O cenário global envolve disputas de poder entre os países. Todos querem ter um bom desenvolvimento, oferecendo serviços essenciais a sua população, mas as relações geopolíticas interferem muito no cenário. Sabe-se que existem países ricos, pobres, mas qual a diferença entre eles conceitualmente? Os países ricos ou centrais são os que têm bom desenvolvimento econômico e alto índice de qualidade de vida, medido pelo IDH, o índice de desenvolvimento humano. Os países periféricos são os que tem baixo desenvolvimento econômico e baixo índice de qualidade de vida. Existem também os países semiperiféricos, que estão subindo, ascendendo, emergindo. Show
O que seria então uma economia emergente?São países que apresentam um crescente avanço econômico, mas com um IDH baixo ou médio. É muito comum que os países emergentes tenham uma camada de desigualdade e concentração de renda elevada. A tríade do capitalismo no cenário de poder no mundo era composta por EUA, Europa e Ásia, sendo o grupo que mais influenciava as decisões mundiais. Esse bloco de poder cresceu e passou a ser denominado G7, composto por EUA, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Japão. Depois, ocorreu uma nova expansão e teve origem o G20, grupo formado pelas principais economias centrais, economias emergentes e países da União Europeia, cujas as vantagens para os países integrantes vão desde facilitação nas relações comerciais entre eles à criação de fóruns de discussão para a tomada de decisões conjuntas. O termo “mercados emergentes” foi criado em 1981, por Antoine Van Agtmael, economista que queria incentivar as sociedades financeiras a investir no mercado asiático, com forte crescimento nessa época. O sucesso desse primeiro investimento em mercados emergentes foi enorme e se confirmou durante toda a década de 80. Esses mercados eram mais rentáveis tanto a curto quanto a longo prazo. Esse sucesso atraiu a curiosidade dos economistas que se interessaram por dados e parâmetros reais da economia (como produção industrial, consumo interno, PIB, políticas econômicas) para estudar esses países e o porquê do sucesso vigoroso. No fim dos anos 90, a expressão “economia emergente” ganha o cunho, portanto, não somente por seus aspectos financeiros, mas principalmente em suas dinâmicas e perspectivas de crescimento. As principais organizações financeiras internacionais (Banco Mundial e FMI) se utilizaram desse vocábulo, usando-o para países a torto e direito. Mas, a academia acabou por definir e precisar quais seriam as características necessárias para um país ter uma economia chamada emergente. As quatro principais seriam:
O que são os BRICS?O termo “BRIC” foi criado em 2001, por Jim O’Neil, economista do banco “Goldman Sachs”, em um artigo que queria dar foco ao potencial de crescimento do Brasil, Rússia, Índia e China. O próprio termo se tornou algo inesperado, mesmo nos sonhos mais secretos de seu inventor: os chefes de Estado desses quatro países decidiram em 2009 criar um “Fórum dos BRICS”, se reunindo a cada ano para debater assuntos da geopolítica mundial de interesse comum, até mesmo fundando um banco comum, em 2014, para investimentos na economia desses países. Nascido de uma publicação privada, o termo BRIC virou uma realidade geopolítica. Diversas variações foram sugeridas: BRIICS, que incluiria a Indonésia e a África do Sul (South Africa) e BRICI, que retiraria a África do Sul. Mas o presidente chinês, em 2012, convidou somente o presidente sulafricano para se juntar ao “BRICS”, talvez como uma forma de reconhecer o potencial do país africano para um grande crescimento econômico e ser um ator geopolítico. Diversas outras siglas surgiram, usualmente produtos de sociedade de investimentos para atrair capital, mas ao que tudo indica, a sigla dominante é “BRICS”. Houve também a criação do Banco dos BRICS, o NDB (New Development Bank – novo banco de desenvolvimento) que favoreceu a arrecadação e atraiu a concentração em banco desses investimentos. Esse período foi marcado por tanto poder de influência que houveram acordos com o FMI, como o empréstimo de dinheiro em moeda local para os emergentes ignorando a diferença de juros e podendo também contestar o padrão linguístico dos documentos, usualmente em inglês. Isso representa poder e representatividade no cenário global. Esses 5 países representam 40% da população mundial e detêm 50% do crescimento econômico mundial de 2008 a 2013. Os BRICS são, acima de tudo, símbolo da mudança do poder econômico global, distanciando-se das economias desenvolvidas do G7 em relação ao mundo em desenvolvimento. Porque é importante no contexto mundial a criação deste grupo de países emergentes?Os países emergentes são responsáveis por aproximadamente 50% do PIB (Produto Interno Bruto) do mundo, ou seja, metade da produção econômica gerada no globo é responsabilidade desses países que estão em constante crescimento econômico.
Qual é o objetivo do grupo formado por cinco países emergentes?Fortalecer as economias dos países, Estabelecer cooperação nas áreas técnica, científica, cultural e no setor acadêmico.
Qual é a importância do grupo BRICS no cenário mundial?Atualmente, os BRICS são detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o grupo de países que mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da população mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do mundo.
Porque os países em desenvolvimento são considerados emergentes?Os países emergentes – também chamados de economias emergentes ou de países em desenvolvimento – são aqueles classificados como subdesenvolvidos e que, no entanto, apresentam um relativo desenvolvimento econômico e social em comparação com as nações mais pobres do planeta.
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