no momento em que a tecnologia nos permitir manipular com segurança o genoma humano."

"Pode ser que os experimentos de que temos notícia não sejam muito éticos e tenham riscos. Mas, ao longo dos anos, vai ser possível realizar essas manipulações. Se chegarmos a esse ponto, a mudança evolutiva será extremamente rápida", avalia.

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Qual o nome do ancestral comum entre Homem e chimpanzé?

Os fósseis de Ardipithecus kadabba, Sahelanthropus tchadensis, e Orrorin tugenensis são os mais próximos em idade e morfologia esperada ao ancestral comum entre chimpanzés e humanos e sugerem que ele pode ser mais antigo do que 7 milhões de anos.

Qual o nosso ancestral em comum?

Os cientistas tendem a acreditar que o nosso ancestral em comum com o chimpanzé viveu entre 9 e 7 milhões de anos atrás. O Sahelantropus tchadensis, é o hominínio mais próximo desta data que conhecemos.

O que é ancestral comum exclusivo?

Ancestral comum é uma espécie que, através do processo de descendência com modificação, dá origem a novas espécies.

É correto afirmar que os humanos descendem dos chimpanzés explique?

Resposta verificada por especialistas. Segundo o qual: os humanos e os chimpanzés descendem de um ancestral comum exclusivo. Os chimpanzés, os gorilas, os orangotangos, os gibões e os símios do velho mundo são os parentes mais próximos do ser humano.