Quais os desafios que as mulheres encontram no mercado de trabalho?

Não é de hoje que ouvimos sobre as dificuldades das mulheres no mercado de trabalho. Exemplo disso é o relatório do Fórum Econômico Mundial que afirma que a igualdade de gêneros só será possível em 2095 e que a disparidade, quando se trata de participação econômica e oportunidades para as mulheres, gira em torno de 60%. O Brasil por sua vez está em 124º lugar, entre 142 países, no ranking de igualdade de salários. Somos o penúltimo das Américas, ficando à frente apenas do Chile. Em terras brasileiras, essa diferença salarial é uma variável que chama a atenção de imediato – já que o público feminino ganha em média 73,7% do salário recebido pelos homens, de acordo com a última pesquisa da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Contudo, essa é apenas uma das facetas do problema. Há ainda outros desafios a serem vencidos, como o preconceito que as mulheres, inconscientemente, têm em relação a si próprias. Mergulhadas como estão no caldo cultural, elas imaginam que não são capazes de atingir outros níveis dentro da organização porque ou não fazem o suficiente ou não são boas o suficiente. Para ter uma ideia, só uma entre quatro mulheres estavam confiantes de que receberiam aumento de salário em 2015, segundo dados da Glassdor, do Reino Unido.

Mas isso é um ledo engano. As mulheres têm um “superpoder”: o de conciliar as diversas áreas da vida. Exemplo disso é Joy Mangano, que teve recentemente sua vida retratada no filme homônimo e que conciliou a jornada de mãe solteira com a de inventora, tornando-se assim uma das empreendedoras de maior sucesso dos Estados Unidos. No Brasil, a representatividade dessa habilidade feminina fica por conta da Heloísa Assis, a Zica, que passou dez anos pesquisando uma fórmula para relaxar os cabelos, dando origem mais tarde a rede Beleza Natural. Hoje ela possui 40 unidades, incluindo institutos, lojas de produtos e quiosques.

Embora haja esses exemplos inspiradores, a grande maioria deles vem das empreendedoras, pois dentro da carreira corporativa as chances da igualdade da mulher no mercado de trabalho perante os homens é ainda uma realidade distante. Assim, o questionamento é: há uma forma de reverter esse cenário? Sim, há uma luz no fim do túnel que passa pela participação efetiva dos presidentes que precisam incluir, de fato, políticas de diversidade nas empresas. É papel do CEO fazer isso, já que as organizações espelham as suas atitudes. É necessário que eles verifiquem constantemente se as políticas de inclusão estão sendo realmente eficazes.

Mas, como fazer isso? A única forma é analisar cuidadosamente os dados da empresa no que diz respeito aos seus programas de promoção e verificando a quantidade de profissionais do sexo masculino e feminino que entraram na corporação em comparação com aqueles que conseguiram alcançar ouros níveis hierárquicos. Por exemplo, qual é a proporção de homens promovidos para gerentes nos primeiros cinco anos? E qual a proporção de mulheres promovidas? Essa pode ser uma métrica eficiente para ajudar o CEO a identificar quais são os gargalos e os pontos que devem ser desenvolvidos.

Além disso, é preciso que o líder fique atento ao preconceito invisível que ele próprio possui e que pode fazer com que não enxergue a disparidade de gêneros. Essa tarefa de autoconhecimento e de ver a realidade livre de julgamentos não é tarefa fácil, mas pode ficar mais leve se ele contar com o apoio de um coach, por exemplo. É preciso olhos atentos e mente aberta para enxergar o contexto como um todo e de forma imparcial.

*CEO da Pro-Fit e primeira Master Coach Certified pela ICF da América do Sul

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Diante de tantos avanços sociais no que diz respeito à conquista de direitos, como está o espaço das mulheres no mercado de trabalho nos últimos anos? Essa é uma pergunta extremamente relevante na atualidade.

Apesar de ser cada vez maior a presença feminina nos mais variados nichos de atuação, ainda há uma série de desafios que precisam ser superados para que seja visível a igualdade de gênero no mercado de trabalho.

Neste post, queremos trazer mais informações sobre as oportunidades e os desafios que as mulheres enfrentam na busca por emprego e crescimento de carreira. Acompanhe e saiba mais!

  • Quais são os desafios e as oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho?
    • Dupla jornada
    • Maternidade
    • Assédio
    • Remuneração desigual
    • Síndrome da impostora
  • Como o cenário se modifica em relação aos gêneros no mercado de trabalho?
  • Quais os benefícios de investir em si mesma?

Quais são os desafios e as oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho?

Ao longo da história da humanidade, principalmente na cultura ocidental, as mulheres eram mais responsáveis pelas tarefas domésticas, com poucas oportunidades no mercado de trabalho. Esse cenário começou a sofrer alterações no final do século 18, com a Primeira Revolução Industrial.

No entanto, apesar da inserção no mercado, a valorização do trabalho feminino era bem menor. Com salários mais baixos que os dos homens, inclusive nos mesmos cargos, condições de trabalho inadequadas, longas jornadas, entre vários outros problemas, os desafios para as mulheres permanecerem nos empregos eram evidentes.

Com o passar do tempo, a mão de obra feminina foi se intensificando, principalmente após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Com a conquista de direitos básicos, como fazer um curso superior no Brasil em 1879, e o voto no ano de 1932, as mulheres conseguiram acesso a mais oportunidades no mercado de trabalho.

No entanto, ainda existem várias consequências de todo esse passado excludente. Não é à toa que, mesmo atualmente, diversos desafios estão presentes na carreira feminina. A seguir, confira alguns deles!

Dupla jornada

Como você viu, historicamente, as tarefas domésticas eram destinadas majoritariamente às figuras femininas da casa, e esse comportamento ainda persiste em diversas famílias. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que as mulheres investem cerca de 10 horas semanais a mais que os homens nos cuidados com a casa e com os filhos.

Esse cenário faz com que a maioria das mulheres enfrente uma dupla jornada de trabalho: a profissional e a doméstica. Essa sobrecarga de atividades, além de prejudicar o bem-estar, pode interferir nos planos de carreira de diversas pessoas. Durante a pandemia, esse desafio se intensificou, de modo que cerca de 30% das profissionais consideraram deixar o emprego.

Maternidade

Além disso, conciliar maternidade e carreira também é um desafio enfrentado, e não apenas por conta de ambas as atividades exigirem bastante tempo e atenção. Diversos ambientes de trabalho não são bem receptivos com o retorno da licença-maternidade, de modo que o índice de demissões de mulheres aumenta aproximadamente 2 anos após o nascimento dos filhos.

Assédio

Você sabia que, em média, 33% das mulheres sofrem ou sofreram assédio no ambiente de trabalho? Os abusos morais e sexuais são mais frequentes com pessoas do sexo feminino em diversos espaços da sociedade, e isso não é diferente no mercado de trabalho.

Além de trazer desconforto, esse tipo de comportamento provoca diversos problemas para a permanência das mulheres em seus cargos, assim como na credibilização profissional na área de atuação.

Remuneração desigual

Lembra que dissemos que, no período da Primeira Revolução Industrial, as mulheres ganhavam menos que os homens, realizando as mesmas atividades? Apesar de haver avanços, esse contexto ainda não mudou totalmente.

A diferença salarial entre homens e mulheres é um dos maiores problemas do mercado de trabalho e da valorização profissional feminina. E essa desigualdade na remuneração nem sempre é baixa. Em cargos de liderança, por exemplo, os valores podem variar em até 34%.

Síndrome da impostora

Sabe aquele sentimento de não sentir que merece a posição que assume ou as oportunidades que teve? Ele tem nome e se chama Síndrome do Impostor. Como resultado, a autoexigência e o perfeccionismo aumentam, enquanto a autoestima sofre fortes abalos.

Infelizmente, as mulheres passam frequentemente por isso na vida profissional. Afinal, enfrentar duplas jornadas de trabalho, não ter o devido reconhecimento no ambiente de trabalho e receber uma remuneração menor são fatos que fazem com que uma maior insegurança surja quando o assunto é carreira.

Como o cenário se modifica em relação aos gêneros no mercado de trabalho?

No entanto, mesmo que haja ainda uma série de desafios que precisam ser superados, é possível notar cada vez mais boas oportunidades de trabalho para mulheres. Um dos motivos é a forte presença feminina nos cursos superiores, ultrapassando a quantidade de estudantes homens, principalmente nas graduações voltadas para as áreas da Educação e Saúde.

Esse mesmo interesse ocorre na busca pelo ingresso e permanência no Ensino Superior. As mulheres são maioria nas inscrições para os vestibulares e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Isso também ocorre nas avaliações de cursos superiores, como no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

Considerando que há menos de 150 anos, as mulheres ainda não tinham permissão de fazer uma faculdade, esse é um grande avanço. Isso sem contar que a oportunidade de investir na própria educação também é um fator decisivo para a qualificação profissional e, consequentemente, um maior desenvolvimento de carreira.

Quais os benefícios de investir em si mesma?

Investir em si mesma é uma estratégia e tanto para superar esses desafios sociais impostos na presença feminina no mercado de trabalho. Ter qualificação profissional, competências e habilidades de destaque, além de ótimos diferenciais, faz com que mais oportunidades surjam na carreira.

É por isso que fazer uma graduação tem sido cada vez mais incentivado entre as mulheres. O mesmo vale para a especialização profissional, com a realização de cursos livres, atividades de extensão e pós-graduação.

Ainda, ao investir em seu próprio desenvolvimento, as mulheres têm a oportunidade de ganhar mais confiança no mercado, aumentando a autoestima. Esse é um fator muito importante para reduzir alguns dos problemas enfrentados, como a Síndrome do Impostor.

Conhecer a história das mulheres no mercado de trabalho, além de inspirar a busca pelos próprios direitos, é interessante para analisar os avanços e o que ainda precisa ser melhorado. Como visto, a educação tem sido uma das principais estratégias para enfrentar os desafios atuais. Por esse motivo, vale a pena investir nos estudos e no crescimento profissional.

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Quais são os principais desafios enfrentados atualmente pelas mulheres no mercado de trabalho pesquise?

As mulheres ainda passam por inúmeras dificuldades em seus trabalhos que a maioria dos homens não precisam lidar, tais como a diferença salarial e o equilíbrio entre atividades domésticas versus o emprego. A desigualdade de gênero ainda está presente na maioria das empresas e é algo que precisa ser combatido.

Quais são os principais desafios da mulher?

Os desafios das mulheres na atualidade.
Desigualdade racial..
Assédio no transporte público..
Violência sexual e doméstica..
Desigualdade no mercado de trabalho..

Que desigualdade A mulher enfrenta hoje no mundo do trabalho?

As mulheres estudam mais e têm maior nível de instrução, mas possuem formação em áreas que pagam menores salários e ocupam postos de trabalho com menor remuneração. É recorrente ainda observar salários menores para mulheres que ocupam funções idênticas às dos homens.