Quais estados tem energia eólica e solar?

Energia eólica produzida no dia 21 de julho foi suficiente para atender quase 100% da demanda da região no dia

Publicado em 23/07/2021 18h21 Atualizado em 31/10/2022 15h38

Com sol e calor praticamente o ano todo, a região Nordeste atrai turistas do Brasil e do mundo. Mas não é só isso. O sol quente combinado com ventos fortes também está transformando a região em um celeiro de energia limpa e renovável.

Por meio de placas fotovoltaicas, que transformam o calor do sol em energia elétrica, a região vem batendo recorde na produção de energia solar. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no dia 19 de julho, a geração instantânea (pico) alcançou 2.211 MW, às 12h24, montante suficiente para atender a 20% da demanda do Subsistema do Nordeste naquele momento. O último recorde do tipo foi registrado no dia 28 de junho.

E a região segue com bom desempenho em outra fonte de energia limpa: a eólica, gerada pela força do vento. O terceiro recorde de geração média do mês ocorreu no dia 21 de julho, quando o ONS identificou a marca inédita de 11.094MW médios, valor capaz de atender quase 100% da demanda da região Nordeste no dia.

“Em 2021, já entraram em operação mais de 3.400 MW provenientes das mais diversas fontes de energia, com a solar correspondendo a 48% dessa expansão. Atualmente, 85% da nossa matriz elétrica é limpa e renovável", destacou o secretário Adjunto de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Domingos Romeu Andreatta.

“Somos um exemplo para o mundo e estamos trabalhando para elevar esse percentual e diversificar ainda mais as nossas fontes de energia”, acrescentou.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a energia eólica hoje representa 10,7% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue ao fim do ano atingindo 11,2%. Já a energia solar representa 1,9% da matriz elétrica do país, podendo atingir 2,6% até o fim de 2021.

Energia solar

Em julho foi inaugurado, em Pernambuco, três usinas solares no município de São José do Belmonte, em Pernambuco. Segundo o Ministério de Minas e Energia, deverá ser o maior complexo da América Latina em geração de energia solar. As usinas são capazes de abastecer cerca de 800 mil famílias. Os investimentos chegaram a R$ 3 bilhões e as obras de construção geraram 2.500 empregos diretos e indiretos.

Nos últimos três anos, o crescimento da energia solar centralizada (gerada por grandes usinas como hidrelétricas e termelétricas) foi de 200%, enquanto que a solar distribuída (gerada no local de consumo ou próximo a ele) passou de 2.000%. O Ministério de Minas e Energia informou que, só em 2020, a capacidade instalada em energia solar fotovoltaica cresceu 66% no país.

Nos próximos dez anos, somente na geração de energia solar, são esperados investimentos de mais de R$ 100 bilhões, representando 28% de todo o investimento no setor elétrico nesse período. Entre os incentivos oferecidos pelo Governo Federal está a eliminação de impostos de importação para equipamentos de energia solar, o que tem permitido o aumento da competitividade da fonte solar no Brasil, tanto para a geração centralizada como para a geração distribuída.

Com informações do Ministério de Minas e Energia

A Bahia é protagonista das Energias Renováveis no país, liderando a geração de energia eólica (32,16%) e solar (30,89%). Em 2022, o estado completa uma década desde que o primeiro complexo eólico, do grupo Statkraft, entrou em operação no município de Brotas de Macaúbas. A fonte eólica correspondia em 2012 a apenas 5% da energia gerado no estado, dez anos depois, corresponde a 65%, com 227 parques em operação. Os números divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) são motivo de comemoração no Dia Mundial da Energia, celebrado em 29 de maio.

Há dez anos a maior parcela da energia gerada no estado era proveniente da fonte hídrica (59%) e a contribuição da energia térmica (36%) era majoritariamente movida a biomassa. Em 2022, além do grande salto do setor de energia eólica, a energia solar, que começou a se estabelecer em 2017, hoje corresponde a 8% da matriz energética do estado, com 41 parques solares em operação. Já a contribuição da térmica foi reduzida a 5% e da hidráulica para 22%.

De acordo com o secretário da pasta, José Nunes, o governo do Estado dedica uma alta prioridade às energias renováveis. “Diversas Secretarias de Estado atuam em articulação com a SDE para garantir as melhores condições para os projetos eólicos, incluindo incentivos fiscais (SEFAZ), licenciamento ambiental célere (SEMA), condições adequadas de transporte dos equipamentos (SEINFRA) e regularização fundiária das áreas dos projetos eólicos (SDR/CDA)”, diz.

Nunes salienta que a regularização fundiária garante que os pequenos proprietários de terra do semiárido baiano sejam diretamente beneficiados pela implantação dos parques eólicos, uma vez que as empresas detentoras desses parques pagam ao proprietário da terra em média R$ 4 mil por mês para cada turbina eólica instalada.

Os benefícios que os bons ventos trouxeram para Bahia são inúmeros. A energia eólica proporciona a dinamização da vida regional, com o aumento da arrecadação de impostos nos municípios beneficiados e geração de muitos postos de trabalho, sobretudo durante o período de construção dos parques. Os programas de proteção ambiental, histórico e cultural também fazem parte de ações realizadas pelas empresas do setor com o apoio do governo estadual.

“O Complexo Eólico Brotas de Macaúbas, em operação desde julho de 2012, conta com 57 aerogeradores, totalizando uma potência instalada de 95 Megawatts (MW), capazes de abastecer 200 mil residências com energia pura. Além de ser um projeto sustentável, o parque eólico de Brotas possui inúmeras iniciativas sociais na região, com o objetivo de geração de renda e educação ambiental para as comunidades no entorno da usina”, afirma Thiago Tomazzoli, diretor de operação e manutenção da Statkraft Brasil.

Futuro

O impacto da geração eólica e solar na Bahia continuará crescendo de forma acelerada já que existem projetos em construção e outros cuja construção deverá ser iniciada nos próximos meses e anos, consolidando a liderança da Bahia no setor e impactando significativamente na geração no âmbito nacional.

Estão previstos 176 novos parques eólicos, que injetarão investimentos privados de R$ 24 bilhões e preveem gerar mais de 89 mil empregos em toda a cadeia produtiva na construção dos parques, fazendo a Bahia ultrapassar 10 Gigawatts (GW) em potência instalada. Já os futuros 153 parques fotovoltaicos farão o estado alcançar mais de 7 GW. A previsão é que sejam investidos R$ 27 bilhões e a projeção de empregos em toda cadeia produtiva na construção dos parques é de mais de 178 mil empregos.

Quais estados brasileiros produzem energia eólica e solar?

Quais estados brasileiros produzem mais energia eólica e solar. A maior parte da produção de energia eólica e solar no Brasil vem dos estados que apresentam a maior disponibilidade dessas fontes renováveis. O Nordeste, Sul e Sudeste são as regiões com maior potencial eólico do Brasil.

Quais estados brasileiros tem parques eólicos?

A energia eólica abastece milhões de residências no Brasil, já são mais de 520 parques eólicos no país, o que totaliza 13 GW de capacidade instalada. Atualmente 80% dos parques eólicos estão na região nordeste, sendo o Rio Grande do Norte e a Bahia os maiores estados produtores.

Quais são os estados que mais produzem energia eólica?

Então, os 5 estados brasileiros com maior produção de energia eólica, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, são:.
Rio Grande do Norte com cerca de 5 mil MW..
Bahia com produção superior a 4 mil MW..
Ceará com média de produção de 2.500 MW..
Rio Grande do Sul com produção média de 2 mil kW..

Quais estados brasileiros produzem mais energia solar?

Ranking dos estados que mais produzem energia solar.
Minas Gerais – 1 GWp;.
São Paulo – 742 MWp;.
Rio Grande do Sul – 728 MWp;.
Mato Grosso – 444 MWp;.
Paraná – 341 MWp..