O que aconteceu com a Pangeia?

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O que aconteceu com a Pangeia?

O que aconteceu com a Pangeia?

Animação mostrando separação da Pangeia

Designa-se por Pangeia o continente que, descrito pela deriva continental, existiu entre 200 a 540 milhões de anos, durante a era Paleozoica, segundo estudos.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra origina-se do fato de todos os continentes estarem juntos (pan do grego = todo, inteiro) e exprime a noção de totalidade, universalidade, formando um único bloco de terra (gea) ou Geia, Gaia ou Ge como a Titã grega que personificava a terra com todos os seus elementos.

Megacontinentes[editar | editar código-fonte]

Passaram-se milhões de anos até que a Pangeia se fragmentou, dando origem a dois megacontinentes: Gondwana e Laurásia. Esta separação ocorreu lentamente e ocorreu deslocando sobre um subsolo oceânico de basalto.

Gondwana[editar | editar código-fonte]

A parte correspondente à América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia, denominava-se Gondwana (região da Índia).

Laurásia[editar | editar código-fonte]

O resto do continente, onde estava a América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico se denomina Laurásia. A Pangeia era cercada por um único oceano, Pantalassa.[1]

Existência[editar | editar código-fonte]

A existência de Pangeia foi sugerida pela primeira vez no início do século XX pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, o que criou uma gigante polêmica entre a classe científica da época. Wegener teve como ponto de partida para a sua teoria os contornos semelhantes das costas da América e de África, os quais formariam um encaixe quase perfeito. No entanto, não foi esta observação que foi usada como prova na sua fundamentação científica, mas a comparação dos fósseis encontrados nas regiões brasileira e africana, e a constatação de que os animais que lá tinham vivido eram os mesmos. Como estes não seriam capazes de atravessar um oceano, Wegener concluiu que tinham vivido no mesmo ambiente em tempos remotos.

Esta teoria não foi inicialmente aceita, sendo até ridicularizada pela classe científica. Foi confirmada somente em 1940, 10 anos após a morte de Alfred Wegener.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Tectónica de placas
  • Deriva continental
  • Laurásia
  • Gondwana
  • Placas tectônicas
  • Supercontinente

Notas e Referências

  1. «Pangeia». Consultado em 14 de maio de 2009

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «Vídeo-Pangeia e a deriva dos continentes (vídeo em extensão .mov)» (em inglês)
  • «Perspectiva histórica pela USGS» (em inglês)
  • «Video animation Pangeia» (em inglês)

Doutorado em Geociências (USP, 2015)
Mestrado em Geologia Sedimentar (UNISINOS, 2008)
Graduação em Ciências Biológicas (UNISINOS, 2006)

Ouça este artigo:

Pangeia (do grego Pan = todo, Gea = Terra), que significa “todas as terras”, ou “terras unidas”, foi o nome dado ao supercontinente existente durante a Era Paleozóica (±540-250 ma), quando todos os continentes existentes atualmente, estavam unidos em um único bloco continental, cercado por um único oceano, o Pantalassa. Este supercontinente foi se moldando até o final do Período Permiano (Era Paleozóica), quando teve início a sua separação, a partir do Período Triássico.

O que aconteceu com a Pangeia?

Figura 1. O supercontinente de Pangeia. Ilustração: tinkivinki / Shutterstock.com

A teoria sobre a existência do supercontinente Pangeia teve origem ainda no século XVII, onde cientistas europeus haviam sugerido o encaixe dos mapas das costas atlânticas das Américas, Europa e África, porém, sem dados científicos comprobatórios. Somente no século XX, o cientista Alfred Wegener propôs a teoria da Deriva Continental, que baseada na observação do mapa mundi, as linhas de costa atuais da América do Sul e África se encaixariam, e que todos os continentes poderiam ser encaixados, como num quebra-cabeças, formando um megacontinente. Para explicar essa ideia, propôs que no passado os continentes estiveram unidos, e hoje, separados, como na forma atual. A este supercontinente, foi proposto o nome de Pangeia, e sua fragmentação teria iniciado dividindo-se em dois continentes, a Laurásia a norte (atuais América do Norte, Europa, Ásia e Ártico), e Gondwana a sul (atuais América do Sul, África, Índia, Austrália e Índia), com a criação de um novo oceano entre eles, o Thetys, há mais ou menos 230 milhões de anos, durante o período Triássico, quando a Terra era ainda habitada pelos dinossauros. As principais evidências que Wegener utilizou para comprovar essa teoria foram:

  • presença da flora fóssil de Glossopteris (espécie de gimnosperma primitiva) em regiões da África e do Brasil, onde os locais de ocorrência se correlacionavam, ao se juntarem estes continentes;
  • presença fóssil do réptil Mesossaurus, de ±300 milhões de anos, encontrados apenas na África do Sul e na América do Sul, também com locais de ocorrência correlacionáveis;
  • evidências da glaciação que ocorreu há ±300 milhões de anos atrás, na região sul-sudeste do Brasil, sul da África, Índia, oeste da Austrália e Antártica, como as estrias glaciais, indicando a direção das antigas geleiras, e sedimentos destes locais de ocorrência correlacionáveis.

Apesar das evidências, Wegener não conseguiu explicar questões fundamentais do mecanismo capaz de movimentar as imensas placas continentais, e a Deriva Continental foi considerada fisicamente impossível, e suas ideias caíram em descrédito para grande parte do mundo científico da época.

Somente por volta dos anos 1960, quando surgiu a Teoria da Tectônica de Placas, a partir da exploração do fundo do Oceano Atlântico, e a descoberta da Cordilheira Meso-Atlântica, explicando como funcionava o movimento entre as placas tectônicas, que a teoria da Deriva Continental pôde ser consequentemente confirmada. Atualmente, junto com a teoria da Tectônica de Placas, a Deriva Continental é amplamente aceita.

Bibliografia:

1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.

2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.

3. WICANDER, R.; MONROE, J.S. (2009). Fundamentos de Geologia. 1ª edição, São Paulo, SP; Cengage Learning, 507p.

http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Geologia-4007.html

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geologia/pangeia/

O que houve com a Pangeia?

Pangeia é o nome dado ao supercontinente que compunha a superfície terrestre dos períodos Permiano ao Triássico. Essa massa única era banhada também por um único oceano, chamado de Pantalassa. A separação da Pangeia, que deu origem à configuração dos continentes como hoje conhecemos, teve início há 230 milhões de anos.

Por que a Pangeia não existe mais?

A Pangeia deixou de existir pelo mesmo motivo que ela se formou, por causa dos movimentos das placas tectônicas que separaram os continentes. Existem duas teorias para explicar como isso aconteceu, vamos conhecê-las.