O que essas informações revelam sobre a história de vida de Amyr Klink

Rotina e Planejamento Em uma entrevista à Folha de São Paulo, Amyr Klink comenta que “as pessoas ficam fascinadas com as viagens, mas desconhecem que, por trás de cada sucesso há um caminhão de desastres.” O segredo para Amyr Klink foi estabelecer uma rotina e perseverar nela até o fim.

Tamara Klink
Marina Helena KlinkLaura Klink
Amyr Klink/Filhas

Aprender a conviver com o medo, ter consistência no trabalho e aproveitar cada experiência são algumas dicas do navegador, escritor e empreendedor. “Sempre sonhei em fazer com o que eu faço hoje, mas nunca achei que fosse dar certo.

Escritor
MarinheiroExploradorEconomista
Amyr Klink/Profissões

Por que alguém decide escrever um diário de viagem?

Fazer um diário de viagem é algo que irá aprofundar ainda mais a sua experiência de conhecer novos lugares, pessoas e culturas. … certamente, para ter lembranças, compartilhar com os amigos, registrar momentos, enfim, um item a mais que torna a viagem um “pool” de experiências.

Comandante da embarcações, Amyr Klink é natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca. Começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo.

Biografia | Amyr Klink. Comandante da embarcações, Amyr Klink é natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca. Começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo.

Ashraf Klink
Iran Klink de Melo
Amyr Klink/Irmãs

Quando ia voltar para o Brasil, resolveu “subir” até o Círculo Polar Ártico, percorrendo uma distância superior ao de uma volta ao mundo. “O desafio acabou motivando as pessoas com quem eu contava para resolver os problemas todos possíveis na preparação daquela viagem”, contou.

Elementos descritivos como; dados sobre sua obra, e elementos avaliativos como; a importancia da obra.

Comandante da embarcações, Amyr Klink é natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca. Começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo.

O navegador Amyr Klink, famoso por travessias solitárias no oceano, comprou uma casa em São Francisco do Sul, no Norte do estado, para abrigar barcos e outros materiais de navegação.

Para quem o autor do diário de viagem escreve?

Para quem o autor do diário de viagem escreve? Para ele mesmo ou para ser publicado, caso haja interesse no tipo de viagem que foi feito.

Qual a importância de escrever um diário?

Ao relatar sua vida nas páginas de um diário você estará garantindo uma lembrança dos erros que cometeu e das realizações das quais se orgulha – aqueles momentos que merecem ser recordados no futuro. Isso pode ser bastante útil em fases da vida quando se sentir perdido, sem direção e precisar fazer uma reavaliação.

O que essas informações revelam sobre a história de vida de Amyr Klink

(Foto: Obvious Lounge)

O obstinado e determinado navegador brasileiro Amyr Klink é uma inspiração. Aos 62 anos, ele celebra mais do que uma carreira vitoriosa: comemora uma vida cheia de belezas e conquistas. Na bagagem e no currículo estão as incríveis façanhas de atravessar o oceano, além de muita história pra contar.

Esta é, inclusive, mais uma das grandes habilidades de Amyr, um contador de histórias nato. Inspirações não faltam, desde suas origens na bela cidade de Paraty, no litoral fluminense, passando por muitas aventuras mar adentro.

Dentre as principais, ganha destaque a travessia feita por ele, sozinho, em 1984, a bordo do I.A.T, um pequeno barco a remo, que partiu da Namíbia, com destino ao Brasil. O trajeto, com duração de 100 dias, jamais fora realizado por outro navegador e é o primeiro dos grandes feitos da carreira de Amyr.

Hoje, já são mais de 40 viagens realizadas e 250 mil milhas navegadas por este que é reconhecido internacionalmente como o maior navegador do Atlântico Sul. Dentre suas especialidades está o continente gelado, a Antártida, um lugar que especialmente o desafia e é desafiado por Amyr.

Idealizador e construtor das próprias embarcações, Klink leva na mala a segurança e a responsabilidade de conduzir barcos como o I.A.T, o Paratii e o Paratii 2, que foram projetados com minúcia e cuidado suficientes para fazer história.

Aconchegue-se para explorar esse mundo de aventuras e incríveis histórias, e conhecer um pouco mais sobre a jornada inspiradora de Amyr Klink!

Uma Paixão Nascida nos Mares de Paraty

Amyr Klink desenvolveu o fascínio pelos barcos logo cedo, ainda menino, quando vivia em Paraty, no Rio de Janeiro. Nascido em São Paulo, aos dois anos se mudou para a cidade fluminense, onde cresceu com os encantos do mar e os tons admiráveis da belíssima Costa Verde.

Aos 10 anos adquiriu sua primeira canoa, a qual deu o nome de Max, e que chamava a atenção pelo formato menos achatado do que o tradicional, o que dava menos estabilidade e mais velocidade ao barco. Hoje ela está em exposição no Museu do Mar, em São Francisco do Sul-SC, juntamente com outras 30 embarcações do navegador.

Junto das comunidades caiçaras, Klink aprendeu muito sobre técnicas de construções de canoas, materiais, estilos de madeiras e foi tomando gosto pela navegação, o que o estimulou a estudar e aprender muito mais acerca do tema.

Eterno apaixonado pela prática da leitura, foi nos livros que Amyr conheceu suas principais referências sobre navegações, sobretudo na literatura francesa, onde o brasileiro encontrou grande inspiração. Cursou economia, pela USP, e já na faculdade fez a opção pelo remo como esporte. Treinava diariamente, correndo cerca de 13 a 16 km por dia, fizesse sol ou chuva.

Hoje a grande paixão de Amyr Klink é justamente desenvolver projetos e construir barcos. Pós-graduado em Administração, o navegador é dono da única marina flutuante do Brasil, um pier pioneiro em Paraty que atende cerca de 300 barcos.

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A Marina do Engenho, em Paraty, é uma das inúmeras ocupações do navegador e empresário Amyr Klink (Foto: Amyr Klink)

Além do escritório na Marina, Klink é escritor, contando com 7 livros feitos, entre eles o best-seller Cem Dias entre Céu e Mar, que relata sua lendária travessia cruzando a nado o Atlântico Sul. Casado há 21 anos com a velejadora e fotógrafa Marina Bandeira, Amyr tem a alegria de ser pai de três filhas.

Como todo bom contador de histórias, Klynk sabe como colocar em palavras suas façanhas e expressar os grandes valores e aprendizados que teve ao longo da vida. Hoje, o navegador realiza de 100 a 120 e palestras anuais para diversos públicos, já tendo mais de 2500 palestras na carreira.

Parar? Isso nem passa pela cabeça deste incansável homem do mar.

Travessia a Bordo do I.A.T., a Primeira Grande Aventura

O projeto era ousado, ele sabia disso. Ninguém jamais tinha feito algo nessas dimensões, mas com muito estudo e planejamento, Amyr Klink sabia que era possível realizar.

A ideia era partir de Luderitz, na Namíbia, e cruzar, a remo, todo o Atlântico até aportar na Bahia, meses depois. Seriam 7 mil quilômetros e muitos desafios a enfrentar, sozinho, a bordo do pequeno e equipado I.A.T, uma embarcação construída meticulosamente por Klink para vencer intempéries do tempo e do mar.

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Em meados da década de 80, o jovem Amyr Klink iniciava a travessia do Atlântico a remo, uma façanha jamais realizada anteriormente. (Foto: Gazeta do Povo)

E assim, em 12 de Setembro de 1984, com apenas 29 anos, Amyr Klink partiu do porto na África, com muitas expectativas e uma meta pessoal a ser cumprida. Atravessar o Oceano sozinho a remo significaria bater uma marca inédita, mas ele sabia que seria custosa.

Foram dias e noites longas, com chuvas e tempestades e a necessidade de muita disposição. Por vezes, ele remou mais de 110km num único dia, sendo que em outros precisava apenas esperar a tempestade passar.

No entanto, as maiores dificuldades não foram as adversidades climáticas. O pequeno I.A.T foi pensado nos mínimos detalhes, inclusive em caso de ser tombado por grandes ondas. Situações como essa ocorreram três vezes, mas o barco tinha um mecanismo próprio para atuar como um “joão-bobo”, desvirando automaticamente em casos assim.

O I.A.T., que ganhou este curioso nome devido à sigla da empresa que custeou a viagem de Amyr Klink até a África, é um barco de pequenas dimensões, com 6 metros de comprimento e casco de 9mm de madeira de cedro-rosa com madeira laminada impregnada de epóxi, que é um material leve e muito resistente. Um barco pequeno, mas não tão veloz.

Um dos principais desafios foi conter os ataques de tubarões contra o casco do pequeno barco, que embora fosse relativamente fino, firmemente resistiu devido ao material. O crescimento de moluscos grudados nos cascos também era uma preocupação ao jovem navegador.

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Cem Dias Entre Céu e Mar se tornou um best-seller que narra a aventura narrada e vivenciada por Amyr Klink ao atravessar o oceano, partindo da África até a América do Sul. (Foto: Mercado Livre)

Mas havia dilemas ainda maiores para resolver. Detalhes como água, comida, amplitude da remada, tipo de remo a ser utilizado e como navegar seguindo apenas os astros num tempo em que não havia sinal de GPS eram desafios que precisavam ser planejados com muita atenção e executados com perfeição.

Por isso, 275 litros de água potável foi estocada, bem como alimentos desidratados, roupas limpas e remédios. Com tudo dentro do planejado e as adversidades contornadas, em 18/09/84, antes do prazo previsto, o I.A.T. chegou intacto em Camaçari, na Bahia, e foi recebido com muita festa.

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A chegada ao Brasil após 100 dias de travessia a bordo do I.A.T. fez com que Amyr Klink atingisse uma marca nunca antes alcançada e o consolidou como um dos maiores nomes da navegação mundial. (Foto: Veneza com Z)

Ao total, foram 100 dias e 6h de trajeto e mais de 3 meses de uma jornada realizada com maestria pelo jovem Amyr Klink, que começava a escrever sua história como um dos maiores navegadores de todos os tempos.

Um dos Grandes Desafios: a Invernagem

Para quem pensou que atravessar 7 mil km a remo cruzando o Atlântico Sul sozinho já fosse desafio suficiente para uma vida inteira, para Amyr Klink era só o começo. Cinco anos após a travessia feita com o I.A.T., o navegador partiu em uma nova expedição solitária para um desafio ainda maior: a Antártida – ou Antártica, como Klink prefere chamar.

Em dezembro de 1989, Amyr partiu a bordo do Paratii, mais um barco cuidadosamente planejado e construído por ele, rumo ao continente gelado. Em um ambiente extremamente inóspito e perigoso, esta foi uma das jornadas mais difíceis e gratificantes que o navegador teve a chance de vivenciar.

Na chamada invernagem, que é a navegação em águas frias com o barco semissoterrado pelo gelo, Klink teve de enfrentar temperaturas extremas, tempestades, nevascas, icebergs, mudanças climáticas repentinas e dias muito longos.

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A bordo do Paratii, Amyr Klink realizou sozinho sua primeira invernagem, realizando o trajeto até o Polo Sul em meio a condições extremas. (Foto: Total Idade)

Do tempo total de expedição, o Paratii ficou paralisado na Baía de Dorian por 7 meses, uma prova de ferro para o barco: havia sido projetado e estruturado para ser aprisionado pelo gelo e resistir sem se danificar. E assim o foi.

E dessa forma, isolado de tudo e todos por longos 13 meses, foi que Amyr Klink retirou grandes lições para levar para a vida. Uma delas é a valorização do tempo e a responsabilidade que se tem sobre ele.

No meio da Antártida, cercado por gelo em todos os cantos, há quem pense que não haveria muito o que se fazer senão esperar. Mas a verdade é justamente o oposto disso. Havia dias em que mal sobrava tempo para dormir, restando ao navegador menos de 1h de sono.

A rotina na invernagem é exaustiva e intensa. Diariamente é necessário recolher a neve e o gelo para tomar banho, cozinhar e lavar roupa, além de executar outras funções como traçar rotas, identificar conexões com a terra, fazer pontes, remover o gelo nas gaiutas e outras inúmeras tarefas que Amyr relata em seu livro “Não há tempo a perder”.

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O livro “Não há tempo a perder” é um detalhado depoimento de Amyr Klink acerca de sua árdua rotina e das lições extraídas em sua primeira viagem à Antártida. (Foto: Cotidiano Dela)

Foi então que, mesmo em meio a esse delicado panorama, o obstinado navegador decidiu ir ainda mais longe. Da Antártida, resolveu seguir viagem até o Círculo Polar Ártico, na mais alta latitude que conseguisse atingir.

Cinco meses depois, lá estava ele, 80º norte, encontrando as geleiras do Polo Norte, onde passou 3 horas e sentiu como se fosse dono do tempo. Uma aventura absolutamente inesquecível!

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Dos paredões de gelo do Polo Sul às geleiras do Ártico: ao todo, foram mais de 600 dias de viagem e uma bagagem repleta de experiências inesquecíveis. (Foto: Extremos)

Após 642 dias e 50 mil km navegados, Amyr Klink estava de volta a Paraty, com muitas histórias pra contar e para perpetuar no tempo.

Um Trabalho que Nunca Para

Hoje, Klink conta com 40 viagens ao Polo Sul e conhece cada palmo do continente gelado. Depois da primeira invernagem, ele retornou muitas vezes à Antártida, deu a volta de 360º no continente, leva as filhas para passear e faz expedições periodicamente.

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Klink realizou inúmeras viagens e expedições até o Polo Sul e é, além de um exímio conhecedor do local, apaixonado pela beleza rara e única do continente. (Foto: Blog do Barcinski)

Viver no mar é o trabalho de Amyr Klink. Tanto que, mesmo em terra, seu objetivo está sempre voltado para as infinitas águas salgadas que nos cercam. Mesmo sem formação em engenharia, sempre gostou de dedicar seu tempo ao estudo das melhores técnicas e formas para planejar e construir as embarcações.

Para ele, a teoria precisa vir acompanhada da prática para que o resultado seja efetivo. Uma de suas grandes críticas ao sistema de ensino no Brasil é que não prioriza a técnica, formando profissionais teóricos e, por vezes, pouco sensíveis às necessidades diante de um problema real e concreto.

E exatamente o que estimula Amyr Klink é esse encontro da teoria com a prática, do planejamento com a técnica. A grande paixão do navegador não está no resultado final, mas sim no processo de fabricação: desde o desenho do barco até a descoberta de soluções.

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Interessado pelas técnicas de planejamento e tecnologia náutica desde muito jovem, Klink se dedicou a um trabalho meticuloso de desenvolvimento dos próprios barcos, se tornando referência no segmento. (Foto: Extremos)

Após a construção de várias embarcações, de canoas a grandes veleiros, Klink prefere não rotular um deles como seu preferido: o mais importante será sempre o que ele ainda vai construir. Mais do que um navegador incansável, Amyr Klink é um empreendedor visionário sempre atento aos seus próximos passos.

Foi assim, de uma ideia visionária, que surgiu o plano de construir uma marina flutuante em Paraty. O projeto foi elaborado após a percepção da necessidade dos viajantes e do próprio Amyr de que um cais flutuante seria muito mais efetivo do que os convencionais.

O navegador vê a cidade paratiense como uma “meca” para os barcos, e acredita que o Brasil tem muito potencial neste ramo. Para ele, o que falta é uma maior desburocratização da atividade náutica no país, que segue alguns padrões que dificultam o acesso às embarcações e majoram muito os valores.

A Marina do Engenho, além de ser uma idealização do navegador, veio como uma forma de estimular e fomentar o segmento náutico no Brasil. O local é constituído por três píeres com serviço e infraestrutura para atender com conforto e segurança embarcações de tamanhos e estilos variados. É nele que se encontra atracado também o lendário Paratii 2, protagonista da jornada entre o Polo Norte e o Polo Sul.

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O lendário veleiro corta-gelo Paratii 2 está num dos píeres da Marina do Engenho, em Paraty. (Foto: Aviesp)

A Marina está situada próxima à Ilha da Bexiga, um verdadeiro paraíso em meio às águas verdes e cristalinas do mar de Paraty. Cerca de 65 ilhas exuberantes e mais de 90 belíssimas praias compreendem a região paratiense, explicando, por si só, o motivo de Amyr Klink fazer da cidade o seu lar-doce-lar.

De propriedade da família, a Ilha da Bexiga carrega muita riqueza histórica vinculada às ruínas do Forte da Bexiga, que fazia a proteção do município no passado, e também a beleza sem igual de suas trilhas, matas e natureza virgem.

A Ilha da Bexiga é, para Amyr Klink, um quintal de casa que dá de frente para o mundo. É dali, com vista para um horizonte sem fim, que ele tem suas grandes inspirações, planejamentos e se sente inteiramente conectado com um mundo inteiro de possibilidades.

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A Ilha da Bexiga é o refúgio de Amyr Klink, onde o navegador pode se sentir totalmente integrado à natureza e à beleza sem igual do mar de Paraty. (Foto: De Garfos e De Quartos)

Quer conhecer mais sobre esse recanto de águas transparentes escolhido por Amyr Klink para morar? Então confira as melhores ilhas de Paraty e saiba mais sobre as belezas naturais que envolvem esse verdadeiro paraíso!

Ao longo de tantas idas e vindas, chegadas e partidas, dificuldades e superações, Amyr Klink soube trilhar seu próprio caminho, extraindo lições e aprendizados de grande valor em cada jornada. As reflexões de quando esteve mais solitário e o amor recebido em cada retorno por aqueles que sempre o apoiaram, o ensinaram um dos sentimentos mais importantes de se ter: a gratidão.

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As longas jornadas de Amyr Klink na navegação o ensinaram importantes lições para serem levadas para a vida. (Foto: Na Prática)

Quando se está isolado, sem recursos, cercado apenas por água e sem acesso a mais nada, alguns pontos que acabam passando despercebido na correria do dia a dia se evidenciam neste ambiente melancólico.

Quais as facilidades de se ter a agua, pura e limpa como consumimos? Afinal, em casa é só abrir a torneira e lá está ela, totalmente acessível. Quais são os processos por que se passa o alimento até chegar pronto para o consumo? E as roupas que vestimos?

Numa situação assim, no meio do nada, ele concluiu que é necessário ser provedor de tudo. Na Antártida, para se ter 5 litros de água, é preciso recolher 25 kg de neve, um trabalho que leva cerca de 3 horas para ser feito. Tudo isso para se ter apenas 5 litros de água.

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Valorizar o tempo, dar importância aos recursos naturais e saber apreciar a beleza dos detalhes são alguns dos aprendizados que Amyr Klink prioriza no dia-a-dia. (Fotos: Amyr Klink)

Para Amyr, a disciplina e a rotina são fundamentais, porque procrastinar uma tarefa numa expedição como essa pode resultar num fim trágico. Essa condição de não negligenciar atividades significa ter muito mais competência no que se faz, e isso ele levou pra vida.

Da mesma forma, Klink considera que o fazer e o ser precisam se sobrepor ao ter. Num mundo onde há um claro excesso de consumismo, o navegador aponta para uma corrente contramaré que instrui à filosofia do aprender fazendo e, assim, se tornar protagonista da própria história.

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A esposa, Marina Bandeira, que também é velejadora e fotógrafa, sempre que possível acompanha Klink nas expedições, juntamente com as três filhas do casal. (Foto: Viagem e Turismo)

Um homem de sorte? Nem perto disso. Amyr Klink considera que o resultado venha de muito planejamento, trabalho duro e extremo cuidado com cada detalhe. E o mais importante: acreditar no próprio potencial.

É essa confiança que o levou a realizar rotas nunca antes traçadas e atingir o, até então, inatingível. Amyr Klink se considera um homem meticuloso e atento a cada detalhe: se o projeto não for seguro o suficiente, ele certamente ainda não será executado.

Porém, ele não desiste jamais de seus sonhos. Da mesma forma em que é meticuloso, é também obstinado e trabalha incansavelmente até que sua idealização esteja plenamente segura e perfeita para partir.

Tal qual executa seu trabalho, assim ele conduz as decisões da vida. Para Amyr Klink, há sempre um momento em que se precisa partir. “Há quem permaneça viajando no sonho e nunca parta para colocá-los em prática. É muito triste dar-se conta dos sonhos que encalharam, dos barcos que nunca saíram do quintal.”

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O navegador Amyr Klink crê que todos devam acreditar no próprio potencial para não deixar que os sonhos sejam esquecidos. (Fotos: Nosso Bem Estar)

E assim, ele segue velejando atrás de seus sonhos, planejando, construindo e realizando as grandes paixões que o movem. Um homem vocacionado para o mar, que abraça os desafios e extrai grandes ensinamentos para ser, com toda a simplicidade que lhe cabe, um dos maiores nomes da navegação mundial de todos os tempos.

por Camila Viol.

Fontes: Amyrklink.com.br | Wikipedia | Época Negócios – Globo.com

Comandante da embarcações, Amyr Klink é natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca. Começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo.
O objetivo era partir de um ponto da ilha Geórgia do Sul e atravessar os oceanos Atlântico, Índico e Pacífico até retornar ao ponto de partida. Após 88 dias e 14 milhas náuticas, Amyr completou a viagem que deu origem ao livro “Mar Sem Fim” (2000).

Que afirmação do navegador mostra a necessidade de planejamento?

O planejamento é importante não só para os navegadores, mas inclusive para um país como o nosso, onde há recursos naturais abundantes e é fácil não se preocupar com o futuro. E disse Klink ao afirmar que a falta de preocupação com o futuro é também sinônimo de falta de organização, de planejamento e de crescimento.

Que comparação Amyr faz em relação ao pai nessa parte do texto o que ele quer dizer com essa comparação?

b) Amyr compara seu pai com uma Âncora. Ele quer dizer que o pai nada tão bem quanto uma Âncora.