Lista de 10 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema O Cortiço: Aluísio de Azevedo com questões de Vestibulares. Show 01. (UNICAMP) Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado defronte daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa (...). À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o seu azedume, quando ele, recolhendo-se fatigado do serviço, deixava-se ficar estendido numa preguiçosa, junto à mesa da sala de jantar e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no rosto aquele bafo, quente e sensual, que o embebedava com o seu fartum de bestas no coito. (Aluísio de Azevedo, O cortiço. 14. ed. São Paulo: Ática, 1983, p. 22.) Levando em conta o excerto, bem como o texto integral do romance, é correto afirmar que
02. (UFRGS) Leia o trecho final de O cortiço. A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar. Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse alcançála, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado. E depois embarcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue. João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos. Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito. Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas. Considere as seguintes afirmações sobre o trecho. I - O narrador em terceira pessoa aproxima-se de Bertoleza, assumindo seu ponto de vista para desmascarar o falso abolicionismo de João Romão; ao mesmo tempo, mantém-se distante dela ao descrevê-la com traços animalescos. II - A morte terrível de Bertoleza destoa do andamento geral do romance, marcado pelo lirismo da narração, característica naturalista presente no texto de Aluísio Azevedo. III- A última frase do trecho sugere que João Romão receberá a comissão a despeito do fim de Bertoleza, em uma alegoria do Brasil: abolicionista na sala de visitas, escravocrata na cozinha. Quais estão corretas?
03. (Fuvest) As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; e tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar. (...) E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los. E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. Aluísio Azevedo, O cortiço. Nas cidades brasileiras, particularmente no último quartel do século XIX, novas formas urbanas são constituídas, como os cortiços e as favelas. Sobre esse fenômeno, é correto afirmar:
04. (FAMERP) Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas vizinhas. Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe “Bruxa”. Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e asseada em exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda. (O cortiço, 2007.) Uma relação correta entre o trecho apresentado e o movimento literário em que O cortiço está inserido
05. (FAMERP) Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas vizinhas. Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe “Bruxa”. Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e asseada em exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda. (O cortiço, 2007.) É correto afirmar que o narrador do texto assemelha-se a
06. (UFRGS) Leia o segmento abaixo, do terceiro capítulo de O cortiço, de Aluísio Azevedo. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. (...) O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o segmento. ( ) O segmento apresenta a descrição do cortiço sem destacar um personagem, com ênfase na coletividade para ações triviais de homens, mulheres e crianças. ( ) O despertar, matéria cotidiana, é figurado como fato rotineiro de pessoas executando seus hábitos higiênicos matinais. ( ) A linguagem do narrador, preocupado em mostrar a dimensão natural presente nas ações humanas, evidencia-se em expressões como prazer animal de existir. ( ) O objetivo, nesse segmento, é apresentar o cortiço e a venda como empreendimentos comerciais usados no enriquecimento de João Romão. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
07. (UFN) O Cortiço narra com efeito a ascensão do taverneiro português João Romão, começando pela exploração de uma escrava fugida que usou como amante e besta de carga, fingindo tê-la alforriado, e que se mata quando ele a vai devolver ao dono, pois, uma vez enriquecido, precisa liquidar os hábitos do passado para assumir as marcas da nova posição. Mas a verdadeira matéria-prima do seu êxito é o cortiço, do qual tira um máximo de lucro sob a forma de aluguéis e venda de gêneros. (CANDIDO, Antonio. De cortiço a cortiço. In.: Novos Estudos CEBRAP, nº 30, p.111-129, julho de 1991, p.113) Conforme os seus estudos a respeito da obra O Cortiço, de Aluísio Azevedo, e as palavras de Antonio Candido, é correto afirmar que
08. (ITA) Acerca das personagens femininas de O cortiço, de Aluísio Azevedo, podemos dizer que
09. (UNEMAT) No romance O Cortiço, temos várias personagens femininas que são criadas de acordo com a ideologia da época, século XIX, fortemente marcada pelo patriarcalismo. As mulheres, ricas ou pobres, sofriam com a submissão e, obviamente, o sofrimento das mais pobres era maior. Uma dessas personagens, entretanto, demonstra uma relativa autonomia e parece escapar à ideologia imposta. Assinale o trecho que indica essa variante.
10. (UDESC) [...] As janelas do Miranda acumulavam-se de gente. Ouviam-se apitos, soprados com desespero. Nisto, ecoou na estalagem um bramido de fera enraivecida: Firmo acabava de receber, sem esperar, uma formidável cacetada na cabeça. É que Jerônimo havia corrido à casa e armara-se com o seu varapau minhoto. E então o mulato, com o rosto banhado de sangue, refilando as presas e espumando de cólera, erguera o braço direito, onde se viu cintilar a lâmina de uma navalha. Fez-se uma debandada em volta dos dois adversários, estrepitosa, cheia de pavor. Mulheres e homens atropelavam-se, caindo uns por cima dos outros. Albino perdera os sentidos; Piedade clamava, estarrecida e em soluços, que lhe iam matar o homem; a das Dores soltava censuras e maldições contra aquela estupidez de se destriparem por causa de entrepernas de mulher; a Machona, armada com um ferro de engomar, jurava abrir as fuças a quem lhe desse um segundo coice como acabava ela de receber um nas ancas; Augusta enfiara pela porta do fundo da estalagem, para atravessar o capinzal e ir à rua ver se descobria o marido, que talvez estivesse de serviço no quarteirão. Por esse lado acudiam curiosos, e o pátio enchia-se de gente de fora. D. Isabel e Pombinha, de volta da casa de Léonie, tiveram dificuldade em chegar ao número 15, onde, mal entraram, fecharam-se por dentro, praguejando a velha contra a desordem e lamentando-se da sorte que as lançou naquele inferno. Entanto, no meio de uma nova roda, encintada pelo povo, o português e o brasileiro batiam-se. AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço .8. ed. São Paulo: Martin Claret, 2012. pp. 120 e 121. Analise as proposições em relação à obra O Cortiço e ao seu autor Aluísio Azevedo. I. Aluísio Azevedo introduziu o Naturalismo, no Brasil, com a obra O Cortiço, em 1881, e foi o maior representante desse movimento literário. II. Na obra O Cortiço, Aluísio Azevedo - o autor, por meio das personagens, defende a tese de que o homem, antes de ser racional, deixa-se levar pelos instintos naturais. III. Aluísio Azevedo, para sobreviver, escreveu obras com características românticas e, entre elas, citam-se: Uma lágrima de mulher, Casa de Pensão e A mão e a luva. IV. Da leitura do romance O Cortiço, constata-se que o meio acaba sempre agindo sobre as personagens de modo degradante, ou seja, percebe-se, após algum tempo, um declínio moral nos hábitos dos moradores do cortiço. V. Infere-se da leitura de O cortiço que um dos pontos mais dramáticos da narrativa é o suicídio de Bertoleza, e o que a levou a cometer tal ato foi a possibilidade de ser devolvida ao cativeiro. Assinale a alternativa correta.
Qual a diferença entre o Taylorismo e Fordismo?Enquanto no Taylorismo havia um longo treinamento no trabalho, no Fordismo havia pouco ou nenhum. O Taylorismo adotava níveis mínimos de produtividade e o Fordismo focava na linha de montagem. Por fim, o Taylorismo adotava o controle do tempo, enquanto no modelo de Ford imperava a rígida padronização da produção.
Quais são as principais características do Taylorismo e Fordismo?O taylorismo tem como característica o controle de qualidade ao longo das últimas etapas da produção. Já no fordismo, esse controle de qualidade é realizado no fim do processo produtivo, quando o produto já está acabado.
Quando surgiu o Taylorismo Fordismo e Toyotismo?Taylorismo, também conhecido como Administração Científica, é um modo de organização do processo produtivo criado por Frederick Winslow Taylor no final do século XIX, em meio aos acontecimentos da Revolução Industrial.
O que é o modelo taylorista fordista?O modelo Taylorista/Fordista, foi o mais utilizado principalmente de 1914 a meados da década de 1970. Esse modelo baseado na rigidez previa que uma produção em massa (em grande quantidade) e em série (produtos iguais) daria muito lucro.
|