Qual a diferença entre intolerância à lactose e APLV?

A sigla APLV, significa Alergia à Proteína do Leite de Vaca, ela é mais diagnostica e mais comum em crianças até os cinco anos, mas poderá aparecer em qualquer idade, além de ser causa de outras alergias. No caso da intolerância à lactose a incidência é maior após a infância e tem causas genéticas associadas.

Qual a diferença entre intolerância à lactose e APLV?

“A caseína, uma das proteínas do leite que desencadeia alergia. Como o organismo do bebê ou da criança ainda está pouco desenvolvido, é mais comum nesse período. A intolerância à lactose é a falta de capacidade de absorver e digerir a lactose por conta da queda na produção da enzima lactase, responsável por digerir esse carboidrato”, explica a gastroenterologista do Hospital Brasília Zuleica Barrio.

Segundo a gastroenterogista os principais sintomas da APLV, inchaço nos lábios e face, chiado no peito, tosse, refluxo gastresofágico, dermatite tipo urticária, vômitos, diarreia e presença de sangue nas fezes. Para a intolerância, os sinais são distensão abdominal, cólicas, diarreia e a produção excessiva de gases (flatulência).

A APLV é mais presente no período da infância, quando boa parte dos nenês entram em contato fórmulas pediátricas com o leite de vaca, na maioria das vezes, são oferecidas por conta própria, sem orientações médicas. Zuleica ainda explica que a alergia à proteína do leite não é efetivamente ligada a genética. Além disso, outras manifestações alérgicas como a rinite, podem ser desencadeadas pela APLV.

Segundo sondagem 70% dos brasileiros tem intolerância à lactose. Entretanto, deste total, apenas 10% sabem que possuem a condição. Zuleica Barrio aponta dois tipos de intolerância à lactose: a primária, que está relacionada com a genética e são predisposições alimentares herdadas dos familiares, e a secundária, que é consequência de uma inflamação do intestino delgado.

“Intolerância primária, não existe prevenção, herança biológica . Para a APLV, a condição é a criança ser amamentada por um período longo, para que o sistema imunológico da criança amadureça, e só mais tardiamente entrar com o leite de vaca”, aconselha. A condição não é contagiosa não passam de pessoa para pessoa. Enfatiza a médica.

Segundo o nutrólogo do Hospital Águas Claras Leandro Marques, na intolerância, o paciente por exemplo pode consumir os produtos ‘lac free”. “Hoje tem remédios específicos, que repõe a enzima lactase, nesta condição [intolerância]. Na APLV, é não consumir nenhum tipo de alimento que contenha leite ou seus derivados, mesmo os sem lactose. Recomendamos que pratos, copos e talheres, não sejam compartilhados.

São exames laboratoriais, que darão o diagnóstico das duas condições quando a história clínica sugere as doenças. ”APLV pode atrapalhar o crescimento/desenvolvimento das crianças”, se diagnosticada tardiamente, alerta.

  • Qual a diferença entre intolerância à lactose e APLV?

Olá mamães. Hoje vamos falar de um assunto que gera muita confusão: a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e a intolerância à lactose. Apesar de ambas terem uma causa em comum, o consumo de leite de vaca, elas apresentam importantes diferenças quanto a sua apresentação e desenvolvimento. E entendermos essas diferenças é fundamental para que haja o cuidado adequado das crianças que passam por isso.

Confira também o vídeo que fiz sobre o assunto no meu canal do Youtube:

Alergia à proteína do leite de vaca (APLV)

A APLV é a forma mais comum de alergia alimentar. Ela tem início precoce, pois costuma aparecer ainda antes dos 3 anos de vida da criança. É mais comum em crianças com predisposição genética para o desenvolvimento desse tipo de alergia. A criança ainda em fase de amamentação pode apresentar sintomas que levem ao diagnóstico da APLV. As cólicas insistentes e os choros inconsoláveis podem ser um sinal da APLV.

Mas por que isso acontece?

A alergia alimentar atinge o sistema imunológico. Nesse caso o corpo identifica determinada substância presente no alimento como um invasor e desenvolve contra ele reações imunes que caracterizam a alergia. No caso do leite de vaca, há algumas proteínas como a caseína e a β-lactoalbumina que são as principais responsáveis pelo desencadeamento dessa resposta alérgica.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico é feito pelo médico pediatra que acompanha a criança. Ele fará diversos testes e exames que irão demonstrar se realmente a criança está com APLV. Em seguida indicará o melhor tratamento médico.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas da APLV são vômitos, cólicas, diarreia, refluxo e em algumas crianças também pode ocorrer alterações na pele, como placas vermelhas e coceiras, além de algumas alterações respiratórias.

Tratamento:

Excluir leite e derivados da alimentação

Após a confirmação do diagnóstico feita pelo pediatra, há indicação expressa de se excluir o consumo de qualquer tipo de leite e derivados (queijos e iogurte por exemplo). Da mesma forma, deve ser excluído o consumo de qualquer alimento que contenha leite em seus ingredientes, como chocolate, bolos feitos com leite de vaca, certos tipos de biscoitos, alguns tipos de doces, etc.

Por isso é importante ficar muito atento ao rótulo dos produtos consumidos. Procure termos que indiquem a presença de leite de vaca no alimento. São eles: leite integral, leite semi-desnatado, leite desnatado, leite em pó, leite em pó desnatado, soro do leite, traços do leite, formulação láctea, preparação láctea, laticínios, proteína do leite de vaca, fermento lácteo, caseína, caseinato, lactoalbumina e lactoglobulina. Em caso de qualquer dúvida se há ou não a presença de leite no alimento, procure a informação direto com o fabricante.

Outra coisa muito importante é o cuidado com a contaminação cruzada. As bancadas e utensílios usados para o preparo dos alimentos da criança com APLV devem estar livres de qualquer vestígio de leite ou de seus derivados. Qualquer mínimo contato com a proteína do leite de vaca pode desencadear os sintomas da alergia na criança.

Cuidados importantes com a alimentação da criança com APLV

Quando há a retirada de leite e derivados da alimentação da criança, é muito importante que a alimentação como um todo seja revista. Isso porque, o cálcio é um dos nutrientes mais importantes para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças. E sem dúvidas a principal fonte de cálcio na alimentação é o leite e os derivados.

A retirada de leite e derivados da alimentação naturalmente ocasiona uma diminuição no consumo de cálcio. E o cálcio é um nutriente fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças. O baixo consumo de cálcio na infância pode comprometer a formação e a manutenção das estruturas ósseas.

Por isso é muito importante que a criança consuma pela alimentação outros alimentos que também sejam fonte de cálcio. Vegetais como brócolis, couve, repolho e nabo, além dos feijões são boas fontes de cálcio, por exemplo. O uso de alimentos fortificados com cálcio também é uma excelente alternativa.

Mas considerando que há diversos fatores que prejudicam o aproveitamento do cálcio nesses outros alimentos, é importante que a dieta da criança com APLV seja bem equilibrada. Para isso é importante que se faça um acompanhamento nutricional adequado. Nele, a criança terá garantida uma alimentação equilibrada, prevenindo assim os riscos relacionados à deficiência desse e de outros nutrientes.

Intolerância à lactose

Diferentemente da APLV, a intolerância à lactose não envolve reações imunológicas. Ela é caracterizada por algumas alterações no intestino da criança que dificultam a digestão da lactose, um açúcar naturalmente presente no leite. A alteração mais comum é a deficiência de lactase, uma enzima responsável pela digestão da lactose. Nesse caso, quando a digestão da lactose não é feita adequadamente, há o aparecimento de sintomas intestinais como diarreia, gases, inchaço e dor abdominal.

Cuidados com a alimentação

Nesse caso não há necessidade de se retirar totalmente o leite e seus derivados da alimentação. Atualmente há muitas opções disponíveis no mercado de produtos isentos de lactose. Para isso a indústria já deixa a lactose na sua forma digerida o que faz com que a ingestão do alimento não ocasione os sintomas característicos.

O uso de iogurte e queijos pode ser considerado na sua forma natural, mas vai depender da tolerância individual de cada criança. Os iogurtes em função da sua forma de produção já apresentam a lactose parcialmente digerida, e pode ser consumido por crianças com graus leve ou moderado de intolerância à lactose.

A redução no consumo de leite e derivados por crianças com intolerância à lactose também pode prejudicar o crescimento ósseo adequado. Por isso, também é importante que se tenha atenção com a ingestão de outros alimentos que contenham cálcio.

Com isso, conseguimos ver as principais diferenças entre assas duas situações. Se seu filho for diagnosticado com APLV ou intolerância à lactose, fique tranquila. É plenamente possível atingir uma alimentação adequada do ponto de vista nutricional, garantindo o desenvolvimento saudável da criança. E em caso de dúvidas, não deixe de conversar com o médico e o nutricionista que acompanha seu filho.

Até o nosso próximo encontro!

Quem tem APLV tem intolerância à lactose?

APLV - Alergia à Proteína do Leite de Vaca. A alergia à proteína do leite de vaca é diferente da intolerância à lactose. Ao contrário da intolerância à lactose, pessoas com alergia a leite de vaca podem, sim, digerir o leite apropriadamente.

Como saber se o bebê tem intolerância à lactose ou APLV?

Quais são os sintomas da intolerância à lactose em bebê?.
náuseas e vômitos;.
cólicas, dor abdominal e inchaço;.
diarreia aquosa explosiva;.
distensão abdominal;.
gases;.
assaduras..

O que pode ser confundido com APLV?

Segundo a alergista, a APLV pode ser confundida com dermatite atópica, asma e até rinite. No Brasil, poucos lugares oferecem o Teste de Provocação Oral, fundamental para confirmar ou não a alergia. Ela lembra que a APLV passa até os cinco anos de idade, geralmente.

Quais são os 3 tipos de intolerância à lactose?

Os três tipos de intolerância a lactose.
Intolerância primária à lactose. Pessoas que desenvolvem intolerância à lactose primária começam a vida produzindo lactase suficiente. ... .
Intolerância secundária à lactose. ... .
Intolerância congênita ou de desenvolvimento à lactose. ... .
Fatores de risco..