Quais os carboidratos que possuem função de fornecimento de energia?

Nos últimos artigos, estudamos as substâncias inorgânicas que fazem parte da composição do nosso organismo, como a água e os sais minerais. Agora, vamos às orgânicas, começando pelos carboidratos, conhecidos também como glicídios, hidratos de carbono ou açúcares.

Constituídos basicamente por carbono, hidrogênio e oxigênio, em alguns casos excepcionais podem conter outros elementos, como por exemplo o nitrogênio na molécula de quitina. Possuem importante função energética, mas também apresentam função estrutural e podem ser divididos em três grupos. Veja cada um deles.

Indice

Monossacarídeos

Representam os carboidratos mais simples, com fórmula geral (CH2O)n e são classificados de acordo com o número de átomos de carbono na molécula. Quando há três átomos(C3H6O3), são denominadas trioses, quando há quatro(C4H8O4) são tetroses, cinco (C5H10O5), pentoses, seis (C6H12O6), hexoses e sete(C7H14O7), heptoses. Dentre estas, podemos destacar duas pentoses importantes, a ribose e a desoxirribose, presentes no DNA e RNA, e três hexoses importantes no fornecimento de energia: a glicose, a frutose e a galactose.

Dissacarídeos

São resultado da união de dois monossacarídeos, por meio de uma ligação glicosídica em uma reação que libera uma molécula de água. Para ser absorvido, um dissacarídeo deve ser quebrado em uma reação de hidrólise, a qual consome uma molécula de água. Solúveis em água, os principais dissacarídeos são a sacarose, resultado da união da glicose com a frutose; a lactose, união da glicose com a galactose e a maltose, união de duas glicoses.

Polissacarídeos

Caracterizam-se pela união de vários monossacarídeos, gerando grandes cadeias. Ao contrário dos dissacarídeos, esses são insolúveis em água, o que possibilita que tenham função estrutural e no armazenamento de energia. Além disso, podem conter outros elementos, como nitrogênio e enxofre, em sua molécula. Com função no armazenamento de energia, destacam-se o amido nas plantas e algas e o glicogênio nos animais e fungos. Já com função estrutural, destacam-se a celulose nas plantas e a quitina nos animais e fungos.

Vimos que os carboidratos possuem importante função no fornecimento de energia para o funcionamento do nosso organismo. Portanto, é de extrema importância o consumo dos alimentos ricos nessa substância, como pão, batata, arroz, milho e cereais.

Os carboidratos são moléculas formadas por unidades de carbono, hidrogênio e oxigênio. Apresentam várias funções no nosso organismo, dentre as quais: fornecimento de energia; atuam como sinalizadores, participam da estrutura da parede celular e da formação dos ácidos nucleicos.

Os carboidratos podem ser classificados em simples (mono- ou dissacarídeos) ou complexos (polissacarídeos) de acordo com o tamanho de sua cadeia de carbonos. 

Dentre os carboidratos simples, temos os monossacarídeos (glicose, frutose, galactose e sorbitol) e os dissacarídeos (sacarose = constituída por 1 molécula de glicose e 1 de frutose; lactose = 1 molécula de glicose + 1 molécula de galactose; e maltose = 2 moléculas de glicose). Desta forma, tanto os monossacarídeos como os dissacarídeos são considerados carboidratos simples. 

Os carboidratos complexos são os polissacarídeos. Os mais comuns da dieta são os amidos e as fibras. 

O amido é composto por cadeias de amilose e amilopectina. A amilose é formada por unidades de glicose unidas por ligações glicosídicas do tipo alfa-1,4, originando uma cadeia linear (facilmente rompida pela digestão). Já a amilopectina é formada por unidades de glicose unidas em do tipo alfa-1,4 e alfa-1,6, formando uma estrutura ramificada. Essas ligações do tipo alfa-1,4 e alfa-1,6 precisam ser rompidas para que ocorra a adequada digestão do amido.

Estas ligações glicosídicas do tipo alfa-1,4 e alfa-1,6 são importantes porque as respostas glicêmica e insulinêmica são variáveis para alimentos ricos em carboidratos, mesmo quando a quantidade de carboidrato ingerido permanece constante. Isso ocorre porque a desidratação concentra o açúcar e promove o rompimento da estrutura do amido, aumentando sua suscetibilidade para a digestão e absorção pelo intestino delgado.

A adição de fibras solúveis aos alimentos fonte de carboidrato pode reduzir as respostas glicêmica e insulinêmica por aumentarem a viscosidade dos mesmos. As fibras alimentares (solúveis e insolúveis) também são carboidratos complexos, assim como o amido, mas elas têm como características o fato de não serem digeridas por apresentarem ligações glicosídicas do tipo beta-1,4. 

Digestão dos carboidratos: 1º) na boca a enzima amilase salivar rompe as ligações do tipo alfa-1,4 da amilose, originando a amilose e amilopectina. As ligações do tipo alfa-1,6 da amilopectina também são rompidas, gerando moléculas de dextrinas; 2º) no duodeno, a amilase pancreática rompe as ligações da amilose e amilopectina, gerando dissacarídeos (maltose, sacarose e lactose); 3º) por último, na mucosa intestinal, as enzimas chamadas dissacaridases rompem os dissacarídeos em monossacarídeos (glicose, frutose e galactose) que saem do enterócito (célula intestinal) para a circulação sanguínea e uma parte será utilizada para obtenção de energia e a outra armazenada na forma de glicogênio (hepático e muscular) e/ou na forma de triglicerídeos.

Em relação à nutrição, durante muito tempo, os carboidratos foram evitados porque, no período pós-prandial, são os nutrientes que mais afetam a glicemia. No entanto, os carboidratos devem corresponder ao maior percentual da alimentação, inclusive para pessoas com diabetes. 

Não existe um percentual ideal de calorias provenientes de carboidratos para pessoas com diabetes, devendo ser individualizada para atender as necessidades e preferências pessoais e permitir a maior aderência a longo prazo.

Pessoas com diabetes devem priorizar carboidratos complexos e integrais porque contém mais micronutrientes, além de sofrerem uma absorção mais lenta, auxiliando o controle glicêmico. Também, as pessoas com diabetes devem ser encorajadas a minimizar a ingestão de açúcares adicionados (encontrados em alimentos processados ou na preparação de receitas) e a considerar o uso do método da contagem de carboidratos e do método do índice glicêmico e carga glicêmica para o planejamento de refeições.

Quais carboidratos fornecem energia?

Os carboidratos, genericamente chamados de glicídios ou açúcares, são as macromoléculas que estão presentes em maior quantidade em nosso planeta e destacam-se como a principal fonte de energia do nosso organismo.

Qual o principal carboidrato utilizado como fonte de energia?

É importante salientar que a glicose, que apresenta fórmula C6H12O6, é o principal carboidrato utilizado pelas células para a obtenção de energia. A glicose é utilizada no nosso corpo para obtenção de energia pela célula.

Qual o carboidrato cuja a função é fornecer energia para o corpo?

A glicose é um tipo de carboidrato utilizado como fonte de energia pelos seres vivos, sendo um dos principais nutrientes da célula.

Que carboidrato fornece energia para as atividades vitais?

Vale dar destaque para a glicose, que é a substância da qual o corpo humano mais extrai energia. Além de ser transformada em trabalho, ainda atua na manutenção das atividades vitais do organismo, como batimentos cardíacos e sinapses cerebrais.