Qual era a taxa de mortalidade infantil no Brasil em 1940 e em 2022

Evolução da taxa da mortalidade infantil — Brasil, 1940 - 2004

Qual era a taxa de mortalidade infantil no Brasil em 1940 e em 2022

C. C. da S. Simões e C. A. Monteiro. Tendência secular e diferenciais regionais da mortalidade infantil no Brasil. In: C. A. Monteiro (Org.) Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e de suas doenças. São Paulo: Hucitec, Nupens, USP, 2000.

Assinale a alternativa que apresenta informações comprováveis pelo gráfico.

A

Embora os indicadores evidenciem uma diminuição significativa da mortalidade infantil no país, ainda persistem graves diferenças regionais.

B

As taxas de mortalidade infantil vêm declinando no Brasil desde a década de 40 do século XX.

C

Como o país atravessou diferentes períodos de estagnação econômica, inflação descontrolada e deterioração da distribuição de renda, a queda das taxas de mortalidade infantil observada não parece estar associada a mudanças na renda familiar.

D

As hipóteses mais plausíveis para a redução das taxas de mortalidade infantil apontam para a extensão da cobertura dos serviços de saúde, educação e saneamento.

E

As hipóteses mais plausíveis para a redução das taxas de mortalidade infantil apontam para a implantação de programas e ações voltadas para a saúde da mulher e da criança.

OutraSaúde

Em defesa do SUS e de sua transformação

Número de mortos vêm caindo consistentemente nas últimas décadas, mas região continua bem atrás da realidade nacional. Dificuldade de deslocamento e falta de estrutura hospitalar agravam a situação de partos de risco e dificultam tratamento de recém-nascidos

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Qual era a taxa de mortalidade infantil no Brasil em 1940 e em 2022

Importante indicador de saúde e condições de vida de uma população, a mortalidade infantil estima o risco de um recém nascido morrer antes de chegar a um ano de vida. Reportagem da Piauí trouxe dados recentes sobre a região Norte do Brasil, onde há a pior situação do país. A localidade encontra-se com números 38% acima da média nacional, e deverá alcançar as taxas brasileiras apenas em 2060 – um atraso de décadas em relação à realidade do resto do país. Os dados foram retirados do estudo “A Dinâmica Demográfica da Amazônia Legal: População e Transição Demográfica na Região Norte do Brasil”, do projeto Amazônia 2030, a partir de fontes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Qual era a taxa de mortalidade infantil no Brasil em 1940 e em 2022

A reportagem conta um caso emblemático, ocorrido em Parintins, segunda cidade mais populosa do Amazonas. Lá encontra-se a maternidade do hospital Padre Colombo, que é referência para populações indígenas e ribeirinhas das proximidades. Mas foi fechada no final de 2021 por superlotação, falta de vagas e sobrecarga dos atendimentos. Ela funciona a partir de um convênio da Diocese de Parintins com o SUS, e seus mantenedores decidiram interromper suas atividades temporariamente após vistoria da Defensoria Pública apontar falta de estrutura. Sua reforma foi finalizada em março, mas o hospital segue de portas trancadas até a conclusão de novo convênio com a prefeitura e o estado. Enquanto isso, casos graves de recém-nascidos precisam ser levados a Manaus – por helicóptero do SUS ou 18 horas de barco pelo rio Amazonas.

Dados do estudo sobre mortalidade infantil mostram que o abismo da desigualdade regional é tamanho que 80% da mortalidade infantil brasileira se concentra em 21% dos municípios – a maioria pertencentes às regiões Norte e Nordeste –, segundo Índice de Gestão Municipal Aquila (IGMA). No Norte, a cada mil crianças nascidas vivas, 15,5 morrem antes de completar um ano – 38% acima da taxa de 11,2 mortes por mil nascidos vivos no país. Só no Amazonas, a taxa de mortalidade infantil é 41,1% mais alta que a realidade nacional.

Felizmente, com o avanço da medicina, ações de prevenção de doenças infecciosas, saneamento básico, saúde pública e até nos índices de educação, essa realidade vem mudando no país, principalmente a partir dos anos 1940. Como bem mostra o gráfico abaixo, nos anos 1960, o Brasil amargava 124 mil bebês mortos de forma prematura a cada mil nascidos vivos contra 40,5 para cada mil nascidos vivos nos países de alta renda. Em 2020, essa taxa caiu para 11,6, no Brasil, e se aproxima dos 4,5 nos países ricos. Até 2030, espera-se que se alcance a taxa de 5 mortos por mil.

Qual era a taxa de mortalidade infantil no Brasil em 1940 e em 2022

Qual era a taxa de mortalidade infantil no Brasil em 1940 e em 2022
Taxa de Mortalidade Infantil no Brasil, Região Norte e Países de Baixa, Média e Alta Renda, 1940 a 2060. Fonte: AMZ 2030 com base nos dados de Simões (2016), IBGE (2018) e United Nations (2019),2022

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Qual era a taxa de mortalidade infantil em 1940?

De 1940 a 2019, a mortalidade infantil caiu 91,9%, sendo que a taxa de mortalidade entre 1 a 4 anos de idade diminuiu 97,3%. Em 1940, a taxa de mortalidade infantil era de cerca de 146,6 óbitos para cada mil nascidos vivos; já em 2019, a taxa foi de 11,9 por mil.

Qual a taxa de mortalidade infantil em 2022?

A mortalidade infantil aumentou nos primeiros seis meses de 2022, período em que morreram 119 bebés com menos de um ano. Trata-se de um aumento de 29 óbitos em relação ao período entre janeiro e junho do ano passado, avança o Correio da Manhã.

Por que houve a queda da mortalidade no Brasil a partir de 1940?

No entanto, foi depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45) que o crescimento tornou-se acelerado, devido à diminuição das taxas de mortalidade. Isso é explicado por fatores como a expansão da rede de esgoto, acesso à água encanada, campanhas de vacinação em massa, acesso a medicamentos básicos, etc.

Qual a taxa de mortalidade infantil no Brasil IBGE?

A mortalidade das crianças menores de 5 anos ou mortalidade na infância, também declinou neste período. Em 2015, de cada mil nascidos vivos 16,1 não completavam os 5 anos de idade. Em 2016, esta taxa foi de 15,5 por mil, declínio de 3,7% em relação ao ano anterior.