Qual a diferença entre atletas velocistas e fundistas?

Existem características físicas e potencialidades individuais que podemos notar em cada um de nós desde nossa infância. Nas primeiras aulas de educação física na escola já percebemos crianças que são naturalmente mais rápidas que outras, enquanto por outro lado identificamos aquelas que se cansam menos, mostrando melhor capacidade de resistência.

A explicação para estas diferenças, todos sabemos que está na bagagem genética de cada um, e do ponto de vista de qualidades físicas, o sistema neuromuscular justifica muitas dessas diferenças. Nos músculos esqueléticos encontramos diferentes tipos de células, chamadas fibras musculares. Fundamentalmente existem dois grandes grupos: as células do tipo 1 ou células de contração lenta e as células do tipo 2 ou células de contração rápida.

Contração rápida dos músculos evidenciam fibras voltadas para maior velocidade — Foto: IStock Getty Images

A bagagem genética de cada um de nós proporciona uma determinada distribuição percentual dessas fibras nos diferentes músculos do nosso aparelho locomotor. Pode existir uma distribuição equilibrada ou um predomínio de um dos tipos de fibras. Quando o predomínio é das células do tipo 1, existe uma predisposição para muito melhor adaptação aos exercícios de resistência, e naturalmente o portador deste perfil tem um potencial para se tornar um atleta de exercícios de longa duração como maratona, ciclismo de longa distância etc.

Entretanto, este perfil torna mais difícil o ganho de massa muscular e de força. Se observarmos os corredores de elite de provas de maratona, que caracterizam os exemplos mais extremos dessa predominância de fibras lentas, podemos perceber a manifestação típica dessas características.

Tipos de fibras musculares são determinantes para a caractéristica física de cada um — Foto: Getty Images

Por outro lado, quando o predomínio é de células do tipo 2, o potencial genético proporciona melhor adaptação para solicitações de velocidade e ganho de força e massa muscular. Esses são os indivíduos geneticamente dotados para esportes de força, potência e velocidade. Entretanto, possuem limitações para tolerar exercícios de resistência, e demonstram dificuldade para se adaptar às solicitações físicas de longa duração.

Quem tem o perfil do equilíbrio das fibras, pode ter razoável adaptação aos dois tipos de solicitação, entretanto não será nem um grande maratonista, nem um excepcional velocista. O treinamento pode mudar este perfil? Esta é uma questão ainda controversa na ciência. Apesar de evidências de melhora em ambas as direções, lutar contra a genética vai ser sempre difícil!

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com

Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício pela EPM. Membro do conselho científico da Midway Labs, professor e coordenador do Curso de Especialização em Medicina Esportiva da Unifesp e fisiologista do São Paulo FC e coordenador do Departamento de Fisiologia do E.C. Pinheiros. Membro do American College of Sports Medicine. www.drturibio.com — Foto: EuAtleta

Qual é a diferença entre um velocista e um fundista?

Simplificando, os atletas velocistas, pelas próprias necessidades de explosão muscular e de arranque, têm um porte mais avantajado, na outra ponta os atletas fundistas têm corpos adaptados às corridas de grandes distâncias.

O que são atletas fundistas?

O que é Fundista: Atleta que participa em provas de longa distância ou de fundo.

Qual a diferença de maratonista é velocista?

Visualmente falando fica fácil separar um velocista de um maratonista. Aquela pessoa que passa duas horas ou mais correndo, que muitas vezes, se separa do pelotão. Segue firme dando passadas a 20km/h. Aquele ou aquela atleta magro, quase esquelético, com poucos músculos, fininho(a) de cima embaixo.

O que é necessário para ser um velocista?

Como se tornar um velocista – o segredo é a técnica Certifique-se de manter uma postura inclinada e com pequenos passos. Aumente gradativamente a velocidade, a força e a amplitude dos seus passos. Ao mesmo tempo, seu contato com o chão ficará cada vez menor. Os seus braços precisam apoiar o movimento.