Lista de 10 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema A Rosa do Povo (Carlos Drummond de Andrade) com questões de Vestibulares. Show Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema A Rosa do Povo. 01. (UFN) Poeta que fala com humor e ironia da mediocridade da “vida besta” que permeia o cotidiano e cujas obras A Rosa do Povo e Claro Enigma são marcadas por vigoroso espírito de síntese e pelo sentido trágico da existência humana. Esse poeta é
02. (ENEM PPL 2016) Anoitecer A Dolores É a hora em que o sino toca, mas aqui não há sinos; há somente buzinas, sirenes roucas, apitos aflitos, pungentes, trágicos, uivando escuro segredo; desta hora tenho medo. [...] É a hora do descanso, mas o descanso vem tarde, o corpo não pede sono, depois de tanto rodar; pede paz — morte — mergulho no poço mais ermo e quedo; desta hora tenho medo. Hora de delicadeza, agasalho, sombra, silêncio. Haverá disso no mundo? É antes a hora dos corvos, bicando em mim, meu passado, meu futuro, meu degredo; desta hora, sim, tenho medo. ANDRADE, C. D. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2005 (fragmento). Com base no contexto da Segunda Guerra Mundial, o livro A rosa do povo revela desdobramentos da visão poética. No fragmento, a expressividade lírica demonstra um(a)
03. (URCA) Leia atentamente este trecho de Poema: Carta a Stalingrado Stalingrado... Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades! O mundo não acabou, pois que entre as ruínas outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora, e o hálito selvagem da liberdade dilata os seus peitos, Stalingrado, seus peitos que estalam e caem enquanto outros, vingadores, se elevam. A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais. Os telegramas de Moscou repetem Homero. Mas Homero é velho. Os telegramas cantam um mundo novo que nós, na escuridão, ignorávamos. Fomos encontrálo em ti, cidade destruída, na paz de tuas ruas mortas mas não conformadas, no teu arquejo de vida mais forte que o estouro das bombas, na tua fria vontade de resistir. ......................................................................................... As cidades podem vencer, Stalingrado! ......................................................................................... Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres, a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem. (ANDRADE, Carlos Drummond de. "A rosa do povo". 23. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.158160.) A partir dessa leitura, é CORRETO afirmar que o poeta expressa mais do que suas ideias, pois expressa o pensamento de um grupo de intelectuais brasileiros dos anos de 1940 e 1950 que:
TEXTO: Para as próximas questões 4 a 6 Nosso Tempo Esse é tempo de partido, tempo de homens partidos. Em vão percorremos volumes, viajamos e nos colorimos. [5] A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua. Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos. As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra. [10] Visito os fatos, não te encontro. Onde te ocultas, precária síntese, penhor de meu sono, luz dormindo acesa na varanda? Miúdas certezas de empréstimos, nenhum beijo [15] sobe ao ombro para contar-me a cidade dos homens completos. Calo-me, espero, decifro. As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas! [20] Mas eu não sou as coisas e me revolto. Tenho palavras em mim buscando canal, são roucas e duras, irritadas, enérgicas, comprimidas há tanto tempo, [25] perderam o sentido, apenas querem explodir. Esse é tempo de divisas, tempo de gente cortada. De mãos viajando sem braços, obscenos gestos avulsos. [30] Mudou-se a rua da infância. E o vestido vermelho vermelho cobre a nudez do amor, ao relento, no vale. [35] Símbolos obscuros se multiplicam. Guerra, verdade, flores? Dos laboratórios platônicos mobilizados vem um sopro que cresta as faces e dissipa, na praia, as palavras. [40] e pulsação, o ofego, e o ar da noite é o estritamente necessário para continuar, e continuamos. DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. A Rosa do Povo. Rio de Janeiro: Record, 22ª-edição, p. 29-31. Adaptado. 04. (UESB) No verso “A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.” (v. 5), em relação aos anteriores, está implícito
05. (UESB) O poema “Nosso tempo”, publicado em 1945, continua tão atual quanto na época em que foi escrito. Considerando-se a informação, a realidade geopolítica do mundo, nesta segunda década do século XXI, está bem representada em
06. (UESB) O poema de Drummond, assim como a obra de Picasso, faz parte de um mesmo estilo de época, em que novas técnicas de composição, em diferentes formas de linguagem, se impõem. Considerando-se a informação destacada, as afirmativas a seguir contemplam, simultaneamente, as produções de Drummond e de Picasso, exceto
07. (FGV-SP) Consideração do poema Não rimarei a palavra sono com a incorrespondente palavra outono. Rimarei com a palavra carne ou qualquer outra, que todas me convêm. As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem, no céu livre por vezes um desenho, são puras, largas, autênticas, indevassáveis. Uma pedra no meio do caminho ou apenas um rastro, não importa. Estes poetas são meus. De todo o orgulho, de toda a precisão se incorporam ao fatal meu lado esquerdo. Furto a Vinicius sua mais límpida elegia. Bebo em Murilo. Que Neruda me dê sua gravata chamejante. Me perco em Apollinaire. Adeus, Maiakovski. São todos meus irmãos, não são jornais nem deslizar de lancha entre camélias: é toda a minha vida que joguei. Estes poemas são meus. É minha terra e é ainda mais do que ela. É qualquer homem ao meio-dia em qualquer praça. É a lanterna em qualquer estalagem, se ainda as há. – Há mortos? há mercados? há doenças? É tudo meu. Ser explosivo, sem fronteiras, por que falsa mesquinhez me rasgaria? Que se depositem os beijos na face branca, nas principiantes rugas. O beijo ainda é um sinal, perdido embora, da ausência de comércio, boiando em tempos sujos. (...) Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo. Em sua consideração do poema, o poeta reivindica como traço de sua poética, entre outros,
08. (UFRN) Leia o poema "Episódio", que integra A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1945, num contexto histórico e político dominado pela ordem social burguesa. Manhã cedo passa à minha porta um boi. De onde vem ele se não há fazendas? Vem cheirando o tempo entre noite e rosa. Para à minha porta sua lenta máquina. Alheio à polícia anterior ao tráfego ó boi, me conquistas para outro, teu reino. Seguro teus chifres: eis-me transportado sonho e compromisso ao País Profundo. DRUMMOND, Carlos. Nova reunião: 23 livros de poesia. Rio de Janeiro: Edições BestBolso, 2009. p. 175. Nesse poema, o eu-lírico
09. (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Para responder à questão 38, leia o excerto do poema “Nosso tempo”, de Carlos Drummond de Andrade, publicado na obra A rosa do povo, em 1945. I Esse é tempo de partido, tempo de homens partidos. Em vão percorremos volumes, viajamos e nos colorimos. A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua. Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos. As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra. Visito os fatos, não te encontro. Onde te ocultas, precária síntese, penhor de meu sono, luz dormindo acesa na varanda? Miúdas certezas de empréstimo, nenhum beijo sobe ao ombro para contar-me a cidade dos homens completos. Calo-me, espero, decifro. As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas! Mas eu não sou as coisas e me revolto. Tenho palavras em mim buscando canal, são roucas e duras, irritadas, enérgicas, comprimidas há tanto tempo, perderam o sentido, apenas querem explodir. [...] Todas as afirmativas estão corretamente associadas ao poema e seu contexto, EXCETO:
10. (UEMA) Texto V Procura da Poesia [...] Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. [...] Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o Como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de melodia e conceito, elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo. ANDRADE, Carlos Drummond de. A Rosa do Povo. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. Texto VI Profissão de fé [...] Invejo o ourives Quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto-relevo Faz de uma flor. Imito-o. E, pois, nem de Carrara A pedra firo: O alvo cristal, a pedra rara, O ônix prefiro. Por isso, corre, por servir-me, Sobre o papel A pena, como em prata firme Corre o cinzel. [...] Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, no verso de ouro engasta a rima como um rubim. Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito. [...] Porque o escrever – tanta perícia, Tanta requer, Que oficio tal... nem há notícia De outro qualquer. BILAC, Olavo. Poesia. Rio de Janeiro: Agir, 2005. A Rosa do Povo, de Drummond, foi publicada em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, e traz alguns poemas que enfocam anseios e questionamentos advindos desse momento histórico. Levando em conta o verso “Trouxeste a chave?”, pode-se inferir uma voz
Quais os temas marcantes em A Rosa do Povo?Publicado em 1945, A rosa do povo é o livro politicamente mais explícito de Drummond. É um poderoso olhar sobre a Segunda Guerra, a cisão ideológica, a vida nas cidades, o amor e a morte.
Quais são as principais características dos poemas de Carlos Drummond de Andrade?Autor pertencente à segunda fase do modernismo brasileiro, Drummond apresenta uma poesia com liberdade formal e temática sociopolítica. No entanto, seus textos são marcados, principalmente, por temas do cotidiano, que, mesmo culturalmente localizados, assumem um caráter universal.
Qual o contexto de sentimento do mundo?Os poemas deste livro foram escritos entre 1935 e 1940, época em que o mundo tentava se recuperar da Primeira Guerra Mundial e enfrentava a ascensão de regimes totalitários: a Alemanha de Hitler, Franco na Espanha, Mussolini na Itália e o Estado Novo de Getúlio Vargas no Brasil.
Quais são os desejos do eu lírico Nesse contexto Justifique sua resposta com versos do texto?b) O desejo do eu lírico é conseguir se revoltar em meio a tanto desconforto que sente, e mobilizar as pessoas, que estão surdas como os muros, que estão indiferentes e insensíveis. Ele não consegue, pois, as palavras, em meio a ditadura que vivia, carregam "cifras e códigos".
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