Por que o continente asiático abriga mais da metade das megacidades do mundo em 2015?

As megacidades são, por definição, todas as grandes aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes residentes. Esse conceito foi elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer referência aos estudos das maiores cidades e áreas metropolitanas do planeta, bem como aos fenômenos sociais e populacionais que as envolvem.

É importante compreender que o conceito de megacidades é puramente demográfico e não pode ser confundido com outros termos, como megalópoles ou cidades globais. Até existem cidades que são, ao mesmo tempo, classificadas como globais e megacidades. No entanto, registram-se megacidades que não são cidades globais, a exemplo de Lagos (Nigéria) e Daca (Bangladesh), e cidades globais que não são megacidades, como Zurique (Suíça) e Londres (Inglaterra).

Observe o quadro a seguir com as 21 atuais megacidades existentes:

Por que o continente asiático abriga mais da metade das megacidades do mundo em 2015?

Lista das megacidades do mundo atual

Se analisarmos a lista acima, podemos chegar a algumas conclusões, como o fato de a maioria das megacidades atuais pertencer a países emergentes e subdesenvolvidos: 16 dentre 21. O caso do Japão é praticamente uma exceção, pois o país possui limitações territoriais e geográficas muito específicas, dispondo de pouco espaço para abrigar os seus mais de 120 milhões de pessoas. Com isso, a formação das megacidades é normal.

Por que o continente asiático abriga mais da metade das megacidades do mundo em 2015?

Tóquio, a maior megacidade do planeta, com mais de 30 milhões de pessoas

Assim, excetuando-se Tóquio, a maior megacidade do mundo, todas as cidades da lista que pertencem a países desenvolvidos vêm apresentando perdas de posições ao longo das últimas décadas. Já outras cidades pertencentes a países emergentes ou periféricos vêm apresentando acelerados crescimentos demográficos, tais como Lagos, Karachi, Daca e Calcutá.

Às megacidades dos países periféricos cabem vários desafios: melhorar a infraestrutura básica (saneamento básico, vias de transporte), garantir ou melhorar a mobilidade urbana; conter a expansão de suas periferias; desacelerar o crescimento demográfico e o saldo migratório; diminuir a ação da especulação imobiliária e da segregação urbana; entre outros.

Com a expansão do processo de urbanização pelo mundo, sobretudo nesses países tardiamente industrializados e de economias mais frágeis, a tendência é uma aceleração demográfica ainda maior nessas megacidades. As previsões das organizações internacionais é de que elas aglomerem ainda mais pessoas e protagonizem os postos de maiores índices populacionais ao longo das próximas décadas.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

ONU prevê que cidades abriguem 70% da população mundial até 2050

19 Fevereiro 2019Clima e Meio Ambiente

Encontro de alto nível da Assembleia Geral observa papel dos grandes centros urbanos na Agenda Global; áreas incluem desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, nutrição e mudança climática; atualmente 55% da população mundial vive em cidades.

As Nações Unidas promoveram esta terça-feira o encontro que debateu “O papel das cidades na agenda global, incluindo cidades para o desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, nutrição e mudança climática”.

O evento foi organizado pela presidente da Assembleia Geral, Maria Fernanda Espinosa em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e o Programa da ONU para Assentamentos Humanos.

Em entrevista à ONU News, em Nova Iorque, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, falou sobre a importância da discussão destes temas para que se alcance a #FomeZero.  O objetivo da reunião foi abordar a agenda de desenvolvimento de questões globais para prioridades locais.

#FomeZero

“O evento de hoje é procurar mostrar que as cidades têm papel importante a cumprir na provisão de alimentos de qualidades saudáveis para a sua população. Nós queremos mostrar o que se está fazendo em distintas cidades ao redor do mundo, para que isso possa estimular outras cidades também a se juntarem a essa agenda urbana da FAO. Nós promovemos sobretudo oportunidade de mercados locais para os consumidores como por exemplo, o mercado dos produtores, feiras livres, banco de alimentos, restaurantes populares, de baixo preço e boa qualidade.

A cidade da Praia, em Cabo Verde, participou na reunião de alto nível que reuniu prefeitos e representantes de centros urbanos como Valencia, Quito e Nova Iorque. A base do compartilhamento de experiências foram práticas locais eficazes, estratégias inovadoras e lições aprendidas ao lidar com desafios globais como o da insegurança alimentar.

Buscar uma perspectiva sustentável e resiliente do sistema alimentar é uma das metas desta iniciativa.

População Mundial

Segundo a ONU, atualmente 55% da população mundial vive em áreas urbanas e a expectativa é de que esta proporção aumente para 70% até 2050.

Este crescimento coincide com um período em que muitos países estão implementando processos de políticas descentralizadas. Isso estaria resultando num aumento das responsabilidades de governos locais.

Neste contexto, cidades estariam tendo que assumir papeis mais ativos ao contribuir com as iniciativas de governos nacionais para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.

Cabo Verde: diretor-geral da FAO explica nova iniciativa na capital do país

Mudança Climática

Entre os desafios enfrentados na vida das cidades no século 21 está a mudança climática. O chefe da FAO destaca como este processo está afetando a produção de alimentos ao redor do mundo, incluindo em cidades brasileiras.

“Nós temos tido regiões sofrendo secas sucessivas, o El Niño tem se repetido, ano atrás de ano, e os impactos que a gente vê de inundações e os temporais. Rio de Janeiro e são Paulo é um bom exemplo por exemplo. Nos últimos meses, no verão brasileiro, tem sido afetado por chuvas torrenciais. Chove no dia. A chuva que normalmente deveria ser distribuída ao longo do mês. Isso dificulta muito os circuitos de distribuição. A população não pode ter acesso aos seus locais de compra. Muitas vezes os locais de armazenamento são inundados e o produto destruído, o produto perecível principalmente.”

Para a ONU, a maior parte dos desafios enfrentados pelas cidades em nível local, incluindo a mudança climática e insegurança alimentar, são de natureza global e exigem soluções multilaterais.

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Porque as megacidades são mais presentes na Ásia?

O processo de urbanização da Ásia é peculiar por conta do rápido crescimento das grandes cidades dos países que fazem parte dos Tigres Asiáticos, como Hong Kong (China), Coreia do Sul, Cingapura e Taiwan. Os novos e novíssimos Tigres também apresentam rápida urbanização devido ao seu caráter emergente de crescimento.

O que explica o fato de o continente asiático tem um grande número de rios?

No continente asiático, em função da sua grande diversidade de paisagens naturais, há um grande número de rios navegáveis.

Por que o continente asiático e considerado uma terra de contrastes?

A Ásia é o continente dos contrastes, apresentando uma elevada variação climática, geomorfológica, demográfica, cultural e territorial.

Quais são as duas regiões asiáticas que apresentaram o maior número de megacidades?

O que é uma megacidade?.