Quais são as consequências dos metais pesados em uma cadeia alimentar?

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A bioacumulação é um processo que ocorre quando um composto químico, um elemento químico ou um isótopo se acumulam em elevadas concentrações nos organismos de níveis tróficos mais baixos.[1] O processo pode ocorrer de forma direta, efetuada diretamente a partir do meio ambiente, ou indireta, quando ocorre por meio de alimentação, frequentemente de forma simultânea, em especial em ambientes aquáticos. A exposição de um ser vivo aquático a uma água contaminada por metais pesados pode provocar a absorção pelo organismo, entrando assim nos seus tecidos, e posteriormente, ao servir de alimento a seres de um nível trófico mais elevado, contaminará esse outro organismo, fazendo com que o contaminante suba na cadeia alimentar. A contaminação da cadeia alimentar provoca um aumento da concentração do contaminante a cada nível trófico, designando-se o processo por bio-magnificação.[2][3]

A cadeia alimentar é constituída de três principais níveis tróficos: os produtores, os consumidores e os decompositores. Os produtores são representados pelos seres vivos autótrofos, ou seja, são capazes de produzir seu próprio alimento, como vegetais, algas e cianobactérias. Os segundos, são os que consomem os produtores (por isso são heterótrofos geralmente), e podem ser classificados em consumidores primários, que se alimentam de produtores, consumidores secundários, que se alimentam de consumidores primários e consumidores terciários, que se alimentam de consumidores de segunda ordem. Por fim, os decompositores, que consomem resíduos de vegetais e animais mortos e encerram o ciclo devolvendo nutrientes ao meio.

Nesse ciclo, os produtores podem assimilar pequenas quantidades de substâncias tóxicas dispersas no ambiente, o que pode não ser, necessariamente, tóxico para eles. No decorrer da cadeia, os produtores são consumidos por herbívoros e a quantidade de substância tóxica assimilada no início permanecerá no seu organismo, uma vez que, tal substância não pode ser metabolizada. E assim segue o ciclo: um ser vivo consome outro e os poluentes vão se acumulando na cadeia alimentar. Portanto, os seres que mais sentem os efeitos desse acúmulo são os consumidores terciários, pois ingerem muito mais poluentes do que todos os outros participantes da teia.

Dos poluentes não biodegradáveis que se acumulam ao longo da cadeia, merecem destaque os metais pesados, como o mercúrio, o chumbo e o cádmio, elementos frequentemente presentes em processos industriais, no lixo eletrônico e garimpos irregulares (mercúrio). Também contribuem para a magnificação biológica os compostos organoclorados, como o DDT e o HBC (inseticidas), além de compostos como cloreto de vinila (monômero do PVC), que são substâncias muito usadas na indústria, principalmente na produção de plásticos e insumos agrícolas, e os organofosforados, também utilizados na produção de pesticidas e são altamente tóxicos. O uso de muitas dessas substâncias como o DDT, já foi proibido por vários países, e tiveram seu uso controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes, exatamente devido ao alto teor de toxidez.

Os seres humanos, por serem consumidores terciários, têm sua saúde exposta a sérios riscos, em se tratando de bioacumulação. Nos tecidos humanos, essas substâncias tóxicas podem provocar uma gama de doenças como diversos tipos de cânceres, lesões hepáticas e pulmonares, esterilidade, danos aos sistemas nervoso e muscular, doenças de pele, distúrbios renais, danos à medula óssea, e outras complicações.

Referências

  1. «Bioacumulação». pt.shvoong.com. Consultado em 26 de abril de 2009
  2. «bioacumulação - Infopédia». www.infopedia.pt. Consultado em 26 de abril de 2009
  3. «Bioaccumulation Definition Page». toxics.usgs.gov. Consultado em 26 de abril de 2009

O chumbo é um elemento químico da classe dos metais pesados que pode assumir diferentes formas:

Chumbo metálico: é um metal cinza-azulado extraído de minérios naturais da crosta terrestre.

Compostos de chumbo: são compostos orgânicos ou inorgânicos obtidos através da combinação do chumbo com outros elementos químicos.

O chumbo está presente na poluição atmosférica graças à queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e às indústrias que empregam a fusão de chumbo em seus processos de fabricação. A contaminação do meio ambiente com chumbo pode decorrer, ainda, de acidentes e da destinação inadequada de resíduos. Essa substância é capaz de persistir no solo e no fundo de rios durante várias décadas. Como consequência disso, há acumulação de chumbo ao longo das cadeias alimentares: os animais do topo da cadeia, entre eles o homem, acumulam altos teores de chumbo à medida que se alimentam de seres contaminados, podendo desenvolver problemas de saúde.

Atividades envolvendo chumbo

  • Medicina e Ciência: Proteção contra raios X.
  • Automóveis: Material de revestimento e baterias.
  • Elétrica: Cabos revestidos e acumuladores elétricos.
  • Construção: Canos, soldas e lâminas.
  • Plásticos: Fabricação de PVC.
  • Pigmentação: Tintas, corantes, esmaltes e maquiagem.
  • Fotografia: Fotopolimerização e sensibilizador.
  • Armamentos: Munição e explosivos.
  • Mineração: Extração comercial de chumbo e lapidação de pedras preciosas.
  • Pesca: Chumbada de pesca.

Efeitos à saúde

Os principais efeitos do chumbo são no sistema nervoso (encefalopatia crônica, alterações cognitivas e de humor, neuropatia periférica) e nos rins (nefropatia com gota, insuficiência renal crônica e síndrome de Fanconi). Em casos mais graves, os danos cerebrais e renais podem levar à morte. Além disso, outros sinais e sintomas podem ser observados: fadiga; irritabilidade; distúrbios do sono; dor de cabeça; dificuldades de concentração; redução da libido; fraqueza nos dedos, pulsos e tornozelos; cólicas abdominais; anorexia; náuseas; constipação intestinal; diarreia; pequeno aumento da pressão arterial; anemia; aborto em grávidas; parto prematuro; desenvolvimento neurológico comprometido em crianças; infertilidade masculina; entre outros. O chumbo é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos elementos químicos mais perigosos à saúde humana.

Que tipo de impacto os metais pesados podem causar ao longo da cadeia alimentar?

A contaminação pode levar a doenças como câncer, lesões hepáticas e pulmonares, esterilidade, danos aos sistemas nervoso e muscular, doenças de pele, distúrbios renais, danos à medula óssea e outras complicações.

Como ocorre a absorção de metais pesados pela cadeia alimentar?

Em geral, os produtores primários absorvem os metais pesados provenientes do ambiente, os quais acumulam-se em seus tecidos. Desta forma, os metais são transferidos para os consumidores primários por meio da ingestão dos produtores primários.

O que os metais pesados podem causar ao meio ambiente?

As contínuas emissões das partículas de metais pesados produzidos pelo homem podem ser absorvidas por vegetais e animais, causando intoxicações em todos os níveis da cadeia alimentar, caracterizando como poluentes ambientais significativos, devido a sua toxicidade, sendo um problema de importância crescente.

Como um contaminante afetar uma cadeia trófica?

A contaminação da cadeia alimentar provoca um aumento da concentração do contaminante a cada nível trófico, designando-se o processo por bio-magnificação. A cadeia alimentar é constituída de três principais níveis tróficos: os produtores, os consumidores e os decompositores.