Por que o consumo de gás oxigênio aumenta durante a atividade física?

Um corpo sarado, bem definido e atraente: esses são alguns benefícios estéticos que a prática regular de atividade física pode trazer ao seu corpo. Mas existem outras mudanças no organismo que deixam você mais saudável.

Isso porque, além dos músculos, durante uma atividade física, seus pulmões, o coração e o cérebro são também mobilizados. Eles são estimulados a liberar substâncias capazes de trazer bem-estar, conservar o corpo e evitar doenças mais graves.

Quer saber mais? Acompanhe este texto e saiba o que ocorre com algumas partes do seu corpo, quando você pratica aquela caminhada básica ou aquele treino na academia. Confira!

A atividade física coloca os pulmões para correr

Quinze vezes mais oxigênio: essa é quantidade, em média, que seu organismo demanda durante uma atividade física. Por isso que sua respiração acelera e fica mais intensa.

Esse comportamento ocorre porque os músculos dos pulmões se expandem o máximo que podem. Quem faz atividade física deixa essa região do pulmão mais resistente. Isso justifica a disposição e melhor performance de pessoas que têm o hábito de se exercitar.

O cérebro trabalha intensamente durante uma atividade física

Quem pratica exercícios físicos não coloca somente os músculos para trabalhar, mas o cérebro também entra em ação. Durante uma atividade física, as células do cérebro chegam a altos níveis de funcionamento. Isso faz com que você fique mais alerta.

A prática regular de atividade física garante o aumento da oxigenação do cérebro. Esse fator, aliado a outras mudanças no corpo, ajuda a evitar graves doenças neurológicas. Quem se exercita fica mais longe de desenvolver Parkinson, Alzheimer e acidente vascular cerebral (AVC).

Sabe aquela sensação de prazer que você sente durante e (principalmente) depois da atividade física? É o cérebro que está comandando isso! Por exemplo, quando você se exercita, um neurotransmissor chamado serotonina é liberado. Ele é responsável por auxiliar a regular o seu estado de humor e até aliviar sintomas de tristeza ou depressão.

Além disso, hormônios responsáveis pelo relaxamento do corpo são ativados pelo cérebro durante os exercícios físicos. São alguns deles:

  • • Testosterona;
  • • Adrenalina;
  • • Cortisol.

Isso é algo muito bom para se preparar para um longo dia de trabalho ou aliviar o estresse do dia.

A atividade física ajuda a manter a saúde do coração

Você sabia que doenças do coração causam cerca de 950 mortes por dia no Brasil? Pois bem, os cuidados com esse importante órgão começam com uma prática de atividades físicas regular.

O motivo disso é que, quando você se exercita, novos vasos sanguíneos são criados; o que diminui a pressão arterial. Além disso, a frequência cardíaca cresce com o exercício físico, deixando o coração mais resistente. Assim, você prepara seu coração para aguentar emoções mais fortes.

Essas foram algumas informações de como seu corpo se comporta durante e em consequência de uma atividade física. Sabia que, além desses benefícios, exercitar-se pode também ser bom para a pele. Isso porque substâncias são liberadas para retardar o envelhecimento da pele.

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postado em 29/04/2011 11:46

Está comprovado: o exercício físico melhora, sim, a capacidade pulmonar. Parece evidente, mas uma séria controvérsia sobre a questão perdurava na literatura médica desde os anos 1970. A pendenga acaba de ser resolvida pelo Laboratório de Estereologia da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo. Após estudarem os efeitos das atividades físicas com intensidade moderada em ratos, os pesquisadores constataram uma melhora de até 39% da atividade do pulmão. Notícia boa para sedentários, pacientes de bronquite e ex-fumantes.

Por que o consumo de gás oxigênio aumenta durante a atividade física?
Para chegar aos resultados, o estereologista Antônio Augusto Coppi conta que trabalhou com dois grupos de ratos. Os primeiros foram exercitados com 60% da capacidade respiratória em esteira ergométrica uma vez por dia, cinco dias na semana, durante 10 semanas. O segundo grupo ficou sedentário no mesmo período. Segundo o pesquisador, foram selecionados apenas animais com aptidão para a corrida e todos tiveram a mesma dieta.

Após 10 semanas, o pulmão foi analisado pela técnica da estereologia ; que analisa as imagens em três e quatro dimensões. ;Com a estereologia, é possível estimar o tamanho real e contar o número total das células ou de qualquer partícula, o que permite uma precisão muito maior do que a metodologia anterior, que comumente levava o observador a interpretações equivocadas ;, acredita.

Com contagem exata dos alvéolos e da superfície de troca gasosa do pulmão, Coppi percebeu o aumento de 39% no número de alvéolos pulmonares e mais 39% na superfície de troca gasosa dos pulmões. Essa ampliação da capacidade pulmonar, segundo o professor, se dá pelo aumento da quantidade de alvéolos, que são as microestruturas onde ocorrem as trocas gasosas no sangue e o aumento da superfície de troca gasosa do pulmão.

;Essa modificação melhora significativamente os níveis gerais de oxigenação e diminuem os de CO; no sangue, o que significa melhor desempenho físico em geral;, descreve. Outro resultado encontrado foi no tratamento de diabetes melito dos tipos 1 e 2. Os ratos submetidos ao exercício moderado melhoraram a inervação do pâncreas, órgão diretamente envolvido na doença. ;A melhora na inervação no pâncreas pode ser o controle da doença, uma vez que o órgão funcionará melhor;, observa.

Com os resultados, os animais treinados tiveram ainda 49% de acréscimo na pressão de oxigênio, redução de 22% na pressão parcial de gás carbônico e aumento de 3% na saturação de oxigênio. Isso quer dizer que houve um aumento dos níveis gerais de oxigenação e diminuição dos níveis de CO; no sangue. ;Isso melhora o desempenho físico geral, inclusive nos esforços;, acredita. Em termos gerais, os resultados da pesquisa mostram que o pulmão se adapta ao exercício controlado. ;A notícia é um estímulo a mais para pacientes ex-fumantes, com asma, com bronquite ou sedentários;, acredita.

Caso como o de Sinésio Fabiano da Costa Veras, 32 anos, que fumou cerca de uma carteira e meia de cigarros por dia dos 14 aos 25. Cansado dos problemas, resolveu parar e aliou o exercício físico moderado ao novo hábito. ;Corria 5km por dia, por aproximadamente 17 minutos. Me sentia mais disposto;, recorda. Após seis anos sem o cigarro, Veras conta não passar pelos problemas respiratórios até então quase rotineiros, como crises de bronquite, falta de ar, pigarro e tosse. Ele acredita que o exercício, aliado à suspensão do cigarro, o fez melhorar. ;Com certeza, a corrida ajudou a desintoxicar e a melhorar a minha resistência pulmonar;, sustenta.

As ressalvas
O pneumologista do Hospital Universitário de Brasília Ricardo Martins conta que a controvérsia na literatura médica sobre os possíveis benefícios para a função pulmonar da prática de atividades físicas é embasada nos resultados de exames realizados em centros de reabilitação. De acordo com ele, há médicos que até defendem a possível melhora da função pulmonar em crianças e adolescentes que realizam programas regulares de atividades físicas. No entanto, o mesmo não se verificaria em adultos. ;A atividade física não melhora a medida mecânica pulmonar e o transporte de gases que fazemos na prática médica diária com essas pessoas;, afirma. Para Martins, a atividade física melhora a respiração ao aprimorar a condição cardiovascular e ao estimular a utilização do oxigênio pelas células dos músculos.

Segundo Martins, com os equipamentos usados no hospital, a medida da função pulmonar de pacientes com doenças respiratórias crônicas não melhora, mas o desempenho físico, sim. ;Um exemplo: fazemos o teste da caminhada de seis minutos antes e depois de submeter nossos pacientes a exercícios de reabilitação respiratória. O desempenho no teste da caminhada da maioria melhora após seis semanas de treinamento. O mesmo não se dá quando fazemos os testes de função pulmonar;, descreve.

Ele ressalta que existem em todo o mundo muitos centros de reabilitação pulmonar que se valem da esteira ou da bicicleta ergométrica para exercitar os pacientes e não se tem notícia da melhora da função pulmonar nesses indivíduos. De acordo com o especialista, a explicação encontrada é a de que a respiração envolve uma interação entre meio ambiente, cérebro, pulmão, coração, circulação e células. O que deve melhorar nesses pacientes é a condição cardiovascular e o uso do oxigênio pelas células dos músculos. Para Martins, é preciso considerar que o trabalho da USP foi feito em animais de laboratório em condições diferentes das encontradas nos pacientes. O mesmo poderia ser dito da metodologia de avaliação de quantificação dos alvéolos, sustenta.

Para o médico, se os resultados encontrados forem comprovados em seres humanos, seria preciso procurar uma explicação sobre o porquê de uma pessoa submetida a exercício não melhorar sua função pulmonar uma vez que tal atividade aumentaria o número de alvéolo, onde se dá a troca gasosa. ;Provavelmente, esse incremento de alvéolos poderia estar ocorrendo em áreas de pouca perfusão sanguínea. Um dos elementos necessários para que a respiração se faça de modo adequado é a ocorrência de uma boa relação entre a ventilação alveolar e a perfusão sanguínea;, opina.

Assim sendo, reforçaria a tese de muitos pesquisadores na área respiratória, que defendem que o tratamento de alguns males pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema-bronquite), deve aliar medidas que atuem na ventilação e na perfusão pulmonar. No entanto, o professor Coppi explica que, nos animais estudados, é possível afirmar que existe melhora funcional no pulmão, pois além dos aumentos já citados, a equipe estudou a função do pulmão por hemogasometria e encontraram um aumento da pressão parcial de O; (maior ventilação do pulmão) e uma diminuição da pressão parcial de CO;, o que corrobora os achados do aumento do numero de alvéolos e da superfície gasosa. ;Existe efeito direto do exercício físico no pulmão, sim;, garante o responsável pela pesquisa.

Por que o consumo de oxigênio aumenta durante o exercício físico?

Quando se realiza qualquer tipo de exercício físico, seja uma simples caminhada até o trabalho ou um treinamento programado constituído por exercícios de elevada intensidade, há aumento no consumo de oxigênio em razão do aumento da demanda de vários órgãos e, principalmente dos músculos.

Porque a quantidade de O2 consumido e co2 produzido aumentou logo após o exercício?

Segundo Gaesser & Brooks4, o principal fator contribuinte para o aumento na taxa metabólica pós-exercício é a temperatura corporal elevada. Há um aumento na atividade enzimática com a elevação na temperatura corporal, sendo possível esperar uma relação direta entre o consumo de oxigênio e a temperatura.

Quais fatores podem influenciar no consumo de oxigênio durante a realização de uma atividade física?

Durante a prática de exercícios ou mesmo em repouso, o consumo de oxigênio depende da taxa do fluxo sangüíneo e da quantidade de oxigênio que pode ser extraída do tecido por litro de sangue.

Quando praticamos esportes aeróbicos aumentamos o consumo de oxigênio?

O que acontece durante o exercício aeróbico? A partir do momento que realizamos movimentos corporais, existe uma demanda maior por oxigênio. Isso ocorre devido à necessidade de oxidação de substratos energéticos como os ácidos graxos livres e a glicose circulante.