Qual é a relação entre existência de água líquida é origem de vida na Terra?

Na semana passada a NASA divulgou que identificou fortes indícios da existência de água no estado líquido fluindo de forma intermitente na superfície do planeta Marte. As linhas escuras, vistas na parede da cratera de Garni, apresentam mais de cem metros de comprimento e podem ter sido geradas pelo escoamento de água no estado líquido, rica em sais. Em meio a uma crise hídrica, a gente logo começa a pensar: será que vão conseguir trazer pelo menos um pouco de água para cá? Na verdade, todo este interesse na água de Marte não se relaciona com a crise hídrica e sim com a busca da vida fora do planeta Terra. Portanto, é melhor continuar fazendo o uso racional e economizando a água nossa de cada dia!

Qual a relação entre a água e a vida? Para que ocorra a atividade enzimática e a síntese dos compostos orgânicos que formam as células dos seres vivos e, inclusive as moléculas que entram na montagem de partículas virais que não são consideradas vivas pela maioria dos virologistas, é preciso que exista água. Uma das teorias que explicam a origem da vida na Terra defende que as primeiras células surgiram pela reação de moléculas orgânicas presentes nos mares primitivos e que estas células foram evoluindo, ao longo de milhares e milhares de anos, até chegarem ao nível de complexidade que encontramos hoje. Entretanto, existe outra vertente que defende que a vida foi “semeada” na Terra por asteroídes que se chocaram contra a superfície de nosso planeta.

A partir desta semana, com a descoberta de água em Marte, esses debates sobre a água e a vida se reacenderam e, talvez, não seja de todo improvável que as duas teorias estejam corretas e que ambas venham a ser comprovadas em um futuro não tão distante. Este dia certamente merecerá uma celebração porque colocará um ponto final em todos os fervorosos e cansativos debates sobre a origem da vida no planeta azul.

Sabemos que os microrganismos procariontes foram os primeiros a povoarem a Terra. Neste grupo encontramos os Archaea que são procariontes que apresentam espécies que resistem a elevadas concentrações salinas e intensa radiação solar de alguns ambientes terrestres e que são, teoricamente, um dos candidatos a terem sido semeados na Terra. Além disso, alguns poucos anos atrás, foram descobertos microrganismos que nem sequer necessitavam de fósforo para construir o seu código genético como os demais seres vivos, vivendo em lagos ricos em arsênico, um veneno celular, abrindo naquela época a porta para o debate da existência de vida fora da Terra.

Qual é a relação entre existência de água líquida é origem de vida na Terra?

Só nos resta aguardar que alguma amostra da água de Marte seja futuramente coletada e analisada para que a gente possa descobrir se o tal do marciano é microbiano ou não, se é verde ou de outra cor ou se nem sequer possui uma cor!

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Qual é a relação entre existência de água líquida é origem de vida na Terra?

A água cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

A questão da origem da água na Terra, ou a questão sobre porque há claramente mais água na Terra do que nos outros planetas do Sistema Solar, ainda não está esclarecida. Existem várias teorias sobre como os oceanos se formaram ao longo dos últimos 4,6 bilhões de anos.

Uma quantidade considerável de água estaria no material que formou a Terra.[1]

As moléculas de água teriam escapado mais facilmente da gravidade da Terra quando ela continha menos massa durante sua formação. Espera-se que o hidrogênio e o hélio vazem continuamente da atmosfera, mas a falta de gases mais densos na atmosfera moderna sugere que algo desastroso aconteceu na atmosfera primitiva. Além disso, durante a formação do Sistema Solar antes de os planetas serem formados, as moléculas estavam fazendo um disco de acreção ao redor da estrela recém formada, esta por sua vez expele continuamente o vento solar, oque "expulsa" as moléculas gasosas para a área mais externa do sistema solar, isto explica porque a partir de Marte os planetas são gasosos e não tem nenhum deles mais próximo ao Sol.

Teoriza-se que parte do planeta jovem tenha sido atingido por um outro planeta do tamanho de Marte denominado Theia oque causou a criação da Lua, que deveria ter causado o derretimento de uma ou duas grandes áreas. A composição atual não corresponde à fusão completa e é difícil derreter completamente e misturar grandes massas rochosas.[2]

No entanto, uma boa fração do material deveria ter sido vaporizada por esse impacto, criando uma atmosfera de vapor de rocha ao redor do jovem planeta. O vapor de rocha teria condensado dentro de dois mil anos, deixando para trás voláteis quentes que provavelmente resultaram em uma atmosfera pesada de dióxido de carbono com hidrogênio e vapor de água. Os oceanos de água líquida existiam apesar da temperatura da superfície de 230 °C por causa da pressão atmosférica da atmosfera pesada de CO 2. À medida que o resfriamento continuava, a dissolução na água do oceano removeu a maior parte do CO 2 da atmosfera, mas os níveis oscilavam descontroladamente à medida que apareciam novas superfícies e ciclos de manto.[3]

Estudo de zircão descobriram que a água líquida deve ter existido há tanto tempo quanto 4,4 Ga, logo após a formação da Terra.[4][5][6]

De fato, estudos recentes de zircões (no outono de 2008) encontrados na rocha hadeana australiana contêm minerais que apontam para a existência de placas tectônicas já em 4 bilhões de anos atrás. Se isso for verdade, as crenças anteriores sobre o período Hadeano estão longe de estar corretas. Ou seja, em vez de uma superfície quente e derretida e uma atmosfera cheia de dióxido de carbono, a superfície da Terra seria muito parecida com a de hoje. A ação das placas tectônicas retém grandes quantidades de dióxido de carbono, eliminando os efeitos de estufa e levando a uma temperatura superficial muito mais baixa e à formação de rochas sólidas, e possivelmente até à vida.[7]

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Há a teoria de que parte da água existente atualmente na Terra tenha origem extratrerrestre, tendo sua origem em função do bombardeio de asteroides e cometas que atingiu nosso planeta em seus primórdios[8]. O acúmulo do liquido ocorreu com o passar do tempo, após repetidas sequências desses episódios[8].

Não obstante, há correntes científicas que afirmam ser improvável que toda a água da Terra tenha se originado desse bombardeio de corpos espaciais. Tendo por base o resultado de medições das razões isotópicas de hidrogênio nos três cometas Halley, Hyakutake e Hale-Bopp, avaliou-se que a proporção de deutério para protium (razão D / H) dos cometas é aproximadamente o dobro do encontrado na água oceânica. Contudo, não está claro se esses cometas são representativos, pois não se pode afirmar que todos os corpos do do Cinturão de Kuiper apresentem a mesma composição.

De acordo com A. Morbidelli[9] a maior parte da água de hoje vem de protoplanetas formados no cinturão de asteroides externos que mergulharam em direção à Terra, conforme indicado pelas proporções D / H em condritos ricos em carbono. A água em condritos ricos em carbono aponta para uma proporção D / H semelhante à da água oceânica. No entanto, mecanismos foram propostos[10] para sugerir que a proporção D / H da água oceânica pode ter aumentado significativamente ao longo da história da Terra. Essa proposta é consistente com a possibilidade de que uma quantidade significativa de água na Terra já estivesse presente durante a evolução inicial do planeta.

Referências

  1. «IngentaConnect Origin of water in the terrestrial planets». Ingentaconnect.com. Consultado em 20 de agosto de 2009
  2. «Solar System Exploration: Science & Technology: Science Features: View Feature». Solarsystem.nasa.gov. 26 de abril de 2004. Consultado em 20 de agosto de 2009
  3. N. H. Sleep*,†, K. Zahnle‡, and P. S. Neuhoff§. «Inaugural Article: Initiation of clement surface conditions on the earliest Earth - Sleep et al. 98 (7): 3666 - Proceedings of the National Academy of Sciences». Pnas.org. Consultado em 20 de agosto de 2009
  4. «ANU - Research School of Earth Sciences - ANU College of Science - Harrison». Ses.anu.edu.au. Consultado em 20 de agosto de 2009
  5. «ANU - OVC - MEDIA - MEDIA RELEASES - 2005 - NOVEMBER - 181105HARRISONCONTINENTS». Info.anu.edu.au. Consultado em 20 de agosto de 2009
  6. «A Cool Early Earth». Geology.wisc.edu. Consultado em 20 de agosto de 2009
  7. Chang, Kenneth (2 de dezembro de 2008). «A New Picture of the Early Earth». The New York Times. Consultado em 20 de maio de 2010
  8. a b «Como surgiu a água na Terra?». Nova Escola. Revista Nova Escola. 1 de novembro de 2012. Consultado em 23 de julho de 2020
  9. A. Morbidelli et al. Meteoritics & Planetary Science 35, 2000, S. 1309–1329
  10. H. Genda, M. Ikoma, Origin of the Ocean on the Earth: Early Evolution of Water D/H in a Hydrogen-rich Atmosphere. Accessible at http://arxiv.org/abs/0709.2025

Qual a relação entre existência de água líquida e origem da vida na Terra?

Conforme a Terra foi resfriando, a crosta tornou-se sólida e a temperatura permitiu a presença de água líquida na superfície. Esse foi provavelmente um fator fundamental para o surgimento da vida.

Por que a existência de água líquida é fundamental para os seres vivos?

A água é fundamental para o transporte de substâncias, como o oxigênio, nutrientes e sais minerais, pois faz parte da composição do plasma sanguíneo. Além de levar nutrientes para as células, a água proporciona a eliminação de substâncias para fora do corpo.

Por que a água é considerada a origem da vida?

A água possui uma série de características peculiares, como sua dilatação anômala, o alto calor específico e a capacidade de dissolver um grande número de substâncias. De fato estas peculiaridades foram favoráveis para o surgimento da vida nos oceanos primitivos da Terra, bem como propiciaram sua evolução.

Porque a água é tão importante para a formação da Terra?

4º evento: A formação dos oceanos foi fundamental para o surgimento da vida no planeta, pois a origem da vida veio dos seres aquáticos. Dessa forma surgiram primeiramente no plantae as bactérias e algas, além de microrganismos, isso há cerca de 3 bilhões e 500 milhões de anos.