Qual foi a grande importância da luta pela independência do Haiti?


1. A Revolu��o Haitiana

2.  A Revolu��o Haitiana, tamb�m conhecida por Revolta de S�o Domingos (1791-1804) foi um per�odo de conflito brutal na col�nia de Saint-Domingue, levando � elimina��o da escravid�o e a independ�ncia do Haiti como a primeira rep�blica governado por pessoas de ascend�ncia africana. O Haiti foi o primeiro pa�s latino-americano a se tornar independente da Fran�a, por meio dessa revolu��o.

3. Durante a rebeli�o, os escravos destru�ram planta��es e mataram latifundi�rios / Revolta dos negros em S�o Domingos comandados por Toussaint L’ Ouverture.

4. Sua popula��o era constitu�da de cerca de 500 mil habitantes: 35 mil brancos, 30 mil mulatos livres e mais de 430 mil escravos negros oriundos da �frica Ocidental. Percebendo que estavam em maioria, os escravos negros formaram uma rebeli�o liderada por Toussaint L’Overture e pelo l�der religioso Dutty Boukman para se livrar do dom�nio da Fran�a.

5. Iniciada em 1791, a revolta dos escravos foi a �nica vitoriosa desde a Antig�idade.

6. Principais Caracter�sticas A caracter�stica peculiar do processo de independ�ncia do Haiti foi a participa��o maci�a dos negros, que defendiam a liberdade, a igualdade e o direito � propriedade de terras.

7. L�deres da Revolu��o Haitiana

8. Toussaint Louverture Fran�ois-Dominique Toussaint Louverture (20 de maio de 1743 — 8 de abril de 1803, Forte de Joux, L Cluse-et-Mijoux, Doubs) foi o maior l�der da Revolu��o haitiana e, em seguida, governador de Saint Domingue, o nome do Haiti na �poca. � reconhecido por ter sido o primeiro l�der negro a vencer as for�as de um imp�rio colonial europeu em seu pr�prio pa�s. Nascido escravo, tendo sua forma��o em armas e tendo levado uma luta vitoriosa para a libera��o dos escravos haitianos, ele passou a ser uma figura hist�rica de import�ncia no movimento de emancipa��o dos negros na Am�rica.

9. Fran�ois-Dominique Toussaint Louverture Nascimento 20 de Maio de 1743 Morte 8 de abril de1803 (59 anos)

10. Dutty Boukman foi um sacerdote que conduziu a cerim�nia considerada catalisadora da revolta de escravos que marcou o come�o da Revolu��o Haitiana. Boukman nasceu na Jamaica; posteriormente, foi vendido por seu senhor brit�nico para um dono de planta��o franc�s, que colocou Boukman para trabalhar como commandeur (diretor de escravos) e, mais tarde, como cocheiro.

11. Morte e legado Boukman foi morto pelos franceses em novembro, apenas alguns meses ap�s o in�cio do levante. Os franceses expuseram a cabe�a de Boukman em uma tentativa de dispersar a aura de invencibilidade que Boukman cultivou.

12. Dutty Boukman Nascimento: Jamaica Falecimento: Haiti

13. Jean Jacques Dessalines foi um l�der da Revolu��o haitiana que proclamou a independ�ncia do pa�s em 1 de janeiro de 1804 e foi seu primeiro governante. Em 1805, seguindo os passos de Napole�o Bonaparte, proclamou-se Imperador com o nome de Jacques I.

14. Jean Jacques Dessalines Durante seu governo, tentou restabelecer a economia das planta��es mediante um sistema de trabalho for�ado. Foi tra�do e assassinado em 1806 por seus colaboradores, Alexandre P�tion e Henri Christophe, que dividiram a ilha em dois pa�ses. O hino nacional haitiano, La Dessalinienne, tem este nome em mem�ria do imperador.

15. Jean Jacques Dessalines Nascimento: 20 de setembro de 1758 Falecimento: 17 de outubro de 1806

16. Consequ�ncias Apesar da longa batalha, as consequ�ncias da independ�ncia do Haiti foram muito negativas. Livres da Fran�a, os pa�ses que mantinham rela��es comerciais com a ilha ficaram com medo de que esse ato de rebeli�o se expandisse para as col�nias americanas e acabaram fechando todos os pactos comerciais selados. Al�m de ter de pagar uma quantia grotesca de indeniza��o para a Fran�a, o Haiti sofreu uma grave crise econ�mica, principalmente ap�s a morte de Dessalines, em 1806. O pa�s chegou a ser dividido em dois regimes, um mon�rquico e outro republicano. Somente em 1820 os territ�rios foram reunificados por Jean Boyer, que adotou o sistema republicano.

17. Fontes http://www.mundoeducacao.com.br/historia -america/revolucao-haitiana.htm http://historia2ano.blogspot.com/2008/07/1 2-revoluo-haitiana.html Wikip�dia, a enciclop�dia livre.

A independência do Haiti foi o primeiro movimento vitorioso do gênero nas Américas, resultando ainda na abolição da escravidão do país.

Qual foi a grande importância da luta pela independência do Haiti?
Toussaint L’Ouverture, um dos Jacobinos Negros que lideraram o processo de Independência do Haiti. *

Por Tales Pinto

A Independência do Haiti da metrópole francesa ocorreu em 1804, após uma sangrenta batalha na ilha antilhana, em que a população branca foi exterminada pelos escravos que haviam se revoltado. Além de se tornar o primeiro país independente das Américas, o Haiti foi também o primeiro país a abolir a escravidão de suas fronteiras.

A adoção dos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade pelos revoltosos e a radicalidade das ações nas lutas pela independência levaram os líderes do movimento a serem conhecidos como Jacobinos Negros, em alusão ao grupo que comandou a Convenção Nacional, durante a Revolução Francesa, entre os anos de 1792 e 1795.

Denominada como ilha de São Domingo, a região havia sido conquistada pelos europeus logo após a chegada de Cristóvão Colombo, em 1492 – o conquistador genovês havia batizado a ilha de Hispaniola. A população nativa foi exterminada da ilha, sendo que o trabalho escravo foi adotado ainda no século XVI para a produção de produtos tropicais para alimentar o mercado colonial, principalmente a produção de açúcar. A ilha de São Domingo começou a ser ocupada, em sua porção ocidental, pelos franceses em fins do século XVII e, em 1697, um tratado entre espanhóis e franceses garantiu a posse do local para estes últimos. A partir daí se tornaria a principal fonte de riqueza da exploração colonial francesa, sendo produzidas várias mercadorias, com destaque ao açúcar. São Domingo produzia quase dois terços do açúcar comercializado no mundo nas décadas que antecederam o processo de independência.

Para produzir um montante tão grande dessa mercadoria mantinha-se um contingente de aproximadamente quinhentos mil escravos nas fazendas da ilha. A população branca, formada pelos proprietários e administrados, era contada em número de 35 mil pessoas. Havia ainda um pequeno contingente de mulatos e ex-escravos que conseguiram certa ascendência social e, em alguns casos, enriqueceram.

A revolta que resultou na Independência do país iniciou-se em 1791, após a rápida difusão entre os escravos da notícia de que o novo governo francês havia abolido a escravidão nas colônias. O abandono das fazendas e lavouras e o ataque aos fazendeiros brancos alastraram-se pela ilha. Muitos brancos foram mortos em decorrência das condições de trabalho e dos maus-tratos infligidos aos escravos. Os escravos mais rebeldes sofriam uma série de castigos, como serem enterrados em pé, apenas com a cabeça de fora, morrendo lentamente após terem seus rostos comidos por abutres e insetos. Nesse sentido, as reações contra os brancos foram proporcionais aos castigos que estes infligiram aos escravos.

A revolta não tomou um direcionamento até 1794, quando Toussaint de Bare (mais tarde Toussaint L’Ouverture) passou a comandar os escravos na luta pela independência e pelo fim da escravidão. Toussaint era um escravo instruído, que sabia falar e ler o francês culto. Ainda na juventude entrou em contato com o livro do Abade Raynal sobre as condições de exploração da força de trabalho escrava nas colônias e também com o livro de Júlio Cesar sobre a guerra contra os gauleses. Cada um dos livros o influenciou de uma maneira: o primeiro, sobre a situação da escravidão, o segundo, no desenvolvimento das táticas militares.

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Essas atribuições foram úteis no governo de Toussaint, iniciado em 1801, em que se promulgou uma Constituição para toda a ilha, abolindo a escravidão e declarando a igualdade entre todos os habitantes. Toussaint tinha como principais lideranças de seus exércitos os ex-escravos Dessalines, Henri Christophe, Maurepas, Pétion e Moïse. Em seu governo, Toussaint manteve a administração das fazendas e engenhos nas mãos dos brancos, apesar de haver um controle do novo Estado, e também manteve os ex-escravos em um trabalho compulsório, com o intuito de manter a base da economia da ilha. O líder negro não acreditava que os ex-escravos poderiam manter a administração das fazendas por eles próprios, sendo necessária esta medida.

Toussaint ainda pretendia manter a ilha em uma relação próxima com a França, mas mantendo a autonomia. Esta crença em uma aliança o fez enviar uma série de cartas a Napoleão Bonaparte, buscando aproximar os dois governos. Entretanto, Bonaparte não tinha interesse na aliança, pretendendo ainda revogar a abolição da escravidão nas colônias.

Em 1801, Bonaparte enviou seu cunhado Leclerc para São Domingos, com 25 mil homens. Iniciou-se uma guerra sangrenta pela independência. As atrocidades ocorreram de ambos os lados, mas os brancos acabaram sendo eliminados da ilha. Porém, em 1802, os franceses conseguiram capturar Toussaint, que foi enviado à França, onde morreu no cárcere em 1803.

Os demais Jacobinos Negros, Dessalines, Henri Christophe, Maurepas, Pétion e outros, lideraram os conflitos, conseguindo expulsar os franceses no fim de 1803. O nome do país foi mudado para Haiti, sendo declarada definitivamente a independência do país. Dessalines tornou-se imperador do país em outubro de 1804.

Mas a guerra havia causado imensa destruição na base da economia da ilha, sendo que a próspera cultura da cana-de-açúcar foi interrompida. Com isso, o Haiti desligou-se do mercado mundial, mantendo-se em isolamento com os demais países e colônias, voltando sua economia para a produção de subsistência. O medo de que a revolta escrava se espalhasse para as demais colônias contribuiu para o isolamento, já que as elites locais americanas eram escravocratas.

Apesar de representar a liberdade da instituição da escravidão e conseguir a independência da metrópole colonial, sendo o primeiro país da América a realizar este feito, o Haiti vivenciou um processo posterior que levou o país à miséria. Situação em que se encontra até os dias atuais.

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* Crédito da Imagem: rook76  e Shutterstock

Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto:

Por Tales Pinto

Qual a importância do processo de independência do Haiti?

A independência do Haiti foi o primeiro movimento vitorioso do gênero nas Américas, resultando ainda na abolição da escravidão do país.

Quais foram os objetivos da luta pela independência do Haiti?

Em 1791, uma mobilização composta por escravos, mulatos e ex-escravos se uniu com o objetivo de dar fim ao domínio exercido pela ínfima elite branca que controlava os poderes e instituições políticas do local.

Qual é a importância da independência do Haiti no contexto das lutas de independência da América espanhola?

A independência do Haiti, em 1791, foi mais um motivo para que os criollos se rebelassem contra a dominação espanhola. O Haiti era colônia francesa e se rebelou contra a escravidão. Os haitianos derrotaram os franceses, que tentaram debelar a rebelião, e a independência do Haiti foi proclamada, em 1806.

O que foi a Revolução Haitiana e qual a sua importância?

A Revolução Haitiana, também conhecida por Revolta de São Domingos (1791-1804) foi um período de conflito brutal na colônia de Saint-Domingue, levando à eliminação da escravidão e a independência do Haiti como a primeira república governado por pessoas de ascendência africana.