Qual a diferença entre a alfazema é lavanda?

A Lavanda é também conhecida como Alfazema, porém embora pertençam ao mesmo género de plantas Lavandula, da família Lamiaceae, botanicamente são de espécies e sub-especies diferentes. Pertencente aos grupo das Ervas Provençais, como o alecrim a sálvia, e o erva-doce; a Lavanda ou Alfazema é uma planta medicinal muito versátil, pois pode ser usada para tratar vários tipos de problemas.

Existem mais de 25 espécies de Lavanda que podem ser encontradas nos continentes sul-americano, europeu, africano e asiático. Tanto a Lavanda como a Alfazema, são plantas conhecidas há mais de 2.500 anos.

A Lavanda é mundialmente famosa pelo seu aroma sedutor e seu grande poder curativo de certas doenças, sendo a Lavanda Angustifolia uma das espécies mais utilizadas para fins medicinais, cosméticos e também em ornamentação.

Os primeiros indícios da utilização da Lavanda/Alfazema surgem na Roma Antiga, Grécia e também no antigo Egipto, quando a planta era utilizada para mumificar e perfumar os faraós.

No século 1 d.C., um médico romano de nome Dioscurides, prescrevia a infusão de lavanda (ou alfazema)  para dores e problemas musculares.  Já os Romanos utilizavam seu óleo essencial para tomar banho, perfumar roupas, fabricar perfumes e aromatizar ambientes.

Em meados do século VII, a Lavanda chegou a Espanha, sendo cultivada em mosteiros. Após a dissolução de muitos desses mosteiros, a planta chegou às mãos da população humilde e passou a ser utilizada com fins medicinais também pelo povo e não só pelos ricos e nobres.

No século XVI o fitoterapeuta inglês William Turner orientava seus pacientes com transtornos psíquicos a lavarem a cabeça com lavanda. Ainda no século XVI, Nostradamus tinha por hábito carregar consigo uma mistura de óleos, na qual a lavanda era um dos ingredientes principais como forma de o inalar periodicamente para o proteger da peste negra.

Benefícios da Lavanda/Alfazema

Sua flor é encontrada em tons de roxo e lilás, sendo rica em propriedades calmantes e terapêuticas foi usada ao longo dos últimos séculos para fins curativos de doenças como transtornos do sistema nervoso, queimaduras, insónia, e diversos problemas de pele. 

Nos dias de hoje o óleo essencial da Lavanda ou Alfazema tem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, e calmantes, sendo frequentemente utilizado para aliviar queimaduras, promover a cicatrização da pele e como compressa na testa para aliviar enxaqueca. A infusão de lavanda /Alfazema é excelente para acalmar os nervos e combater a insónia.

Propriedades da Lavanda

Propriedades terapêuticas,  anti-inflamatória, antirreumática, antiespasmódica, cicatrizante, analgésica e antidepressiva.

A Lavanda é indicada para diversos problemas de saúde

– Reduzir dores de cabeça em especial a enxaqueca;

– Reduzir a ansiedade;
– Amenizar os sintomas do reumatismo;
– Diminuir a dor ciática;

– Combater a depressão;
– Tratar a insónia;
– Diminuir a queda de cabelo;

– Tratar queimaduras de pele;

– Atenuar a acne;

– Tratar irritações da pele;
– Tratar picadas de insectos;
– Diminuir a febre;
– Reduzir a tensão arterial;

Lavanda – Beleza e Perfume

A Lavanda tem um aroma peculiar e é amplamente utilizada na produção de perfumes e cosméticos. O perfume mais famosos produzido com esta bela flor é a Água Húngara, primeiro perfume à base de álcool produzido na Europa, datado no século XIV, a mando de “Santa Isabel, Rainha da Hungria”. Cremes faciais, sabonetes,  e alguns cosméticos são fabricados tendo como componente a Lavanda (Alfazema).

Forma de apresentação da Lavanda

Nos dias de hoje para além de continuar a ser componente de muitos perfumes fabricados pelas mais famosas grifes do mundo, a Lavanda pode ser encontrada em:

– Cremes faciais;
– Bálsamos para tratar irritações da pele;
– Shampoos para tratar a caspa e queda de cabelo;
– Pomadas para assaduras dos bebés, picadas de insectos e no tratamento de áreas com – – Tinturas;
– Óleo essenciais;
– Xaropes;
– Cápsulas;

Como utilizar a Lavanda ou Alfazema

Chá de Alfazema

Chá de Alfazema, excelente como Anti-espasmódico  em tratamento da asma, problemas estomacais e tem efeito calmante ideal para diminuir a excitação nervosa e combater as insónias.

Óleo essencial de Lavanda (ou Alfazema)

O óleo essencial de Lavanda ( não deverá ser aplicado directamente sobre a pele pois poderá causar alergias e até queimaduras.  A recomendação é que 10 gotas de óleo essencial de lavanda sejam misturadas em 10 ml de água fresca, e passe delicadamente sobre o local afetado pela irritação ou sobre a acne. Recomenda-se teste de sensibilidade em caso de pele sensível.

Para dores musculares deverá adicionar 10 gotas de Lavanda em 10 ml de óleo vegetal

e massagear delicadamente o local.

Como óleo para aromaterapia, adicionar 5 a 6 gotas no banho ou vaporizador.

Sabonete natural com óleo de Lavanda (ou Alfazema)

Sabonete natural que protege a pele das mãos, com  propriedades antibacterianas do óleo essencial de Alfazema permite que a pele fique purificada e ao mesmo tempo perfeitamente hidratada e nutrida. Pode utilizar diversas vezes ao dia.

Shampoo natural de Lavanda (ou Alfazema)
Shampoo natural de Alfazema trata, dá volume, nutre e indicado para  todos os tipos de cabelos e na prevenção da Caspa.

Contra indicação para a utilização da Lavanda / Alfazema

A utilização da Alfazema está contra indicada para pacientes com úlceras gástricas, gestantes, para quem está a amamentar, e para pacientes com alergia ao óleo essencial.

Possíveis efeitos colaterais da Lavanda:

O uso interno para casos de ansiedade como por exemplo cápsulas à base de óleo essencial ou tintura, pode ocasionar distúrbios digestivos  como enjoo, refluxos, náuseas, alergias cutâneas.

Em caso de dúvidas consulte a opinião de um fito terapeuta ou especialista na área.

A Lavanda em casa

A lavanda é uma planta ornamental que dá-se bem em climas frios e pode ser plantada em vaso ou directamente no solo, é uma planta que se adapta bem ao sol. Não precisa ser regada constantemente, porém também não deve ser deixada seca demais, sendo importante a verificação da humidade da terra para certificar-se de que ela terá água suficiente.

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