Terceiro maior país do planeta, com extensão territorial de 9.596.961 quilômetros quadrados, e o mais populoso (1,3 bilhão de habitantes), a China é considerada uma das grandes potências econômicas da atualidade. Esse país já detém o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB), atrás somente do Japão e dos Estados Unidos. Show Esse rápido crescimento econômico necessita de grande demanda de energia e recursos naturais, atualmente (2010) a China consome cerca de 14% da energia mundial. O país possui uma das maiores reservas de carvão, que é responsável por fornecer 70% da energia nacional. Porém, essa fonte é altamente poluidora, fato que faz da China um dos maiores responsáveis pela poluição atmosférica. De acordo com dados do Banco Mundial, a nação abriga 20 das 30 cidades mais poluídas do planeta. Visando diversificar sua matriz energética e reduzir a dependência de fontes de origem fóssil, sobretudo do carvão e do petróleo, que é um dos grandes produtos de importação, a China tem desenvolvido tecnologia para a obtenção de energia renovável, com destaque para a energia solar e eólica (ventos). O país já é o líder mundial na fabricação de células fotovoltaicas, que são utilizadas para a obtenção de energia solar. A China também é a maior produtora de turbinas eólicas, ultrapassando os Estados Unidos, Japão e Austrália, que foram os pioneiros no desenvolvimento dessas tecnologias. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Para alcançar esse patamar, a nação tem realizado altos investimentos em energia limpa. Estima-se que em 2009 foram aplicados mais de 35 bilhões de dólares nesse setor, contra 18 bilhões dos Estados Unidos. Um dos grandes projetos é o Solar Valley, localizado na cidade de Dezhou, cujo investimento foi de aproximadamente 750 milhões. Esse é considerado a maior estação mundial de produção de energia solar. Em 2009, as fontes alternativas responderam por 9% da energia utilizada na China. No
entanto, a expectativa do governo chinês é que as energias limpas possam representar 15% da matriz energética do país até 2020. A população mundial e o planeta Terra agradecem por essa iniciativa. Por Wagner de Cerqueira e Francisco China - Países - Geografia - Brasil Escola A evolução tecnológica está a cada dia abrindo novos caminhos que vão de encontro à preservação do meio ambiente e ao resguardo de um futuro sustentável para todos nós. Algumas das principais tecnologias visam o desenvolvimento e melhoramento de energias renováveis - aquelas que são originadas de fontes naturais, mas que possuem capacidade rápida de regeneração. Fora o Brasil, outro país que vem trabalhando para que novas dessas alternativas sejam desenvolvidas, é a China. Esse país promissor tem como principais fontes de energia renovável, a eólica e a solar. De acordo com estudos realizados em 2014 pela BP Statistical Review of World Energy, a maior parte da energia na China é proveniente do carvão mineral, totalizando cerca de 3,8 bilhões de toneladas, sendo que no Brasil este total é de 8,6 milhões de toneladas. De acordo com a economista da Embrapa Agroenergia, Daniela Souza, comparando os dados, em todos os tipos de energias utilizados pela China, o país supera em grande medida, o consumo brasileiro. Daniela salienta que a produção de biocombustíveis na China é bem inferior à produção brasileira. No Brasil, o consumo de petróleo gira em torno 142,5 milhões de toneladas, de gás natural 39,6 bilhões de m³, de energia nuclear 15,4 terawatts/hora, de energia hidroelétrica 369,5 terawatts/hora e de energia eólica 2,7 milhões de toneladas de óleo equivalente. O consumo de petróleo também é altamente significativo na China, chegando a aproximadamente 520 milhões de toneladas. , de gás natural 185,5 bilhões de m³, de energia nuclear 126,3 terawatts/hora, de energia hidroelétrica 1.064 terawatts/hora e de energia eólica 35,8 milhões de toneladas de óleo equivalente. "Em 2014, segundo dados da BP, foram produzidos 2.083 milhões de toneladas de óleo equivalente de biocombustíveis na China, ao passo que no Brasil este total foi de 16.656 milhões de toneladas de óleo equivalente", diz Daniela. Projetos equivalentes A pesquisadora ressalta que muitos trabalhos interessantes são feitos pelo grupo de cientistas chineses, como por exemplo, com microalgas. Thaís Salum também observou que são realizados trabalhos na área da utilização de glicerol proveniente da produção de biodiesel para a produção de polióis, usando microrganismos. Outra linha que a pesquisadora destacou foram as ações com materiais lignocelulósicos. Algumas das pesquisas desenvolvidas na China também são focos de atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Aqui no Brasil a Empresa trabalha com pesquisas desde o sistema de produção de matérias-primas até os processos de transformação em diversas formas de energia e a utilização de seus coprodutos em materiais de alto valor agregado. WBS 2015 Durante o período do evento, os participantes irão conhecer as usinas de biodiesel - Granol, que fica em Anápolis, e a de etanol - Jalles Machado, em Goianésia, ambas localizadas no estado de Goiás. Para o Chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Souza, o Brasil e a China são fortes parceiros comerciais no setor agropecuário. Ao passo que a produção de energia (biocombustíveis e bioeletricidade) a partir da biomassa é um importante componente da matriz energética brasileira, e existe um grande interesse da China de fortalecer a presença da bioenergia na matriz energética chinesa. O Centro China – Brasil é um importante ator neste processo de fortalecimento das parcerias entre estes países no âmbito da geração de energia renovável. O Simpósio Internacional de Bioenergia é um fórum anual, organizado pelo Centro China – Brasil, que promove o encontro de instituições de PD&I e pesquisadores para ampliar as discussões visando à identificação de temas de interesse comum, os quais poderão se tornar foco da ação de projetos de PD&I bilaterais. "Este ano a Embrapa Agroenergia uniu esforços com a COPPE-UFRJ e a Tsinghua University para organizar este evento pela primeira vez em Brasília, como um passo a mais para a integração da Embrapa ao Centro China – Brasil", concluiu Manoel Souza. Para saber mais a respeito do evento, acesse: wbsrio.com/Default.aspx Qual a diferença entre a matriz energética e elétrica do Brasil e do mundo?Percebemos pelo gráfico que a matriz energética brasileira é mais renovável do que a mundial. Essa característica da nossa matriz é muito importante. As fontes não renováveis de energia são as maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa (GEE).
O que podemos apontar e comparação sobre a matriz elétrica brasileira?A matriz energética mundial é composta, em sua maioria, por fontes não renováveis – os combustíveis fósseis como petróleo, carvão mineral e gás natural ainda constituem grande parte da energia utilizada em todo o mundo. A matriz energética brasileira, ao contrário, possui sua base na produção hidrelétrica.
Qual é a matriz de energia elétrica do Brasil?Matriz energética brasileira: fontes renováveis e não renováveis. As fontes de energia não renováveis ainda predominam na matriz energética do Brasil, com destaque para o petróleo, o gás natural e o carvão. Na parte da energia renovável, as principais fontes são a energia hídrica e a biomassa.
Qual é a matriz energética da China?Diferentemente do Brasil, cuja matriz energética provém em grande parte de fontes renováveis, cerca de 60% da produção de energia primária da China é proveniente do carvão.
|