O que a Rússia queria na Primeira Guerra?

Índice

Introdução

A Primeira Guerra Mundial foi um conflito militar ocorrido entre 1914 e 1918, um dos maiores do século XX. Teve como principais envolvidos as grandes potências imperialistas europeias, mas também contou com a participação de países de outros continentes, como os Estados Unidos.

Em razão da amplitude do conflito, do grande número de envolvidos e das mortes provocadas em campo de batalha, também foi chamada de a Grande Guerra, em especial no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial

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Contexto histórico 

O final do século XIX e o início do século XX foram marcados pelo neocolonialismo das grandes potências europeias em direção a territórios na África e Ásia. A disputa por colônias, que forneciam matéria-prima e mercados para os produtos industrializados europeus provocou uma corrida imperialista movimentada pelo aumento dos investimentos militares.

A disputa por territórios ultrapassou os limites da África e Ásia e atingiu a própria Europa. Chegou à região dos Balcãs, importante rota de passagem rumo ao Oriente Médio. Essa região era objeto de disputas, principalmente entre Alemanha e Rússia, mas que envolviam também o Império Austro-húngaro e os diversos povos que viviam na região. 

Apesar das disputas imperialistas, a Europa vivia a “Belle Époque”, período de grande otimismo com o desenvolvimento da ciência, das artes e relativamente pacífico, garantido pela “paz armada” entre os países imperialistas.

Ou seja, ao mesmo tempo em que não se enfrentavam, os países investiam pesadamente em armamento e no desenvolvimento de tecnologias militares. Os conflitos que antecederam a Belle Époque, em especial a Guerra Franco-prussiana (1870-1871), embora pontuais, estimularam os sentimentos revanchistas e nacionalistas, como no caso da França em relação à Alemanha.

Além disso, a própria unificação alemã, em 1871, e seu despontamento como potência industrial vinham incomodando os ingleses, então maior potência econômica do continente.

Esperando um possível conflito, as principais nações europeias procuraram estabelecer alianças em troca de apoio mútuo, o que resultou em sua divisão em dois grupos: a Tríplice Aliança, formada em 1882 por Alemanha, Itália e Império Austro-húngaro; e a Tríplice Entente, que reuniu Inglaterra, França e Rússia em 1907. 

Dessa forma, se estabeleceram os dois principais grupos que se enfrentariam durante a Grande Guerra. Podemos estabelecer suas principais causas como a corrida imperialista, o revanchismo e o nacionalismo entre as principais potências europeias. 

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O início da guerra

Com o acirramento desses conflitos, a situação na Europa estava à beira de um confronto generalizado. Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-húngaro, foi assassinado na cidade de Sarajevo, no território da Bósnia e Herzegovina, pelo grupo nacionalista sérvio Mão Negra.

Este ponto é considerado o estopim da Primeira Guerra Mundial, pois provocou uma série de retaliações, acionando as alianças preestabelecidas e desencadeando o conflito militar.

Em razão do desenvolvimento tecnológico - que havia sido possível graças à industrialização - e do próprio desenvolvimento da indústria bélica - com sua produção em massa -, a Primeira Guerra Mundial provocou um número de mortes até então nunca visto em conflitos militares. Além do incremento do potencial destrutivo, houve uso intensivo de aviões e armas químicas em combate.

As novas armas e seu poder destrutivo permitiram o avanço rápido sobre territórios inimigos, caracterizando a primeira fase da Grande Guerra, chamada de guerra de movimento. Esta fase durou pouco tempo, basicamente durante o próprio ano de 1914.

Em oposição ao que ocorreu no início do combate, sua segunda fase foi marcada pelo avanço lento, quando não pela estagnação nos campos de batalha. Devido à violência do conflito, os militares passaram a se proteger em trincheiras - escavações no solo que funcionavam como abrigo -, a fim de garantir alguma proteção, ainda que precária, aos combatentes.

O que a Rússia queria na Primeira Guerra?
Trincheiras da Primeira Guerra Mundial

Por esta razão, essa segunda fase ficou conhecida como guerra de trincheiras. Cabe ressaltar que, apesar de fornecerem alguma proteção nos campos de batalha, a vida nas trincheiras também proporcionava condições de sobrevivência precárias.

Os soldados sofriam com alagamentos, ataques de pragas e epidemias, convivendo até mesmo com cadáveres. Além disso, não possuíam sequer condições razoáveis para dormir, se alimentar, e tratar de seus ferimentos.

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O fim da guerra e o Tratado de Versalhes 

Depois do avanço rápido e da fase seguinte de estagnação, a Tríplice Entente conseguiu vitórias importantes que deixaram a Alemanha isolada e contribuíram para sua derrota.

Três fatos importantes ajudaram a determinar os rumos da Primeira Guerra Mundial:

  • após acordos que envolviam a conquista de territórios, a Itália passa a apoiar a Tríplice Entente a partir de 1915;
  • os Estados Unidos entram em guerra contra a Alemanha em 1917, procurando obter vantagens econômicas com o conflito na Europa;
  • a saída da Rússia da guerra após a Revolução de 1917

Depois de ficar militarmente isolada e passar por uma série de manifestações e greves internas contra a manutenção da guerra, a Alemanha se rende em 1918. O Kaiser Guilherme II foge para a Holanda e o Segundo Reich (Segundo Império Alemão) é substituído pela República de Weimer.

No ano seguinte, os alemães são obrigados a assinar o Tratado de Versalhes, que reconhecia a Alemanha como principal responsável pela guerra e impunha duras sanções ao país.

Como consequência, a Alemanha passaria por uma grave crise econômica nos anos seguintes que, em conjunto com o sentimento de revanche da derrota na Primeira Guerra, permitiram a ascensão do nazismo.

Em paralelo, a Primeira Guerra Mundial também marcou o fim de quatro grandes impérios, a saber, o Alemão, o Russo, o Austro-húngaro e o Otomano, dando início a uma nova configuração geopolítica do mundo

Qual era o objetivo da Rússia na Primeira Guerra Mundial?

Nicolau II lançou a Rússia na Primeira Guerra Mundial para defender seus aliados. O Império Austro-Húngaro ameaçou a Sérvia, cuja família monárquica era uma antiga aliada dos Romanov. Em apoio à Sérvia, o rei Nicolau II declarou guerra ao Império Austro-Húngaro.

Quais foram os motivos que levaram a Rússia a entrar na Primeira Guerra?

Resposta verificada por especialistas. A Rússia - na época, Império Russo - entrou na Primeira Guerra Mundial para defender os interesses dos povos eslavos na região dos Bálcãs, em um período fortemente marcado pelo nacionalismo.

Qual foi o posicionamento da Rússia na Primeira Guerra Mundial?

Dessa maneira, a Rússia retirou-se da guerra em razão dos enormes problemas políticos internos. Logo após a retirada da Rússia socialista da guerra, seu principal líder, Lênin, assinou junto à Alemanha um Tratado de Paz entre as nações. O Tratado foi denominado Brest-Litovsk (1918).

De quem foi a culpa da Primeira Guerra Mundial?

Em 1919, foi assinado o Tratado de Versalhes, que considerou a Alemanha a grande culpada da guerra e alvo das maiores sanções e de pagamentos de indenizações aos países vencedores.